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Febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um Arbovírus do


Gênero Flavivírus. Sua incidência se restringe à América Central, América
do Sul e África.
A transmissão se dá por meio da picada de mosquitos previamente
contaminados, ao sugarem o sangue de um indivíduo acometido. Nas
cidades, o responsável é o Aedes aegypti; e em ambientes de mata, os
dos Gêneros Haemagogus e Sabethes. O período de incubação, ou seja,
o tempo entre a picada e a manifestação de sintomas, é de
aproximadamente três dias.
Em algumas pessoas não há manifestação de sintomas; ao passo que em
outras, o quadro se apresenta bastante sério. Febre, náuseas, dor de
cabeça e nos músculos aparecem associados ao amarelamento da pele e
dos olhos do paciente. Hemorragias, tanto internas quanto externas,
podem também se manifestar.
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Seus sintomas duram, em média, dez dias. Nesses casos mais graves,
além do quadro descrito, há o comprometimento dos rins, o que pode
provocar problemas cardíacos, pulmonares e hepáticos; e morte em 50%
dos casos.
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas e por meio de exames.
Em alguns casos, análises laboratoriais adicionais são requeridas para
averiguar se há ou não complicações ou comprometimento de órgãos
e/ou funções vitais.
Não existe tratamento específico para a febre amarela e, dessa forma, os
procedimentos médicos focam no controle de sintomas e prevenção de
complicações. Repouso, ingestão abundante de água, boa alimentação e,
no caso de hemorragias, reposição sanguínea, são importantes medidas.
Após a cura, não há riscos de reinfecção.
A melhor forma de se evitar a febre amarela é por meio da vacinação.
Ela é recomendada a indivíduos com nove meses de idade ou mais e
deve ser reforçada de dez em dez anos.

O controle do mosquito Aedes aegypti é outra medida eficaz, tendo a


vantagem de também prevenir a dengue. Para pessoas cuja imunização
por meio da vacina não é recomendada (gestantes,
imunocomprometidos, etc.), o uso de bons repelentes, camisas de
manga comprida, calça, meias e luvas – ao visitar áreas suscetíveis – é
uma boa medida de prevenção.

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O que é Febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida
por mosquitos. A infecção pode ser categorizada de duas formas: febre
amarela urbana, quando é transmitida pelo Aedes aegypti; ou febre amarela
silvestre, quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.
A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa
amarelidão do corpo (icterícia) e hemorragia em diversos graus. O vírus é
tropical e mais comum na América do Sul e na África. Apesar de ser
considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam
sintoma e evoluem para a cura.
A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, , tendo várias
diferenças entre a dengue e ao Zika vírus, apesar de pertecerem à família
dos Flavivírus.
Causas
A febre amarela costuma ser transmitida por mosquitos, principalmente o Aedes
aegypti(em áreas urbanas) e o Haemagogus (em áreas rurais). O mosquito é infectado ao
picar uma pessoa ou animais com a doença e então desenvolve a doença e passa a
transmiti-la para quem ele picar.
Existem dois ciclos da febre amarela:
• Febre amarela silvestre: em que mosquitos destas regiões se infectam picando primatas com a
doença e podem transmitir a um humano que visite este habitat
• Febre amarela urbana: em que um humano infectado anteriormente pela febre
amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti, que a
espalham.
É importante alertar que em ambos os casos a doença é a mesma, a diferenciação do ciclo de
transmissão apenas ajuda nas estratégias para evitar a disseminação da febre amarela.
A pessoa permanece em estado de viremia, ou seja, capaz de transmitir o vírus para mosquitos, por
até 7 dias após ter sido picada.
Normalmente o vírus causa sintomas em pessoas que nunca tiveram a doença ou que
nunca tomaram a vacina contra febre amarela.

Não há relatos de transmissão de febre amarela direta entre pessoas.


Fatores de risco
Pessoas que nunca entraram em contato com a febre amarela ou nunca se vacinaram contra ela
correm o risco de contrair a doença ao viajarem para locais em que a doença é ativa, mesmo que
não haja casos recentes reportados nestas regiões.
O risco é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com
imunodeficiência grave devido a HIV/AIDS.

