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Sabemos que segmentos orientados paralelos, com o mesmo comprimento e com o mesmo
sentido representam o mesmo vetor. Além disso, como o segmento que une os pontos
médios de dois lados de um triângulo é paralelo e tem a metade do comprimento do
−→ −−→ −→ −−→ −−→ −−→
terceiro lado vemos, por exemplo, que AP = M N , P C = M N e M B = P N . Daı́
−→ −−→
• AP = M N ⇒ P − A = N − M ⇒ A = M − N + P ⇒ A = (6, 1, 2).
−−→ −−→
• M B = P N ⇒ B − M = N − P ⇒ B = M + N − P ⇒ B = (4, −1, −6).
−→ −−→
• P C = M N ⇒ C − P = N − M ⇒ C = −M + N + P ⇒ C = (2, 3, 0).
Portanto os vértices do triângulo são os pontos (6, 1, 2), (4, −1, −6) e (2, 3, 0).
−−→ −−→
• M C = AM ⇒ C − M = M − A ⇒ C = 2M − A ⇒ C = (6, −1, 3).
−−→ −−→
• M D = BM ⇒ D − M = M − B ⇒ C = 2M − B ⇒ D = (1, −9, 7).
Exercı́cio 3: Em um plano cartesiano considere os pontos A = (4, 6) e B = (6, 5).
Determine um ponto C sobre o eixo x e determine um ponto D no eixo y de modo que
ABCD seja um paralelogramo contido no primeiro quadrante.
−−→ −→
O ponto C = (x, 0) e o ponto D = (0, y) são tais que DC = AB. Daı́ C − D = B − A
⇒ (x, 0) − (0, y) = (2, −1) ⇒ (x, −y) = (2, −1) ⇒ x = 2 e y = 1. Portanto C = (2, 0)
e D = (0, 1).
SOLUÇÃO: Queremos um ponto P = (x, 0, 0) tal que dist(P, A) = dist(P, B). Como
distância é um número positivo, esta igualdade é equivalente a dist2 (P, A) = dist2 (P, B).
Daı́ dist2 (P, A) = dist2 (P, B) implica (x − 3)2 + 1 + 16 = (x − 1)2 + 4 + 9 cuja solução
é x = 3. Portanto P = (3, 0, 0).
Exercı́cio 5:
(a) Dados dois vetores V e W , sabemos que a soma V + W pode ser obtida pela
regra do paralelogramo. O vetor V + W é um vetor que está na direção da reta
bissetriz do ângulo formado por V e W ? Em outras palavras, a diagonal V + W
do paralelogramo divide os ângulos deste paralelogramo em dois ângulos iguais?
(b) Qual é a condição sobre V e W para que a resposta do item (a) seja afirmativa?
SOLUÇÃO:
(a) A figura a seguir mostra que, em geral, o vetor V + W não está na direção da
bissetriz do ângulo formado pelos vetores V e W . Observe que nesta figura α 6= β.
(b) Se V e W tiverem a mesma norma, então o paralelogramo de lados paralelos a
V e a W é, de fato, um losango. Neste caso, as diagonais do losango estão nas
direções das bissetrizes dos ângulos internos do losango.
√ √
(c) Se V = (3, 4) e se W = (12, 5) então k V k= 9 + 16 = 5 e k W k= 144 + 25 =
13. Como estes vetores não possuem a mesma norma, vimos que o vetor V + W
não está na direção da reta bissetriz do ângulo entre V e W . Para determinar esta
bissetriz podemos multiplicar V por um número a e podemos multiplicar W por
um número b de modo que os vetores aV e bW possuem a mesma norma. Daı́,
como vimos no item anterior, o vetor aV + bW está na direção da reta bissetriz.
(veja figura a seguir)
Existem várias escolhas para estes escalares a e b. Existem alunos que preferem
dividir V e W pelas suas normas, para obter vetores unitários. Outra possibilidade,
para evitar frações, é multiplicar cruzado: V pela norma de W e multiplicar W pela
norma de V . Fazendo isso no nosso exemplo, obtemos os vetores 13V = (39, 52)
e 5W = (60, 25). Estes dois vetores possuem norma 5 × 13 = 65 e são tais que a
soma 13V + 5W = (99, 77) é um vetor na direção da reta bissetriz do ângulo entre
V e W.
Observe que qualquer múltiplo deste vetor também é um outro vetor na direção da
reta bissetriz do ângulo entre V e W . Assim, multiplicando este vetor 13V +5W =
1
(99, 77) por encontramos o vetor (9, 7) que também está na direção da reta
11
bissetriz do ângulo entre V e W .
• Se x = 2 então V = (2, −1, −4). Neste caso, hV, ~ji = −1 é negativo e, portanto,
x = 2 não nos interessa.
Exercı́cio 9: Dado um vetor não nulo V e dado um vetor W podemos definir o vetor
projV (W ), projeção ortogonal de W na direção de V .
Observe que o vetor projV (W ) é um múltiplo escalar de V . Isto é, existe um número
real α tal que projV (W ) = αV . Determine este número real α observando que o vetor
W − projV (W ) é ortogonal a V . Demonstre que
hW, V i
projV (W ) = V .
hV, V i
SOLUÇÃO: Para resolver este problema você não precisa já ter estudado o conceito de
projeção ortogonal. Este exercı́cio pede apenas que uma expressão seja demonstrada.
Observe que os passos desta demonstração estão escritos no próprio enunciado.
Pela definição de projeção ortogonal, o vetor projV (W ) é paralelo ao vetor V . Logo
existe um número real α tal que projV (W ) = αV . O vetor diferença W − projV (W )
(linha pontilhada da figura) é ortogonal a V . Logo o produto escalar entre estes dois
vetores é igual a zero.
hW, V i
αhV, V i = hW, V i ⇒ α = .
hV, V i
hW, V i
projV (W ) = V .
hV, V i
SOLUÇÃO:
−−→ −→ −→
O vetor AH é a projeção ortogonal do vetor AC sobre o vetor AB. Isto é,
−→ −→
−−→ −→ hAC, ABi −→
AH = proj− → (AC) =
AB −→ −→ AB .
hAB, ABi
−→ −→
Como AB = (6, 3, 3) e AC = (2, −1, 3) obtemos
−−→ 12 − 3 + 9 1
AH = (6, 3, 3) = (6, 3, 3) = (2, 1, 1) .
36 + 9 + 9 3
−−→ −−→
Como AH = H − A, obtemos H = A + AH = (1, 0, 1) + (2, 1, 1) = (3, 1, 2).
- FIM -