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ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I – 2335EE

• CAPÍTULO 1 – CONVERSORES ESTÁTICOS DE POTÊNCIA

1.1.1 - INTRODUÇÃO - CONCEITO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

A Eletrônica de Potência serve como um “ELO” entre as seguintes áreas:

* Eletrônica digital ou analógica: microcomputadores, circuitos de disparo, etc.;


* Eletrotécnica: máquinas elétricas, iluminação, cargas industriais em geral;
* Controle automático: servomecanismos, sensores, transdutores.

A Eletrônica de Potência é definida como a responsável pela CONVERSÃO de potência elétrica de uma forma para
outra (CA/CC, CA/CA, CC/CC, CC/CA), utilizando dispositivos semicondutores de potência operando como CHAVE, para
acionar e controlar diversos tipos de cargas desde alguns miliwatts até megawatts.

CARREGADOR DE CELULAR TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA - HVDC

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A figura 1.1 mostra um sistema com as possibilidades de conversão de energia elétrica.

Figura 1.1

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Na figura 1.2 são apresentados os diagramas de blocos envolvendo todas as áreas da Engenharia Elétrica.

a) b)
Figura 1.2: a) Diagrama Simplificado; b) Diagrama Detalhado.

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1.1.2 - DISPOSITIVOS UTILIZADOS EM ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

A Eletrônica de Potência é largamente utilizada em produtos de alta potência como: controle de motores, iluminação,
fontes de potência, sistemas de acionamento de veículos, transmissão de energia elétrica HVDC ( High-Voltage Direct-
Current ).

Os componentes semicondutores utilizados em eletrônica de potência podem ser divididos em cinco tipos:

1- Diodos de potência;
2- Tiristores;
3- Transistor bipolar de potência - BJT;
4- Transistor Mosfet de potência - MOSFET;
5- Transistor bipolar com gate isolado - IGBT.

Dentro da família dos Tiristores existem uma infinidade de componentes que podem ser utilizados em Eletrônica de
potência, como :

- SCR : Silicon Controlled Rectifier;


- GTO : Gate Turn-Off;
- LASCR : Light-Activated Silicon Controlled Rectifier;
- RCT : Reverse-Conducting Thyristor;
- SITH : Static Induction Thyristor;
- GATT : Gate Assited Turn-Off;
- MCT : MOS-Controlled Thyristor;
- TRIAC : Triode-AC.

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A definição de qual componente deve ser utilizado em um projeto, depende:

do nível de potência em que se vai trabalhar;


da frequência de operação do conversor de potência;
da velocidade de chaveamento do componente.

A figura 1.3 mostra a faixa comercial de operação de alguns componentes utilizados em eletrônica de potência.

Figura 1.3
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1.1.3 - APLICAÇÕES DOS DISPOSITIVOS DE POTÊNCIA

A figura 1.4 dá uma ilustração da aplicação dos dispositivos de potência na indústria e no dia-a-dia.

Figura 1.4
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Cada dispositivo apresenta uma simbologia e uma curva característica ( VxI ), mostrada na figura 1.5.

Os dispositivos de potência podem ser operados como chave, pela aplicação de sinais de controle no terminal de gate (
Tiristores, IGBT's e MOSFET's ) ou na base (transistor bipolar).

A saída é obtida através do tempo de condução destes dispositivos de chaveamento, A figura 1.6 mostra a tensão de
saída e a característica de controle destes dispositivos de potência.

Os dispositivos de potência apresentam as seguintes características:

- DIODO DE POTÊNCIA: não há controle tanto na condução quanto no bloqueio;

- SCR : disparo controlado mas, sem controle no bloqueio;

- BJT, MOSFET, GTO, IGBT, MCT: controle tanto no disparo, quanto no bloqueio;

- Sinal contínuo: BJT, MOSFET, IGBT;

- Pulso de sinal: SCR, GTO, MCT;

- Capacidade de bloqueio bipolar: SCR, GTO;

- Capacidade de bloqueio unipolar: BJT, MOSFET, IGBT;

- Capacidade de corrente bidirecional: TRIAC, RCT;

- Capacidade de corrente unidirecional: SCR, GTO, BJT, MOSFET, etc.

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Figura 1.5: Dispositivos, Simbologia e Curvas Características

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Figura 1.6: Tensão de Saída e Característica de Controle

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1.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS CONVERSORES ESTÁTICOS DE POTÊNCIA:
Para o controle da potência elétrica, a conversão desta potência se torna necessária (CA-CC ), e os dispositivos de
potência, através de sua característica de chaveamento, permitem esta conversão.

Os conversores estáticos de potência permitem este tipo de conversão e conforme a sua configuração, podem funcionar
dentro dos quadrantes de operação mostrados na figura 1.7.

Figura 1.7

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1.2.1 - Conversores CA-CC: RETIFICADORES

Figura 1.8: Conversores CA-CC.

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1.2.2 - Conversores CA-CA: CONTROLADORES CA E CICLOCONVERSORES

Controlador CA – Chave Estática

Cicloconversor
Figura 1.9: Conversores CA-CA.

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1.2.3 - Conversores CC-CC: CHOPPERS e FONTES CHAVEADAS

Figura 1.10: Conversores CC/CC.

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1.2.4 - Conversores CC-CA: INVERSORES

Figura 1.11: Conversores CC/CA.

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EXEMPLOS DE CONVERSORES ESTÁTICOS DE POTÊNCIA

A - FONTE DE ALIMENTAÇÃO MONOFÁSICA COM CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA

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B - INVERSOR DE FREQUÊNCIA COM APLICAÇÃO EM SISTEMAS DE AR CONDICIONADO

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17
C - REATOR ELETRÔNICO COM ALTO FATOR DE POTÊNCIA

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D- GERADOR EÓLICO (WIND GENERATOR)

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E - CONTROLE DE TRAÇÃO COM BANCO DE BATERIAS

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F - FILTRO DE POTÊNCIA ATIVO

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G - TRANSMISSÃO DE ALTA TENSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA (HVDC - HIGH VOTAGE DIRECT CURRENT)
(http://www.youtube.com/watch?v=iw626uknuh8)

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LINHA DE TRANSMISSÃO ITAIPÚ - IBIÚNA

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H - SISTEMA FOTOVOLTÁICO

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I - FONTES CHAVEADAS

SEM ISOLAÇÃO: BUCK, BOOST, BUCK-BOOST, CÜK, SEPIC

COM ISOLAÇÃO (TRANSFORMADOR): FOWARD, FLYBACK, PUSH-PULL, HALF-BRIDGE, FULL-BRIGDE

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DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA

A - DIODO DE POTÊCIA

COMPONENTE DISCRETO MÓDULO

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B - TIRISTOR - SCR (SILICON CONTROLLED RECTIFIER)

COMPONENTE DISCRETO MÓDULO

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C - TRANSISTOR MOSFET E IGBT DISCRETOS

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D - MÓDULO IGBT

IRAMS06UP60A (6A/600V) - IRF

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E - MÓDULO RETIFICADOR MONOFÁSICO CONTROLADO

PS51277A - POWEREX ( 15A/600V)

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