Sintomas
Sintomas de Febre amarela
Muitas pessoas que contraem a febre amarela não apresentam sintomas, e quando os apresentam, os
mais comuns são:
• Febre
• Dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas
• Dor de cabeça
• Perda de apetite
• Náuseas e vômito
• Olhos, face ou língua avermelhada
• Fotofobia
• Fadiga e fraqueza.
Os sintomas nesta fase aguda da doença costumam durar entre três e quatro dias e passam sozinhos.
No entanto, uma pequena porcentagem de pessoas pode desenvolver sintomas mais graves cerca de
24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. Nesta fase chamada de tóxica, o vírus pode
atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o fígado e rins. Os sintomas dessa fase são:
• Retorno da febre alta
• Icterícia, devido ao dano que o vírus causa no fígado
• Urina escura
• Dores abdominais
• Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago.
Em casos mais graves o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em coma.
Dependendo do dano causado no organismo, esta fase da febre amarela pode levar a morte no
intervalo entre sete e dez dias. Por isso, pessoas que são diagnosticadas com febre amarela devem
estar atentas ao aparecimento dos sintomas iniciais e observar se os sintomas mais graves se
manifestarem, para busca de ajuda médica.
Os sintomas da febre amarela podem ser confundidos
com malária, leptospirose, hepatite viral e dengue hemorrágica. Já os sintomas de
dengue comum também se assemelham, apesar de serem um pouco mais leves
Diagnóstico e Exames
Buscando ajuda médica
Pessoas que manifestam sintomas de febre amarela, sejam simples ou mais graves, devem buscar
ajuda médica imediata. Esta ajuda serve não apenas para tratamento e observação dos sintomas
mais graves, mas também para a vigilância desta doença.
Além disso, se você não vive em uma região endêmica para febre amarela, mas pretende viajar para
uma, é importante buscar um médico para tomar a vacina.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar uma febre amarela são:
• Clínico geral
• Infectologista.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você
já pode chegar à consulta com algumas informações:
• Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
• Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou
suplementos que ele tome com regularidade
• Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
Diagnóstico de Febre amarela
O diagnóstico da febre amarela é feito com base nos sintomas, histórico médico e de exposição a
mosquitos possivelmente infectados.
Caso o médico suspeite de febre amarela, existe um exame de sangue que pode detectar a presença
do vírus ou de anticorpos que indiquem sua infecção anterior.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Febre amarela
Não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela. O tratamento é apenas sintomático
e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso
com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente
deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva.
Não existem tratamentos médicos específicos contra o vírus da febre amarela. Normalmente o
tratamento visa a melhora dos sintomas e em casos mais graves é realizado o atendimento em uma
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reposição do sangue perdido nas hemorragias, diálise para
os rins afetados e controle geral das complicações.
Devido ao risco da doença se desenvolver de forma hemorrágica, é importante evitar o uso de
aspirina.
Convivendo (prognóstico)
Convivendo/ Prognóstico
Pessoas diagnosticadas com a forma mais simples da febre amarela devem manter cuidados básicos
como:
• Repouso
• Reposição de líquidos, principalmente recorrendo ao soro caseiro em casos de vômitos
• Uso correto dos medicamentos indicados.
Além disso, é importante que estas pessoas não fiquem expostas à mosquitos, ou podem infectá-los
com a doença.
Febre amarela tem cura?
A maioria das pessoas com febre amarela serão assintomáticas ou terão a versão mais leve da
doença, se recuperando completamente em poucos dias. No entanto, em pessoas sintomáticas, a
fadiga e fraqueza podem durar ainda por alguns meses.
Uma pequena porcentagem das pessoas com febre amarela terá a versão mais grave da doença, e
entre 20 a 50% podem ter uma versão fatal.
Pessoas que tiveram febre amarela uma vez estão imunizadas contra a doença.
Prevenção
Prevenção
Vacinação contra febre amarela
A vacinação é considerada pela Organização Mundial da Saúde a forma mais importante de
prevenir a febre amarela. Tanto que é a vacinação frequente que impede que a doença de espalhe
mesmo em áreas endêmicas. É preciso que ao menos 80% da população seja imunizada contra um
vírus para prevenir a doença nestas regiões.
Veja a seguir como deve ser a vacinação em áreas endêmicas:
• De 6 meses a 9 meses de idade incompletos: a vacina está indicada somente em situações de
emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de
risco de contrair a doença
• De 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade: é indicado uma dose aos 9 meses de idade e
uma dose de reforço aos 4 anos de idade
