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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO DE JOINVILLE


ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA
EMB5817– FUNDAÇÕES

INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA

Aline Achy
Geandle Fagundes

Joinville
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
2. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................... Error! Bookmark not defined.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................. Error! Bookmark not defined.
4. CONCLUSÕES .......................................................... Error! Bookmark not defined.
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 4
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1. INTRODUÇÃO
No ramo da engenharia civil, sobretudo na área de fundações, estudos geotecnicos
são primordiais para o dimensionamento de estruturas mais seguras e econômicas. No
Brasil os custos envolvidos na execução de sondagens de reconhecimento variam de 0,2%
a 0,5% do custo total dos empreendimentos em geral. As informações geotécnicas obtidas
a partir desses ensaios são primordiais para a previsão dos custos fixos associados ao
projeto.
De maneira generalista a aplicabilidade de diversos ensaios influencia na escolha
dos mesmos pelo engenheiro responsável. A análise dos resultados pode ser abordada por
métodos diretos ou indiretos.
Os métodos diretos de natureza empírica ou semi empírica, se baseia em uma
fundamentação estatística, onde as medidas de ensaio são correlacionadas diretamente ao
desempenho de obras geotécnicas. O SPT é o exemplo mais usual e é aplicado na
estimativa de recalques e na capacidade de carga da fundação.
Já nos métodos indiretos os resultados são aplicados para previsão de
propriedades constitutivas de solos, o que possibilita a utilização de conceitos e
formulações clássicas de mecânica dos solos como abordagem de projeto. No ensaio de
palheta e pressiométrico, em casos específicos como a cravação de um cone em depósito
argiloso pode ser interpretado por abordagens numéricas. (SCHNAID;
ODEBRECHT,2014). Cabe ao engenheiro definir qual a necessidade de resultados mais
ou menos precisos.
Segundo a norma de fundações NBR 6122, para execução de uma fundação é
necessário no mínimo a execução de um ensaio SPT, entretanto vale ressaltar que
dependendo da magnitude da obra outros ensaios se tornam essenciais para garantir a
estabilidade e segurança do empreendimento.
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STANDARD PENETRATION TEST (SPT)

O ensaio SPT é a ferramenta mais utilização para obtenção de parâmetros geotécnicos


na elaboração de projetos de fundação do país, fornece uma classificação tátil visual do solo e
parâmetros de resistência, como o Nspt.

O seguinte laudo foi fornecido para análise dos resultados. Vale ressaltar que a
profundidade de parada da sondagem foi estipulada pelo cliente em 30m e o nível de água
encontrava-se a 1,73m do nível de referência do terreno.

Analisando o laudo é possível perceber que ocorrem mudanças entre camadas de


areias e argilas e a resistência do solo começa a aumentar a partir dos 19,30m de perfuração.

Com base em referencias bibliográficas foi possível relacionar o numero de golpes


(Nspt) com propriedades dos solos estudados, como por exemplo coesão ©, densidade e
ângulo de atrito descritos na tabela 1 abaixo.
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CITAR COMO DESCRITO

Com base nos dados disponíveis é possível determinar os parâmetros dos materiais descritos
em cada camada do ensaio SPT. Esses dados foram sintetizados em uma tabela 2, descritas
abaixo
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Vale ressaltar que abaixo do material presente na camada de 9.9m existe um material com
resistência considerável, porém logo abaixo dele é encontrado uma argila apresentando baixa
resistência ao cisalhamento, podendo comprometer a fundação construída no local. Portando
aconselhamos a construção de estacas profundas situadas a 19,30m de profundidade.
MELHORAR

CPTu

O seguinte laudo foi entregue para análise da estratigrafia do solo juntamente com o SPT. A
análise tem um intervalo de 10m de profundidade e isso deve-se ao possível encontro de uma
camada impenetrável ou profundidade de parada definida pelo cliente. Sabemos por estudos
anteriores que valores altos de resistência de ponta (qc) e baixos valores de poropressão (U) e
razão de atrito (Rf) são referentes a solos arenosos e baixos valores de resistência de ponta
(qc) e razão de atrito (Rf) juntamente com altos valores de poropressão (U) referem-se a solos
argilosos e/ou siltosos. Além disso, na coluna de poropressão normalizada (Bq) é possível
visualizar a poropressão atuante na camada estudada, visto que na coluna de poropressão (U)
existem valores negativos devido a mudança brusca de material provocando alivio da
membrana fazendo ela ultrapassar a sua posição inicial.

Além de análise tátil visual da amostra que o CPTu permite, ao longo dos anos foram criados
ábacos para auxiliar na definição do material relacionando a resistência de ponta (qc) com a
razão de atrito e com a poropressão normalizada (Bq).
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Como os ensaios de CPTu e SPT foram feitos no mesmo local, é possível relacionar os
valores encontrados no SPT com os ábacos que auxiliam no CPTu. Desta forma o resultado é
convergente para os tipos de materiais encontrados, argila siltosa com matéria orgânica até
aproximadamente 4m e argila siltosa com areia fina até os 10m finais do ensaio.

Além disso é possível afirmar que entre 1 e 2m os valores de resistência de ponta tem
considerável grandeza, atingindo 4000 Kpa e logo em seguida descendo até 200 Kpa até 7,5m
de profundidade. Em 9m o solo ganha alta resistência dificultando o avanço da perfuração. O
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atrito lateral tem entre 1 e 3m valores consideráveis, com aproximadamente 40 Kpa. Mantem-
se constante em 5 Kpa até 8m e depois ganha alta resistência até 10m. A poropressão tem seu
maior valor entre 4 e 8 metros com aproximadamente 0.8. Com relação a razão de atrito (Rf),
seu maior valor está a 3m com 6%.

Utilizando algumas relações empíricas encontradas em bibliográficas auxiliares e


adotando o ϒ da argila como 14 kN/m³ a uma profundidade média de 5m para calcular a
tensão efetiva inicial (σvo), foi possível construir a tabela a seguir:

Contudo, como o ensaio só foi executado até 10m e apresenta uma camada espessa de argila
mole entre 4 e 8m, é indicada a construção de estacas profundas à profundidade de 19,30m
citadas anteriormente.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de


solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. 1986. 9 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7182: Solo – Ensaio


de compactação. 1986. 10 p.

BALMACEDA, A. R. Suelos compactados – um estudio teorico y experimental.


Universitat Politécnica de Catalunya. Tesis Doctoral. Barcelona. 1991.

BAPTISTA, C. F. N. Pavimentação. Editora Globo. Tomo 1 e 2. 1976.

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Ensaio de


Compactação de Solos. Salvador, 2017. (Apostila). Disponível em:
<http://www.geotecnia.ufba.br/arquivos/ensaios/Aula%20de%20Laboratorio%20-
%20Roteiro%20-%20Compactacao.pdf>. Acesso em 14 out. 2017.

HEIDEMANN, Marcelo. Compactação dos Solos. Joinville, 2017. (Apostila).


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WERK, S. M. S. Estudo da influência dos métodos de compactação no


comportamento resiliente de solos. 2000. 118 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000.
Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13879/000294929.pdf?...1>. Acesso
em: 14 out. 2017.

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