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HISTÓRIA

A célula a combustível é de fato conhecida pelo ramo acadêmico há mais ou


menos 150 anos. Entretanto, por volta dos anos 1800, dois cientistas britânicos
descreveram o processo de usar a eletricidade para isolar a água em moléculas de
hidrogênio e oxigênio, processo esse que hoje é chamado de eletrólise da água.
Relatos de pesquisas mostram que a primeira célula a combustível foi construída em
1801, pelo cientista Humphrey Davy. A partir dai os estudos começaram a se
desenvolver com experimentos realizado pelo cientista inglês William Robert Grove
em 1839, em que a combinação de hidrogênio e oxigênio em eletrólise da água,
resultou na formação de água e corrente elétrica. Porém, devido a abundância de
fontes primárias baratas e práticas e em função da falta de conhecimentos mais
aprofundados em cinética das reações em geração de eletricidade, avanços mais
significativos só vieram a se concretizar anos depois.

As primeiras experiências bem sucedidas foram realizadas em 1932, pelo


engenheiro Francis Bacon, que desenvolveu um sistema a partir de catalisadores de
platina em uma célula de hidrogênio-oxigênio utilizando-se de um eletrólito menos
corrosivo e eletrodos de níquel mais baratos. Posteriormente, com o
desenvolvimentos de diversos estudos na área foi possível criar, em 1959, um
sistema de 5kW, capaz de alimentar uma máquina de solda e um motor de potência
20 HP de acionamento realizado através de uma célula.

Desde o final dos anos 1950, a NASA (National Aeronautics and Space
Administration), vem investindo em pesquisa e desenvolvimento de sistemas
complexos como geradores de eletricidade compactos, que possa substituir as
baterias que ocupam bastante espaço e tem vida útil reduzida. Tem sido largamente
utilizada, desde 1960 em voos especiais tripulados dos programas Apolo e Gemini
como fonte de energia e água potável para as necessidades de bordo.

Atualmente, devido a procura constante por maior flexibilidade na geração de


energia e uma maior demanda energética devido ao crescimento populacional levou
a propulsão dos investimentos em fontes que gerassem energia com alta potência e
tivessem boa eficiência.
DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS A COMBUSTÍVEL

O desenvolvimento das células a combustível tem crescido nos últimos anos,


esse crescimento está diretamente ligado aos estudos realizados sobre o
hidrogênio, fonte que ganhou apoio mundial devido a sua alta capacidade de
geração e baixo grau de degradação e poluição. O interesse recente de vários
países fez com que as células a combustível tivessem um grande progresso em seu
desenvolvimento estrutural e na eficiência de geração, sem contar que a maioria dos
países está interessado em uma alternativa abundante para as fontes não
poluidoras e renováveis.

Nos últimos anos o conceito de célula a combustível despertou interesse na


população, deixando de ser um tema conhecido somente pela comunidade
acadêmica e empresarial. Este interesse está associado a crescente preocupação
da população em preservar o meio ambiente( Piovani, 2011).

As células a combustível têm sido alvo de pesquisa e desenvolvimento desde a


década de 50, tais projetos de P&D tiveram uma expansão bastante significativa
durante a corrida aeroespacial entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética.
Hoje as tecnologias estão bastante diversificadas, tanto para o hidrogênio
(principalmente produção e armazenamento) como para as células a combustível. O
reconhecimento do hidrogênio como vetor energético do futuro reflete-se assim nos
pesados investimentos mundiais, que se multiplicam a cada ano, mais
especificamente da América do Norte (EUA e Canadá), Europa (representada por
cerca de 20 países) e a Ásia (Japão, China e Coréia) em tecnologias ligadas ao
hidrogênio e células a combustível. (CGEE, 2002)

Os investimentos em estudos de células a combustíveis e hidrogênio já passa


das cifras dos bilhões, segundo dados da International Energy Agency (IEA) no ano
de 2004 o investimento atingiu o valor de 1 bilhão e com o passar dos anos
aumentou exponencialmente, países como a China passaram a investir
regularmente na tecnologia, assim como o Japão e alguns membros da União
Europeia, que começaram a seguir a tendência dos Estados Unidos e investir altos
valores na área de pesquisa e desenvolvimento. Apesar de representarem quantias
significativas em dinheiro os investimentos em células e hidrogênio ainda é muito
pequeno se comparado ao gasto com outras fontes de energia alternativa tais como
a eólica e a solar, como os investimentos estão polarizados entre o Estados Unidos,
Japão, União Europeia (UE) e mais recentemente a China, se espera que os valores
investidos aumentem ainda mais. A tabela X mostra o gasto realizado em pesquisas
com hidrogênio e em outras fontes de energia no ano de 2003.

