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Ana Paula Pujol

Nutricionista graduada pela Universidade do Vale do Itajaí-SC.

Aperfeiçoamento em Nutrição Estética.

Pós Graduada em Nutrição e Qualidade de Vida.

Pós Graduanda em Obesidade e Emagrecimento.

Presidente da Associação Brasileira de Nutrição Estética (ABNES).

Doutora em Educação pela Universidade Católica de Santa Fé – Argentina.

Coordenadora da Pós Graduação em Nutrição Aplicada à Estética (Instituto Ana Paula

Pujol/Faculdade Inspirar).

Co-autora do livro: Nutrição Estética, Editora Atheneu.

Autora do livro: Nutrição Aplicada à Estética, Editora Rúbio.

Presidente da Associação Brasileira de Nutrição Estética (ABNES)

Diretora de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol.

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NUTRICOSMÉTICOS: Receitas e Formulações para a Beleza
Copyright© 2012 IEPN – Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA
ISBN 978-85-912838-2-8

Todos os direitos reservados.


É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes,
sem a autorização por escrito do IEPN – Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA.

Produção e Capa
IEPN – Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA.

Correção Ortográfica
Márcia Elisa Haeser

Editoração
Djoni Borges de Carvalho

Fotos
Cid Moreira Fotografias
CNPJ05.591.311/0001-96

IEPN - Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME
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Dedicatória

Dedico esta obra aos amores e inspiração da minha vida:

minha filha Maria Eduarda e meu esposo Djoni

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Agradecimento

Aos Mercadinhos São Luiz, Fortaleza, CE, por viabilizar a

execução das receitas com o fornecimento dos insumos.

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Colaboradores

Criação e execução das Receitas:

Nívea Maria Albuquerque Dias


Nutricionista clínica, formada pela Universidade de Fortaleza Unifor.
Extensão universitária no Programa Interdisciplinar de Nutrição aos Transtornos Alimentares e Obesidade –
PRONUTRA.
Pós graduada em Nutrição Aplicada à Estética pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci- Instituto Catarinense de
Pós Graduação, João Pessoa, PB.

Kesley Almeida de Oliveira


Acadêmica do Curso Bacharelado em Nutrição da Faculdade Estácio do Ceará.

Capítulo Prescrição Nutricional:

Leandro Medeiros
Farmacêutico graduado pela Universidade Federal de Pernambuco.
Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Gama Filho.
Especialista em Manipulação Alopática Magistral pela Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica, pela Universidade Federal de Pernambuco,
com linha de pesquisa em tecnologia farmacêutica de nutracêuticos.
Docente e coordenador acadêmico dos núcleos de farmácia e nutrição do IDE Cursos-PE/Faculdade Redentor-RJ.
Docente titular das disciplinas de Fitoterapia e Suplementação Nutricional dos cursos de pós-graduação em
nutrição clínica e estética dos instituto de ensino Instituto Ana Paula Pujol-SC e faculdades FAVIP-PE, FIP-PB e FARN
-RN.

Colaboração:

Pâmella Cristine Duarte


Nutricionista graduada pela Universidade do Vale do Itajaí-SC
Mestranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), SC, área de concentração -
Produtos naturais e substâncias bioativas.
Nutricionista do Núcleo de Atenção a Saúde da Família - NASF - Balneário Piçarras, SC.

Andrielle Petry
Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, SC
Estagiária do Departamento de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol.

Luana Bertamoni
Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, SC
Estagiária do Departamento de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol.

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Apresentação

A necessidade de pertencer ao grupo social, possuindo traços e contornos corporais condizentes com os

padrões existentes, tão necessários para o equilíbrio psíquico do indivíduo, faz da imagem pessoal um elemento
fundamental para a caracterização da saúde plena e, do ponto de vista econômico, para sua inserção no mercado

de trabalho. Assim, neste mundo orientado pelo mercado, não ficaria fora do sistema o culto ao corpo, que passa a

ser objeto de manipulação por parte do mercado, com suas atuais estruturas de produção e consumo, alimentado

pela mídia de massa.

Estimulados pelo crescimento considerável deste mercado da beleza, surgem os “nutricosméticos”, que

possuem na formulação compostos bioativos de origem vegetal, sais minerais, aminoácidos, vitaminas e
fitoterápicos, os quais atuam isoladamente ou em sinergia, promovendo a beleza por meio de um corpo saudável.

A rigor, não poderíamos chamá-los de nutricosméticos, pois esta terminologia não é reconhecida do ponto de
vista legal. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enquadra os produtos nutricosméticos na
categoria de alimentos funcionais, substância bioativa, suplementos nutricionais ou fitoterápicos, dependendo da

natureza do produto. Um projeto para definir padrões e harmonizar os apelos mercadológicos dos benefícios
desses complementos ainda está em discussão, mas embora a Anvisa não classifique ou registre nenhum produto
como nutricosmético e esse nome seja apontado por especialistas na área da beleza como mais uma invenção de

marketing, a comunidade científica reforça que o conceito de que “beleza começa de dentro” cresce a cada dia.

Este conceito surgiu da hipótese de que esta não pode ser nutrida somente por meio da utilização de cremes

hidratantes e soluções tópicas. Esta hipótese é fortalecida por inúmeros estudos científicos de revisão e

experimentais que relacionam o consumo de suplementos e fitoterápicos com a melhora da pele, celulite, flacidez,

fortalecimento de cabelos e unhas e fotoproteção oral.

Prova do crescimento dos “nutricosméticos” é o desenvolvimento e lançamento de produtos nutricionais com


fins estéticos por grandes empresas do ramo da alimentação como Nestlé®, Danone® e Unilever®. Paralelo a este

fato, indústrias como L´Oréal® e Racco®, antes produtoras de produtos cosméticos, investem nos últimos anos em

pesquisas e desenvolvimento de produtos nutricionais orais com apelo estético.

Apesar do constante crescimento do mercado de nutricosméticos e dos suplementos nutricionais de forma

geral, o profissional nutricionista possui conhecimentos direcionados aos alimentos e técnica dietética, que por sua

vez podem ter o seu uso e consumo direcionados para a saúde e beleza no âmbito da Nutrição Aplicada à Estética.

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Apresentação

Neste contexto, receitas contendo alimentos detentores de compostos bioativos capazes de prevenir ou tratar
desordens estéticas devem ser incentivadas primariamente. O Manual de Nutricosméticos: Receitas e Formulações

para a Beleza nasceu da necessidade de disseminar conhecimentos associados à prática clínica em nutrição
aplicada à estética, contribuindo para o fortalecimento do tema e para rápida consulta em uso clínico. É uma obra
indispensável e que pretende, de forma simples e objetiva, auxiliar a prática clínica do profissional nutricionista,

médico e do farmacêutico, ampliando e enriquecendo a visão clínica e acadêmica sobre este tema ainda tão

carente de publicações.

A obra busca preencher uma lacuna na área através de receitas e formulações, recomendando tratamentos a

base de alimentos, suplementos, fitoterápicos e compostos bioativos para vários tipos de desordens estéticas,
inserido da proposta de ser um guia prático em nível de consultório para nutricionistas, médicos e farmacêuticos.

O Manual de Nutricosméticos: Receitas e Formulações para a Beleza discorre, na primeira parte, sobre as
justificativas para a suplementação, a legislação que embasa a prescrição das substâncias citadas na obra pelo
profissional nutricionista, as bases para prescrição nutricional, as possíveis interações nutricionais nas formulações,

os efeitos colaterais e contraindicações dos ativos e fontes alimentares das substâncias citadas nas formulações.

A segunda parte contempla receitas seguidas de sugestões de formulações e a fundamentação teórica que
embasa a prescrição nas desordens estéticas faciais e corporais, além de receitas e fórmulas direcionadas situações

comumente encontradas na prática clínica como a redução da ansiedade, compulsão por doces, e melhora dos

sintomas característicos do período pré-menstrual.

As fórmulas descritas no manual, são sugeridas somente para adultos (18 a 64 anos) e devem ser prescritas de

forma individualizada, considerando aspectos clínicos, bioquímicos e socioeconômicos. Faz-se necessário também,

o acompanhamento do paciente/cliente, associado ao Plano Alimentar individualizado.

Meu desejo é que os profissionais nutricionistas possam encontrar na obra uma ferramenta de consulta prática
em consultório para nortear as prescrições nutricionais aplicadas à estética, que os pacientes/clientes possam

usufruir das receitas e formulações prescritas para melhora da saúde física e psíquica e que os interessados ou

entusiastas no tema encontrem na obra um guia culinário na elaboração de receitas promotoras da estética e
saúde.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 — Por que suplementar? 16

CAPÍTULO 2 — Legislação 19
Suplementos Fitoterápicos Liberados para Prescrição por Nutricionista 20

Fitoterápicos 28
Referências 32

CAPÍTULO 3 — Prescrição Nutricional 34


Formas Farmacêuticas 35
Formas Farmacêuticas Sólidas Para Via Oral 36

Formas Farmacêuticas Nutricionais Contemporâneas: Sucos, Sopas, Sorvetes,


Frapês, Leites, Iogurtes Caldas e Mousses 42

Formas Farmacêuticas Liquidas Via Oral 45

Flaconetes: Formas Farmacêuticas? 47

Formas Farmacêuticas Semissólidas Via Oral 48


Formas Farmacêuticas para Via Sublingual 49

Tópicos Especiais para Prescrição Nutricional 50

CAPÍTULO 4 — Interações Nutricionais 54


Referências 58

CAPÍTULO 5 — Efeitos Colaterais 61


Referências 88

CAPÍTULO 6 — Fontes Alimentares 101

10
CAPÍTULO 7 — Acne 106
Mix de Fibras 108

Coquetel Antiacne 110


Suco Antiacne 112

Formulações 114

Fundamentação Teórica 120

Referências 122

CAPÍTULO 8 — Ansiedade 124


Creme de Maracujá 126

Sopa Anti ansiedade 128

Maionese de Maracujá 130

Formulações 132
Fundamentação Teórica 135
Referências 137

CAPÍTULO 9 — Envelhecimento Cutâneo 139


Batida Antioxidante 141
Suco Antioxidante 144
Patê Antioxidante 146

Formulações 149
Fundamentação Teórica 158

Referências 163

CAPÍTULO 10 — Estímulo da Melanogênese 168


Salada de Quinua com Linhaça 170
Salada de Brócolis com Tomate e Milho 173
Wrap de Cottage com Cenoura 176
Formulações 178
Fundamentação Teórica 180
Referências 181

11
CAPÍTULO 11 — Hidratação Cutânea 182
Suco refrescante 184

Atum Crocante com Linhaça 186


Suco Hidratante 189

Formulações 191
Fundamentação Teórica 193
Referências 194

CAPÍTULO 12 — Fortalecimento de Cabelos e Unhas 195


Grape de Nozes 197

Frapê Fresh 199


Suco Hair Shine 201
Formulações 203
Fundamentação Teórica 215
Referências 220

CAPÍTULO 13 — Celulite 224


Creme Flocado de Cacau 226

Patê de Tomate 228


Patê de Cenoura 230
Formulações 232
Fundamentação Teórica 238
Referências 242

CAPÍTULO 14 — Clareadores da Pele 246


Batida Refrescante de Romã 248

Flã de Romã 251


Salada Color com Romã 254
Formulações 257
Fundamentação Teórica 260
Referências 261

12
CAPÍTULO 15 — Constipação 262
Coquetel Laxante I 264

Coquetel Laxante II 266


Formulações 268
Fundamentação Teórica 270
Referências 272

CAPÍTULO 16 — Disbiose 274


Mousse de Maracujá 276

Creme de Papaia com Cassis 278


Salada de Frutas com Cubos de Frozen 280

Formulações 282
Fundamentação Teórica 284
Referências 285

CAPÍTULO 17 — Diuréticos 286


Suco Mix 288

Sopa Diurética 290


Suco Verde Diurético 293
Formulações 295
Fundamentação Teórica 296
Referências 297

CAPÍTULO 18 — Flacidez Dérmica 298


Suco de Maçã com Uva 300

Carne de Soja ao Molho 302


Formulações 305
Fundamentação Teórica 307
Referências 308

CAPÍTULO 19 — Fotoproteção Oral 310


Suco Refrescante 312

13
Salada Fotoprotetora 314
Coquetel de Salada 317
Formulações 319
Fundamentação Teórica 321
Referências 323

CAPÍTULO 20 — Inibição da Compulsão por Doces 325


Crepe de Banana Passa com Calda de Laranja 327

Bolinhas de Banana Passa com Calda de Chocolate 330


Smoothie de Maracujá 332
Formulações 334
Fundamentação Teórica 336
Referências 338

CAPÍTULO 21 — Modulação Glicêmica e Melhora da Resistência Insulínica 340


Sopa de Amaranto 342

Shake do Bem 344


Arroz Integral com Berinjela 346
Formulações 349
Fundamentação Teórica 352
Referências 354

CAPÍTULO 22 — Pré e Pós Peeling 356


Patê de Alho 358

Escondidinho de Abóbora 360


Milk Shake de Whey Protein 362
Formulações 364
Fundamentação Teórica 367
Referências 369

CAPÍTULO 23 — Saciedade 370


Sopa Sacietógena 374

14
Salada de Soja 372

Crepe Vegetariano 379


Formulações 382
Fundamentação Teórica 384
Referências 386

CAPÍTULO 24— Síndrome pré-menstrual 388


Shake Anti TPM 390

Salada Calmante 392

Tarte de Leite Creme 394

Formulações 397
Fundamentação Teórica 399

Referências 401

CAPÍTULO 25— Termogênicos 403


Arroz Termogênico 405

Sopa Verde 408

Chá Termogênico 411

Formulações 413
Fundamentação Teórica 419

Referências 423

APÊNDICE — Legislação 428

15
1 - POR QUE
SUPLEMENTAR?

16
Por que Suplementar?

A variabilidade nutricional em um mesmo alimento pode ser significativa e diversas causas podem contribuir

para esta diferença, entre elas, a concentração de nutrientes no solo, as condições climáticas, o tempo

entre colheita e consumo efetivo, a modificação genética e o grau de maturação dos vegetais. Além disso, há
também as perdas nutricionais devido a operações de processamento como descascamento, lavagem, trituração,

armazenamento em temperaturas inadequadas, cocção e oxidação. O armazenamento de frutos sob altas

temperaturas, por exemplo, aumenta a respiração e o metabolismo, alterando suas qualidades organolépticas por

mais tempo. Esse desequilíbrio pode resultar em alterações físicas e químicas nos alimentos.

O cenário de variabilidade nutricional é elucidado na divergência da composição nutricional de alimentos que

encontramos em distintas tabelas de composição química dos alimentos. Um trabalho realizado por Ribeiro et al
em 2003, objetivou avaliar a concordância entre os valores de macronutrientes e energia de alimentos analisados
em laboratório com os dados apresentados em tabelas e softwares de composição de alimentos em uso no Brasil.

Foram analisados 11 alimentos totalizando 701 amostras. Verificou-se que, dependendo do alimento, do nutriente
estudado e da tabela ou software escolhido para a comparação, ocorreram diferenças estatisticamente
significantes entre os dados analisados em laboratório e os dados de tabelas e softwares (Menezes et. al, 2003).

Há também o limitante da biodisponibilidade, ou seja, interação entre nutrientes que reduzem a absorção de
determinada substância seja na composição do alimento ou no lúmen intestinal. Neste ínterim, a própria

microbiota intestinal também pode contribuir para maior absorção de nutrientes como cálcio, ferro e vitaminas do
complexo B, em especial ácido fólico. Um intestino disbiótico pode reduzir a eficiência na mobilidade e função

intestinal na digestão e absorção de nutrientes.

É importante destacar que ainda são restritos na literatura estudos que descrevam o nível ótimo para ingestão
de diferentes nutrientes. As ingestões dietéticas de referência (DRI) estabeleceram as recomendações para
ingestão de vitaminas e minerais tendo como alvo a deficiência e, não, o nível excelente de ingestão (IOM, 2004).

Assim, seguir as riscas as recomendações nutricionais como base para prescrição nutricional pode, em longo prazo,
gerar deficiências nutricionais, considerando que além dos limitantes que promovem a variabilidade nutricional

citados acima, há uma lacuna denominada ADESÃO ALIMENTAR ao Plano Dietoterápico prescrito.

O cenário atual do mesmo modo é composto por um repertório cada vez menor, especialmente de frutas e
verduras, no mundo onde a falta de tempo predomina, instigando ao consumo de fast foods, em geral muito ricos

em carboidratos, gorduras e energia, mas pobres nutricionalmente.

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Por que Suplementar?

Independentemente destes limitantes, o profissional da nutrição deve promover a educação nutricional e


estimular hábitos alimentares saudáveis através da orientação dietética, podendo ver nas formulações uma forma

de preencher as lacunas nutricionais provenientes destes limitantes. Assim, a reeducação alimentar deve ser

priorizada e a suplementação deve ser uma alternativa para suprir carências nutricionais ou reduzir os sinais

clínicos, físicos e bioquímicos que levam a queixas de saúde e estética dos pacientes/clientes.

Os alimentos são fontes de nutrientes e fitoquímicos, em geral são menos onerosos e a composição sinérgica
dos compostos bioativos presentes dos alimentos podem muitas vezes conferir o seu poder funcional,

especialmente na prevenção de doenças crônico degenerativas.

A prescrição nutricional das formulações pode ser realizada com o auxílio do profissional farmacêutico, pois
apesar da prescrição nutricional ser vedada a nutricionistas e médicos, é ao farmacêutico que cabe selecionar o
preparo a partir de uma prescrição. Por isto, a integração entre estes profissionais permite o estabelecimento do

sucesso terapêutico no âmbito da adesão ao tratamento por parte do paciente, a integridade e as características

sensoriais do produto.

18
2 - LEGISLAÇÃO

19
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Suplementos e Fitoterápicos liberados para prescrição por


nutricionista

A prescrição de nutrientes é pertinente a médicos e nutricionistas e estes são os únicos profissionais legalmente

habilitados para tal procedimento.

As legislações relacionadas à prescrição de suplementos estão descritas a saber:

Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991;

Portaria nº 32, de 13 de janeiro de 1998;

Resolução Conselho Federal de Nutricionistas nº 390 de 22 de novembro de 2006.

Alguns importantes trechos na legislação pertinente:

LEI Nº 8.234, DE 17 DE SETEMBRO DE 1.991

Art. 4º Atribuições do profissional nutricionista:

VII - prescrição de suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta.

PORTARIA Nº 32, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

Classificam-se como Suplementos:

Vitaminas isoladas ou associadas entre si;

Minerais isolados ou associados entre si;

Associações de vitaminas com minerais.

RESOLUÇÃO CFN N° 390 de 22 de novembro de 2006

Art 4º- O nutricionista, ao realizar a prescrição dietética de suplementos nutricionais, deverá:

20
Por que Suplementar?

I considerar o indivíduo globalmente, respeitando suas condições clínicas, socioeconômicas, culturais e

religiosas.

III avaliar quais nutrientes possam eventualmente estar em falta no organismo por deficiência de consumo ou
distúrbios na biodisponibilidade.

IV considerar que, após a correção de hábitos alimentares, poderá haver necessidade de suplementação

nutricional para suprir possíveis deficiências de nutrientes.

Art 5º - A prescrição de suplementos nutricionais basear-se-á nas seguintes premissas:

Adequação do consumo alimentar;

Definição do período de utilização da suplementação;

Reavaliação sistemática do estado nutricional e do plano alimentar.

Prescrição por nutricionista


O nutricionista pode prescrever nutrientes (vitaminas, sais minerais, carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e
aminoácidos), desde que respeitados níveis máximos de segurança.

A Portaria nº 40, de 13 de janeiro de 1998, determina que sejam respeitados os níveis máximos de segurança
determinados pela Anvisa, sendo estes valores máximos permitidos de suplementação. Na ausência desses

valores, o profissional poderá basear-se naqueles correspondentes à UL (Limite superior tolerável de ingestão, do

inglês tolerable upper intake).

Caso não haja UL, o profissional deve basear-se nos níveis sugeridos em estudos experimentais publicados em

revistas científicas indexadas.

21
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

A tabela 2.1 descreve os níveis máximo de segurança para o consumo de vitaminas e sais minerais segundo

Anvisa (1998).

Componente Dose diária para adultos

Vitamina A 10.000 UI
Betacaroteno 25 mg
Vitamina D 800 UI
Vitamina E 1.200 UI
Vitamina C 1.000 mg
Vitamina B6 200 mg
Vitamina B2 200 mg
Vitamina B5 500 mg
Vitamina B1 200 mg
Vitamina B12 1.000 µg
Ácido Fólico 1 mg
Vitamina K 25 mg
Ácido Pantotênico 1.000 mg
Biotina 2,5 mg
Cálcio 1.500 mg
Fósforo 1.500 mg
Magnésio 700 mg
Ferro 65 mg
Flúor 4,0 mg
Zinco 30 mg
Cobre 9 mg
Manganês 10 mg
Molibdênio 350 µg
Selênio 150 µg
Cromo 1.000 µg
Iodo 600 µg
FONTE: Adaptado da Portaria n º 40, de 13 de janeiro de 1998, ANVISA

22
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

O Limite Superior Tolerável de Ingestão (UL, do inglês tolerable upper intake level) é o valor mais alto de

ingestão diária continuada de um nutriente que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em
quase todos os indivíduos de um estágio de vida ou gênero. À medida que a ingestão aumenta para além do UL o

risco potencial de efeitos adversos também aumenta.

Os valores dos UL enfocam os riscos de um excesso na ingestão inadequada de nutrientes e são


estabelecidos a partir de evidências qualitativas e quantitativas em estudos que avaliam a associação entre a
ingestão de nutrientes e a probabilidade de efeitos adversos. Portanto, o UL é determinado a partir da avaliação

dos níveis de ingestão, elegendo-se aquele nível em que não se observa nenhum efeito adverso, ou o nível mais
baixo de ingestão que não esteja associado a efeitos negativos. Este valor compreende a ingestão do nutriente
proveniente dos alimentos que constituem a dieta, uso de suplementos e água. O UL ainda não foi estabelecido
para todos os nutrientes, dentre eles o cromo, vitamina K, tiamina, vitamina B12, riboflavina, ácido pantotênico e
biotina. Neste caso, deve-se consultar dose máxima estabelecida pela Anvisa conforme descrito na tabela 2.1. A
tabela 2.2 descreve a UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos.

