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INTRODUÇÃO
DERMATOFITOSES
PITIRÍASE VERSICOLOR
• Camada córnea da epiderme, causada pela Malassezia furfur (levedura – flora normal da pele).
• Maior prevalência em regiões quentes e úmidas.
• Acomete adultos de ambos os sexos: menos frequentes em crianças e idosos – levedura lipofílica (aumento
de lipídios na pós-puberdade e diminuição na 3ª idade).
• Predisposição constitucional: má nutrição, hiper-hidroses e imunodepressão.
• Assintomática, evidenciada por exposição solar – manchas discrômicas na pele (“versicolor”).
• Máculas com descamação de cor variável: se pele clara, podem ser acastanhadas, cor “café-com-leite” ou
hipercrômicas, se pele escura ou negra, costumam ser hipocrômicas ou, menos frequente, hipercrômicas.
o Sinal da unha: descamação furfurácea ao se passar a unha sobre a mancha
▪ Sinal de Zileri se for por estiramento da pele.
o Regiões palmares e plantares e mucosas nunca são afetadas.
• DX: luz de Wood revelando fluorescência rósea-dourada. Exame histológico releva abundantes esporos e
pseudo-hifas basófilas (H.E.) na camada córnea
FOLICULITE PITIROSPÓRICA
• Dermatomicose rara: manchas castanhas escuras ou pretas nas palmas das mãos ou bordas dos dedos.
• Cladosporium werneckii: fungo filamentoso preto.
• DX: exame direto revela hifas escuras septada – não confundir com melanoma.
• Regride com antifúngicos tópicos.
PIEDRA PRETA
• Nódulos pretos que envolvem e são aderentes à haste dos cabelos (barba e bigode eventualmente).
• Piedraia bortai: fungo filamentoso preto. Áreas tropicais e Brasil (Amazônia).
• TTO: corte dos cabelos e uso de antifúngicos tópicos.
TRICOSPORONOSE
• Vários quadros clínicos causado pela levedura Trichosporom beigelii: saprofitários (piedra branca) até pro-
cessos sistêmicos graves em imunodeprimidos.
• PIEDRA BRANCA: concreções de cor branca a castanha-clara em hastes pilosas de pelos pubianos, genitais,
axilares, barbar, bigode e couro cabeludo, de consistência cremosa, na porção distal da haste e de fácil
remoção mecânica. Tratada com corte dos pelos comprometidos e antifúngicos tópicos.
• T. GÊNITO-INGUINAL: erupção eritêmato-escamosa pruriginosa. No pênis, pode assumir disposição em
faixa unilateral, quase sempre à esquerda. Costuma acometer pelo e pode estar associado com tinha ingui-
nal e candidose.
CANDIDOSE
• Candidíase ou monilíase: infecção cutânea, cutâneo-sistêmica ou sistêmica por leveduras do gênero Can-
dida.
o Candida albicans: levedura saprófita, eventualmente patógena, que em determinadas condições
pode se multiplicar, tornando-se parasita, com esporos, hifas e pseudo-hifas.
• Condições que facilitam proliferação: menor grau de defesa (criança e idoso), gravidez (aumento de glicídios
na vagina) e uso de AC, antibioticoterapia, diabetes, uso de corticoides e citostáticos, doenças gerais (linfo-
mas, tumores malignos, AIDS), umidade e maceração cutânea (ex.: dermatite das fraldas), etc.
• CANDIDOSE ORAL: comum nos lactentes (estomatite cremosa ou sapinho) – flora microbiológica da boca
ainda não estabelecida e provável contaminação na passagem pelo canal vaginal. Também em idosos com
dentes malconservados ou próteses e em imunodepressões. Contaminação secundária em lesões da mu-
cosa bucal, como no pênfigo vulgar e na sífilis.
o Placas cremosas esbranquiçadas, circulares ou ovais, isoladas ou confluentes, que podem com-
prometer toda a cavidade oral, recobertas por induto esbranquiçado.
▪ Casos graves: atingem faringe, laringe, esôfago, traqueia e brônquios – dificuldade respi-
ratória.
o Queilite angular: fissura na junção dos lábios que pode ser causada por Candida.
o TTO: eliminação dos fatores predisponentes é a primeira condição. Droga eletiva é a nistatina em
suspensão oral. Clotrimazol em solução também é efetivo.
• ANTIFÚNGICOS: nistatina (candidose oral esofagiana e intestinal – não é absorvida, eliminada inalterada)
e imidazólicos topicamente; fluconazol (1ª escolha), itraconazol (oral, vulvovaginal e balanoprepucial) e
ketoconazol (menos eficaz e tolerável que itraconazol) sistemicamente.