Tabela 1 – Investimentos mundiais em P&D para hidrogênio em 2003 (valores em


milhões de dólares)
Combustíveis Energias
País Hidrogênio Nuclear Porcentagem
Fósseis renováveis

Estados
294,00 416,00 243,00 271,00 29,4%
Unidos

Japão 270,00 Nd Nd Nd 27,0%

União
137,5 Nd Nd Nd 13,7%
Europeia

Brasil 6,22 Nd Nd Nd 0,6%

China 24,7 Nd Nd Nd 2,4%

Reino
3,00 5,00 20,00 Nd 0,3%
Unido

Alemanha 34,00 14,00 74,00 154,00 3,4%

França 45,00 33,00 27,00 359,00 4,5%

Itália 34,00 15,00 61,00 107,00 3,4%

Canadá 24,00 47,00 30,00 47,00 2,4%

Rússia 37,00 Nd Nd Nd 3,7%

Índia 18,97 Nd Nd Nd 1,9%

Outros 72,29 Nd Nd Nd 7,3

ESTADOS UNIDOS

Após a crise do petróleo ainda na década de 70 os Estados Unidos se


mantiveram em alerta para a grande dependência que possuíam do combustível
fóssil, passaram-se então quase 30 anos e a dependência ficou ainda maior, com os
conflitos na região do golfo (rica em petróleo) os preços entraram em uma crescente
anual, cansados de pagar valores elevados os americanos entraram de vez no
mundo da energia alternativa, priorizando algo que fosse ao mesmo tempo eficaz e
abundante no país, nessas pesquisas acabaram por encontrar o hidrogênio e as
células a combustível, fazendo com que se tornassem o país com o maior
investimento anual nessa área.

O hidrogênio é a escolha dos EUA para energias limpas. Ele pode ser
produzido através de muitos recursos abundantes disponíveis no país, de manuseio
seguro e poderá ser utilizado em todos os setores da economia e em todas as
partes do país (Jim Ohi, DOE/NREL, 14th World Hydrogen Energy Conference,
Montreal, Jun./2002). O pensamento do departamento de energia dos EUA é bem
claro, o hidrogênio representa uma nova alternativa para o desenvolvimento
energético do país, boa parte dos investimentos anuais vem dos americanos, sendo
que eles detém boa parte dos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) se
comparados aos outros, a tabela X mostra um comparativo entre os investimentos
americanos em comparação com o dos demais países em conjunto.

Tabela 2 – Investimento em células a combustível estacionárias nos EUA e no


mundo.
Ano Mercado Mundial Mercado dos EUA

2003 US$ 590 milhões US$ 165 milhões

2007 US$ 1800 milhões US$ 1600 milhões

2011 US$ 12000 milhões US$ 7100 milhões

Fonte: Pricewaters Coopers

Como é possível observar pelos valores de investimento os EUA dominam


uma parcela enorme nos gastos com pesquisa, deixando bem claro seu
compromisso com o desenvolvimento das células a combustível, inclusive são várias
as instituições de caráter federal que financiam e auxiliam as pesquisas em células a
combustível, entre elas estão o U.S Department of Agriculture (USDA), U.S
Department of commerce, National Institute of Standards and Technology (NIST),
U.S Department of Defense, U.S Department of Transportation, Environmental
Protection Agency (EPA), National Aeronautics and Space Administration (NASA),
National Science Foundation, U.S Department of Energy (DOE) e United States
Postal Service (IEA, 2007).
Os investimentos citados anteriormente são divididos entre essas instituições,
com destaque para o departamento de energia (DOE) que é quem de fato comanda
as pesquisas e lança as novas ideias de acordo com a necessidade do país,
geralmente os órgãos federais trabalham em conjunto para facilitar a tarefa e
cumprir a meta mais rapidamente. A tabela X mostra a distribuição do investimento
de acordo com a área de pesquisa para um intervalo de tempo entre 2005 e 2008.