23
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos

Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)


19 a 30 anos 350 19 a 30 anos 350
Magnésio
31 a 50 anos 350 31 a 50 anos 350
51 a 70 anos 350 51 a 70 anos 350
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 10 19 a 30 anos 10
Flúor
31 a 50 anos 10 31 a 50 anos 10
51 a 70 anos 10 51 a 70 anos 10
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 20 19 a 30 anos 20
Boro
31 a 50 anos 20 31 a 50 anos 20
51 a 70 anos 20 51 a 70 anos 20
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 1 19 a 30 anos 1
Níquel
31 a 50 anos 1 31 a 50 anos 1
51 a 70 anos 1 51 a 70 anos 1
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 1,8 19 a 30 anos 1,8
Vanádio
31 a 50 anos 1,8 31 a 50 anos 1,8
51 a 70 anos 1,8 51 a 70 anos 1,8
Homens UL (µg) Mulheres UL (µg)
19 a 30 anos 10.000 19 a 30 anos 10.000
Cobre
31 a 50 anos 10.000 31 a 50 anos 10.000
51 a 70 anos 10.000 51 a 70 anos 10.000
Homens UL (µg) Mulheres UL (µg)
19 a 30 anos 1.100 19 a 30 anos 1.100
Iodo
31 a 50 anos 1.100 31 a 50 anos 1.100
51 a 70 anos 1.100 51 a 70 anos 1.100
Homens UL (µg) Mulheres UL (µg)
19 a 30 anos 2.000 19 a 30 anos 2.000
Molibdênio
31 a 50 anos 2.000 31 a 50 anos 2.000
51 a 70 anos 2.000 51 a 70 anos 2.000
Homens UL (µg) Mulheres UL (µg)
19 a 30 anos 400 19 a 30 anos 400
Selênio
31 a 50 anos 400 31 a 50 anos 400
51 a 70 anos 400 51 a 70 anos 400
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 11 19 a 30 anos 11
Manganês
31 a 50 anos 11 31 a 50 anos 11
51 a 70 anos 11 51 a 70 anos 11

24
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos (continuação)

Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)


19 a 30 anos 2.000 19 a 30 anos 2.000
Vitamina C
31 a 50 anos 2.000 31 a 50 anos 2.000
51 a 70 anos 2.000 51 a 70 anos 2.000
Homens UL( mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 35 19 a 30 anos 35
Niacina 31 a 50 anos 35 31 a 50 anos 35
51 a 70 anos 35 51 a 70 anos 35
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 100 19 a 30 anos 100
Vitamina B6
31 a 50 anos 100 31 a 50 anos 100
51 a 70 anos 100 51 a 70 anos 100
Homens UL (µg) Mulheres UL( µg)
19 a 30 anos 1000 19 a 30 anos 1000
Folato (DFE)
31 a 50 anos 1000 31 a 50 anos 1000
51 a 70 anos 1000 51 a 70 anos 1000
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 1000 19 a 30 anos 1000
Vitamina E
31 a 50 anos 1000 31 a 50 anos 1000
51 a 70 anos 1000 51 a 70 anos 1000
Homens UL (µg) Mulheres UL (µg)
19 a 30 anos 50 19 a 30 anos 50
Vitamina D
31 a 50 anos 50 31 a 50 anos 50
51 a 70 anos 50 51 a 70 anos 50
Homens UL (g) Mulheres UL (g)
19 a 30 anos 3,5 19 a 30 anos 3,5
Colina
31 a 50 anos 3,5 31 a 50 anos 3,5
51 a 70 anos 3,5 51 a 70 anos 3,5
Homens UL (µg) Mulheres UL (µg)
19 a 30 anos 3.000 19 a 30 anos 3.000
Vitamina A
31 a 50 anos 3.000 31 a 50 anos 3.000
51 a 70 anos 3.000 51 a 70 anos 3.000
Homens UL Mulheres UL
19 a 30 anos ND 19 a 30 anos ND
Tiamina
31 a 50 anos ND 31 a 50 anos ND
51 a 70 anos ND 51 a 70 anos ND
Homens UL Mulheres UL
19 a 30 anos ND 19 a 30 anos ND
Riboflavina
31 a 50 anos ND 31 a 50 anos ND
51 a 70 anos ND 51 a 70 anos ND

25
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos (continuação)

Homens UL (g) Mulheres UL (g)


19 a 30 anos 2,5 19 a 30 anos 2,5
Cálcio
31 a 50 anos 2,5 31 a 50 anos 2,5
51 a 70 anos 2,5 51 a 70 anos 2,5
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 4 19 a 30 anos 4
Fósforo
31 a 50 anos 4 31 a 50 anos 4
51 a 70 anos 4 51 a 70 anos 4
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)
19 a 30 anos 45 19 a 30 anos 45
Ferro
31 a 50 anos 45 31 a 50 anos 45
51 a 70 anos 45 51 a 70 anos 45
Homens UL (mg) Mulheres UL (mg)

Zinco 19 a 30 anos 40 19 a 30 anos 40


31 a 50 anos 40 31 a 50 anos 40
51 a 70 anos 40 51 a 70 anos 40

26
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos (continuação)

Homens Mulheres UL
Cromo, vitamina K, vitamina 19 a 30 anos ND 19 a 30 anos ND
B12, ácido pantotênico e bio-
31 a 50 anos ND 31 a 50 anos ND
tina.
51 a 70 anos ND 51 a 70 anos ND

FONTE: Adaptado de Food and Nutrition Board. Instituto of Medicine. National Academies

ND: não foi possível estabelecer este valor

Para prescrição de suplementos alimentares por nutricionista, é necessário também que o composto vitamínico
não esteja registrado no Ministério da Saúde como Medicamento. O site para consulta é http://
www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_medicamento.asp

O profissional nutricionista também prescreve substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de pro-
priedades funcionais e/ou saúde, apresentadas como formas farmacêuticas (cápsulas, comprimidos, tabletes, pós,
granulados, pastilhas, suspensões e soluções). Os produtos são classificados em: carotenóides, fitoesteróis, flavo-
nóides, fosfolipídios, organossulfurados, polifenóis e probióticos, de acordo com a Resolução nº 2 de 07 de janeiro
de 2002.

Alguns trechos em destaque (nosso) Resolução nº 2 de 07 de janeiro de 2002.

Resolução Nº 2 DE 07 DE JANEIRO DE 2002.

27
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Substância Bioativa: é o nome da substância bioativa, seguido do nome da fonte da qual foi extraída a substân-

cia bioativa, acompanhada da forma de apresentação do produto.

Probiótico: é o nome do probiótico, acompanhado da forma de apresentação do produto.3.1.1. A substância


bioativa deve estar presente em fontes alimentares. Pode ser de origem natural ou sintética,desde que comprova-

da a segurança para o consumo humano.

A substância bioativa deve ser segura para o consumo humano, sem necessidade de orientação e ou acompa-
nhamento médico, a não ser que seja dirigido a grupos populacionais específicos.

Vitaminas e ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário do produto indicado pelo fabri-
cante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a biodisponibilidade de qualquer dos componentes do produ-

to.

O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas sólida, semi-sólida ou líquida, tais como table-

tes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados, pastilhas, soluções e suspensões.

Substâncias ativas classificadas como medicamento não podem ser prescritos por nutricionista. Um exemplo é a
isoflavona, princípio ativo da soja (Glycine max L.) e 5 -hidroxitriptofano ou 5HTP (derivado do triptofano e registra-

do no medicamento).

Fitoterápicos

Legislação

A Resolução publicada pelo Conselho Federal de Nutrição nº 402 de 06 de agosto de 2007 regulamenta a pres-
crição de fitoterápicos pelo profissional nutricionista.

Alguns trechos importantes da resolução:

Resolução do Conselho Federal de Nutrição N 402 de 06 de Agosto de

Art. 4º

28
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

O nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos desta Resolução, quando julgar conve-

niente a necessidade de complementação da dieta de indivíduos ou grupos, atuando isoladamente ou como mem-

bro integrante de uma equipe multiprofissional de saúde.

As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional nutricionista são exclusivamente as de uso oral,

tais como:

I – infuso;

II – decocto;

III – tintura;

IV – alcoolatura;

V – extrato.

Art. 6°. O nutricionista não poderá prescrever aqueles produtos cuja legislação vigente exija prescrição médica.

A Resolução que regulamente esta prática pelo nutricionista classifica Fitoterapia baseada na Portaria 971/
MS/2006 “Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem

a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”

Substâncias ativas isoladas ou misturas obtidas pela adição de substâncias ativas isoladas não são consideradas
produtos fitoterápicos.

Prescrição por nutricionista


A Resolução nº 402 de 06 de agosto de 2007 publicada pelo Conselho Federal de Nutrição explicita que o nutri-
cionista pode prescrever fitoterápicos que:

a) tenham estudos clínicos comprovando sua eficácia;

b) sem prescrição de princípio ativo isolado da planta;

c) que não estejam na lista de fitoterápicos sob prescrição médica.

29
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Conforme Resolução nº 89, de 16 de março de 2004; Resolução nº 5, de 11 de dezembro de 2008;Resolução


nº10, de 09de março de 2010 e Resolução n.º 17, de 24 de fevereiro de 2000), os fitoterápicos que estão classifica-

dos “sob prescrição médica” são:

Arctostaphylos uva-ursi Spreng / Uva-ursi;

Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. / Cemicifuga;

UrbEchinacea purpurea Moench / Equinácea;

Ginkgo biloba L. / Ginkgobiloba;

Hypericum perforatum L. / Hipérico;

Piper methysticum Forst. f. / Kava-kava;

Valeriana officinalis / Valeriana.

Recomenda-se ao nutricionista o acompanhamento das publicações da Anvisa, que atualizam com frequência a

relação de drogas vegetais notificadas e a lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado.

O nutricionista pode prescrever fitoterápico em cápsula?


Esta é uma dúvida que ainda cerca os profissionais nutricionistas. A resolução do CFN 402, de 2007, regulamen-

ta a prescrição de fitoterápicos pelo profissional nutricionista e não trata de derivados de droga vegetal, mas so-

mente de plantas in natura frescas ou como droga vegetal. Portanto, a Resolução do CFN nº 402/2007 regulamenta
a prescrição fitoterápica de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal/planta medicinal nas diferentes for-

mas farmacêuticas e não abrange os Medicamentos Fitoterápicos, pois estes são regulamentados pelas resoluções

da Anvisa, inclusive a prescrição.

A distinção entre medicamento, drogas vegetais ou plantas medicinais não é feita pela forma de apresentação

(cápsulas, comprimidos, etc), tampouco na forma de preparo, mas pela matéria-prima de fabricação do conteúdo,
concentração do princípio ativo, e UL (Tolerable Upper Intak Levels), além de sua alegação terapêutica.

Quanto aos derivados de drogas vegetais, devemos observar que, se considerados tais como: infuso, decocto,

tintura, alcoolatura e extrato, incluídos como formas farmacêuticas, têm permitida a sua prescrição por nutricionis-

30
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

tas, desde que não estejam catalogados pela Anvisa com seu uso restrito sob prescrição médica, pois neste caso são

considerados como medicamentos fitoterápicos de uso restrito.

Registro dos Suplementos e Fitoterápicos Industrializados

Produtos fitoterápicos ou suplementos alimentares industrializados devem ser registrados no Ministério da Saú-
de. O número de registro pode servir como consulta não somente para verificar aprovação do produto frente aos
órgãos regulamentadores, mas também para verificar se a prescrição está liberada para prescrição por nutricionista.

Os números de registro definitivos devem ter 13 (treze) dígitos, mas na embalagem pode contar somente 9
(nove) dígitos, já que o fabricante não é obrigado a colocar na embalagem os últimos quatro números. É o primeiro
dígito que vai classificar o produto. Caso o produto inicie com o número 1 está registrado como medicamento e não

deve ser prescrito por nutricionistas. Se iniciar com número 4, 5 ou 6 pode ser prescrito por nutricionistas.

31
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

REFERÊNCIAS

1. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991.

Regulamenta a profissão de nutricionista e determina outras providências. Disponível em HTTP://

www.anvisa.gov.br

2. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria nº 32, de 13 de janeiro de 1998.

Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Suplementos Vitamínicos e
ou de Minerais. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

3. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução Conselho Federal de Nutricio-
nistas nº 390 de 22 de novembro de 2006. Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo

nutricionais e dá outras providências. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

4. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução do Conselho Federal de Nutri-
ção nº 402 de 06 de agosto de 2007. Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo Nutricionista de plantas in natura
frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências. Disponível em

HTTP://www.anvisa.gov.br

5. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria 971/ MS/2006 . Aprova a Política

Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Disponível em

HTTP://www.anvisa.gov.br6. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução nº


89, de 16 de março de 2004. Determinar a publicação da "LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPI-

COS".Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

7. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução nº10, de 09de março de 2010.

Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras

providências. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

8. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução n.º 17, de 24 de fevereiro de

2000 . Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

32
Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

9. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria n º 40, de 13 de janeiro de


1998 . Regulamento que estabelece normas para Níveis de Dosagens Diárias de Vitaminas e Minerais em Medica-

mentos. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

10. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 2 de 07 de janeiro de 2002.

Aprovar o Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedades Fun-

cional e ou de Saúde, constante do anexo desta Resolução. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

11. CERQUEIRA, F.M.; MEDEIROS, M.H.G.;AUGUSTO, O. Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas.

Quim. Nova, v. 30, n.2, p.441-449, 2007

12. INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). National Research Council. Dietary reference intakes (DRIs): recommended
intakes for individual, vitamins for vitamina C, vitamin E, selenium and carotenoids. Washington (DC): National Aca-

demy Press; 2004.

33
3 - PRESCRIÇÃO
NUTRICIONAL

Leandro Medeiros
Ana Paula Pujol

34
Prescrição nutricional

U ma formulação nutricional e/ou fitoterápica é composta por princípios ativos e coadjuvantes técnicos.

a) Princípios ativos: responsáveis pela ação farmacológica, ou seja, a(s) substância(s) responsável(is) pelo

“efeito” desejado do suplemento;

b) Coadjuvantes técnicos: conhecidos como excipientes ou adjuvantes, são substâncias em geral inertes, cuja
função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico, além de garantir processabilidade de

fabricação e modificar a solubilidade dos princípios ativos (a fim de reduzir toxicidade ou aumentar sua absorção).
São adicionados a quase todas as fórmulas disponíveis no mercado, industrializadas ou manipuladas, salvo raras
exceções e/ou conforme critério do nutricionista. Exemplos: diluentes, flavorizantes, edulcorantes, antioxidantes,

conservantes, corantes, agentes umedecedores, lubrificantes etc.

Formas farmacêuticas

Forma ou base farmacêutica é a apresentação final do produto farmacêutico, que será utilizado para
administrar o fármaco, através de uma determinada via biológica de administração. Exemplos: cápsula, pó,
“shake”, pós-efervescentes, goma, tintura, xarope, solução, suspensão, flaconete, pastilha, gotas, entre outras.

Existem diversas formas farmacêuticas disponíveis no mercado, porém o nutricionista pode prescrever somente
aquelas utilizadas de uso oral, conforme legislação vigente.

A via sublingual também é uma via importante para administração de vitaminas conforme estudos de

biodisponibilidade de nutrientes, como a vitamina B12, e que serve como alternativa às condições adversas à via
oral, porém não está regulamentada do ponto de vista legal, ficando a critério de o nutricionista fazer uso ou não.

A indústria farmacêutica cada vez mais diferencia suas formas farmacêuticas e torna a administração de
suplementos e fitoterápicos mais "agradáveis" ao uso, tornando mais confortável a posologia e, assim,

contribuindo para adesão ao tratamento.

A escolha da forma farmacêutica depende principalmente da natureza físico-química do fármaco, do


mecanismo de ação, do local de ação do medicamento e da dosagem – quantidade de fármaco na forma

farmacêutica. Para escolha da forma farmacêutica também é necessário verificar as vantagens e desvantagens que
cada uma oferece, bem como a melhor aceitação organoléptica e a disponibilidade financeira do paciente.

35
Prescrição nutricional

Tabela 3.1 Formas farmacêuticas de uso oral e sublinguais

Formas farmacêuticas de uso oral Formas farmacêuticas sublinguais

Sólidas Cápsulas Comprimidos


Comprimidos Pastilhas
Drágeas
Pós
Pastilhas/jujubas
Pirulitos
Líquidas Soluções Solução/gotas
Xaropes
Suspensões
Semissólidas Géis

Formas farmacêuticas sólidas para via oral

Cápsulas

São formas farmacêuticas sólidas de forma e capacidade variáveis, contendo normalmente uma dose unitária

de um ou mais ingredientes ativos. Estas podem, ainda, ser de consistência dura (cápsulas gelatinosas duras) ou

mole (cápsulas gelatinosas moles), se apresentadas de consistência flexível e elástica. Estas, ao contrário das
cápsulas duras, podem acondicionar soluções oleosas, suspensões e emulsões. Independentemente do tipo de

cápsulas, na produção do invólucro de gelatina, devem ser adicionados conservantes devido à natureza da sua

composição que pode sofrer degradação microbiana.

O preenchimento das cápsulas gelatinosas duras pode ser manual, com auxílio de pequenos encapsuladores

manuais, semiautomáticos, ou ainda, com máquinas totalmente automatizadas. Em contrapartida, o


preenchimento das cápsulas moles envolve uma etapa de soldagem de duas metades das unidades, o que é
possível com o uso de máquinas próprias para esse fim. Por esse motivo, nas farmácias de manipulação e em

pequenos laboratórios são mais comumente empregadas cápsulas duras. As farmácias de manipulação adquirem
cápsulas oleosas de laboratórios específicos e realizam o envase e rotulagem do produto.

36
Prescrição nutricional

Vantagens:
 Fácil deglutição;

 Número de adjuvantes reduzidos;

 Boa estabilidade em relação às demais formas farmacêuticas;

 Protege contra luz, ar e outros pós (não contra umidade);

 Fácil identificação (cor ou impressão serigrafada);

 Mascaram de forma eficaz o sabor e odor desagradável de alguns fármacos;

 Limitado potencial de incompatibilidades;

 Boa biodisponibilidade (de 10 a 20 minutos para absorção);

 Versatilidade para o preparo de fórmulas em pequenas quantidades e/ou com doses individualizadas.

Desvantagens:
 Maior custo de produção;

 Fácil adesão à parede do esôfago;

 Não pode ser partida (não-fracionável);

 Restrição de uso a pacientes com dificuldades de deglutição;

 Comporta volume reduzido em uma formulação;

 Corante utilizado nas cápsulas.

Exemplo de prescrição:
Posologia: Tomar 1 dose com o almoço.
Vitamina C 100 mg
Zinco quelado 50 mg

Aviar em cápsulas 30 doses

As cápsulas possuem diversos tamanhos e compreendem diferentes capacidades conforme demonstrado na

37
Prescrição nutricional

As cápsulas possuem diversos tamanhos e compreendem diferentes capacidades conforme demonstrado na

tabela 3.2.

Tabela 3.2 Capacidade média de cápsulas de acordo com o tamanho.

Tamanho Capacidade média

000 750 mg

00 500 mg

0 400 mg

01 350 mg

02 250 mg

03 200 mg

04 150 mg

Fonte: Adaptado de Tecnologia Farmacêutica (2004)

Uma dose equivale a uma cápsula?

Como cada cápsula possui um volume específico, portanto limitado, a partir da prescrição da formulação, a

farmácia de manipulação irá identificar se todos os componentes da fórmula prescrita poderão ser comportados

em uma cápsula apenas. Caso não seja possível, deverá ocorrer o que chamamos de fracionamento ou aviamento
da dose, reduzindo proporcionalmente a concentração dos componentes pela metade, terço, quarto ou a mínima

fração possível, ajustando então o número de cápsulas a serem ingeridas e inserindo excipientes complementares

como descrito na Tabela 3.3.

A escolha dos excipientes para preenchimento dependerá da composição da fórmula, que vai determinar as

suas características físico-químicas, químicas e microbiológicas, ficando o farmacêutico responsável por esta etapa
e, assim, garantir a qualidade do produto. Em caso de dúvidas, ele deve informar ao nutricionista sobre esta
composição de excipientes. A farmácia informará de forma clara ao paciente a mudança da relação cápsulas-doses,

expresso em etiquetas no próprio produto manipulado.

38
Prescrição nutricional

Tabela 3.3 Exemplo de fracionamento ou aviamento da dose

Fórmula prescrita pelo nutricionista Produto manipulado final

Vitamina C.................. 700 mg Vitamina C ............... 350 mg


Fórmula Vitamina E .................... 400 UI Vitamina E ................ 200 UI
Aviar em cápsulas ..... 30 doses Contém .................60 cápsulas

Equivalência 1 dose = 1 cápsula? 1 dose = 2 cápsulas!

Por motivos técnicos, tomar 2 cápsulas ao


Posologia Tomar 1 cápsula ao dia
invés de 1

Pós

É a forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos e com tamanho de partícula

reduzido, com ou sem excipientes. Esta forma farmacêutica possibilita trabalhar com doses elevadas que são
limitadas pelo volume de cápsulas e tamanho de comprimidos. Em termos gerais, uma fórmula na qual a dosagem

de princípios ativos em que sua soma supere 500mg, pode viabilizar a manipulação desta fórmula em pó, que pode
se apresentar como base comum, efervescente ou na consistência de “shakes”. Estes pós podem ser
acondicionados diretamente em potes (quando não há necessidade de precisão da dose e/ou menor baixo

potencial de instabilidade físico-químico/microbiológico) ou em sachês, também conhecidos como envelopes


(quando existir necessidade de precisão de dose e/ou risco potencial de instabilidade físico-químico/microbiológico

significativo).

Efervescentes

É o pó contendo, em adição aos ingredientes ativos, substâncias ácidas e carbonatos ou bicarbonatos, os


quais liberam dióxido de carbono quando o pó é dissolvido em água. É destinado a ser dissolvido ou disperso em

água antes da administração.

Vantagens:
 Com a presença do CO2 livre, pode mascarar o sabor desagradável leve a moderado de princípios ativos

salgados e/ou amargos;

39
Prescrição nutricional

 São de fácil deglutição;

 Apresentação diferenciada, o que pode melhorar a adesão à terapia;

 Melhor complacência do paciente;

 Em geral, apresenta boa palatabilidade;

 Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação
às formas sólidas de cápsulas e comprimidos de liberação imediata (comprimidos comuns).

Desvantagens:
 Baixa estabilidade físico-química e química (prazo de validade curto);

 Pouco tolerado em pacientes com refluxo gastresofágico;

 A dispersão ou dissolução em água ou bebidas aumenta a percepção do sabor dos componentes, por isto,
princípios ativos com sabor desagradável forte não devem ser veiculados nesta forma.

O uso de pós-efervescentes com dosagens superiores a 10g de princípios ativos não é recomendado, pois
aumenta a necessidade de excipientes efervescentes, o que promove ingestão de conteúdo cítrico e de
bicarbonato, gerando possivelmente desequilíbrio eletrolítico.

Formas de prescrição:

L-Glutamina 5g
Aviar em base efervescente qsp 30 doses

Posologia: Tomar 1 dose 3 vezes ao dia

1. O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico
para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão.

2. O termo “q.s.p.” significa “quantidade suficiente para”, que é um termo utilizado em fórmulas farmacêuticas
para determinar o número de doses ou volume ou quantidade total do produto farmacêutico. Convencionalmente,

é utilizado na prescrição de todas as formas farmacêuticas, exceto cápsulas e comprimidos.

