Introdução

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Introdução:

Este trabalho tem como base a elaboração de um comentário ao filme "Versalhes, o Sonho de
um Rei", realizado por Thierry Binist, onde revivemos o reinado de Luís XIV, focado na
construção do Palácio de Versalhes, que será tido em conta como o mais sumptuoso palácio real
de toda a Europa, faz, ainda, referência ao projeto político do rei absoluto que detinha um
enorme gosto pelas artes.

Breve biografia de Luís XIV:

Nasceu em Saint-Germaine-en-Laye, filho de Luís XIII da França e de Ana da Áustria. Em


1642, quando tinha apenas 4 anos, o pai morre e é tornado rei. Durante a infância, o país é
governado pela mãe, a regente, e pelo primeiro-ministro, cardeal Mazarin.
Em 1660, com 22 anos, casa-se com Maria Teresa, filha do rei Felipe IV, da Espanha. Um ano
depois, o cardeal Mazarin morre e Luís assume o trono. Desde o início do governo, adota o
absolutismo. Extingue o cargo de primeiro-ministro, mantendo apenas um chanceler, quatro
secretários e um administrador das finanças, submetidos a seu controle.
No seu reinado, persegue os protestantes, reorganiza o Exército e trava guerras contra Espanha,
Holanda, Áustria e Luxemburgo. Luís XIV também contribui para o desenvolvimento das artes
e ciências na França.
Este monarca é responsável pela construção de academias de artes, ciências, pintura e escultura.
Caprichoso, aprecia a etiqueta e as festas e mantém várias amantes. A ele atribui-se a frase:
"L''État c'est moi" (O Estado sou eu) e ficou conhecido como Rei Sol por escolher a imagem do
astro-rei como seu emblema. Ao morrer, em Versalhes, deixa o país em péssima situação
econômica devido aos gastos exorbitantes.
Comentário:

Em 1649, com o apoio da nobreza provinciana, Paris revolta-se contra o poder real, fazendo
Luís XIV fugir com a sua família, escapando à morte, sentindo-se humilhado, o que marcará o
seu reinado. O monarca nunca mais deixará alguém ter mais poder e riqueza, visto que, o poder
da época denotava-se pela riqueza, que o próprio rei, começando por exilar
Nicolas Fouquet (Primeiro-Ministro) e retirando para seu serviço Le Vau, Le Brun e Le Nôtre,
que serão referido mais à frente. A seguir ao exílio, o monarca nomeia Colbert como Ministro
de Estado e depois Superintendente dos edifícios do Rei.
O filme inicia-se neste acontecimento e a rainha-mãe faz referência a Deus, aquando o seu filho
lhe pergunta se lhe vão tirar a coroa, deparamo-nos então com a figura do rei como "(...) lugar-
tenente de Deus na Terra (...)", a partir desta cena reparamos que o futuro rei de França é
denominado de Sire, este nome é o título de tratamento que se dava aos soberanos de França e
também nos liga à função régia ligada à paternidade.
A 1662, o monarca visita Versalhes, sítio da residência de caça de seu pai, Luís XIII,
acompanhado pela sua amante, Louise de La Vallière e alguns nobres que percorreram com ele
os pântanos, a fim de conseguir que estes lhe vendessem os terrenos. Em relação à amante, a
primeira de três, era obrigada a permanecer atrás da rainha e ser sua dama de companhia, deixou
dois filhos ao rei e é obriga a entrar num convento em 1667, sendo "trocada" pela Madame
de Montespan, segundo amor de Luís XIV. Nesta trama, sobressaí a distinção do papel rei e
rainha, para o rei: a guerra e a política, para a rainha: a caridade e maternidade, assegurando a
descendência real, dando seis filhos ao rei, Maria Teresa não passava de uma figurante na corte,
o esposo passeava e aparecia acompanhado, principalmente, pelas amantes.
No Palácio de Versalhes, assistimos à preparação das festas do Carrousel, onde experimenta o
facto de sol, exprime que era uma pessoa vaidosa e que tinha necessidade de demonstrar o poder
e ser o centro, tal máscara deu-lhe o título de Rei Sol.
Le Vau, o arquiteto ao serviço do rei, apresenta a primeira maquete para a mudança/construção
de Versalhes, mas o monarca recusa, pois esta fazia desaparecer a residência de caça e ele
queria preservar a memória do pai. Iniciam-se as primeiras construções, arranjando os jardins e
os bosques que rodeavam a casa. Cinco anos depois, Le Notrê apresenta os planos para os
jardins e Colbert demonstra preocupação com os gastos que tudo isto implicava, muitos
impostos foram lançados e os cofres estão vazios.
Caracterizado como indeciso pelo ministro e os artistas, decide demolir o trabalho feito desde à
um ano, aceitando a proposta de Le Vau que consistia em: conservar o palácio
antigo, envolvendo de edifícios novos, e para acelerar a construção vão ser feitos dois turnos
(dia e noite), trabalhando 24 horas e 7 dias por semana. Esta carga horária e os acontecimentos
como as mortes ocultadas no turno da noite, leva ao descontentamento dos trabalhadores,
expressada a Luís XIV numa das suas visitas ao local de construção, uma mulher revela o seu
desagrado após a morte do seu filho, sendo castigada e dando origem a uma medida do monarca
- elaboração de uma lista de pagamentos pelos danos causados fisicamente aos trabalhadores
com base na hierarquia do Terceiro Estado.
Por esta altura, o monarca absolutista põe início ao seu projeto político, trazer a nobreza para
Versalhes, com a realização de festas e satisfazendo a sociedade de prazeres da época, vão-se
deslumbrando os membros da corte pelo novo palácio e aparece em 1671 de peruca, com o
plano de que a moda seria decidida em Versalhes , ditada pelo rei, e para seguir as tendências
é necessário estar perto dele. Com o propósito assinalado, acrescenta casas, chamando nobres,
comerciantes e industriais.
Entretanto surge o problema da falta de água no palácio real, devido aos exorbitantes gastos que
causavam as fontes e os jardins e cada vez mais era preciso ir buscar água mais longe o que
custava uma fortuna, problema que inquietava Colbert, tentando acalmá-lo o soberano
proclama: "Não estamos a construir para nós, Colbert, construímos para França.", pensava
sempre em elevar o Estado perante a Europa e o Mundo, sem olhar meios para tal.
Com a sucessão destes acontecimentos, consegue finalmente que Versalhes se torne a morada
do rei de França, instalando a corte neste palácio real, apesar de esta mostrar indignação por
terem de deixar a cidade e inicia-se a construção da Grande Galeria.
Le Vau morre e sucede-lhe François D'

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