Tabela 3 - Detalhamento do orçamento do setor de Energy Efficiency and


Renewable Energy (EERE) em pesquisas relacionadas a economia do Hidrogênio
por ano fiscal (valores em milhões de dólares).
Atividades 2005 2006 2007 2008 Total Porcentagem

P&D em Componentes para


31,7 31,6 38,1 44,0 145,4 19,9%
Módulos de células a combustível

Validação da tecnologia 26,1 33,6 39,6 30,0 129,3 17,7%

P&D Armazenamento do
22,4 26,6 34,6 43,9 127,5 17,4%
Hidrogênio

P&D Produção e Distribuição do


13,3 8,5 36,8 40,0 98,6 13,5%
Hidrogênio

Total de Atividades direcionadas


40,2 42,5 0,0 0,0 82,7 11,3%
pelo Congresso

Segurança, Códigos e Padrões 5,8 4,7 13,8 16,0 40,3 5,5%

Análise de Sistemas 3,2 4,9 9,9 11,5 29,5 4,0%

Sistema de Células a combustível


7,3 1,1 7,5 8,0 23,9 3,3%
para transportes

Sistema de Células a combustível


6,8 1,0 7,4 7,7 22,9 3,1%
para geração distribuída
P&D Processadores de
9,5 0,6 4,1 3,0 17,2 2,4%
Combustível

Educação 0,0 0,5 2,0 3,9 6,4 0,9%

P&D em Manufatura 0,0 0,0 2,0 5,0 7,0 1,0%

Apoio Total em Tecnologia e


0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1%
Programas

Total Tecnologia do Hidrogênio 166,8 155,6 195,8 213 731,2 100%

Fonte: U.S DOE, 2008

Ainda no governo Bush os EUA iniciaram um importante programa


relacionado as celulas a combustível. O chamado hydrogen fuel initiative foi criado
para incentivar as pesquisas para veículos abastecidos com o uso do hidrogênio, em
parceria com esse programa surgiu o FreedomCAR e Fuel Partnership, sendo estes
uma parceria entre o governo americano e grandes empresas do setor privado.

O principal objetivo da parceria é identificar e desenvolver tecnologias


necessárias para permitir um volume elevado de produção de veículos, com preço
acessível, equipados com células a combustível e abastecidos a hidrogênio, bem
como uma infra-estrutura nacional adequada para a frota. Além disso, a parceria
também precisa ativar a penetração de híbridos elétricos e veículos de combustão
avançados, que também ofereçam a possibilidade de reduzir significativamente a
dependência de petróleo importado (HYDROGEN POSTURE PLAN, 2006).

As tabelas 4 e 5 mostram a evolução dos investimentos ao longo dos anos nos


programas Hydrogen Fuel Initiative e FreedomCAR respectivamente.

Tabela 4 – Recursos alocados no Hydrogen Fuel Initiative (valores em milhões de


dólares).
Total em milhões de
Ano
dólares

2004 157,00

2005 222,00
2006 232,00

2007 289,00

2008 309,00

TOTAL 1209,00

Fonte: U.S. DOE, 2008.

Tabela 5 – Orçamento do FreedomCAR por ano fiscal (valores em milhões de


dólares).
Ano Total em milhões de dólares

2004 86,60

2005 85,60

2006 99,00

2007 125,40

2008 126,60

TOTAL 523,20

Fonte: U.S. DOE, 2008.

JAPÃO

O Japão foi o pioneiro nas pesquisas avançadas com células a combustível,


os motivos foram os mesmos dos americanos, alto custo com petróleo e procura por
uma fonte renovável para substituir as usinas nucleares que existem no país, um
outro fator que motivou as pesquisas foi o setor de eletroeletrônicos que desejava (e
ainda deseja) obter uma bateria mais rentável para os equipamentos, eliminando as
tradicionais baterias com recarga periódica por uma mais prolongada e sem danos
ao meio ambiente. Da mesma forma que os americanos os japoneses contaram com
o auxílio do governo para dar início as pesquisas e os programas criados possuem
objetivos específicos.
Em 2003, foi lançado o projeto New Hydrogen que tinha foco na
comercialização. Em 2005, o orçamento foi de 3,5 bilhões de ienes (33,7 milhões de
dólares americanos de acordo com o câmbio do dia 01 de fevereiro de 2005) em
atividades de pesquisas em hidrogênio (FUELCELLS2000, 2008). Assim como o
DOE nos EUA o New Energy and Industrial Technology Development Organization
(NEDO) e o Ministry of Economy, Trade and Industry (METI) são os órgãos
responsáveis por iniciar as pesquisas e controlar os investimentos realizados.