40
Prescrição nutricional

“Shakes”

Esse nome é oficialmente não reconhecido pelas autoridades sanitárias, mas assim conhecidos pelo mercado
como produtos de maior espessura após sua dispersão em água ou bebidas. São misturas de pós, que consistem
de princípios ativos adicionados a veículo que contém valor nutricional agregado e consistência física mais espessa.

São indicados para veicularem nutrientes e fitoterápicos. Fornecidos na forma de pó, o paciente utiliza uma dose
recomendada do produto, seja utilizando um medidor padronizado (quando não há necessidade de precisão da
dose), ou mesmo utilizando sachês/envelopes (quando há necessidade de precisão da dose), dispersa na água,

homogeneizada, para posterior ingestão.

Vantagens:
 Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação

às formas sólidas de cápsulas e comprimidos;

 São de fácil deglutição;

 Podem possuir valor nutricional agregado, sendo também um complemento/suplemento alimentar;

 Pode mascarar o sabor desagradável leve a moderado de princípios ativos.

Desvantagens:
 Se manipulado ou fabricado em potes, são mais difíceis de transportar;

 A dispersão ou dissolução em água ou bebidas aumenta a percepção do sabor dos componentes, por isto,

princípios ativos com sabor desagradável forte não devem ser veiculados nesta forma;

 Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica quando comparadas às formas sólidas;

 Paciente fica exposto a sistema de medida caseira (não preciso).

Exemplo de prescrição:

Citrus aurantium (extrato seco) 300 mg


Camellia sinesis (extrato seco) 500 mg
Garcinia Camboja (extrato seco) 250 mg
Phaseolus vulgaris (extrato seco) 1.000 mg
Aviar em base shake qsp* 30 doses

Posologia: Tomar 2 doses ao dia (10:00h e 16:00h).

41
Prescrição nutricional

 O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o
farmacêutico para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em

questão.

Formas farmacêuticas nutricionais contemporâneas: sucos, sopas,


sorvetes, frappés, leites, iogurtes, caldas e mousses.
Com o desenvolvimento do mercado nutricional para farmácias de manipulação nos últimos anos, houve
uma retomada na pesquisa, desenvolvimento e inovação de formas farmacêuticas que apresentem aspecto físico

de alimento ou bebida, na finalidade de reduzir o impacto do aspecto medicamentoso que as formulações

apresentam, favorecendo assim a adesão do tratamento pelo paciente.

Do ponto de vista farmacotécnico, os sucos, sopas, sorvetes, frappés, leites, iogurtes, caldas e mousses são

manipulados, dispensados e, portanto, classificados como forma farmacêutica pó, para serem reconstituídos em
água, leite ou sucos de frutas, tornando o aspecto final do produto um alimento ou bebida. Portanto, mesmo o
nutricionista prescrevendo nestas formas farmacêuticas, a farmácia de manipulação deve, por razões legais e

sanitárias, rotular o produto como pó para reconstituição (uso oral).

É muito importante que o nutricionista se certifique com o farmacêutico se a fórmula que é pretendida a
prescrição nestas formas farmacêuticas apresentam comprovação de testes de estabilidade e sensoriais, seja por

estudos próprios ou por literatura farmacêutica confiável, uma vez que, conforme legislação vigente é de
responsabilidade da farmácia garantir a qualidade do produto farmacêutico no prazo de validade determinado e,
dessa forma, favorecer a eficácia e segurança do tratamento.

Pastilhas

É a forma farmacêutica sólida que contém um ou mais princípios ativos, usualmente, em uma base adocicada e
com sabor. É utilizada para dissolução ou desintegração lenta na boca. Pode ser preparada por modelagem, ou por

compressão, que podem ter ação local (cavidade bucal) ou sistêmica (via oral).

Existem três tipos de pastilhas: duras, mastigáveis e gomosa, as quais permitem a adição de quantidades de

fármacos que totalizem até 2 a 3 g.

42
Prescrição nutricional

Pastilhas gomosas: gomas de colágeno/gelatina

Gomas são formas farmacêuticas classificadas como pastilhas mastigáveis ou gomosas, pois são ricas em
gelatina, e possuem característica macia e flexível, o que dá a sua característica mastigável. Dependendo da

farmácia de manipulação, pode possuir de um a dois gramas de colágeno hidrolisado e de até um grama de

gelatina.

Esta quantidade de colágeno hidrolisado na composição promove a suplementação deste nutriente que possui
propriedades benéficas para as articulações, ossos, pele e anexos, pois estimula a produção endógena do colágeno

nestes tecidos, pelo aumento do aporte de precursores de sua síntese, como peptídeos (prolilglicina,
hidroxiprolilglicina, lisilprolina) e de aminoácidos (prolina, glicina, lisina, e derivados hidroxilados).

Vantagens:
 Mascaram facilmente o sabor de fármacos de sabor leves a moderados;

 Menos irritantes para a mucosa bucal;

 Possuem atrativo sensorial de cor, odor, paladar e consistência, favorecendo a adesão à terapia;

 Proporcionam a inclusão de colágeno hidrolisado simultaneamente.

Desvantagens:
 Não permitem a veiculação de fármacos termos sensíveis ou de sabor desagradável forte;

 Possuem custo de produção elevado.

Exemplo de prescrição:

Colágeno Hidrolisado 2g
Glicina 200 mg
Ascorbato de cálcio 300 mg
Vitamina D3 400 UI
Aviar em gomas de colágeno qsp 15 doses

Sabores: Morango, Tutti-Frutti, Creme Menta, Abacaxi e Limão*.

* O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico

para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão.

43
Prescrição nutricional

Pastilhas mastigáveis: chocolates

Com estudos experimentais farmacêuticos é possível fazer uso de suplementos nutricionais e fitoterápicos em

tabletes de chocolates (pastilhas mastigáveis), evitando o gosto amargo de algumas substâncias e proporcionando
os benefícios do cacau simultaneamente. Os chocolates para manipulação, em geral, devem possuir quantidade

elevada de cacau (mínimo 50%) de fornecedores de insumos com autorização para comercializar estes chocolates

como insumos farmacêuticos. Algumas farmácias disponibilizam a base farmacêutica sem lactose e sem açúcar,
direcionados a pacientes com restrições. Os tabletes de chocolate pesam 5 ou 10g e podem comportar até 2g de

compostos ativos.

Exemplo de prescrição:

Glucomanan 500 mg
Aviar em chocolates* 10 doses

Posologia: Comer 1 unidade, 1 vez ao dia, antes das refeições.

*O peso do chocolate vai depender do processo de manipulação, das propriedades físicas, físico-químicas e
organolépticas do insumo. Por esta razão, sugere-se deixar que a farmácia defina o tamanho e peso do chocolate.

Vantagens:
 Mascaram facilmente o sabor de fármacos de sabor leves a moderados;

 Menos irritantes para a mucosa bucal;

 Possuem atrativo sensorial de cor, odor, paladar e consistência, favorecendo a adesão terapêutica;

 Geram aporte dos compostos bioativos e nutrientes do cacau.

Desvantagens:
 Não permitem a veiculação de fármacos termossensíveis ou de sabor desagradável forte;

 Possuem custo de produção elevado.

44
Prescrição nutricional

Formas farmacêuticas líquidas para via oral

Solução Oral

É a forma farmacêutica líquida, límpida e homogênea, que contém um ou mais princípios ativos dissolvidos em

um solvente adequado ou numa mistura de solventes miscíveis.

Vantagens:
 Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação

às formas sólidas;

 Possui homogeneidade da dose e não requer agitação mecânica;

 São mais fáceis de deglutir, condição importante para pacientes pediátricos ou geriátricos, ou para aqueles

em condições crônicas que afetam a capacidade de deglutição de formas sólidas.

Desvantagens:
 Mais difíceis de transportar;

 A solubilização realça o sabor dos fármacos (princípios ativos com sabor desagradável moderado a forte não

devem ser veiculados nesta forma);

 Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica (relacionado às formas sólidas);

 Paciente pode ficar exposto a sistema de medida caseira (não preciso).

Xaropes

São preparações aquosas concentradas à base de açúcar ou um substituto do açúcar, com ou sem agentes

flavorizantes e substâncias medicinais ou nutricionais. Apresentam não menos que 45% de sacarose ou outros

açúcares em sua composição.

Vantagens:
 Apresentam boa conservação microbiológica (meio hipertônico);

45
Prescrição nutricional

 Possibilitam correção de sabor da formulação (efeito edulcorante).

Desvantagem:
 Contra indicados para pacientes diabéticos. Neste caso, deve-se utilizar o xarope dietético.

Suspensões Orais

São preparações que contém partículas finamente divididas da substância ativa dispersa de forma relativamente

uniforme em um veículo no qual essa substância apresente solubilidade mínima. As partículas sólidas são insolúveis

na fase líquida e tendem a sedimentar. Porém, devem ser facilmente dispersas com agitação.

Vantagens:
 Forma farmacêutica ideal para veicular ingredientes ativos insolúveis;

 Opção para veicular fármacos de sabor desagradável (a suspensão realça menos o gosto quando comparada

com a solução);

 Ideal para converter formas farmacêuticas sólidas (comprimidos) em uma forma líquida, para pessoas com

dificuldades de deglutição;

 O fármaco encontra-se finamente dividido, portanto sua dissolução pode ocorrer mais rapidamente nos

fluidos do trato gastrointestinal do que formas farmacêuticas sólidas.

 Possibilidade de formulações extemporâneas (com uso em até 48h após o preparo).

Desvantagem:
Fármacos potentes insolúveis empregados em pequenas doses não devem ser preferencialmente veiculados
na forma de suspensão devido ao maior risco de erro na sua administração;

46
Prescrição nutricional

Exemplo de prescrição:
Vitamina E 100 UI
Vitamina C 200 mg
Zinco (quelado) 15 mg
Vitamina D3 400 UI
Cobre (quelado) 1 mg
Veículo qsq 5 ml
Aviar 30 doses

Posologia: Tomar 2 doses ao dia.

1. Caberá ao farmacêutico analisar qual o melhor tipo de veículo e assim, a forma farmacêutica adequada (se
solução, xarope ou suspensão oral), para a manipulação da fórmula prescrita, baseando-se na solubilidade e

compatibilidade físico-química dos princípios ativos prescritos pelo nutricionista.

2. O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico

para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão.

Flaconetes: formas farmacêuticas?

Flaconetes são comumente e erroneamente classificados como formas farmacêuticas. São, na verdade,
embalagens primárias do produto farmacêutico, que comportam soluções ou suspensões orais. É, portanto a

embalagem que está em contato direto com seu conteúdo durante todo o tempo. Considera-se material de
embalagem primária: ampola, bisnaga, envelope, estojo, flaconete, frasco de vidro ou de plástico, frasco-ampola,

cartucho, lata, pote, saco de papel e outros. Porém, podem ser solicitados conforme viabilidade farmacotécnica.

47
Prescrição nutricional

Exemplo de prescrição:

DL-metionina 200mg
Cynara scolymus L (extrato seco) 100mg
Betaina anidra 50mg
Cloridrato de Colina 20mg
Veículo qsq 5 ml
Aviar em flaconetes 30 doses

Posologia: Tomar 1 doses 2 vezes ao dia, antes das refeições.

Formas farmacêuticas semissólidas para via oral


O exemplo de forma farmacêutica semissólida destinada para administração de fármacos pela via oral é o gel
comestível, muito utilizado em produtos com aplicação na nutrição esportiva. É composto basicamente por água,
agentes espessantes (gelatina e/ou polímeros) e demais adjuvantes que contribuem sensorialmente (sabor, cor,

odor). Podem ser incorporadas grandes quantidades de insumos farmacêuticos ativos, geralmente, até 25% da
quantidade total do produto.

Vantagens:

 Forma farmacêutica ideal para veicular ingredientes ativos em grandes concentrações e de forma alternativa

aos pós;

 Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação

às formas sólidas;

 Possui homogeneidade e individualização da dose;

 São mais fáceis de deglutir, condição importante para pacientes pediátricos ou geriátricos, ou para aqueles

em condições crônicas que afetam a capacidade de deglutição de formas sólidas;

 São de fácil transporte.

Desvantagens:
 A solubilização na base gelificada realça o sabor dos fármacos (princípios ativos com sabor desagradável

48
Prescrição nutricional

moderado a forte não devem ser veiculados nesta forma);

 Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica (relacionado às formas sólidas).

Exemplo de prescrição:

Maltodextrina 5g
BCAA 2g
Aviar em gel oral qsp 30 doses

Posologia: Consumir 1 a 2 doses, 1 hora antes do treino.

Formas farmacêuticas para via sublingual


São formas farmacêuticas sólidas ou líquidas, destinadas à administração de nutrientes pela via sublingual. Não
atravessa o trato gastrointestinal (TGI), lançado diretamente na circulação pela artéria carotídea. Por não

atravessar o TGI, não sofre efeito de primeira passagem hepática. Com isso, o início da ação é mais rápido e
permite a absorção de nutrientes sensíveis à metabolização pré-sistêmica. Por falta de evidências científicas e
segundo a legislação vigente, os fitoterápicos não devem ser utilizados por esta via de administração.

Uma vez que o comportamento farmacocinético da via sublingual é distinto da via oral, no qual o pico de
concentração plasmática geralmente é maior e alcançado com maior rapidez, havendo o risco de toxicidade

sistêmica com nutrientes, faz-se necessária a aplicação dos três critérios para o uso racional desta via de

administração, baseados em evidências científicas, que são os seguintes:

 Instabilidade conhecida do nutriente aos fluidos do TGI e sua microbiota;

 Metabolização pré-sistêmica (enteral e/ou hepática) que inative o fármaco;

 Baixa biodisponibilidade por via oral do(s) nutriente(s) (gerada pelas características de absorção destes e/

ou estado fisiopatológico do paciente) associada à comprovação de biodisponibilidade clinicamente


significativa pela via sublingual (exemplo: vitamina B12);

 Necessidade de rápida reposição nutricional (estados carenciais emergenciais) associada à

indisponibilidade de administração pela via parenteral.

49
Prescrição nutricional

Assim, a determinação da forma farmacêutica estará em função da preferência posológica do paciente.

Exemplo de prescrição de forma farmacêutica líquida:


L-taurina 150 mg
Veículo SL* qsp 10 gotas
Aviar 30 doses

Posologia: Aplicar 10 gotas na cavidade sublingual, 2 vezes ao dia, entre as refeições.

*SL é a sigla oficial para o termo ‘sublingual’.

Exemplo de prescrição de forma farmacêutica sólida:

Vitamina B12 200 mcg


Aviar em comprimidos SL qsp 30 doses

Posologia: Inserir 1 comprimido na cavidade sublingual, 1 vezes ao dia, entre as refeições.

Tópicos especiais da prescrição nutricional

Substâncias queladas

Um quelato ou quelado é um composto químico formado por um íon metálico associado a várias ligações

covalentes a uma estrutura heterocíclica de compostos orgânicos, como aminoácidos, peptídeos ou

polissacarídeos. O nome quelado provém da palavra grega chele, que significa garra ou pinça, referindo-se à forma
pela qual os íons metálicos são “aprisionados” no composto.

Figura 3.1: Mineral (M) quelado com grupamento orgânico de aminoácido.

50
Prescrição nutricional

Os minerais quelados são importantes especialmente do ponto de vista da biodisponibilidade. Por isto, tratando
-se da suplementação de minerais, em que ocorre maior comprometimento na biodisponibilidade, pode ser um

alternativa para evitar competição intraluminal. Também não dependem do ácido clorídrico para absorção, sendo
uma interessante alternativa para indivíduos com hipocloridria e possuem a vantagem de não interagir com

nutrientes da dieta e medicamentos.

Dentre as limitações do uso dos minerais quelados está o custo. Por envolverem maior tecnologia e
complexidade no processo de produção, substâncias queladas tornam-se mais onerosas que substâncias não

queladas.

Outra limitação é a manipulação. A maioria dos minerais quelados são higroscópicos, retendo água com
facilidade. Na manipulação de cápsulas torna-se necessária a adição de agentes absorventes para evitar que o

mineral endureça.

O fator de correção também pode limitar o uso de minerais quelados, pois, em geral, aumenta muito o volume

da formulação, restringindo a utilização da forma farmacêutica cápsulas, devido ao número excessivo das mesmas.

O sabor dos minerais quelados pode ser também uma barreira para a utilização de formas farmacêuticas de uso
extemporâneo (pós), líquidos ou semissólidos de uso oral, pois, no geral, podem apresentar sabores desagradáveis

com percepção amarga, salgada e/ou metálica.

Em uma prescrição nutricional, a quantidade prescrita do mineral deve referir-se ao mineral puro quelado.
Logo, o farmacêutico deve calcular a quantidade do mineral quelado correspondente à dosagem do mineral puro,

utilizando o cálculo do fator de correção. O cálculo é feito dividindo a quantidade do mineral prescrito pela

concentração do produto e multiplicando por 100 conforme tabela 3.4.

Tabela 3.4 Cálculo da quantidade total por dose do insumo a partir do fator de correção de minerais quelados.

Dosagem Teor do mine- Fator de cor- Cálculo Quantidade total por


prescrita ral no insumo reção dose do insumo

Cálcio (quelado) 100 mg 20% (1/5) 5 100 x 5 500 mg

Magnésio (quelado) 100 mg 25% (1/4) 4 100 x 4 400 mg

As quantidades de minerais quelados inseridas por dose posológica variará, portanto, de acordo com o teor do

51
Prescrição nutricional

As quantidades de minerais quelados inseridas por dose posológica variará, portanto, de acordo com o teor do

mineral no insumo, além de outros aspectos físicos (como densidade aparente) e físico-químicos (como
higroscopia), estando então sob responsabilidade do laboratório tais cálculos de correção e procedimentos de

manipulação e o profissional nutricionista, responsável apenas pela dosagem do elemento (aspecto clínico).

Uma formulação de minerais quelados pode resultar em um volume grande de cápsulas, sendo mais indicado,
portanto na manipulação de outras formas farmacêuticas sólidas (pós), líquidas (suspensão, solução, xarope) ou

semissólidas (géis), conforme viabilidade farmacotécnica.

Receituário

O receituário do profissional nutricionista deve conter o nome e dados da clínica e do profissional, incluindo o

número de registro no Conselho Regional de Nutrição.

O A receita deve ser preenchida com a data; fórmula, que deve conter os insumos ativos e suas respectivas

dosagens, forma farmacêutica e número de doses; posologia; tempo determinado de utilização da fórmula;
carimbo e assinatura do profissional conforme apresentado na figura 3.2. A grafia deve ser a mais clara possível e a
letra legível.

O paciente deve também ser orientado a não repetir a formulação sem o consentimento do profissional, uma
vez que o uso não indicado de uma fórmula por um indivíduo sadio ou enfermo, mesmo contendo apenas
nutrientes e/ou fitoterápicos, pode apresentar riscos à sua saúde. Esta informação deve estar claramente

registrada na receita.

A formulação deve ser explicada ao paciente pessoalmente pelo nutricionista sobre aspectos de eficácia (uso

indicado e posologia), segurança (possíveis efeitos adversos, precauções, contraindicações, interações com

medicamentos e/ou alimentos, riscos de toxicidade em caso de sobre dose) e qualidade (armazenamento, prazo de

validade), estando também à farmácia responsável por orientar o paciente em caso de dúvidas.

52
Prescrição nutricional

Figura 3.2 Exemplo de uma prescrição nutricional

Drª Ana Paula Pujol


Nutricionista
CRN10 XXXX

26/05/2012
Maria Clara da Silva
Complementação Nutricional—Uso Oral

Colágeno Hidrolisado 2g
Glicina 200 mg
Ascorbato de cálcio 300 mg
Vitamina D3 400 UI
Aviar em gomas de colágeno qsp 15 doses

__________________________________
Ana Paula Pujol
Nutricionista
CRN10 XXXX

Rua Ladeira da Silva, 35, Bairro Centro. Camboriú, SC. Telefones (47) 5555 5555

53
4 - INTERAÇÕES
NUTRICIONAIS

54
Interações nutricionais

U m dos fatores que interferem na biodisponibilidade dos minerais diz respeito às interações que ocorrem

entre os mesmos. De acordo com Couzi et al. (1993), as interações entre minerais podem ocorrer de forma

direta ou indireta. As interações diretas são geralmente fenômenos competitivos que ocorrem durante a absorção
intestinal ou utilização tecidual, enquanto que as indiretas ocorrem quando um mineral está envolvido no

metabolismo do outro, de modo que a deficiência de um acarreta num prejuízo de função do outro.

Os riscos potenciais de interações adversas entre nutrientes aumentam quando existe um desequilíbrio na
ingestão destes. A ingestão excessiva de um nutriente pode interferir com a absorção, excreção, transporte,

armazenamento, função ou metabolismo de um segundo nutriente (COZOLINO,2009).

Os fatores alimentares influenciam na absorção dos nutrientes e, portanto, na biodisponibilidade. Os nutrientes


são divididos em dois grupos: facilitadores ou inibidores da absorção, podendo atuar distintamente de acordo com

o nutriente. Pela mucosa intestinal, alguns facilitadores podem contribuir para melhora da captação de nutrientes
e os inibidores para redução da absorção dos nutrientes (REIS, 2004).

A tabela 4.1 descreve os nutriente facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais através de

um compilado de estudos científicos acerca do assunto.

Tabela 4.1 Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutriente Facilitadores Inibidores

Vitamina D, lactose, magné- Ferro, excesso de proteínas, fibras solú-


Cálcio sio, vitamina C, lisina, argini- veis e sódio, fosfatos, fitatos, zinco, ce-
na e vitaminas do complexo B lulose, arginatos

Níveis elevados de cálcio, ferro, zinco,


Cobre *NE cádmio, molibdênio, vitamina C e fruto-
se , fitatos e taninos

Cobre, vitamina C, vitamina


A,ácidos orgânicos, aminoáci- Cálcio, cobalto, níquel, manganês, zin-
dos, proteína de carne, argi- co, cádmio, fibra alimentar, oxalatos,
Ferro
nina, histidina, lipídeos, TCM fosfatos, polifenóis, proteína de soja e
(Triglicerídeos de Cadeia Mé- do ovo, fibras, fitatos, tanino
dia) e frutose
Folacina *NE Fibras solúveis, vitamina C e zinco

55
Interações nutricionais

Tabela 4.1 Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutriente Facilitadores Inibidores


Proteínas, aminoácios sulfu-
rados, metionina, vitamina E,
arginina, histidina, lipídeos,
Selênio Triglicerídeo de Cadeia Mé- Enxofre e metais pesados
dia, frutose vitaminas.
A e C em altas doses e tam-
bém outros antioxidantes.