• A partir dos 5 anos de idade: se a pessoa já recebeu uma vacina, pode-se dar mais uma dose. Se
ela nunca foi vacinada, é preciso dar uma dose inicial e outra de reforço 10 anos depois.
No caso de pessoas com mais de 60 anos que nunca foram vacinadas, o médico deve levar em conta
os riscos da vacinação, que incluem o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de
comorbidades. Gestantes e lactantes são contraindicadas a tomar esta vacina, assim como pessoas
imunossuprimidas. A orientação sobre a dose da vacina contra febre amarela foi atualmente
reformulada. Anteriormente, após tomar a vacina pela primeira vez era necessário tomar uma
segunda dose depois de 10 anos. No entanto, com a nova regra uma pessoa que já tomou a vacina
contra febre amarela não precisa se revacinar, mesmo que esta dose tenha sido ministrada há mais
de 10 anos. As únicas exceções são para pessoas que tomaram a dose fracionada da vacina e para
crianças de 9 meses a 5 anos de idade.
No caso de viajantes, o recomendado aqui no Brasil é realizar a vacinação 10 dias antes da viagem,
no caso de primeira vacinação, já que os anticorpos protetores aparecem entre sete e dez dias após o
contato com o vírus. De acordo com as Regulações de Saúde Internacionais, os países têm o direito
de requerer de viajantes o certificado da vacinação contra a febre amarela.
Controle do Aedes aegypti
A febre amarela urbana pode ser prevenida pela eliminação do mosquito transmissor, no caso, o
Aedes aegypti.
As larvas do Aedes nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução
desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre amarela. Veja como eliminar o risco:
Evite o acúmulo de água O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não
necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas
com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a
drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de
estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.
Coloque areia nos vasos de plantas O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar
acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou
colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne
um criadouro de mosquitos.
Coloque desinfetante nos ralos Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente
tornam-se foco de Aedes devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu,
sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada
em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja
higienizado com desinfetante regularmente.
Limpe as calhas Grandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais
produtivos de Aedes, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas
quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos
devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios
ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
Coloque tela nas janelas Colocar telas em portas e janelas ajuda a proteger sua família
contra o mosquito. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência.
Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a
eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.
Lagos caseiros e aquários Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e
aquários se tornarem focos de doenças deixou muitas pessoas preocupadas, porém,
peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve
ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.
Seja consciente com seu lixo Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e
riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até
mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.
Uso de inseticidas e larvicidas Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos
estados e municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada,
sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.
Os larvicidas servem para matar as larvas do mosquito. São aqueles produtos em pó, ou granulado,
que o agente de combate coloca nos ralos, caixas d'água, enfim, nos lugares onde há água parada
que não pode ser eliminada.
Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os
insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o mosquito tem
hábitos diurnos. O fumacê, como é chamado, não é aplicado indiscriminadamente, sendo
utilizado somente quando existe a transmissão da doenças do Aedes em surtos ou
epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque
é utilizada em um momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate
à dengue falharam ou não foram adotadas.
Algumas vezes, os mosquitos e larvas do mosquito desenvolvem resistência aos produtos. Sempre
que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.
Uso de repelente O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com
muitos mosquitos, é um método importante para se proteger contra a as doenças
transmitidas pelo Aedes. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Os
repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem
grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além
disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas
reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

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