No campo de aplicação estacionária, o NEDO está aprimorando os


mecanismos básicos do processo de armazenamento do hidrogênio, incluindo a
fragilização e a absorção de hidrogênio, e o desenvolvimento da tecnologia de
utilização do hidrogênio. A criação de normas e a avaliação de segurança da
tecnologia têm dois focos principais: introduzir uma futura frota de veículos
equipados com células a combustível e promover a infra-estrutura para a utilização
do hidrogênio como vetor energético (IEA, 2007).

Apesar dos EUA serem os maiores investidores, os grandes avanços nos


estudos de células a combustível vem justamente das duas entidades japonesas,
isso se deve a um direcionamento mais prático que é aplicado no Japão, enquanto
os americanos investem em várias situações para as células, os japoneses focam
mais em uma necessidade iminente como o petróleo, daí o programa new hydrogem
ser tão avançado, chegando ao ponto de já existirem empresas vendendo e dando
suporte a carros com funcionamento com hidrogênio. A tabela X mostra os
investimentos feitos pelo NEDO para as diferentes áreas de pesquisa sobre células,
já a tabela X mostra o investimento feito pelo METI entre 2000 e 2006.

Tabela 6 – Investimentos do NEDO em tecnologias relacionadas ao hidrogênio e às


células a combustível no ano de 2007.
Atividades Milhões de dólares Percentual

P&D Célula PEMFC 42,52 21,6%


Projetos Demonstrativos de
sistemas residências de célula 28,35 14,4%
PEMFC

Códigos e Normas 21,14 10,7%

Segurança e Infraestrutura do
18,65 9,5%
Hidrogênio

Projeto Demonstrativo de H2 e
14,92 7,6%
CaC no Japão, fase II

Gaseificação do carvão 14,92 7,6%

P&D em Bateria veicular de


14,09 7,1%
alta perfomance

Projeto de pesquisa
13,76 7,0%
fundamental em Hidrogênio

P&D Célula SOFC 12,68 6,4%

Demonstração em célula
6,30 3,2%
SOFC

P&D em Armazenamento do
6,22 3,2%
Hidrogênio

Normas para aplicação


2,82 1,4%
avançada de CaC

P&D Membranas altamente


duráveis para reformadores 0,75 0,4%
GLP

Total 197,12 100%

Fonte: IEA, 2007.

Tabela 7 - Orçamento do METI para o desenvolvimento da Economia do Hidrogênio


de 2000 a 2006 (valores em milhões de dólares).
Atividades Milhões de dólares

2000 79,66

2001 118,36

2002 165,00

2003 255,00

2004 310,58

2005 340,97

2006 288,18

TOTAL 1558,49

Fonte: FUELCELLS2000,2008.

UNIÃO EUROPEIA

Diferentemente dos EUA e do Japão a União Europeia não conta com


projetos centralizados, por se tratar de uma união entre vários países o bloco tem
apenas um controle de metas e objetivos específicos, vale destacar que a Inglaterra,
Itália, França e Alemanha possuem um bom nível de desenvolvimento em celulas a
combustível, já no hidrogênio o destaque fica para os três últimos, sendo justamente
estes países que carregam o bloco, a ideia de unir esforços conjuntos entre os
quatro maiores países da UE fez com que fossem criadas associações para
integralizar as agências e órgãos de cada país, essas associações são a European
Fuel Cell Group (EFCG) e a European Hydrogen Association (EHA), juntas essas
duas instituições estão dando início a pesquisas em comum e traçando objetivos
que visam melhorar a matriz elétrica e energética de todos os países do bloco, em
termos de P&D o European Research Area (ERA) já possui alguns projetos em
desenvolvimento, são eles:

 Heledrive: tem por objetivo desenvolver pesquisas relacionadas a células a


combustível, veículos movidos a hidrogênio e sistemas híbridos;
 HYNET: consiste em uma grande rede de informações sobre células a
combustível para os membros da UE.
 Projetos CUTE e ECTOS: consistem na produção, teste e operação de vários
ônibus que funcionavam a partir de células a combustível e hidrogênio.

Em termos financeiros a tabela X mostra a situação dos investimentos na UE entre


os anos de 2001 e 2007.

Tabela X – Investimento da União Europeia em tecnologias relacionadas ao


hidrogênio e às células a combustível de 2001 a 2007.
Atividades Milhões de dólares

2001 239,27

2002 218,91

2003 274,91

2004 318,18

2005 333,45

2006 308,00

2007 330,91

Total 2023,63

Fonte: IEA, 2007.