Gorduras, proteínas e vita- Pectina, goma guar, celulose e farelo de


Vitamina A e beta caroteno
mina E, ferro** e zinco. trigo

Gorduras, principalmente Ácidos graxos poli-insaturados (PUFA, do


Triglicerídeos de Cadeia Mé- inglês polyunsaturated fatty acid), vitamina
Vitamina E
dia (TCM) A, farelo de trigo e pectina.
Vitamina A, peptídeos, histi- Ferro, cálcio, fitatos, fósforo, cádmio, cro-
Zinco dina, ácido glutâmico, tripto- mo, selênio, fosfato, oxalatos, fibras, ex-
fano e cobre cesso de ácido fólico e taninos
Manganês *NE Cálcio, fósforo e ferro
Cromo *NE Ferro
Iodo Selênio Cloro
Molibdênio *NE Sulfato
Potássio Magnésio *NE

Tiamina Sódio, potássio e outras vita-


*NE
(Vitamina B1) minas do complexo B

Biotina *NE Ácido alfa lipóico

Riboflanina
Vitaminas do complexo B *NE
(Vitamina B2)
Niacina
Vitaminas do complexo B *NE
(Vitamina B3)

Tiamina, riboflavina e tripto-


Piridoxina
fano Proteína
(Vitamina B6)

56
Interações nutricionais

Tabela 4.1 Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutriente Facilitadores Inibidores

Ácido Fólico
Vitamina B12 e vitamina B6 *NE
(Vitamina B9)

Ácido Pantotênico Outras vitaminas do comple- *NE


(Vitamina B5) xo B

Ferro, flavonóides cítricos e Ingestão elevada pode causar depleção


Vitamina C
quercetina de cobre.

Vitamina D Cálcio e fósforo Ferro, cobre e manganês

TCM
Vitamina E Ácidos graxos poliinsaturados

Vitamina K *NE Vitaminas A e E

Folato *NE Zinco

Ômega 3 (ácido linolênico) Vitamina E *NE

*NE– Não encontrado na literatura

**A deficiência de ferro reduz a mobilização de vitamina A no fígado e o seu transporte para circulação

Fonte: Adaptado de PUJOL, 2011

57
Interações nutricionais

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60
5 - EFEITOS COLATERAIS

61
Possíveis efeitos colaterais

Açaí extrato seco: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Ácido alfa lipoico: quando consumido em doses superiores podem provocar efeitos gastrointestinais. Seus

efeitos colaterais são raros, porém incluem erupção cutânea e hipoglicemia em pacientes diabéticos. Pessoas que

tenham deficiência de vitamina B1, como, por exemplo, alcoólatras, devem tomar vitamina B1 atrelada ao ácido
alfa-lipoico.1, 2 O uso do ácido lipóico tem sido associado a alguns casos de Síndrome da Insulina Auto-Imune, uma

condição caracterizada por hipoglicemia com altos níveis de insulina e produção de auto anticorpos contra a

insulina.3

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 600 mg

Ácido fólico: é provavelmente seguro para a maioria das pessoas. Altas doses de ácido fólico podem causar

cólicas abdominais, diarreia, erupção cutânea, distúrbios do sono, irritabilidade, náuseas, dores de estômago,
mudanças de comportamento, reações alérgicas, convulsões, flatulência, excitabilidade e outros efeitos colaterais.

Não é tóxico, porém altas doses podem mascarar anemia perniciosa. Um estudo com 2928 gestantes com

suplementação de 5 mg de ácido fólico aumentou em 70% o risco de mortalidade por câncer, principalmente de
4, 5, 6, 7
mama. Porém, mais estudos ainda são necessários para comprovar tal relação. Algumas pesquisas sugerem

que a ingestão de ácido fólico em doses de 800-1200 mcg pode aumentar o risco de ataque cardíaco em pessoas

que têm problemas cardíacos. Outra pesquisa sugere que tomar essas altas doses podem também aumentar o risco

de câncer cólon8 e de próstata.9

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL e ANVISA - 1000 mcg

10
Agar Agar: é um produto não tóxico, não oferecendo perigo, pois não é absorvido no Trato Gastrointestinal.
Pode ocasionar desconforto gastrointestinal e flatulência especialmente se não for consumido com água. 11

DOSE DIÁRIA MÁXIMA: Não estabelecida

62
Possíveis efeitos colaterais

Antocianinas/ mirtilo/ Vaccinium myrtillus/ LingoMAX® - possibilidade de interferir com inibidores da


agregação plaquetária (aspirina) e anticoagulantes. Em caso de gastrite ou úlcera gastroduodenal, os taninos

podem provocar agravamento. Doses elevadas ou o uso prolongado das folhas podem causar intoxicações crônicas

que, em animais de laboratório, originam caquexia, anemia, icterícia, agitação aguda e distonia. 12, 13

DOSE DIÁRIA MÁXIMA: Não estabelecida

Arginina: não deve ser ingerido por pessoas com glaucoma ou herpes vulgar (labial ou genital), em virtude da

possibilidade de que a arginina pode estimular a replicação do vírus. Também não é recomendado para pessoas

que tenham sofrido infarto do miocárdio ou com doença da artéria coronária estabelecida e pessoas com
hipotensão arterial. Devido à ação vasodilatadora, também se deve evitar o uso concomitante com anticoagulantes

e pode potencializar medicamentos hipotensores. O excesso na suplementação pode elevar a produção do óxido
nítrico indutível, ocasionando um efeito adverso, como elevação da pressão arterial e vasoconstrição. Um estudo
14, 15, 16
com doses entre 20-30g demonstrou que pode proporcionar desconforto abdominal, vômitos e diarreia.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 15 mg

Agnus castus (Vitex agnus castus): é um fitoterápico seguro17. Pode ocasionar raramente problemas
18
gastrointestinais, dor de cabeça, vertigem, cansaço e boca seca , além de acne, distúrbios menstruais, prurido,
eritema e rash cutâneo19. Estudos realizados em humanos e animais determinaram que o Vitex agnus castus é

seguro para a maioria das mulheres em idade fértil, não devendo ser usado durante a gravidez e lactação. A
segurança não foi determinada em crianças e os efeitos colaterais são raros e observados apenas em 1-2% dos
pacientes monitorados; algumas mulheres observaram apenas aumento do fluxo menstrual durante o tratamento.

Devido aos efeitos dopaminérgicos do fitoterápico, poderá ocorrer interação medicamentosa, com o
enfraquecimento da ação dos antagonistas da dopamina (antipsicóticos) administrados conjuntamente. Também

não recomenda-se o seu uso em conjunto com terapia de reposição hormonal ou em mulheres com baixa produção

de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) . 20, 21

DOSE DIÁRIA MÁXIMA*: 200 mg (extrato seco)

63
Possíveis efeitos colaterais

Betacaroteno: ingestão de altas doses ou alteração genética no metabolismo do betacaroteno pode causar

carotenodermia, caracterizada pela coloração alaranjada da pele, principalmente nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés.22 A carotenodermia não é prejudicial, mas pode contribuir para um diagnóstico errado de icterícia.

A suplementação de 30 mg/dia de betacaroteno e palmitato de retinil 25. 000 (UI/dia) durante 4 anos,

disponibilizada para 18.314 indivíduos com elevado risco de câncer de pulmão, mostrou elevação em 28 % da
incidência da doença em fumantes, sem nenhum efeito sobre qualquer outro tipo de neoplasia. 23 Alguns estudos

em animais têm mostrado que a suplementação de betacaroteno associada ao consumo excessivo de álcool pode

aumentar o volume do fígado.24 Por isto, pessoas que ingerem álcool diariamente e alcoólatras devem evitar a

suplementação com betacaroteno.25

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 100 mg

Betaglucanas: alguns estudos mostram não apresentar hepatotoxicidade importante em humanos e modelos
animais. Por ser estimulante de células de defesa imunitária, há possibilidade de que doenças com características

inflamatórias podem ser agravadas pelo consumo de betaglucanas como, por exemplo, na aterosclerose. No

entanto, são necessários mais estudos. 26, 27

DOSE DIÁRIA MÁXIMA*– 10 g

Bioflavonoides cítricos: sem efeitos adversos consistentes. O uso de catequinas tem sido associado a anemia,

destruição das células vermelhas do sangue e urticária. Estes efeitos diminuíram quando o tratamento foi

interrompido. 28, 29

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 800 mg

Biotina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.30

DOSE DIÁRIA MÁXIMA ANVISA* – 2,5 mg

64
Possíveis efeitos colaterais

Bio- Arct®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Porém, por ser rico em arginina, deve

ter as precauções indicadas para o uso do aminoácido.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg

Boro: ingestões excessivas podem causar náusea, vômito, diarreia, erupções de pele e fadiga, rubor na pele,
excitação, convulsões, depressão e colagem vascular. Dose letal reportada para adultos tem sido de 15 a 20 g/dia e

para crianças 3 a 6 g/dia.31 Baixas doses não foram ligadas à toxicidade. Um estudo duplo-cego de 2,5 mg de boro

por dia, durante dois meses, causou piora nos suores noturnos em 21 de 43 mulheres, embora os mesmos
sintomas melhoraram em outras 10 mulheres do estudo. 32 Outro estudo mostrou que 3 mg diariamente resultou
em aumento de estrogênio e testosterona. Elevação do estrogênio também foi observada em mulheres tomando

2,5 mg/dia. Esse aumento pode ser preocupante, em virtude de aumentar a probabilidade do risco de neoplasias.
Entretanto, nenhum risco de câncer tem sido relatado em áreas do mundo que ingerem altas doses de boro. 33

Suplementos de boro devem ser evitados no caso de insuficiência renal.34

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 20 mg

Brocolinol®: em estudo clinico randomizado, placebo controlado, duplo cego de fase I de segurança, tolerância
e farmacocinética de doses repetidas de um extrato de brócolis contendo glucorafanina ou sulforafano, não
revelou qualquer evento sistêmico clinico ou adverso significativo que poderiam ser atribuídos aos extratos.35 Um

estudo de segurança dose escalonado não indicou qualquer reação adversa quando doses tão elevadas quanto 340
nmol de sulforafano sob a forma de extrato de brócolis foram aplicados topicamente no antebraço de humanos
sadios.35 De qualquer forma, há alguns relatos na literatura que as brássicas, em geral, podem exercer uma

atividade antitireoidiana por inibir a TPO – Tireoperoxidase.

A hidrólise de alguns glicosinalatos encontrados nos vegetais crucíferos pode levar à produção de goitrina, uma

sustância capaz de interferir na síntese dos hormônios tireoidianos. 36 Porém, ainda não há um consenso na

literatura que justifique a exclusão destes alimentos e suplementos para indivíduos com alterações tireoidianas.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2000 mg

65
Possíveis efeitos colaterais

Cacau em pó (Theobroma cacao): o único efeito adverso do cacau pode estar relacionado a doses elevadas por

suas sementes conterem cafeína que pode causar efeitos secundários relacionados, tais como nervosismo,

aumento da frequência urinária, insônia e um aumento no batimento cardíaco.37

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Cafeína: acredita-se que a ação estimulante da cafeína no Sistema Nervoso Central envolva a estimulação do
sistema nervoso simpático, aumentando a liberação e a ação das catecolaminas, que, por sua vez, levam a

taquicardia, sudorese, dilatação dos brônquios e pupilas. Após o consumo da bebida contendo cafeína, algumas

pessoas relatam sintomas de inquietação e estimulação simpática exacerbada, como insônia, tremor e taquicardia,
portanto doses mais elevadas poderiam afetar o sistema nervoso central, gerando efeitos adversos em indivíduos

mais sensíveis à cafeína. Alimentos e suplementos que contenham cafeína não são indicados para pacientes
hipertensos e indivíduos com gastrite. O uso de cafeína parece influenciar, também, o padrão de consumo de
cocaína e anfetamina, podendo aumentar a vulnerabilidade ao abuso destes psicoestimulantes. hsrA cafeína

também não deve ser associada a levotiroxina, pois pode reduzir a absorção do fármaco. 38, 39, 40, 41, 42

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 420 mg

Cálcio: até 1.200 mg por dia não provoca efeitos colaterais. 43 Distúrbios no metabolismo do cálcio resultam em
efeitos colaterais, como formação de litíase, insuficiência renais e síndrome da hipercalemia. 44 Pacientes com

hiperparatireoidismo, doença renal crônica ou litíase renal não devem exceder a suplementação de cálcio. Uma

metanálise constatou que em longo prazo a suplementação de cálcio foi associada ao aumento de
aproximadamente 30% na incidência de infartos do miocárdio,45 porém uma pesquisa mais recente mostrou que a

suplementação de cálcio em um período prolongado não resultou em aumento da incidência de morte

relacionada à doença cardiovascular.46 Podem ocorrer relatos de obstipação e flatulência com o uso de

suplementos de cálcio.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 2.500 mg | ANVISA - 1.500 mg

66
Possíveis efeitos colaterais

Camellia sinensis: pode haver o aparecimento dos seguintes efeitos secundários: nervosismo, insônia

taquicardia. Os taninos podem provocar moléstias gástricas, náuseas e vômitos, principalmente em infusões
concentradas. É contraindicado o uso em pacientes que possuam gastrite, úlceras gastroduodenais, ansiedade,

insônia, taquicardia e aumento da pressão arterial sistólica. A presença de taninos no chá também pode interferir a

absorção de nutrientes, minerais (ferro) ou com as atividades de enzimas digestivas. 47 As bases xantínicas,
sobretudo a cafeína, apresentam uma ação diurética e estimulante do sistema nervoso e cardiorrespiratório. A

teoflina tem ação inotrópica positiva. Por seu conteúdo em taninos, o extrato etanólico de chá verde pode

provocar náuseas e vômitos. Estudo mostrou que o consumo de Camellia sinensis foi associado a três casos de
desordens hepáticas, com elevação de ALT, bilirubina e fosfatase alcalina. Todos os pacientes se recuperaram. Há

ainda treze relatos de hepatite em mulheres que tomaram o mesmo extrato por 9 dias a 5 meses.48, 49, 50 É
importante ressaltar que nos casos em que houve hepatotoxicidade havia histórico de doença hepática pregressa
e/ou uso de medicamentos hepatotóxicos associados ao tratamento com o fitoterápico. 51 Alguns estudos

identificaram efeitos adversos leves para o consumo de produtos à base de catequinas do chá verde, tais como:

gases, irritação gástrica e queimação. Outros pesquisadores sugerem a possibilidade de uma reação alérgica a
componentes do extrato de Camellia sinensis ou a uma idiossincrasia metabólica. A contaminação durante o

crescimento das folhas ou durante o processo de produção do extrato também é sugerida. 159

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg (extrato seco)

Capsiate TG®/ capsaiscina: os efeitos colaterais podem incluir irritação do estômago, sudorese, rubor e
corrimento nasal. São contraindicados em casos de hipersensibilidade a alguns componentes para a preparação dos

capsinóides. Altas doses de drogas que contenham componentes concentrados de capsaiscina, se administrados

por longos períodos, podem causar gastrite crônica e úlcera duodenal por ser irritante de mucosas,
hepatotoxidade, prejuízo na função renal e efeitos neurotóxicos. Pode interferir na absorção de medicamentos

inibidores da MAO (monoamina oxidase) e de anti-hipertensivos.52

DOSE DIÁRIA MÁXIMA*– 30 mg (extrato seco)

67
Possíveis efeitos colaterais

Cassiolamina (Cassia nomame): assim como todos os inibidores da lipase, o extrato de Cassia nomame pode
inibir a absorção de vitaminas lipossolúveis, como vitaminas A, D, E e de carotenóides como betacaroteno e

licopeno. Quando estes nutrientes são suplementados, devem ser ingeridos pelo menos duas horas antes ou após o

uso do fitoterápico. Hipertensos, portadores de doenças cardíacas, gestantes e lactantes devem evitar o consumo

do fitoterápico.53

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1000 mg (extrato seco)

Castanha da índia (Aesculus hippocastanum L.) – reações como espasmo muscular, náusea moderada, vômito e

urticária raramente podem ocorrer. Doses adequadas em geral são bem toleradas, enquanto que a escina

(princípio ativo do fitoterápico) ocasionalmente pode provocar gastrite, quando administrada na forma de infusão
ou extrato fluido. Em altas doses pode causar efeitos colaterais como tonturas, dor de cabeça, dores de estômago e

prurido, além de irritar o trato gastrointestinal. Pacientes com insuficiência renal, hepática ou com lesões da
mucosa digestiva não devem consumir o fitoterápico.

Não deve ser utilizado em casos de distúrbios hemorrágicos conhecidos e recomenda-se não administrar via oral

por períodos superiores a seis meses.54 Também não se recomenda associar com sais alcalinos, ferro, iodo e
taninos, já que podem interferir com a absorção.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 600 mg (extrato seco) ou 120 mg de escina

Cavalinha (Equisetum arvenses): é contraindicado nas disfunções cardíacas e renais, em casos de gastrite e

úlcera duodenal. Deve-se evitar o uso por períodos longos, pois pode ocasionar dores de cabeça, tenesmo
(sensação dolorosa na bexiga ou na região anal, provocada pela necessidade frustrada de urinar ou defecar),

anorexia e disfagia. Equisetum arvenses também pode ocasionar a deficiência de tiamina e diminuir os níveis de

glicose sérica em pessoas com diabetes.55

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 1000 mg (extrato seco)

68
Possíveis efeitos colaterais

Cardo Mariano (Silymbum marianum): pode provocar um efeito laxante. Outros efeitos colaterais menos

comuns são náusea, diarreia, indigestão, flatulência, inchaço, plenitude ou perda de apetite. Quando administrado

conjuntamente com a iombina ou com a fentolamina tem efeito antagonista.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 35 mg/kg de peso corporal

Carotenoides (licopeno, luteína, zeaxantina): em doses elevadas, os carotenoides podem ter o seu efeito pró-

oxidante. Altas concentrações podem alterar as propriedades de membranas biológicas, influenciando a

permeabilidade a toxinas, ao oxigênio ou metabólitos.56, 57

DOSE DIÁRIA MÁXIMA*

LICOPENO – 90 mg

LUTEÍNA – 20 mg

ZEAXANTINA – 5 mg

Centella asiática: de modo geral a Centella é bem tolerada nas doses adequadas. Altas doses por via oral pode

provocar cefaleias, vertigens, hipotensão arterial e estados narcóticos leves a moderados. Tem apresentado, em
alguns casos, efeitos hepatotóxicos e depressores do Sistema Nervoso Central (SNC). Quando consumida em doses
acima de 50 mg por Kg de peso, há uma possível implicação de carcinogênese de pele, dermatite alérgica, prurigem

e fotosensibilidade. É contraindicada a pessoas alérgicas às plantas angiospérmicas da família Apiaceae; Esta família

inclui espécies como a salsa e a cenoura.58 Em alguns pacientes se observou uma elevação do colesterol total e
desta forma deve-se prescrever com muita cautela nos casos de hipercolesterolemia familiar. 59 Indivíduos com

alterações hepáticas como hepatite também devem evitar o uso.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - No uso interno, recomenda-se não ultrapassar da dose de 500-600 mg do pó da droga,

ou dez gotas do extrato, três vezes ao dia. Máximo de 13,6 mg de asiaticosídeos.

69
Possíveis efeitos colaterais

Chapéu de couro (Echinodorus macrophelum): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

Essa planta ainda precisa de mais estudos toxicológicos para afirmar os seus efeitos adversos. 60

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Citrus aurantium/ sinetrol®: por ter ação adrenérgica não específica, pode atuar em diversos sistemas

(cardiovascular, músculo-esquelético, gastrointestinal e respiratório). Efeitos adversos de ordem cardiovascular


podem ocorrer com mais frequência, como aumento da pressão arterial, arritmias ventriculares, agitação e insônia.

Não deve ser utilizado em pacientes com doenças cardiovasculares, hipertensão, doenças hepáticas, renais,

gastrite, úlceras gastroduodenais, colite ulcerosa, doença de Crohn, epilepsia, doença de Parkinson ou outras
enfermidades neurológicas.61

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1200 mg

Cobre: os efeitos colaterais de suplementos de cobre ainda não são claros, mas, em combinação com o zinco,
até 3 mg por dia é considerado seguro.62 Em excesso pode promover dor epigástrica, gosto metálico na boca,
salivação excessiva, náuseas, vômitos, diarreia, câimbras, além de lesões hepáticas. Pode também ocorrer dor de

estômago, redução da pressão arterial diastólica, anemia, hemólise, necrose hepática, taquicardia, convulsões e

coma.62

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 100O µg ANVISA – 9 mg

Colágeno: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Porém, pode-se observar em alguns

casos desconforto gastrointestinal revertido pela suspensão do produto.63

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 20 g

70
Possíveis efeitos colaterais

Coleus forskohlii/forskolina: pode promover hipercloridria gástrica. Indivíduos com gastrite ou úlcera não

devem usar. Por elevar a testosterona também não é indicado nos casos de hiperandrogemia. 64

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 500 mg do extrato seco padronizado a 18% de forskolin

Crisina: não deve ser utilizada nos casos de hipoestrogenismo e/ou excesso de hormônios andrógenos. 65

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 7 mg/kg de peso corpora

Cistina/Cisteína: dose diária de cisteína superior a 1,2 gramas pode levar a um aumento do estresse oxidativo.
Grandes quantidades de cisteína, aminoácido do qual é derivado NAC (N-acetil-cisteína) pode ser tóxico para as

células nervosas e este efeito foi demonstrado em ratos. 66 Outro fator é o aumento de excreção urinária do zinco e

cobre.67 Portanto, zinco e cobre devem ser adicionados na suplementação com cisteína quando este aminoácido for
utilizado por períodos prolongados.68, 69

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g

Coenzima Q10: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 100 mg

Cromo: evitar em pacientes com anemia já que o cromo reduz absorção de ferro pela ligação da transferrina.

Altas concentrações por longo tempo podem causar danos mitocondriais, apoptose e efeitos mutagênicos. 70

DOSE DIÁRIA MÁXIMA ANVISA - 1.000 µg

71
Possíveis efeitos colaterais

Dente de leão (Taraxacum officinales): evitar em indivíduos com cálculos biliares. Pode causar raras reações

alérgicas por contato devido às lactonas sesquiterpênicas.71

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g (extrato seco)

Eurot BT®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - Não estabelecida

Erva mate/Pholia Magra®/Ilex paraguariensis: pode gerar ansiedade, insônia, taquicardia, hipertensão,
aumento da frequência cardíaca e respiratória, dor de cabeça e zumbido nos ouvidos devido à cafeína.

Gastroenterites, úlceras gastroduodenais podem ser ocasionadas pelos taninos. As xantinas podem ser

responsáveis por distúrbios hepáticos.72, 73

DOSE DIÁRIA MÁXIMA: 600 mg

Extrato de cassis (Ribes nigrum L): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA: 600 mg

Extrato de semente de uva (Vitis vinífera): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA*: 720 mg ou 50 mg de flavonóides totais

Extrato seco camu camu (Myrciaria dúbia): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

72
Possíveis efeitos colaterais

Ferro: pode causar efeitos colaterais, incluindo dores de estômago, constipação, diarreia, náuseas e vômitos.

