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Alimentação de Ruminantes
Setembro, 2008
PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.
Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=356>.
1. Introdução.............................................................................. 4
2. Origem dos Subprodutos do Algodão.......................................... 7
3. Toxicidade.............................................................................. 11
4. Caroço de Algodão................................................................... 15
4.1 Caroço de algodão, fonte de gordura naturalmente protegida....... 16
4.2 Caroço de algodão como fonte de fibra efetiva........................... 22
4.3 Caroço de algodão para ovinos................................................ 30
4.4 Caroço de algodão na suplementação de bovinos a pasto............ 32
4.5 Fornecimento do caroço de algodão: inteiro ou moído?................ 38
5. Casca de algodão..................................................................... 39
6. Farelo de algodão.................................................................... 47
7. Conclusão............................................................................... 57
Referências bibliográficas............................................................. 58
Minerais
(macro e micro)
Fonte: Cottonseed Feed Products Guide (1998), citado por Araújo et al.
(2003).
Composição (%)
Subproduto Umidade Proteína Extrato Fibra Cinzas
(máx.) bruta etéreo bruta (máx.)
(mín.) (mín.) (máx.)
Farelo 12 50 - 8 6
(solvente) tipo
50
Farelo 12 40 2 15-16 6
(solvente) tipo
40
Farelo c/ casca 10 30 2 23 6
tipo 30
Farelo c/ casca 12 25 - 25 7,5
tipo 25
Casca de 10 3-3,5 - 40-44 3
algodão
prensado solvente
Fonte: Cottonseed Feed Products Guide (1998), citado por Araújo et al.
(2003).
Dietas
A B C D E
Consumo de MS 20,7b 21,1ab 21,4ab 21,7ab 22,7a
kg/dia
Consumo de gossipol 0c 31,16b 31,96b 31,65b 63,88a
mg/kg PV/dia
Produção de leite 28,6b 30,8ab 30,8ab 31,1ab 32,6a
kg/dia
Produção de leite 27,5b 29,8ab 28,6b 29,7ab 31,0a
Corrigido 3,5%
% gordura no leite 3,27 3,31 3,08 3,28 3,24
Sabe-se que quando o nível de FDN efetivo cai na dieta, ocorre uma
diminuição no teor de gordura no leite. Várias teorias foram desenvolvidas
para explicar essa queda. A menor relação acetato:propionato no rúmen
para dietas com baixo FDN efetivo tem sido uma das teorias. No entanto,
os autores acima citados avaliaram a quantidade e a proporção de ácidos
graxos voláteis no rúmen, e observaram que a dieta com caroço de
algodão apresentou valores muito semelhantes à dieta com fibra oriunda
da forragem (Tabela 10).
Dietas Efeito
0 6,25 12,50 18,75 25,00
Consumo de MS, 21,43 21,38 22,03 24,27 23,50 Linear
kg/dia
Produção de leite
kg/dia 29,5 30,24 31,25 32,67 32,27 NS
Kg/dia corrigido 26,7 28,12 30,22 30,74 31,68 Linear
3,5%
Gordura no leite, % 2,91 3,15 3,33 3,13 3,39 NS
Adaptado de Melo et al. (2007).
0 12 24 35 45
Consumo, g/kg0,75
Digestibilidade, %
Vale salientar que o experimento acima citado foi realizado nos EUA
e, apesar de os animais estarem no período da entressafra, a pastagem
estava em bom estado nutricional, principalmente no aspecto proteína
bruta, uma vez que os teores observados estavam sempre acima da
exigência em proteína bruta por novilhas.
Sem Com
suplementação suplementação
Peso vivo inicial, kg
Ano1 264 267
Ano 2 257 256
Ganho médio diário,
kg/dia
Ano 1 0,46b 0,56a
Ano 2 0,23b 0,46a
Ganho por área, kg/ha
Ano 1 223b 293a
Ano 2 147b 318a
Lotação, novilhas/ha
Ano 1 5,87 6,35
Ano 2 7,84 8,40
Adaptado de Poore et al. (2006).
casca de algodão
Autores MS PB EE MM FDN FDA
% % na matéria seca
Jorge, 2005 92,2 10,9 3,3 - 83,7 62,3
Nutrientes, % na MS
FDN 40,8 40,6 40,1 40,7 -
EE 4,5 4,5 4,1 4,0 -
Desempenho
Consumo de MS, % do PV 3,9 3,9 4,0 4,2 Linear
Produção de leite kg/dia 36,6 38 37,9 38,6 Linear
Gordura no leite, % 3,40 3,54 3,48 3,49 NS
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