CÉLULAS A COMBUSTÍVEL NO BRASIL

As primeiras pesquisas sobre células a combustível no Brasil se iniciaram


ainda nos anos 80 e 90 com estudos sobre combustíveis alternativos, a ideia era
seguir os EUA e o Japão na tentativa de abandonar a alta dependência dos
combustíveis fosseis, o programa de desenvolvimento de células na verdade era
voltado para a produção através de hidrogênio e fazia parte do antigo Proálcool,
sendo o estudo de hidrogênio uma vertente pequena que acabou por ser extinta no
início dos anos 90, a iniciativa voltaria aparecer mais de 10 anos depois com um
programa individual e voltado exclusivamente para estudos e aplicações próprias.

No Brasil, as ações de maior destaque no desenvolvimento de iniciativas na


área de células a combustível são realizadas por algumas empresas como a
Clamper, CEMIG, Unitech e Eletrocel que já há algum tempo investem em
programas de P&D, com resultados disponíveis nas formas de protótipos iniciais e
até mesmo protótipos aprimorados. Ainda dentro do escopo de programas de P&D,
empresas como a COPEL, PETROBRAS e AES do Brasil (ELETROPAULO) aplicam
recursos próprios nos projetos de células a combustível. Alguns dos projetos dessas
empresas são realizados em parcerias com instituições de pesquisa (IPEN, UFRJ,
UNICAMP, USP, entre outras), com apoio de recursos dos Fundos Setoriais de
petróleo (CTPetro) e energia (CTEnerg). (CGEE, 2010).
Entre as instituições de ensino superior a UNICAMP ganha destaque nas
pesquisas já que possui o Laboratório de Hidrogênio (LH2) que é um centro de
referência em pesquisa e estudos sobre o hidrogênio. Outro destaque da
universidade é o Workshop Internacional sobre Hidrogênio e Células a Combustível
(WICaC) que acontece a cada 2 anos (a última edição ocorreu em 2012) e tem por
finalidade divulgar trabalhos e novas tecnologias desenvolvidas, o evento teve sua
primeira edição em 2002 e contou com a participação apenas de pesquisadores da
área, atualmente ele se encontra bem mais abrangente e tem como uma de suas
metas chamar a atenção de possíveis investidores do setor privado, ele conta com o
apoio das instituições de incentivo a pesquisa no Brasil tais como CAPES, CNPq e a
própria UNICAMP, entre as empresas que apoiam o evento estão a PETROBRAS e
a CEMIG.

Em suas cinco edições, o WICaC tem obtido um grande sucesso para um


evento dedicado a um número relativamente pequeno de especialistas que atuam no
país. O público tem atingido a marca de 300 pessoas em cada uma das edições,
composto principalmente por pesquisadores da área, empresários, empreendedores,
representantes do governo e estudantes. A alta qualidade dos palestrantes e das
apresentações tem demonstrado não apenas a evolução da P&D, mas também das
tecnologias do hidrogênio e das células a combustível, proporcionando um melhor
entendimento sobre as vantagens e formas de utilização dessas tecnologias no caso
brasileiro. Além disso, o evento proporciona oportunidades para o estabelecimento
de parcerias que estimulem as instituições de P&D e empresas brasileiras a
participar com maior conteúdo tecnológico dos equipamentos e serviços que serão
utilizados no mercado brasileiro e mundial. (WICaC, 2012).

REFERÊNCIAS

WENDT, H.; GÖTZ, M. & LINARDI, M. Tecnologia de Células a Combustível Artigo


publicado em 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
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SOUZA, V. R. Contribuição Para o Projeto Básico de uma Célula de Combustível de


Eletrólito Polimérico. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2002.

MATOS, M. B. Investimentos financeiros em projetos de células a combustível e hidrogênio


no Brasil. 2009. XX p. Dissertação (Mestrado em Planejamento de Sistemas Energéticos) –
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000440664&fd=y>. Acesso em:
28 jun. 2013.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Projeto ônibus Brasileiro a


Hidrogênio:Tecnologias renováveis para o transporte urbano no Brasil. Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/programas/onibus_hidrogenio>. Acesso em: 27 jun. 2013

REIS, L. B. Geração de Energia Elétrica. 2 ed, p. 281-306. Barueri, SP: Manole, 2011.

BAIRD, C. Química Ambiental. 4 ed, p. 372-384. São Paulo, SP: Bookman, 2011.

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[Piovani, 2011] Juliane T., (2011). "Dimensionamento de um Umidificador para


Células a Combustível em Aplicações Móveis". In Tese de Mestrado, UFABC, São
Paulo, SP, 2011

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