Nos casos de hemocromatose, hemossiderose, policetemia e anemia falciforme é contraindicada suplementação


com ferro. O excesso de ferro (hemocromatose) ocorre geralmente em homens e pode causar doenças cardíacas

(especialmente em indivíduos com fatores de risco), disfunções no fígado, pâncreas e baço. 74, 75, 76, 77, 78, 79

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL: 45 mg ANVISA – 65 mg

Fucus vesiculosos: o ácido algínico pode reduzir a absorção de sódio e potássio e por consequência promover

diarreia. Pode haver redução da absorção de ferro (pela presença de fucoidano), com redução de hemoglobina e

ferro séricos. Por ser rico em iodo, pode ocorrer risco de alterações tireoidianas. Por isto, não se deve prescrever o
fitoterápico para pessoas que estejam fazendo tratamento com hormônios tireoidianos. Há também um risco para

o surgimento ou agravamento de acne pré-existente (proveniente do iodo). Não utilizar em gestantes, crianças,
idosos ou pacientes nefropatas ou hepatopatas. Em virtude da possibilidade de conter metais pesados na alga e a
dificuldade de quantificar o iodo exatamente, recomenda-se a prescrição somente de formas galênicas

estandarizadas e especialidades com o devido controle sanitário, preferivelmente em forma de cápsulas ou

comprimidos entéricos.80

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1 g (extrato seco)

Fosfatidilserina: pode causar efeitos colaterais, incluindo insônia e dores de estômago, particularmente em

doses superiores a 300 mg. É considerada segura pelo FDA e os estudos com doses de 300 a 600mg/dia não

relataram efeitos colaterais. A fosfatidilserina pode aumentar os níveis de acetilcolina e, portanto, interagir com
medicamentos anticolinérgicos e colinérgicos, assim como medicamentos utilizados no tratamento do mal de

Parkson.80

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 600 mg

73
Possíveis efeitos colaterais

Fruto-oligossacarídeos: ainda não há nenhum relato de efeito colateral em longo prazo e não há uma dose

estabelecida como tóxica. Pode ocorrer flatulência e distensão abdominal. 80

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 10 g

Koubo® (Cereus peruvianus): não é indicado para pacientes diabéticos, em virtude de poder aumentar a

glicemia sanguínea.81

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 800 mg (extrato seco)

Garcínia Camboja: pode haver náuseas, dores de cabeça e dores gástricas.82

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 2 g (extrato seco)

Glucomanan (Amorphophallus konjac): indivíduos com distúrbio do esôfago não devem ingerir qualquer
suplemento de fibra em forma de pílula, já que o complemento pode expandir-se no esôfago e levar à obstrução.

Há relatos de pessoas que são sensíveis ao pó de glucomanan. Em virtude da fermentação das fibras pelas bactérias

intestinais ocorrem muitos gases intestinais e desconforto abdominal em pacientes que não estejam acostumados
a ingerirem dietas ricas em fibras.83, 84

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 3 g (pó)

Glucosamina: há alguns estudos que demonstram que a glucosamina sulfato interfere no metabolismo da

glicose. No entanto, as evidências da literatura não sugerem que o consumo de glucosamina desencadeie ou agrave
a resistência à insulina. De qualquer modo, deve-se utilizar com cautela e controlar a glicemia em pacientes

diabéticos ou resistentes à insulina.85, 86 Pelo fato da glucosamina ser produzida a partir das cascas de camarão,
lagosta e caranguejo, pessoas alérgicas a crustáceos devem ter critério na administração, apesar de não haver

relatos por alérgicos a crustáceos que consumiram glucosamina.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1,5g

74
Possíveis efeitos colaterais

Gymnena silvestre: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg

Glutamina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.87

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 20 g

Gody Berry (Lycium barbarum L.): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg

Goma guar: pode gerar efeitos adversos, tais como dores abdominais, flatulência, diarreia e cãibras. 88

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 0,2 g/kg de peso corporal

Glycoxil®/carcinina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 400 mg

Griffonia simplicifolia: não utilizar associado a medicamentos inibidores da MAO (monoamina oxidase),

antidepressivos, no caso de doenças cardiovasculares e na insuficiência renal grave. Pode gerar sonolência,

náuseas, tontura e cefaleia sendo que o efeito adverso mais comum é náusea. 89 Alguns trabalhos também revelam
a desinibição sexual com o uso concomitante de triptofano e neurolépticos ou inibidores MAO. Em estudos

animais, o uso de triptofano em altas doses (1,6 g/Kg de peso em ratos) ocasionou sintomas de toxicidade, levando

à morte em virtude do acúmulo de produtos de seu metabolismo, e os que sobreviveram ficaram com sequelas.
Outro efeito foi o aumento do nível de ácido xanturênico, que possui ação diabetogênica nos animais. Em

ruminantes, a utilização por via oral do triptofano esteve relacionada com edema pulmonar e enfisema, em virtude

disso surge preocupação quanto ao uso de triptofano em pacientes com conteúdo bacteriano gastrointestinal

75
Possíveis efeitos colaterais

elevado. Há outros relatos de que produtos do metabolismo do triptofano podem promover a ação de certos

carcinógenos. Além disso, a foto-oxidação do triptofano e de certos metabólitos pode estar envolvida na formação
de catarata, se houver exposição à luz ultravioleta. É importante destacar que esses relatos foram encontrados

quando utilizadas altas doses além das recomendadas normalmente.90

DOSE DIÁRIA MÁXIMA *– 1 mg/kg de peso corporal (extrato seco)

Inulina: testes padrões de toxicidade conduzidos com frutanos do tipo inulina, em doses bastante superiores às

recomendadas, não detectaram evidências de toxicidade, carcinogenicidade ou genotoxicidade. Como no caso dos

demais tipos de fibra, o consumo de quantidades excessivas de prebióticos como a inulina pode resultar em
diarreia, flatulência, cólicas, inchaço e distensão abdominal, estado este reversível com a interrupção da

ingestão.91, 92

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 20 g

Iodo: a toxicidade ocorre com a ingestão de doses superiores a 1g, sendo as reações mais comuns: dor
abdominal, febre, náuseas, vômito e diarreia. Pode também ocorrer hipotireoidismo, especialmente em pessoas

com uma história prévia de problemas de tireoide. 93 Além disso, erupções cutâneas, comichão ou lesões na pele e

sintomas gastrointestinais.94

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 1100 g ANVISA – 600 µg

Irvingia garbonensis: os únicos efeitos colaterais relatados são flatulência, cefaleia e insônia. Utilizar com

precaução em pacientes diabéticos e/ou hipertensos que estejam em tratamento.95

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1 g (extrato seco)

Lactobacillus casei: os efeitos colaterais geralmente são leves e incluem gases ou distensão abdominal. 96

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

76
Possíveis efeitos colaterais

Lactobacillus rhamnosus: efeitos adversos incluem aumento na produção de gases, desconforto abdominal e

até mesmo diarreia, porém esses sintomas desaparecem com o tempo. Reações mais severas foram observadas em
pacientes internados em unidades de terapia intensiva e com o estado imunológico debilitado e alta

permeabilidade intestinal, ocorrendo translocação bacteriana e bacteremia. 97

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

L-glicina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 4g

Licorice/Extrato do alcaçuz (Glycyrhiza glabra L.): podem ocorrer efeitos adversos semelhantes com uso de

mineralocorticoides, aumento da pressão arterial e arritmias. Contraindicado para hipertensos e nas doenças

cardiovasculares.98 Há relatos que o alcaçuz pode aumentar o risco de sangramento em pacientes utilizando o
anticoagulante varfarina.99 O consumo de 30g ou mais de alcaçuz diariamente durante várias semanas pode causar

efeitos secundários graves, incluindo elevação da pressão arterial, fraqueza, paralisia e danos ocasionalmente

cerebrais em pessoas saudáveis. Em pessoas com alto consumo de sódio ou com doença cardíaca, renal ou pressão
alta doses superiores a 5 g/dia já podem causar estes efeitos.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 4 g ou 2,29 mg/kg de peso corporal de glicirrizina 100

Linumlife: apesar de conter glicosídeos cianogênicos, doses únicas de até 150-300 g de pó da semente não são

tóxicas. Pode causar efeitos gastrointestinais secundários, tais como inchaço, gases, dor abdominal, constipação,

diarreia, náuseas, dor de estômago.101

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g

77
Possíveis efeitos colaterais

L-lisina: em animais, altas quantidades de lisina têm sido associadas ao aumento do risco de cálculos biliares,

elevação de LDL colesterol, dor de estômago e diarreia. 102,103 Em doses elevadas, problemas consistentes não têm

sido relatados em seres humanos, apenas cólicas abdominais e diarreia transitória em altas doses. 104

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 3 g

L-prolina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Manganês: o excesso acumulado no fígado e no sistema nervoso central pode produzir sintomas semelhantes

ao Mal de Parkinson, produzindo demência, desordens psiquiátricas e neurológicas. 105

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL– 11 mg ANVISA – 10 mg

Magnésio: com a elevação dos níveis de magnésio no plasma, os efeitos adversos são náuseas, vômitos,

hipotensão, bradicardia, sonolência, dupla visão e fraqueza. A toxicidade também pode ocorrer em pacientes com

falência renal tratados com magnésio, os quais podem ter hipotensão, depressão do Sistema Nervoso Central,
diminuição dos reflexos do tendão e mesmo paralisia. O excesso de magnésio causa diarreia, pois ocorre elevação

do peristaltismo, sem retenção de água.106

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 350 mg | ANVISA – 700 mg

Melissa officinalis: não provoca efeitos colaterais nem sintomas de toxicidade. O linalol e o terpineol produzem
um efeito depressor do sistema nervoso central provocando sonolência.. 107 Ocasionalmente pode produzir

hipertensão arterial em doses normais por vasodilatação periférica.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

78
Possíveis efeitos colaterais

Metionina: a sobrecarga de metionina leva à maior produção de homocisteína. A elevação desta proteína pode

estar relacionada a doenças cardiovasculares como aterosclerose. 108 Ingestão excessiva de metionina, juntamente

com ingestão inadequada de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12, pode elevar a conversão de metionina de

substância homocisteína ligada a doenças cardíacas e AVC (Acidente Vascular Cerebral). 109

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 5 g

MSM (metil-sulfonil-metano): alguns relatos afirmam que o MSM tem sido utilizado em pesquisas com seres
110
humanos por muitos anos em quantidades acima de 2000 mg por dia, sem efeitos adversos significativos. No
entanto, náuseas, edema, diarreia, erupções cutâneas, dor de cabeça, insônia e fadiga podem ser sentidos em
menos de 20% das pessoas, de acordo com outros relatos. 111

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 6 g

NAC (N-acetilcisteína): em excesso, pode ser tóxica, e não há um consenso quanto à quantidade ideal utilizada
na suplementação.112

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1 g

Ômega 3/óleo de peixe: as cápsulas de ômega 3 podem causar eructação, flatulência, distensão abdominal,

náuseas e diarreia.113, 114 Dose diária acima de 3g de Ômega 3 pode promover aumento da glicemia e do colesterol,

já as doses menores diariamente têm sido benéficas para pacientes com doenças cardíacas e diabetes.115, 116, 117 O
comprometimento do metabolismo de açúcar causado por suplementação com óleo de peixe tem sido evitado pela

adição de meia hora de exercícios moderados três vezes por semana. Enquanto a suplementação com óleo de
peixe diminui consistentemente triglicérides, o efeito do óleo de peixe na redução do LDL colesterol varia, sendo
que em algumas pessoas a suplementação de óleo de peixe aumentou os níveis de LDL, por interferir no

mecanismo de coagulação sanguínea quando consumido doses diárias superiores a 3g. O consumo deve ser
suspenso antes de um procedimento cirúrgico e deve-se ter critério ao associar com medicamentos

anticoagulantes.118

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 6 g

79
Possíveis efeitos colaterais

Óleo de cártamo (Carthamus tinctorius): a longo prazo pode promover aumento da resistência à insulina,
elevação da glicose e insulina de jejum, elevação da peroxidação lipídica e redução de HDL-colesterol em indivíduos

com síndrome metabólica (dislipidemia, hipertensão). 119

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 6 g

Óleo de prímula (Primula officinalis): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.120

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 6 g

Oxxynea®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Pantotenato de Cálcio (Vitamina B5): efeitos adversos são nefrolitíase, síndrome de hipercalcemia e
insuficiência renal com ou sem alcalose e interação negativa entre cálcio e outros minerais, como o ferro e o

zinco.121

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL— Não estabelecida

Pimenta cayena/ pimenta vermelha (Capsicum frutescens): não deve ser administrada em portadores de

hemorroidas ou problemas digestivos. O uso em excesso pode provocar irritação no sistema digestório, dores

gastrointestinais, náuseas, úlceras, colite, sudorese, rubor, corrimento nasal e câncer de cólon intestinal. 122

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

80
Possíveis efeitos colaterais

Phaseolus vulgaris (Faseolamina): pode provocar dores abdominais, gases e diarreia, quando utilizada em
doses excessivas, além de hipoglicemia, por reduzir significativamente a glicemia sanguínea. Por isto, pode haver

necessidade de ajustar as doses de insulina ou de antidiabéticos orais quando administrados com a

faseolamina.123. Contra indicada nos tratamentos cardiotônicos pela ação diurética excretora de potássio.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1 g (extrato seco)

Plantago ovata (Psyllium): é uma planta de baixa toxicidade, apenas apresentando em alguns casos reações de

hipersensibilidade e em doses elevadas diminui a absorção de minerais como o cálcio, o ferro e o magnésio; de

vitaminas B12 e certos medicamentos, como cardiotônicos e cumarinas. Um aumento na formação de gases e
flatulência é observado como efeito colateral. É contraindicada em cólicas abdominais e em estenoses esofágica,

pilórica ou intestinal.124, 125

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 15 g

Potássio: o excesso desse nutriente pode ser excretado ou armazenado no intestino como reserva, no entanto
a toxicidade pode resultar em falência renal, mau funcionamento da glândula adrenal, além de sintomas como

queimação ou formigamento, fraqueza generalizada, paralisia, apatia, tonturas, confusão mental, redução da

pressão arterial, ritmo cardíaco irregular, confusão mental, dormência nas extremidades e respiração cansada. 126

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 2000 mg

Polypodium leucotomos: os extratos dos rizomas de polypodium são geralmente bem tolerados 127 É

contraindicado na diabetes por induzir a hiperglicemia e em pacientes com úlcera duodenal. A composição de
heterosídeos do rizoma pode interferir com o emprego simultâneo de heterosídeos cardiotônicos. Alguns

pacientes relatam dor no estômago com o uso do fitoterápico.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 750 mg (extrato seco)

81
Possíveis efeitos colaterais

Prunus africana: pode produzir ligeiras perturbações gástricas como diarreia, dor gástrica, náuseas, atribuídas

aos taninos. Podem ocorrer efeitos no metabolismo de androgênio e estrogênio. 128

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 300 mg (extrato seco)

Punica granatum extrato seco (romã): em doses elevadas podem ocasionar hepatotoxicidade (relacionada com

o elevado conteúdo de tanino), provocando náuseas, reações de hipersensibilidade e vômitos. Pode interferir no
controle da pressão arterial durante e após cirurgias. Também não é recomendado para pacientes com asma e

atopia.129

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1,5 g (extrato seco)

Pycnogenol®: foi bem tolerado em estudos clínicos, com apenas ocasionais queixas gastrointestinais, tonturas e
cefaléia relatadas. 130, 131

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 300mg - (extrato seco)

Polifenóis/catequinas: raramente causa anemia, febre e desnutrição das células vermelhas. Esses efeitos

diminuíram quando o tratamento foi interrompido.132, 133

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Paullinia cupana/guaraná: seus efeitos colaterais são inquietação, insônia, tremor e taquicardia. 134

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Passiflora incarnata (maracujá): em altas doses, pode causar reações adversas. A mais comum é torpor

(entorpecimento/adormecimento), mas há relatos de reações alérgicas, náusea, vômito e taquicardia severos. 135

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

82
Possíveis efeitos colaterais

Quercetina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Contra indicada para indivíduos com

insuficiência renal.136

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1 g

Resveratrol: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Rutina: o teste de toxidade aguda realizado em um estudo mostra que a rutina não apresentou efeitos

deletérios.137

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 800 mg

Selênio/ selenometionina: a ingestão deste mineral em excesso promove fadiga muscular, contribui para

colapso vascular periférico, congestão vascular interna, unhas fracas, queda de cabelo, dermatite, alteração do
esmalte dos dentes e vômitos. Existem relatos de associação do uso de selênio em altas doses com a ocorrência de
inflamações cutâneas, náuseas e fadiga.138

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL– 400 µg | ANVISA – 150 µg

Silício/Exsynutriment®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 10 mg de silício elementar ou 1g de Exsynutriment®

Slendesta®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. 139

DOSE DIÁRIA MÁXIMA*: 600 mg

83
Possíveis efeitos colaterais

Soja: ausência de efeitos tóxicos hepáticos e renais pelo uso crônico de isofavonas de soja nas quantidades e
tempo do estudo. A soja é contraindicada para mulheres com histórico de câncer de mama e alterações

tireoidianas.140, 141 Há receio de que o consumo de doses elevadas pode causar crescimento de tecido anormal no

útero.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Rhodiola rosae: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. 142

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 700 mg (extrato seco)

Taurina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g

L-teanina: a teanina possui efeitos redutores na pressão arterial, motivo pelo qual pode potencializar os efeitos

de diversos medicamentos anti-hipertensivos. A teanina também pode reduzir o efeito de drogas que estimulam o

SNC (Sistema Nervoso Central), como a dietilpropiona e fetermina. 143

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Tirosina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 500 mg

Urucum: em excesso pode diminuir a pressão arterial, ser tóxico para o fígado e pâncreas e causar variações na
taxa de glicose.144

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

84
Possíveis efeitos colaterais

Vanádio: provoca frequentemente efeitos secundários indesejáveis incluindo desconforto abdominal, diarreia

e náuseas. Pode ser neurotóxico, nefrotóxico, o excesso pode causar depressão do crescimento e do consumo
alimentar e diarreia. Está relacionado a irritações locais nos olhos e no trato respiratório superior. O pó de

vanádio está associado a renite, asma, hemorragia nasal, conjuntivite e tosse. Não deve ser utilizado vanádio em

casos de insuficiência renal grave ou pacientes em tratamento de hemodiálise. 145

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1,8 mg

Vitamina A: altas doses na forma aguda podem causar náuseas, vômitos, alterações mentais e dor de cabeça.

Já no uso crônico, afeta o Sistema Nervoso Central, causando dor de cabeça, náusea, ataxia, anorexia,
hepatomegalia, hiperlipidemia, dores articulares, espessamento dos ossos longos, hipercalcemia, calcificação de

tecidos moles, secura excessiva, escamação e rachaduras, descamação e alopecia. Não deve ser associada a
isotretinoína (Roacutam®). 146

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - UL - 3000 µg | ANVISA – 3000 µg

Vitamina B2 (Riboflavina): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. 147 Quando

consumida em doses elevadas pode deixar a urina mais escura e provocar diarreia.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – Não disponível

Vitamina B3 (Niacina): seu excesso pode causar rubor intenso, prurido, manifestações cutâneas diversas, gota,

úlceras, redução da tolerância à glicose, náuseas e vômitos.146

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 25 mg | ANVISA – 500 mg

85
Possíveis efeitos colaterais

Vitamina B6 (Piridoxina): não há nenhuma toxicidade associada com vitamina B6. Entretanto, quando ingerida
em altas doses, tem sido associada a efeitos que incluem formigamento de mãos e pés, redução da coordenação

muscular e dificuldade de caminhar. Alguns estudos revelam que, em doses elevadas, a vitamina B6 pode causar

sonolência, distúrbios neurológicos e entorpecimento. A piridoxina deve ser evitada em pacientes parkinsonianos

em tratamento com levodopa pura.148, 149

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 100 mg | ANVISA- 200 mg

Vitamina C: doses superiores a 1.000 miligramas por dia podem causar diarreia e alterações do ciclo menstrual.
150
Além do que alta dose de vitamina C podem afetar a biodisponibilidade de vitamina B12. Pessoas com litíase
renal devem evitar os suplementos de vitamina C, pois ela pode ser convertida em oxalato e aumentar oxalato

urinário.151, 152

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 2000 mg | ANVISA- 100 µg

Vitamina D: ingerida em excesso pode elevar o nível sérico de cálcio além de causar lesão renal por depósito de
cálcio, aumento da diurese e polidipsia. Sua ingestão excessiva pode causar fraqueza, náusea, perda de apetite,

dor de cabeça, dores abdominais, diarreias e cãibras.153 Hipercalemia foi observada em indivíduos com consumo

diário de doses superiores a 50.000UI/dia.

Adicionalmente, a ingestão prolongada de altas doses (50.000 UI/dia a 20.000 UI/dia) pode causar calcificação

de tecidos moles como os rins, vasos sanguíneos, coração e pulmões.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA ANVISA – 2,5 mg

Vitamina E/ alfa acetato de tocoferol: quando ingerida em excesso, pode, eventualmente, competir na absorção

e reduzir a disponibilidade das outras vitaminas lipossolúveis, além do ferro dos alimentos, e, assim, colaborar para
o desencadeamento de anemias. O consumo deve ser suspenso antes de um procedimento cirúrgico e deve-se ter

critério ao associar com medicamentos anticoagulantes.154

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 1000 mg | ANVISA – 1200 UI

86
Possíveis efeitos colaterais

Whey Protein: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Porém, sabe-se que a ingestão
excessiva de proteína e aminoácidos, através dos alimentos ou suplementos proteicos, tem demonstrado efeitos

danosos à saúde. Proteínas em níveis acima de 15% das calorias totais pode levar à cetose, gota e sobrecarga renal,

aumentar gordura corporal, desidratação, promover balanço negativo de cálcio e induzir perda de massa óssea. 155

Pessoas que são alérgicas aos produtos lácteos poderiam reagir a proteína de soro e devem, portanto, evitá-lo.156

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 40 g (deve ser contabilizada no teor protéico diário da dieta)

Ioimbina: pode ocorrer aumento de pressão arterial, tontura, taquicardia, tremores, aumento da sudorese,

alteração do sono, cefaleia, irritabilidade, nervosismo, depressão, alteração de paladar, náuseas, boca seca, pirose,

epigastralgia, dores abdominais, diarreia, obstipação, aumento ou diminuição da fome ou compulsão por doces,
cansaço, prurido e alterações em relação à diurese.157

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 12 mg

Zinco: altas doses podem causar náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreia. Em excesso também pode levar

a anemia, febre e distúrbios do SNC em pacientes renais em hemodiálise. 158 Ingestão superior a 300 mg por dia tem
sido relatada como prejudicial na função imunológica. Cunningham e colaboradores demonstraram que a

suplementação de 50mg/dia de zinco, durante 28 dias, para indivíduos diabéticos e um grupo controle levou a

aumento significativo da Hemoglobina Glicada, o que sugere que altas doses desse mineral podem ter efeitos
prejudiciais no diabetes. Doses diárias acima de 15 mg deve-se suplementar cobre.159

DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 40 mg | ANVISA – 30 mg

Zingiber officinalis/gengibre: nenhum efeito tóxico foi reportado.

DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

* Não há recomendação diária preconizada na DRI ou ANVISA. Dose usual descrita em publicações científicas.

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Possíveis efeitos colaterais

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158. CUNNINGHAM, J.; FU. A.; MEARKLE, P. Et al. Hyperzincuria in individuals with insulin-dependent diabetes
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62, 1994.

159. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Informe Técnico nº 45, de 28 de de-

zembro de 2010. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

160. CHANDRA R. K. Excessive intake of zinc impairs immune responses. JAMA, v. 252, p. 1443, 1984.

100
6 - FONTES ALIMENTARES

101
Fontes alimentares

Tabela 6.1 Fontes alimentares de nutrientes e compostos bioativos

Nutrientes / Compostos Bioativos Fontes Alimentares

Ácido elágico Amora, cereja, morango.

Fígado, lentilha, tomate, cogumelo, ervilha, brócolis, es-


Ácido fólico/folato pinafre, feijão, carne bovina magra, folhas verde-escuras
como brócolis, espinafre e aspargo.
Semente de girassol, cogumelos, salmão, fígado de gali-
nha, farinha de soja, gema de ovo, rim, fígado, leveduras,
Ácido pantotênico (vitamina B5)
brócolis, carne bovina magra, leite desnatado, batata do-
ce e melaço.
Cerejas, uvas, uvas vermelhas, morangos, chá e peles de
Antocianinas (Mirtilo/Vaccinium myrtillus)
frutas com pigmentos escuros.
Chocolate, semente de girassol, amendoim, gelatina, ca-
Arginina
fé e linhaça.
Abóbora, mamão, melão, pêssego, damasco, cenoura e
Betacaroteno
pimentão.
Frutas, verduras, aveia, cevada, leguminosas (feijão, len-
Beta-glucan
tilha, soja, grão de bico).
Frutas cítricas, frutas vermelhas, cebola,
(particularmente cebola vermelha), chá (chá
Bioflavonóides cítricos
especialmente branco e verde), vinho tinto e chocolate
amargo.
Boro Água, frutas, legumes, castanhas, grãos e cereais.
Cacau (Theobeoma cacao) Achocolatado, chocolate.
Café, chá, chocolate, refrigerantes de guaraná ou de co-
Cafeína
la.
Leite, queijo, iogurte, agrião, alface, aveia, salsa
Cálcio salsão, beterraba, gergelim, batata doce, brócolis, cebo-
la, couve e espinafre.
Capsiate TG®/capsaiscina Pimenta vermelha e malagueta.
Cenoura, batata-doce, abóbora, damasco, melão, ma-
mão papaia, manga, carambola, nectarina, pêssego, espi-
Carotenóides
nafre, brócolis, endívia, couve, chicória, escarola e agri-
ão.
Catequinas Catequinas do chá verde, cacau e vinho.

Alho, cebola, brócolis, couve de bruxelas, aveia e gérmen


Cistina
de trigo.

Fígado, ostra, cereais integrais, rim, chocolate, noz, legu-


Cobre
minosas secas, frutas secas e aves.

102
Fontes alimentares

Tabela 6.1 Fontes almentares de nutrientes e compostos bioativos (continuação)

Nutrientes / Compostos Bioativos Fontes Alimentares

Farelo de arroz, gérmen de trigo, soja, semente de gerge-


Coenzima Q10 lim, algas, oleaginosas, brócolis, repolho, espinafre, raba-
nete, couve-flor e peixes (sardinha).

Colágeno hidrolisado Gelatina, ossos de animais (ex.: rabada).

Crisina Maracujá.

Brócolis, feijão verde, batata, suco de laranja, carne ver-


Cromo
melha, peito de peru, banana e maçã.

Curcumina—Curcuminoide Cúrcuma, açafrão, pimenta do reino.

Extrato de uva (Vitis vinífera) Uva, vinho, uva passas e vinagre.

Faseolamina (Phaseolus vulgaris) Feijão branco.

Marisco, ostra, fígado, semente de abóbora, fígado, tofu,


Ferro
pistache e melado.

Fosfatidilserina Soja, coração, fígado, sardinha, atum e feijão branco.

Alcachofra, soja, alho, alho poró, aspargo, chicória, cebo-


Frutooligossacarídeos / Inulina
la, bardana e banana, e a biomassa de banana verde.

Genisteína Soja.

Gingerol Gengibre.

Ilex paraguariensis / Pholia magra® Erva mate e chá mate.

Todas as crucíferas: Brócolis, couve-flor, couve manteiga,


Indol-3-carbinol
couve de bruxelas e repolho.
Moluscos, lagosta, ostra, sardinha, outros peixes de água
Iodo
salgada e água.
Farinha de soja, grão de soja, tofu, broto de alfafa, se-
Isoflavonas / Extrato de soja
mentes de linhaça, grão-de-bico, lentilha e feijão branco.

103
Fontes alimentares

Tabela 6.1 Fontes almentares de nutrientes e compostos bioativos (continuação)


Nutrientes / Compostos Bioativos Fontes Alimentares
L-glicina Peixes, carnes, feijão e lacticínios.

Lactobacillus casei Iogurte, probióticos e coalhada.


Alimentos com pigmentos vermelhos, alho, cebola, bró-
L-cisteína
colis, couve, aveia e gérmen de trigo.
Licopeno Tomate, goiaba, melancia, beterraba e pimentão.
Carne vermelha, de porco e frango, queijo, determinados
L-lisina peixes (bacalhau e sardinha), nozes, ovos, tofu, proteína
isolada de soja desengordurada e farinha de soja.
L-prolina Carnes, principalmente carne vermelha e gelatina.
Peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas,
L-tirosina nozes e castanhas, leite e iogurte desnatados, queijos
magros e tofu.

Luteína Repolho, agrião, espinafre, couve-flor, ervilha e brócolis.

Folhosos, legumes, produtos marinhos, noz, cereais e


Magnésio
derivados do leite
Carnes, leite e derivados, ovos, peixes, alho, amêndoas,
MSM (metil-sulfonil-metano)
aveia, arroz, couve, castanha, feijão, lentilha e trigo.
Ômega 3 Peixes gordos (salmão, sardinha, atum) e óleo de linhaça.
Paulínea cupana Guaraná.
Cebola, maçã, chá, vinho tinto, uvas vermelhas, suco de
Polifenóis / catequinas
uva, morango e noz.
Alimentos não processados como frutas (banana, frutas
Potássio secas, laranja), vegetais (espinafre, brócolis, tomate) e
carnes frescas.
Frutas cítricas, maçã, cebolas (principalmente a roxa),
Quercetina chá, feijão marrom, brócolis preferencialmente crus e
vinho tinto.
Vinho, casca de uva, vinho tinto, maçã e casca de frutas
Resveratrol
vermelhas.
Chás, cebola, maçã, tomate e feijão vermelho, pimentão,
Rutina
frutas cítricas, amora, casca de uva e vinho tinto.
Castanha de caju, castanha do Brasil, cogumelos, alfafa,
Selênio / Selenometionina
frutos do mar, fígado, cereais e pão integral.
Aveia, milho, arroz, cevada, trigo, frango, miúdos do
Silício frango (coração e moela), vegetais, algas, frutos do mar e
cogumelos.

104
Fontes alimentares

Tabela 6.1 Fontes alimentares de nutrientes e compostos bioativos (continuação)

Nutrientes / Compostos Bioativos Fontes Alimentares


L-taurina Carnes e produtos animais.

L-theanina Chás.

Tirosol Azeite de oliva.


Carnes magras, peixes, leite e iogurte desnatados, quei-
L-triptofano
jos brancos e magros, nozes e leguminosas.
Vanádio Frutas e legumes, peixes, crustáceos e nozes.
Fígado, gema de ovos, leite integral, queijos, manteiga,
Vitamina A (retinol) abóbora, manga, cenoura, mamão, pimentão, couve,
agrião e espinafre.
Abacate, amendoim, nozes, castanhas, levedo de Cerve-
Vitamina B2 (riboflavina)
ja, soja, brócolis, espinafre, leite e carnes.
Fígado, banana, salmão, frango, carne vermelha, batata e
Vitamina B6 (piridoxina)
ameixa.
Laranja, acerola, kiwi, goiaba, mamão, salsinha e pimen-
Vitamina C (Palmitato de ascorbila)
tão verde.
Óleo de fígado de peixe, peixes gordurosos (salmão, ba-
Vitamina D gre, sardinha, atum, cavalinha), leite e derivados, cogu-
melos e ovos.
Óleo de germe de trigo, óleo de girassol, sementes,
Vitamina E (tocoferol), alfa acetato de toco-
amêndoa, amendoim, gema de ovo, espinafre e grão de
ferol
soja.
Zeaxantina Gema de ovo, milho e pimentão amarelo.
Zinco Carnes, ovos, nozes, leite, frutas secas e cereais integrais.

105
7 - ACNE

106
Acne

A cne é uma doença de pele, multifatorial, que se manifesta por quadro inflamatório das unidades pilos se-

báceas (pelos e glândulas de gordura) em algumas áreas do corpo como, rosto, peito e costas. A fisiopato-

logia da acne abrange quatro principais fatores: produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas, hiperquera-
tinização folicular, colonização bacteriana do folículo e liberação dos mediadores de inflamação no folículo e na

derme adjacente, sendo que todos estes fatores encontram-se bastante inter-relacionados.

Existem três tipos de classificação para a acne: o comedonal (presença de comedão aberto e ou fechado), o
papilopustular (presença de pápulas e ou pústulas) e o nodular (presença de nódulos). Cada tipo resulta de um pro-

cesso de fisiopatologia multifatorial na unidade pilo-sebácea: produção de sebo, hiperqueratinização folicular, pro-

liferação e colonização por Propionibacterium acnes bem como liberação de mediadores inflamatórios.

A dieta pode colaborar para redução da atividade das glândulas sebáceas, redução do estresse oxidativo,

reposição de nutrientes cuja patologia gera deficiência como zinco e vitamina A, bem como modular a resposta
inflamatória. A ingestão de alimentos com propriedades anti-inflamatórias, que melhoram a permeabilidade in-
testinal, o controle dos níveis de micronutrientes como o zinco, selênio, cobre, vitamina A, entre outros, poderá

contribuir de forma positiva para amenizar os sintomas da acne.

107
Acne

108
Acne

Mix de Fibras

Ingredientes
6 colheres (sopa) de farelo de arroz

1 colher (sopa) de semente de abóbora moída

3 colheres (sopa) de semente de linhaça marrom inteira

3 colheres (sopa) de cacau em pó

2 colheres (sopa) de farinha de semente de uva

Modo de fazer
Misturar todos os ingredientes, acondicionar em vasilhame com tampa na geladeira

Sugestão de Consumo
Usar 1 colher (sopa) ao dia sobre uma fruta picada ou adicionado a um suco.

Rendimento: 13 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 20g/ 1 colher de sopa)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
117,2 15,43 2,97 3,3 1,37

109
Acne

110
Acne

Coquetel Antiacne

Ingredientes
2 fatias finas de abacaxi

½ unidade de pepino médio

½ maçã sem semente

Modo de fazer
1. Higienizar frutas e vegetais, em seguida lavar em água corrente

2. Cortar o abacaxi, retirando a casca, fatiar finas rodelas e reservar

3. Cortar o pepino ao meio e reservar

4. Cortar a metade de maçã, retirar a semente e reservar

5. Juntar todos os ingredientes com o mínimo de água possível e bater aproximadamente por 3 minutos em
liquidificador, mix ou centrífuga

6. Beber imediatamente após o preparo.

Obs.: Este coquetel estimula a produção das secreções digestivas e é uma excelente fonte de antioxidante!

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml /1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
98,3 21,6 1,4 0,7 3,7

111
Acne

112
Acne

Suco Antiacne

Ingredientes

1 folha grande de couve

3 unidades de maçã verde

1 rodela fina de laranja lima

150 ml água de coco

Modo de fazer
1. Lavar bem os vegetais e frutas em solução sanitizante

2. Enxaguar em água corrente

3. Liquidificar as maçãs e a couve com água de coco

4. Enfeite o copo com a rodela de laranja lima

5. Consumir imediatamente

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml / 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

114,9 26,83 0,76 0,5 0,56

113
Acne

FORMULAÇÕES

Acne 1

Componentes da fórmula
Zinco quelado — 20 mg

Selênio quelado — 50 µg

Vitamina E — 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia.

114
Acne

Acne 2
Componentes da fórmula
Magnésio glicina—120 mg

Vitamina C — 200 mg

Alfa-tocoferol— 50 UI

Seleniometionina — 50 µg
Acne
Zinco quelado —10 mg

Vitamina A — 1000 µg

Resveratrol— 20 mg

Cobre quelado — 1 mg

Vitamina B6 — 10 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia longe das refeições.

Acne inflamatória (pápulas e pústulas) 3


Componentes da fórmula

Zinco quelado —20 mg

Vitamina C —200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia longe das refeições com ferro.

115
Acne

Acne 4
Componentes da fórmula

Alfa-tocoferol — 50 mg

Vitamina A — 2000 UI

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

Acne 5
Componentes da fórmula
Zinco quelado — 15 mg

Piridoxina — 20 mg

Riboflavina — 10 mg

Selênio quelado — 50 µg

Vitamina A — 1000 µg

Vitamina E — 50 mg

Vitamina C — 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

116
Acne

Acne por resistência insulínica


Componentes da fórmula
Cromo quelado — 100 µg

Cobre quelado—1 mg

Inositol—200 mg

Ácido fólico—400 µg

Biotina—1 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia

Consumir 1 vez ao dia 1 hora antes do almoço.

Erupções Acneicas no período pré-menstrual I


Componentes da fórmula
Piridoxina — 10 mg

Zinco — 15 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia do 14º ao 28º dia do ciclo menstrual.

117
Acne

Acne por excesso de testosterona


Componentes da fórmula
Prunus Africana — 100 mg

Extrato de soja (40% de Isoflavona) — 100 mg

Camellia sinensis — 200 mg

Cobre — 1 mg

Zinco — 10 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose uma vez ao dia.

Acne 9
Componentes da fórmula
Ômega 3—1 a 3 g (totalizando 1g de EPA e DHA)

Cápsula gelatinosa mole qsp

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 2 doses ao dia junto com as refeições

Obs: esta fórmula pode ser associada a qualquer outra fórmula para acne.

118
Acne

Acne aguda
Componentes da fórmula
Ácido fólico — 400 µg

Zinco quelado — 15 mg

Piridoxina — 20 mg

Riboflavina — 10 mg

Selênio quelado — 50 µg

Vitamina A — 1000 µg

Vitamina E — 50 mg

Vitamina C — 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

119
Acne

Fundamentação Teórica

Magnésio: a deficiencia de magnesio aumenta a produção de IL-1 e IL-6, que estão envolvidas com a produção

de proteínas de fase aguda na inflamação.1

Selênio : indivíduos com acne têm menores níveis sanguíneos de selênio. O selênio, em estudos-piloto, apre-

sentou ser efetivo no tratamento de pústulas devido à redução do processo inflamatório. Indivíduos nos quais os
níveis sanguíneos de peroxidase de glutationa (enzima selênio-dependente) estavam baixos, com a suplementa-

ção de selênio, aumentou e melhorou o aspecto da acne.. 2

Zinco : indivíduos com acne possuem níveis reduzidos de zinco sérico. O mineral inibe a 5 alfa redutase, enzi-

ma que converte a testosterona em dihidrotestosterona, contribuindo, assim, para redução da produção de sebo,
além de ser anti-inflamatório (produção de citocinas anti-inflamatórias) e antimicrobiano (inibição de folfolipase

de Propinianum bacterium acnes)3,4

Vitamina C e E: em indivíduos com acne pápulo pustulosa há aumento do estresse oxidativo e o aporte antio-
xidante está reduzido. Por isso a importância do consumo de antioxidantes como vitaminas C e E. A vitamina E
também pode contribuir na modulação da inflamação. 5,6

Cobre: possui ação antibiótica local, estimula os processos de defesa orgânicos e aumenta a resistência às in-
fecções virais e microbianas 7

Vitamina B6: diminui erupções acneicas do período pré-menstrual.8

Vitamina A: os pacientes com acne revelam níveis inferiores de vitamina A e zinco e estes eram menores ain-

da nos que apresentavam acne grave. A vitamina A reduz a queratinização ductal folicular e promove o controle

da secreção sebácea. 9

Ômega 3: apresenta propriedade anti-inflamatória e pode auxiliar no tratamento da acne. 10, 11.

Resveratrol: anti-inflamatório e, pela presença dehydroxystilbeno, é capaz de inibir o crescimento Propinia-


num bacterium acnes. 12

Extrato de Soja: rico em isoflavonas, parece aumentar a produção de estrógenos que por sua vez reduz a ativi-
dade das glândulas sebáceas. 13

120
Acne

Ácido fólico: a deficiência de ácido fólico pode desencadear erupções acneicas.14

Riboflavina: apresenta papel importante em suas funções coenzimáticas no metabolismo de macronutrientes,

em especial de carboidratos. Sob a forma de flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD), atua nos processo de transfe-

rência de hidrogênio e no metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos. 15

Cromo: a ligação da insulina ao seu receptor ativa cromodulina, que melhora os receptores. A alteração dos

receptores insulínicos pode levar à hiperinsulinemia e esta, por sua vez, contribui para o desencadeamento da ac-
ne. 16

Ácido pantotênico: interage no metabolismo dos ácidos graxos, hormônios sexuais e adrenocorticais. A sua de-
ficiência pode causar um desequilíbrio no metabolismo dos ácidos graxos, levando ao surgimento da acne. 17

Prunus africana (Pigeum): camellia sinensis, zinco, cobre e estrato de soja são fitoterápicos antiandrogênicos
por inibirem a 5 alfa redutase. Os hormônios androgênicos são importantes desencadeadores da acne por estimu-
larem a produção sebácea e a divisão celular glândulas sebáceas. Quando a causa da acne possui relação com hipe-

randrogenismo, fitoterápicos antiandrogênicos, como Prunus africana, pode reduzir a produção sebácea. 18

121
Acne

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9. COSTA A., LAGE D., MOISÉS T. A. Acne e dieta: verdade ou mito? An Bras Dermatol.; v. 85, n. 3, p. 346-53,

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122
Acne

13. SÜDEL, K.M.; VENZKE, K.; MIELKE, H.; et al. Novel aspects of intrinsic and extrinsic aging of human skin: bene-

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18. WALTON S, WYATT E, CUNLIFFFE WJ. Genetic control of sebum excretion and acne. A twin study. Br J Derma-
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123
8 - ANSIEDADE

124
Ansiedade

A redução da ansiedade contribui indiretamente para o emagrecimento, já que uma das causas mais co-
muns na prática clínica são pessoas que aumentar o consumo alimentar por ansiedade. Caso a ansiedade

esteja presente no comportamento alimentar e não for identificada e tratada, há significativa chance do paciente
não aderir ao plano alimentar.

A partir disso, torna-se importante sugerir receitas, nutrientes e fitoterápicos envolvidos na redução da

ansiedade, os quais visam estimular a formação de neurotransmissores como a serotonina, uma das responsáveis

pela sensação de prazer e relevante no controle da ingestão alimentar.

125
Ansiedade

126
Ansiedade

Creme de maracujá

Ingredientes
2 xícaras (chá) de gelatina de maracujá

2 xícaras (chá) de água quente

½ xícara (chá) de suco de maracujá

2 xícaras (chá) de leite desnatado

1 xícara (chá) de leite condensado

1 xícara (chá) de creme de leite sem soro

Modo de fazer

1. Dissolver a gelatina com a água quente

2. Misturar todos os ingredientes no liquidificador, bater bem até misturar tudo

3. Colocar em uma travessa para gelar

Rendimento: 10 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 120ml / ½ copo )


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

247,96 37,72 5,91 8,16 0

127
Ansiedade

128
Ansiedade

Suco antiansiedade

Ingredientes
1 couve média (sem talo)

1 colher (sobremesa) de mel

1 colher (sopa) de gérmen de trigo

Maracujá (polpa)

Água o quanto baste

Modo de fazer
1. Lavar bem a couve e tirar os talos

2. Peneirar a polpa do maracujá, de modo que só fique o suco, sem as sementes

3. Colocar tudo no liquidificador e bater bem.

4. Acrescentar a água até ficar na consistência de suco

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 100ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

44,85 8,15 1,6 0,65 1,1

129
Ansiedade

130
Ansiedade

Maionese de maracujá

Ingredientes

150 g de maionese light

2 colheres (sopa) de açúcar

Maracujá (polpa)

80 ml de suco de maracujá concentrado

150 g de nata

Modo de fazer
1. Misturar bem todos os ingredientes

2. Mexer bem a polpa para soltar as sementes

Rendimento: 20 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 20g/ 1 colher de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

48,47 2,36 0,23 4,2 0,03

131
Ansiedade

FORMULAÇÕES

Ansiedade 1
Componentes da fórmula
L-triptofano — 500 mg

Vitamina B6 — 20 mg

Vitamina B3 — 10 mg

Griffonia simplicifolia — 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose à noite ou no final da tarde.

132
Ansiedade

Ansiedade 2
Componentes da fórmula

Vitamina B6 — 20 mg

Vitamina B3 — 10 mg

Vitamina B5 — 10 mg

Ácido fólico — 400 µg

L-triptofano — 500 mg

Aviar X doses em cápsulas.

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

Ansiedade 3
Tintura
Componentes da fórmula
Maracujá (Passiflora incarnata) — 50%

Melissa oficinalis — 50%

Frasco 60 ml

Posologia
Gotejar 30 gotas em um copo com água e beber diariamente pela manhã e/ou a noite.

133
Ansiedade

Ansiedade 4
Componentes da fórmula
L-theanina — 100mg

Taurina — 200 mg

Rhodiola rosea — 340 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia pela manhã.

134
Ansiedade

Fundamentação Teórica

Triptofano: o L- triptofano é precursor da serotonina e a sua deficiência se relaciona com depressão e agressivi-

dade. A serotonina é um importante neurotransmissor para redução da ansiedade. 1,2

Vitaminas B6 e B3: atuam como coenzimas na produção dos neurotransmissores monoamina, sendo também

necessárias para a conversão do triptofano em serotonina. Ao invés de produzir serotonina na ausência dos co-

fatores como vitamina B6 e B3, pode ocorrer produção de 5 hidroxitriptamina ao invés de 5 hidroxitriptofano. 3, 4.

Complexo B: ácido fólico é um micronutriente que pode aumentar a eficácia de antidepressivos devido a sua
capacidade de doação de grupamentos metila para os neurotransmissores, especialmente, a serotonina. Vitamina

B6 e B12, juntamente com o ácido fólico, podem reduzir os níveis de homocisteína, que correlaciona-se com a re-
dução da síntese de neurotransmissores. 5, 6, 7

Griffonia simplicifolia: fitoterápico com mais de 90% de 5 hidroxitriptofano (5 HTP). É uma alternativa para

prescrição já que a prescrição de 5 hidroxitriptofano é vedada ao profissional nutricionista. O uso oral do fitoterá-
pico promove redução significante da vontade de ingerir carboidrato e gordura juntamente com diminuição do
peso, já que o 5-HTP aumenta a síntese de serotonina cerebral. 8, 9

Maracujá (Passiflora incarnata): o extrato de passiflora é eficaz no controle de desordem de ansiedade genera-
lizada e baixa incidência de incapacidade no desempenho do trabalho. 10, 11

Rhodiola Rosea: suas propriedades adaptogênicas, ajudam a aumentar a tolerância aos vários tipos de estresse

(mental, físico, ambiental). A Rhodiola Rosea mostrou contribuir para regular a resposta hormonal do organismo
ao estresse, não só pela atuação nas glândulas suprarrenais, mas também no hipotálamo. Além disto, tem um efei-

to protetor dos neurotransmissores serotonina e dopamina, aumentando a sua atividade, por inibição da sua des-

truição enzimática e prevenindo a sua diminuição, causada pela excessiva liberação dos hormônios do estresse. No
que se diz respeito aos níveis de serotonina, vários estudos demonstram que, através do fitoterápico, pode ocor-

rer aumento de cerca de 30% do neurotransmissor. Esta planta aumenta ainda o transporte dos precursores da
serotonina (triptofano e 5-hidroxitriptofano) no cérebro. Apresenta habilidade em otimizar os níveis de serotonina
e dopamina, devido à inibição da MAO (Enzima Monoamina Oxidase), além de promover influência sobre os peptí-

deos opióides como as beta-endorfinas. 12, 13, 14

135
Ansiedade

L-theanina: segundo estudo em ratos, theanina antagoniza os efeitos estimulantes da cafeína no SNC. Segundo

outro estudo, theanina aumenta a atividade das ondas cerebrais alfa, um sinal de relaxamento induzido favorecen-

do liberação de dopamina e serotonina. 15, 16.

Melissa oficinalis: extremamente usada como adstringente, calmante e refrescante. Ajuda a relaxar, combaten-

do a ansiedade, insônia e agitação. Melissa apresenta várias propriedades medicinais: é calmante, sedativa, digesti-

va, age contra a insônia, enxaqueca, tensão nervosa e ansiedade. 17

L-taurina: é um dos aminoácidos não-essenciais mais abundantes, principalmente no SNC. Age com a glicina e o

ácido gama-aminobutírico (GABA) como um neurotransmissor inibidor, além de atuar como emulsionante dos lipí-
dios, no intestino delgado, promovendo a sua absorção intestinal. Previne o estresse oxidativo e produz efeito ansi-
olítico. 18

136
Ansiedade

REFERÊNCIAS

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Ansiedade

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138
9- ENVELHECIMENTO
CUTÂNEO

139
Envelhecimento Cutâneo

O envelhecimento cutâneo representa apenas uma parte do processo de envelhecimento e atualmente,

muitas pessoas se preocupam com a pele e buscam intervenções que ajudem a melhorar a aparência, re-
vertendo ou prevenindo os sinais do envelhecimento. Este é um processo biológico complexo que afeta várias ca-

madas da pele especialmente na derme.

A pele exerce importantes funções estéticas e sensoriais, sendo influenciada por diversos fatores, como:
estilo de vida, hábitos alimentares, tabagismo, hipertensão, sedentarismo, fatores hormonais, estresse, exposição

solar e envelhecimento intrínseco e extrínseco. Sua integridade é de grande importância psicológica, social e fisio-
lógica. Entretanto, com o passar do tempo, inicia-se um paralelo com o decréscimo da síntese de colágeno e/ou
aumento da atividade da enzima colagenase, entrando em evidência os primeiros sinais do envelhecimento. Os
principais sinais são as rugas, hipercromias, pele seca, perda de luminosidade e ptose tissular.

O colágeno, além de desempenhar seu papel na hidratação cutânea, possui uma importante função em
nosso organismo, pois tem como função manter a elasticidade e estrutura da pele. Aliado ao colágeno, para evitar
esse processo de depleção celular, compostos exógenos como enzimas, antioxidantes e compostos fenólicos refor-
çam a proteção natural pela limitação das reações oxidativas, já que com o tempo a pele perde certas defesas, den-

tre elas enzimas e vitaminas.

140
Envelhecimento Cutâneo

141
Envelhecimento Cutâneo

Batida antioxidante

Ingredientes
1 maçã pequena

½ cenoura pequena

1 xícara (chá) de leite de soja

1 colheres (sopa) rasa de gérmen de trigo

1 laranja (retirar o suco somente na hora de fazer a preparação)

2 colheres (sopa) de mel

142
Envelhecimento Cutâneo

Modo de fazer
1. Lavar bem a maçã em água corrente

2. Retirar o miolo e as sementes, picar e reservar

3. Raspar a casca da cenoura, lavar e picar

4. Bater no liquidificador a maçã, a cenoura, o leite de soja e o gérmen de trigo

5. Acrescentar o suco de laranja e o mel

6. Bater por 3 minutos ou até obter uma mistura homogênea

7. Servir gelado

8. Consumir imediatamente após preparo

Rendimento: 3 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 150ml/ 1 copo pequeno)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)


124 24,6 2,8 1,6 2,66

143
Envelhecimento Cutâneo

144
Envelhecimento Cutâneo

Suco Antioxidante

Ingredientes
½ cenoura

1 kiwi médio

1 copo de água de coco de 240 ml

1 colher (sopa) de gelatina hidrolisada (colágeno) sem sabor

Modo de fazer
1. Higienizar bem as frutas e vegetais em solução de hipoclorito

2. Lavar bem a cenoura e o kiwi e reservar

3. Adicionar água de coco

4. Acrescentar 1 colher de sopa de colágeno hidrolisado sem sabor

5. Bater todos os ingredientes no liquidificador

6. Consumir imediatamente após o preparo

Dica: Experimente congelar a água de coco em forminhas de gelo, desta forma o se preserva o sabor dos

nutrientes e deixa as preparações ainda mais geladas!

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
67,7 14 1,9 0,4 2,1

145
Envelhecimento Cutâneo

146
Envelhecimento Cutâneo

Purê Antioxidante

Ingredientes
4 colheres (sopa) de abóbora cozida

3 folhas médias de couve manteiga

1 filé de frango pequeno

1 colher (sobremesa) de espinafre picado

1 colher (sopa) cheia de cream cheese

1 colher (sobremesa) cheia de azeite

1 dente de alho amassado

1 colher (chá) de gergelim

147
Envelhecimento Cutâneo

Modo de fazer
1. Cozinhar a abóbora no vapor e amassar na forma de purê e reservar

2. Cortar a couve manteiga em tirinhas e refogar no azeite e alho e reservar

3. Temperar o filé de frango com sal e pimenta

4. Grelhar em chapa antiaderente

5. Picar o frango em cubos e reservar

Montagem
Dispor o purê de abóbora no fundo de um pequeno vasilhame de porção individual

Acomodar os cubos de frango dentro do purê de abóbora

Dispor uma camada de couve manteiga em tiras refogada sobre o frango em cubos

Acrescentar uma colher de sopa de cream cheese

Salpicar o espinafre picado e o gergelim para finalizar

Gratinar por 15 minutos

Servir quente

Rendimento: 4 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 60g/ 3 colheres de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

79,8 3,9 6,36 4,29 1,05

148
Envelhecimento Cutâneo

FORMULAÇÕES

Cápsula Rejuvenescedora

Componentes da fórmula

LingonMAX- ® — 150 mg

Exsynutriment ® — 150 mg

Zinco quelado— 15 mg

Licopeno — 10 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 1 vez ao dia em horário distante das refeições.

149
Envelhecimento Cutâneo

Prevenção do Envelhecimento Cutâneo


Componentes da fórmula

Glycoxil® — 100 mg

Exsynutriment ® — 100mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia longe das refeições.

Formulação estimulante da síntese de colágeno e antioxidante

Componentes da fórmula
Arginina — 500 mg

Exsynutriment® — 150 mg

Colágeno hidrolisado — 5 g

Vitamina C — 200 mg

Coenzima Q 10 — 50 mg

Ácido alfa lipoico — 150 mg

Vitamina D — 800 UI

Aviar X doses em sachê

Posologia
1 dose ao dia antes de dormir. Misturar o conteúdo do sachê com água ou suco de frutas. Não usar em

preparações quentes.

150
Envelhecimento Cutâneo

Formulação estimulante da síntese de colágeno na mulher com hipoestrogenismo (menopausa )

Componentes da fórmula
Arginina — 500 mg

Exsynutriment ®— 150 mg

Colágeno hidrolisado — 5 g

Vitamina C — 200 mg

Cobre quelado — 1 mg

Zinco quelado — 8 mg

Manganês — 2 mg

Vitamina D — 800 UI

Aviar X doses em base shake qsp

Posologia
Consumir 1 dose ao dia antes de dormir. Misturar o conteúdo do sachê com água ou suco de frutas. Não usar
preparações quentes.

151
Prevenção de envelhecimento cutâneo na mulher com hipoestrogenismo (menopausa)

Componentes da fórmula
Soja, extrato seco padronizado a 40% de isoflavona — 150 mg

Laxtobacillus casei — 1 bilhão

Resveratrol — 15 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose pela manhã.

Prevenção envelhecimento cutâneo/ Antiglicação

Componentes da fórmula
Glycoxil® — 100 mg

Exsynutriment® — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose duas vezes ao dia.

152
Envelhecimento Cutâneo

Prevenção do envelhecimento cutâneo e Antioxidante


Componentes da fórmula
Glucosamina sulfato — 150 mg

Zinco quelado — 14 mg

Bioflavonoides cítricos — 50 mg

Coenzima Q10 — 15 mg

Extrato de camellia sinensis — 150 mg

Betacaroteno — 10 mg

Alfa acetado de tocoferol — 10 UI

Extrato de vittis vinifera — 25 mg

Selenometionina — 100 µg

Picnogenol®— 20 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

153
Envelhecimento Cutâneo

Formulação estimulante da síntese de colágeno e antioxidante


Componentes da fórmula

Arginina — 1 g

Silício orgânico — 5 g

Taurina — 200 mg

Vitamina C — 200 mg

Coenzima Q10 — 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

Antioxidante básico
Componentes da fórmula
Manganês quelado — 2 mg

Selênio quelado — 50 µg

Vitamina C — 100 mg

Vitamina E — 20 mg

Cobre quelado — 1 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 2 doses ao dia.

154
Envelhecimento Cutâneo

Antioxidante potencializado
Componentes da fórmula

Ácido Alfa lipoico — 50 mg

Cobre quelado — 1 mg

Coenzima Q10 — 50 mg

L-cisteína — 500 mg

Manganês — 2 mg

Pycnogenol®— 50 mg

Selênio — 50 mg

Vitamina C — 200 mg

Vitamina E — 50 mg

Zinco quelado — 30 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

155
Envelhecimento Cutâneo

Eurol BT®Oliva (Olea Europaea)


Componentes da fórmula
Eurol BT®—15 ml

Aroma de Morango —0,5 ml

Base Xarope qsp — 30 g

Aviar X doses de 0,5 ml

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

Envelhecimento cutâneo completo


Componentes da fórmula
Palmitato de ascorbila — 50 mg

Vitamina C revestida — 200 mg

Vitamina E — 10 mg

Vitamina D3 — 1000 UI

Betacaroteno—10 mg

Vitamina B2 — 5 mg

Vitamina B3 — 20 mg

Vitamina B5 — 30 mg

Vitamina B6 — 10 mg

Folato — 800 µg

156
Envelhecimento Cutâneo

Envelhecimento cutâneo completo continuação


Biotina — 300 µg

Zinco quelado — 15 mg

Selênio quelado — 50 µg

Manganês quelado — 1 mg

Boro quelado — 1 mg

Cromo Quelado — 200 µg

Coenzima Q10 — 30 mg

Ácido alfa lipoico — 50 mg

Camellia sinensis — 75 mg

N-acetil-cisteína — 200 mg

Quercetina — 50 mg

Indol — 3carbinol — 100 mg

Extrato de cassis (Active Cassis Extract 30®) Ribes nigrum L. — 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia fracionada em 3 vezes.

157
Envelhecimento Cutâneo

Fundamentação Teórica

Colágeno: com o passar do tempo, o colágeno vai tornando-se mais rígido, tendo um declínio anualmente. As

fibras elásticas perdem força, associada a uma redução da água, que por sua vez diminui a adesão, migração e de-
senvolvimento celular. O consumo do colágeno hidrolisado promove melhora da elasticidade, hidratação e redu-

ção das rugas. 1, 2, 3

Silício/Exsynutriment®: uma forma estabilizada e concentrada de Silício Orgânico, atua no tecido conjuntivo,
reestruturando as fibras de colágeno e elastina, resultando na reestruturação e firmeza da pele. Fazem parte da
estrutura do colágeno e elastina, proteoglicanas e glicoproteínas. Com o envelhecimento, o teor de Silício no indiví-

duo diminui, portanto sua reposição é essencial para regeneração dos tecidos danificados, além de evitar alguns
danos como: degradação da membrana celular, desidratação dos tecidos, aparecimento de rugas, envelhecimento
precoce, processo lento de cicatrização, entre outros. É imprescindível na formação de hidroxiprolina, na estimula-

ção da ornitina aminotransferase (enzima importante na formação de colágeno), na reparação e combate ao enve-
lhecimento da pele.4

Zinco, Vitamina C: são importantes cofatores para síntese de colágeno. Derivados de vitamina C melhoraram e

promoveram a síntese de colágeno tipo I em fibroblastos na pele. 5

Cobre: formação de tecido conjuntivo é dependente de cobre, a enzima lisil oxidase atua sobre as cadeias

laterais da lisina e hidroxilisina do colágeno. 9

Ácido alfa lipoico: coenzima antioxidante combate os radicais livres e regenera os antioxidantes oxidados. En-

contrado em todas as células do organismo, o ácido alfa lipoico é capaz de potencializar os efeitos antioxidantes de
outras vitaminas, como o ácido ascórbico. É um antioxidante que protege as células e pode estimular o organismo

a reciclar outros antioxidantes, como as vitaminas C e E. ⁶

Vitamina D: pode estar envolvida com a telomerase na prevenção do encurtamento de telômeros. Segundo um
estudo em 2160 mulheres, entre os 18 e os 79 anos, as que tinham os níveis mais elevados de vitamina D eram as

que tinham os telômeros mais longos, equivalendo a menos 5 anos de envelhecimento celular. Também observou-

se que a vitamina D modula o crescimento epidérmico, modula a queratinização e inflamação epidérmica. 7

158
Envelhecimento Cutâneo

Soja: a soja é rica em prolina e hidroxiprolina, aminoácidos presentes no colágeno da pele. Além disso, sabe-se
que o hipoestrogenismo é uma importante contribuição para envelhecimento cutâneo, sendo que a soja possui

propriedade fitohormonal. 8

Glycoxil®/carcinina: a carcinina reverte a glicação (ligação que forma as rugas) do colágeno mesmo quando já
formada a ruga. As moléculas de glicose naturalmente presentes na pele aderem às fibras de colágeno e elastina.

Estes açúcares criam pontes rígidas entre as fibras de colágeno e elastina chamadas de A.G.Es (Advanced Glycation

and Products). Carcinina estabilizada apresenta propriedades antiglicação/glicoxidação, demonstradas em estudos


in vitro, além de propriedades transglicantes. Esse, por sua vez, apresenta melhoras notáveis no processo de

rejuvenescimento celular. As células, em seu cliclo de divisão, ao chegar ao fim, têm estabelecido o aspecto

normal, prolongando o período de vida celular. 10

Indol 3 Carbinol: proveniente dos vegetais crucíferos. Este composto contém substâncias sulfuradas que são

transformadas em glucosinolatos (composto encontrado nas plantas), que após sofrer metabolização liberam um
amplo espectro de isocianato. A vantagem do uso do Indol 3 carbinol, sobre os outros produtos que possuem
somente o isocianato proveniente do glucosinolato, deve-se ao alto nível de glucosinolato presente na

substância.Sendo ele o precussor de isocianato, aumenta o espectro natural. Estimulam a atividade de enzimas da
fase II (enzimas P450, responsáveis por processos de desintoxicação), alteram o metabolismo de estrogênios pelo

desvio do sítio de hidroxilação e diminuem a metilação do DNA. 11

Resveratrol: além de importante antioxidante, possui atividade estrogênica e ativadoras das sirtuínas. Em
humanos, sirtuínas foram implicadas nos benefícios saudáveis da restrição calórica, que é conhecida como

extensor da expectativa de vida e as enzimas são ativadas quando são expostas ao resveratrol. 12

Arginina: aminoácido não essencial sintetizado pelo corpo, porém em quantidades pequenas. Precussora da
prolina e hidroxiprolina e possui ação estimulante da secreção do GH (somatrofina), causando um efeito anabólico

positivo. O IGF-I, decorrente do GH, umenta a expressão da cadeia pró-alfa 1 (I) e da pró-alfa 1 (III) do procolágeno

em cultura de fibroblastos da derme. 13

Licopeno: a exposição solar é a principal causa do envelhecimento cutâneo extrínsico. Além do licopeno ser um

importante antioxidante, promove fotoproteção por aumentar a resistência da pele quando exposta à radiação
UVB. 14

159
Envelhecimento Cutâneo

Lingomax®: lingomax é um ativo nutricosmético Hvegetal obtido do extrato de lingoberry, padronizado em 35%

de proantocianidinas, 10% de resveratrol e 10% de antocianinas, que promove a redução das rugas e manchas, ao
mesmo tempo em que aumenta o clareamento, maciez, elasticidade e a hidratação de pele. Indicado para

fotoenvelhecimento e hiperpigmentação cutânea. 15

Lactobacillus casei: estimula alfa-glucosidade intestinal, que aumenta a biodisponibilidade da isoflavona, por

isto deve ser associada ao extrato seco de soja para aumento da biodisponibilidade 16

Pycnogenol®: potente antioxidante, é um extrato de cortiça de pinheiro-marítimo, que contém entre 65 e 75%
de proantocianidinas. Este flavonoide, além do alto potencial antioxidante, possui forte afinidade com o colagéno.
17

Taurina: hidratante e eficaz na promoção da hidratação e na homeostase do volume em queratinócitos da

epiderme humana e combate a desidratação. Antioxidante, combate o estresse oxidativo e previne o


18
envelhecimento. Esse aminoácido mostra uma influência positiva na concentração de hidroxiprolina na
colagênese e atua como antioxidante por regenerar o conteúdo da glutationa e catalase celular o estresse

oxidativo.19

Coenzima Q10— também conhecida como ubiquinona, é produzida pelo nosso corpo e atua na transformação
dos nutrientes em energia para as células e também como fator antioxidante. Os níveis de coenzima Q10

diminuem com a idade. Alguns estudos já realizados associam a sua diminuição durante a exposição solar e

demonstram que essa substância também tem papel protetor contra os danos causados pelo sol à pele. Até 95%
dos requisitos de energia do corpo parecem ser fornecidos pela CoQ10. Estudos in vitro demostraram que a CoQ10

suprimiu a expressão da colagenase que aparece após radiação ultravioleta A (RUVA). 20 A CoQ10 tem uma ação

importante sobre os lipídios superficiais da pele, uma mistura muito complexa de sebo misturada a pequenas
quantidades de lipídios da epiderme, o manto da epiderme humana, representando assim uma proteção exterior

do organismo contra insultos exógenos oxidativos.21

Eurol BT®: esse produto é elaborado a partir do óleo de oliva, ajuda no combate aos radicais livres e auxilia a

devolver a elasticidade da pele após algum tempo de uso. 22, 23

Palmitato de Ascorbila: é um antioxidante sintético, derivado do éster de ácido ascórbico, com eficiência em

retardar a oxidação lipídica 24

160
Envelhecimento Cutâneo

Quercetina: composto flavonóide do grupo flavonóis. Potente antioxidante, parece aumentar atividade

enzimáticace atua na atividade anti-inflamatória.25

Vitamina E/ Alfa acetato de tocoferol: impede ou minimiza os danos provocados pelos radicais livres associados

a doenças específicas, incluindo o envelhecimento cutâneo. 26

Vitamina A: possui ação antioxidante, age no gene da queratina, colágeno e colagenase (manutenção

citoesqueleto), gene do fator de crescimento da epiderme, formação de colágeno, ligação cruzada entre fibras de

colágeno, principalmente, quando associados a Zn, Fe, Cu, Mn e renovador da pele. 27

Antocianinas/Mirtilo: as antocianinas são potentes antioxidantes naturais que ajudam na proteção contra

danos do meio ambiente à pele, pois promovem ação contra os radicais livres durante o processo de inflamação.
Associadas aos ácidos graxos e fitosteróis, promovem benefícios à pele, tais como hidratação e regeneração. 28

Manganês: cofator para síntese de colágeno e mucopolissacarídeos, importante para a matriz celular;

crescimento, manutenção e formação de tecido conectivo e cartilagem; cofator da superóxido dismutase (SOD)
mitocondrial. 29

Açaí extrato seco: o açaí tem elevado teor de antocianinas, atua na prevenção e redução das doenças
relacionadas a efeitos nocivos de radicais livres. Devido a sua composição, ajuda a manter um sistema imunológico
saudável, podendo auxiliar também em muitas doenças e problemas de pele, como acne, dermatite atópica e nos

tratamentos anti-idade, muitas delas relacionadas a processos inflamatórios.30

Glucosamina sulfato: possui efeitos benéficos na pele ou em células da pele. Acelera a cura de feridas, melhora

a hidratação da pele, auxilia na redução das rugas e também tem efeito anti-inflamatório.31

Bioflavonóides cítricos: esse composto é obtido pela extração hidroalcoólica do limão. Suas propriedades

funcionais são: anti-inflamatória, antioxidante, antialérgicas e hipolipêmicas. 32, 33, 34, 35, 36.

Camelia sinensis: ação antioxidante, pode prevenir a fotocarcinogênese, exerce efeitos protetores em edemas

cutâneos resultantes da exposição à radiação UV-B. 37

Vittis vinifera: as principais funções de proantocianidinas são atividade antioxidante, estabilização do colágeno
e elastina, manutenção de duas proteínas importantes no tecido conjuntivo. Atua diretamente na redução da
fragilidade capilar e melhora o fornecimento de oxigênio para as células além de atuar sinergicamente com a

vitamina C.38,39

161
Envelhecimento Cutâneo

Selênio/ Selenometionina: é um antioxidante, neutralizador dos radicais livres, sendo indicado nos tratamentos

de rejuvenescimento celular.40

L-cisteína/ N- acetil – cisteína: esse aminoácido enxofrado atua como anti-inflamatório e antioxidante. 41

Beta caroteno: o betacaroteno atua como precursor biodisponível de vitamina A em nosso organismo, age
ativamente na recuperação da pele e é responsável por protegê-la dos raios solares, além de estimular a

melanogênese. 42

Vitamina B2: co-fator para enzima antioxidante glutationa redutase43

Vitamina B3 /niacina: tem ação antioxidante em virtude de inibir a formação de radicais livres e sua ação anti-
inflamatória está interligada à quimiotaxia dos neutrófilos 44

Vitamina B5/ ácido pantotênico: protege as células e todos os órgãos contra o dano peroxidativo por elevar o

conteúdo da glutationa celular.45

Boro: possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, sendo importante no sistema imune. 46

Cromo: está relacionado à resistência a insulina, quando a insulina liga-se ao seu receptor ativa cromodulina,
que melhora os receptores 47

Extrato de cassis/ Active Cassis Extract 30®/ Ribes nigrum L.: tem atividade antioxidante, além de proteger

contra raios ultravioletas e clareamento da pele. 48

162
Envelhecimento Cutâneo

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167
10 - ESTÍMULO DA
MELANOGÊNESE
(BRONZEAMENTO DA PELE)

168
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

O bronzeamento é o escurecimento da pele em resposta fisiológica natural estimulada pela exposição volun-
tária ao sol ou radiação artificial. Este escurecimento é proveniente da oxidação de melanina, pigmento

armazenado em células denominadas queratinócitos.

A melanogênese é o processo de formação do pigmento melanina. Esta é produzida pelos melanócitos no

retículo endoplasmático rugoso, sendo o pigmento que protege a pele da ação da radiação ultravioleta e lhe confe-

re a cor. A síntese de melanina começa com a oxidação enzimática de L-tirosina à L-dopa e a oxidação de L-dopa à
dopaquinona. Com a transformação espontânea da dopaquinona em leucodopacromo e dopacromo começa uma

cascata bioquímica a qual termina com a formação de pigmento castanho-preto, conhecido como eumelanina. A

conjugação de dopaquinona com cisteína ou glutationa resulta em cisteinildopa e glutationildopa, que após algu-
mas transformações, geram o pigmento vermelho-amarelo chamado de feomelanina.

Quanto maior a produção de eumelanina, maior a fotoproteção. Assim, indivíduos com menor produção
deste pigmento possuem maior chance de obter os malefícios ocasionados pela exposição excessiva ao sol. Os indi-
víduos que produzem pouca melanina são aqueles cuja pele é mais reativa ao sol, ou seja, queimam com facilidade

e dificilmente bronzeiam. Dentre os malefícios ocasionados pela exposição prolongada ao sol destacam-se: câncer

de pele (principalmente melanoma), envelhecimento precoce e hipercromias (manchas).

Uma boa conduta alimentar à base de vitaminas e minerais contribui de forma significativa para um bron-

zeado saudável e duradouro. E, por contribuir na melanogênese, promove a fotoproteção. Porém, é importante
salientar que a fotoproteção endógena tem efeito complementar à tópica, e que esses dois tipos de profilaxia cer-

tamente não devem ser considerados mutuamente excludentes.

169
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

170
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Salada de quinua com linhaça

Ingredientes
8 folhas de alface crespa

6 folhas de acelga

1 tomate em rodelas

1 cenoura média ralada

½ cebola ralada

3 xícaras (chá) de agrião

2 xícaras (chá) de quinua em grãos cozida

1 colher (sopa) de semente de linhaça triturada

½ xícara (chá) de nozes picadas

½ xícara (chá) de suco de limão

Sal marinho a gosto

1 colher (sobremesa) de azeite de oliva extra virgem

171
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Modo de fazer
1. Lavar e higienizar todas as verduras

2. Em uma travessa, misturar as folhas, a quinua, a cenoura, o tomate e as nozes picadas

3. Preparar o tempero misturando o suco de limão com o sal, a cebola e o azeite de oliva e colocar na salada

4. Finalizar salpicando a linhaça e sirva em seguida

Rendimento: 4 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 100g/ 1 prato de sobremesa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

232,0 27,95 7,45 11,67 6,1

172
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

173
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Salada de brócolis com tomate e milho

Ingredientes

4 ramos de brócolis

1 tomate

4 colheres (sopa) de milho

1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem

1 colher (sobremesa) de suco de limão

Folhas de rúcula

Sal marinho a gosto

174
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Modo de fazer

1. Higienizar o brócolis, o tomate e a rúcula

2. Cozinhar o brócolis no vapor até ficar al dente

3. Reservar

4. Cortar o tomate em cubos

5. Em uma travessa misturar o brócolis, o tomate em cubos e o milho

6. Temperar com o suco de limão, o azeite e o sal marinho

7. Decorar com folhas de rúcula. Servir

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 100g/ 1 prato fundo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

97,45 11 2,45 4,85 3,6

175
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

176
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Wrap de cottage com cenoura

Ingredientes
4 pães sírios integrais

2 tomates médios

1 cenoura média

½ xícara (chá) de cottage de tofu

2 colheres (sobremesa) de manjericão

1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem

Folhas de agrião

Sal marinho a gosto

Modo de fazer

1. Higienizar o agrião, a cenoura e o tomate

2. Cortar os tomates em rodelas, ralar a cenoura e reservar junto com as folhas de agrião

3. Misturar o cottage com o manjericão e o azeite e temperar com sal a gosto

4. Abrir o pão sírio, em cada parte, passar a mistura de cottage, acrescentar a cenoura ralada, as folhas de agri-

ão e as rodelas de tomate. Enrolar o pão sírio, formando rolinhos

Rendimento: 4 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 70g/ 1 unidade)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
102,42 15,47 4,22 2,62 1,97

177
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

FORMULAÇÕES

Bronzeamento de Pele 1
Componentes da fórmula
Urucum — 150 mg

Extrato de beterraba —150mg

Extrato de cenoura — 150 mg

Licopeno — 10 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose ao dia pela manhã.

Utilizar 4 semanas antes da exposição solar pela manhã.

178
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Bronzeamento de Pele 2
Componentes da fórmula
Licopeno — 10 mg

Betacaroteno — 15 mg

Vitamina E — 10 mg

Vitamina C — 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir dose de 1 a 2 vezes ao dia longe de fibras.

Bronzeamento de Pele 3
Componentes da fórmula
Vitamina C — 200 mg

Vitamina E — 50 mg

Cobre — 1 mg

L – tirosina — 50 mg

Betacaroteno — 8 mg

Licopeno — 8 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia com o almoço 30 dias antes da exposição ao sol.

179
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Urucum: nas sementes do fruto, está presente a bixina, pigmento rico em carotenos, que protege a pele contra

os raios ultravioletas do sol.1

Beterraba: rico em betacaroteno2

Licopeno: um estudo realizado com a massa de tomate pode avaliar se uma dieta rica em licopeno auxilia a con-

ferir fotoproteção. A escolha foi em virtude de a massa de tomate ter quantidades grandes de licopeno. Após dez
semanas de intervenção, a formação do eritema foi significativamente menor no grupo que consumia massa de

tomate em comparação ao de controle. 3

Beta caroteno/Cenoura: uma pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia do betacaroteno na proteção con-
tra queimaduras solares. Obtiveram como resultados que a ingestão diária de betacaroteno, por um período míni-

mo de 10 semanas, protege a pele de queimadura solares. A exposição à radiação UV produz espécies reativas de

oxigênio (ROS) na pele, o que pode resultar em estresse oxidativo, um conhecido acelerador do processo de enve-
lhecimento. O betacaroteno pode extinguir essas espécies reativas e, assim, oferecer a proteção da pele, além de

testes in vitro mostrarem seu poder antioxidante 100 vezes maior que o tocoferol contra oxigênio singlete. O beta-

caroteno age frente ao estresse oxidativo causado pela radiação UV, sendo que sua habilidade protetora aumenta
quando utilizado juntamente com vitaminas C e E.4,5

Vitamina E: a Vitamina C protege melhor dos danos dos UVA e a vitamina E dos UVB e tem demonstrado que

inibe o eritema produzido por UVB.6

Vitamina C: a associação de vitamina C, Vitamina E, betacaroteno e licopeno estimula síntese de melanina e me-

lanócitos. Quando associada ao betacaroteno, vitamina C e E podem estimular a síntese de melanina e hiperplasia
de melanócitos.7

Cobre: falhas na pigmentação são a principal manifestação de deficiências de Cu em muitas espécies. Uma redu-
ção na conversão de tirosina em melanina é a provável explicação. 8,9

L-tirosina: precursor na síntese de melanina.10

180
Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

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181
11- HIDRATAÇÃO CUTÂNEA

182
Hidratação cutânea

A principal função da pele é de barreira, impedindo o ressecamento do organismo e protegendo de agres-


sões externas, tanto físicas, mecânicas, químicas e microbianas. O estrato córneo é a principal barreira de

permeabilidade da pele que impede a perda de água e protege contra os raios ultravioletas, oxidantes e agentes
tóxicos. Essa camada precisa estar hidratada para manter suas propriedades físicas. Quando está hidratada, é
caracterizada pela maciez, elasticidade e suavidade. Essas características estão relacionadas ao teor de umidade

do extrato córneo (camada mais superficial da pele). Alguns fatores podem interferir na diminuição do teor da

umidade como alterações do metabolismo, envelhecimento das fibras proteicas de colágeno e elastina e irriga-
ção sanguínea periférica alterada.

Além desses fatores endógenos que contribuem para a desidratação da pele, há também os fatores ex-
ternos, como o vento, o sol, a temperatura, o ar seco, os solventes orgânicos, as substâncias tensoativas desen-

gordurantes em demasia, as loções com alto teor alcóolico, entre outros.

Diante do exposto, os alimentos funcionais e os compostos nutracêuticos surgem como componentes


essenciais sobre a saúde da pele, prevenindo e tratando o desequilíbrio hídrico lipídico da pele decorrente da

exposição excessiva ao sol até as consequências do próprio envelhecimento.

183
Hidratação cutânea

184
Hidratação cutânea

Suco refrescante

Ingredientes
6 morangos

1 colher (sopa) de framboesa

1 colher (chá) de mel

150 ml de água de coco

Modo de fazer
1. Bater todos os ingredientes com a água de coco e adicione gelo a gosto

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
65,8 15,4 0,6 0,2 1,3

185
Hidratação cutânea

186
Hidratação cutânea

Atum crocante com


linhaça

Ingredientes
2 colheres (sopa) creme vegetal

2 colheres (sopa) molho de mostarda

2 postas de atum fresco (200 g cada posta)

4 colheres (sopa) semente de linhaça

Creme vegetal para untar

187
Hidratação cutânea

Modo de fazer

1. Pré-aquecer o forno em temperatura média (180º C)

2. Untar uma assadeira média (33 x 23 cm) e reservar

3. Em uma tigela, misturar o creme vegetal e o molho de mostarda até ficar homogêneo. Reservar

4. Com auxílio de um garfo, fazer furos no peixe e espalhar a mistura reservada em toda a superfície. Colocar na
assadeira reservada

5. Polvilhar a semente de linhaça sobre a pasta, pressionando delicadamente

6. Levar ao forno por 20 minutos ou até dourar levemente

7. Transferir o peixe com cuidado para uma travessa. Servir em seguida

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200g/ 1 posta de atum)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
324,9 2,94 42,7 16,7 12,8

188
Hidratação cutânea

189
Hidratação cutânea

Suco hidratante

Ingredientes
¼ de uma cenoura média crua

¼ de mamão papaia médio

Suco da metade de um limão

1 colher (sobremesa) de semente de linhaça

1 colher (sobremesa) de gérmen de trigo

1 colher de sobremesa de farinha de semente de linhaça dourada

Água

Modo de fazer
Bater todos os ingredientes no liquidificador e servir imediatamente

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
87,0 9,2 3,5 4,1 5,0

190
Hidratação cutânea

FORMULAÇÕES

Hidratação Cutânea 1
Componentes da fórmula

Luteína – 10 mg

Zeaxantina – 1,2 mg

Vitamina E – 50 mg

LingonMAX® – 150 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia com as refeições.

191
Hidratação cutânea

Hidratação Cutânea 2

Componentes da fórmula

Colágeno hidrolisado – 5 g

Vitamina C—100 mg

Vitamina E— 50 mg

Luteína – 10 mg

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose à noite.

Hidratação Cutânea 3
Componentes da fórmula
Óleo de prímula (Carthamus Tinctorius) – 500 mg

Posologia
Consumir 1 dose, 3 vezes ao dia, com as refeições.

Hidratação Cutânea 4
Componentes da fórmula

Óleo de peixe – 1 g

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia com as refeições.

192
Hidratação cutânea

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ômega 3: diminui a formação de eicosanoides pró-inflamatórios na pele (prostaglandina E2 e leucotrienos da


série 4), o que é benéfico na modulação da inflamação. Impede a ativação da proteína C quinase, diminuindo as-

sim, a produção de fatores responsáveis pela lesão cutânea, melhorando o eritema e a hidratação da pele . 1,2

Óleo de prímula (Carthamus Tinctorius):o ácido gamalinolênico está presente no óleo de prímula. Esse é utiliza-

do para hidratar, diminuindo a perda de água transepidérmica e melhorando as funções elásticas da pele . 3,4

Colágeno hidrolisado: contribui para liberação de ácido pirrolidona carboxílico (PCA) na síntese de colágeno na
pele. Faz parte da molécula de colágeno e participa do NFM (Fator de Hidratação Natural da Pele), sendo, portan-

to, um ótimo hidratante. O colágeno e seus derivados são importantes na reconstituição da pele, dos ossos, dos

tecidos cartilaginosos e da matriz extracelular . 5,6

Luteína: é um carotenóide presente nos alimentos ou por meio de suplementos. A suplementação oral de luteí-

na aumenta a saúde da pele, tanto na hidratação, quanto em elasticidade, manto hidrolipídico, peroxidação lipídi-
ca e atividade fotoprotetora da pele. Um estudo mostra que a administração oral e tópica, combinada de luteína e
zeaxantina, fornece o mais alto grau de proteção antioxidante atrelado à vitamina C e E na pele. A administração

oral pode fornecer mais proteção quando comparada com a aplicação tópica. Esta proteção dos carotenóides con-
templa atividade fotoprotetora e redução da peroxidação lipídica após irradiação ultravioleta7.8

LingonMAX®: é um ativo nutricosmético vegetal obtido do extrato de Lingonberry (Vaccinium vitis idaea L.),

padronizado com 35% de proantocianidinas, 10% de resveratrol e 10% de antocianinas. Promove a redução das
rugas e manchas, ao mesmo tempo em que aumenta o clareamento, a maciez, a elasticidade e a hidratação da pe-

le. 9

Vitamina C e E: a associação dos carotenóides com a luteína promove melhora em cinco importantes parâme-
tros de saúde da pele, dentre eles a hidratação, elasticidade, manto hidrolipídico, peroxidação lipídica e atividade

fotoprotetora.10

193
Hidratação cutânea

REFERÊNCIAS

1. JAMES M. J.; PROUDMAN S. M.; CLELAND L. G. Dietary n-3 fats as adjunctive therapy in a prototypic inflam-
matory disease: issues and obstacles for use in rheumatoid Eicosanoids in inflammatory skin disea-

ses.Prostaglandins e other Lipid Mediators. v. 63, p. 43-54, 2000.

2. KREMER JM. n-3 Fatty acid supplements in rheumatoid arthritis. Am J Clin Nutr; v. 71, p.349–351, 2000.

3. MUGGLI R. Systemic evening primrose oil improves the biophysical skin parameters of heathy adults. Inter-
national. J Cosm Sci, v. 27, n. 4, p. 243-249, 2005.

4. ZIBOH V. A. MILLER C. C. CHO Y. Metabolism of polyunsaturated fatty acids by skin epidermal enzymesgene-
ration of anti-inflammatory and antiproliferative metabolites. Am J Clin Nutr, v. 71, p. 361, 2000.

5. ZIEGLER, F. F. SGARBIERI V. C. Caracterização químico-nutricional de um isolado proteico de soro de leite, um

hidrolisado de colágeno bovino e misturas dos dois produtos. Rev Nutr, v. 22, n. 1, p. 61-70, 2009.

6. SUMIDA, E. HIROTA, A. KUSUBATA, M. KOYAMA Y. ARAYA, T. IRIE S. KASUGAI, S. The effect of oral ingestion
of collagen peptide on skin hydration and biochemical data of blood. J Nutr Food, v. 7, n. 3, p. 45-52, 2004.

7. PALOMBO P.; FABRIZI G.; RUOCCO V.; RUOCCO E.; FLUHR J.; ROBERTS R.; MORGANTI P. Beneficial long-term
effects of combined oral/topical antioxidant treatment with the carotenoids lutein and zeaxanthin on human skin

– a double-blind, placebo-controlled study. Skin Pharmacology and Physiology, v. 20, n. 4, p. 199-210, 2007.

8. MORGANTI P.; FABRIZI, G.; BRUNO, C. Protective effects of oral antioxidants on skin and eye function. Skin-

med, v. 3, n. 6, p.310-316, 2004.

9. WANG SY, FENG R, BOWMAN L, PENHALLEGON R, DING M, LU Y. Antioxidant activity in lingonberries


(Vaccinium vitis-idaea L.) and its inhibitory effect on activator protein-1, nuclear factor-kappaB, and mitogen-

activated protein kinases activation. J Agric Food Chem. v. 53, n. 8, p. 3156-3166, 2005.

10. PALOMBO, P; FABRIZI, G; RUOCCO, V; RUOCCO, E; et al. Beneficial long-term effects of combined oral/
topical antioxidant treatment with the carotenoids lutein and zeaxanthin on human skin: a double-blind, placebo-

controlled study. Skin Pharmacol Physiol., v.20, n.4, p.199-210, 2007.

194
12 - FORTALECIMENTOS DE
CABELOS E UNHAS

195
Fortalecimento de cabelos e unhas

O cabelo é afetado nas deficiências proteicas de vitaminas e de sais minerais, sendo que a má nutrição influ-
encia no crescimento, estrutura da haste e pode influenciar também na cor do cabelo. O ciclo capilar é
composto por três fases: anágena, catágena e telógena. A primeira fase está relacionada à atividade melanogênica

dos melanócitos foliculares e o ciclo de crescimento do cabelo sendo que esse só é pigmentado na fase de cresci-
mento. Na fase catágena, o cabelo não cresce mais, as células profundas do folículo piloso degeneram-se e o con-
junto do folículo piloso se retrai em direção à superfície. Já na terceira fase, o cabelo permanece fixo no folículo,

concluindo–se com a expulsão do cabelo.

A deficiência de nutrientes está intimamente relacionada ao retardo da fase anágena (fase de crescimento)
e aceleramento da fase telógena do fio (fase de queda do cabelo). Considerando que a raiz do cabelo possui uma
boa irrigação sanguínea, substâncias trazidas pelo sangue podem ser incorporadas ao cabelo durante sua forma-

ção.

A nutrição, desta forma, influencia diretamente na composição nutricional dos fios, considerando que co-
mumente as deficiências energético proteicas favorecem cabelos quebradiços e sem brilho, principalmente devido
ao comprometimento da barreira capilar. Vitaminas, minerais e aminoácidos atuam de forma contínua, ativando os
mecanismos biológicos do bulbo capilar, estimulando a síntese de queratina e complementando a ação tópica dos

dermocosméticos.

Já a unha é composta pela borda livre, lâmina ungueal, leito ungueal, dobra lateral, raiz ungueal, dobra
proximal e eponíquio. Algumas alterações nas unhas, manchas brancas, estrias longitudinais e síndrome das unhas

frágeis podem ser visualizadas quando há deficiência de algum nutriente especialmente zinco, selênio e aminoáci-

dos. Existem alterações que se caracterizam por diminuição da resistência ungueal, como: descamação lamelar da

borda livre ungueal, fragmentação triangular da borda livre ungueal e alteração da espessura da lâmina ungueal.

Mediante este contexto, percebe-se a necessidade de conhecer as formulações e a função de cada compo-

nente, a fim de garantir uma boa nutrição e fortalecimento dos cabelos e unhas, já que os ativos para cabelo e

unha são semelhantes, por se tratarem de anexos cutâneos com composições semelhantes.

196
Fortalecimento de cabelos e unhas

197
Fortalecimento de cabelos e unhas

Grape nozes

Ingredientes
½ beterraba média ralada ou picada

½ cenoura média ralada ou picada

3 nozes

200 g de iogurte natural desnatado

400 ml de água

Açúcar a gosto

Modo de fazer
1. Bater muito bem todos os ingredientes no liquidificador

2. Beber imediatamente

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
113,95 10,15 5,85 5,55 2,1

198
Fortalecimento de cabelos e unhas

199
Fortalecimento de cabelos e unhas

Frapê fresh

Ingredientes
1 laranja

6 acerolas (sem caroço)

3 folhas de couve

1 colher (sobremesa) de mel

Gelo a gosto

Modo de fazer
1. Bater todos os ingredientes no liquidificador

2. Beber imediatamente

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
83,45 18,15 1,7 0,45 3,2

200
Fortalecimento de cabelos e unhas

201
Fortalecimento de cabelos e unhas

Suco Hair Shine

Ingredientes
1 fatia média de melão

½ fatia de mamão papaia

3 folhas de alface

3 nozes

Modo de fazer
Bater todos os ingredientes no liquidificador

Beber imediatamente

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
173,9 195 3,5 9,1 2,8

202
Fortalecimento de cabelos e unhas

FORMULAÇÕES

Fortalecimento de cabelos e unhas


Componentes da fórmula
Vitamina C — 100 mg

Biotina — 1,0 mg

Piridoxina — 25 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

203
Fortalecimento de cabelos e unhas

Shake para Unhas frágeis

Componentes da fórmula
Exsynutriment® — 150 mg

L-metionina — 200 mg

Biotina — 1,0 mg

Colágeno hidrolisado qsp. — 5 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

Complexo vitamínico para os cabelos

Componentes da fórmula
L-metionina — 200 mg

Cloridrato de L-cisteína — 80 mg

Pantotenato de cálcio — 25 mg

Vitamina B2 — 1 mg

Vitamina B6 — 10 mg

Biotina — 0,2 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 2 doses ao dia.

204
Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo para unhas e cabelos

Componentes da fórmula
Extrato de semente de uva (Vitis vinífera) — 200 mg

Vitamina B5 — 5 mg

Vitamina B12 — 5 mg

Taurina — 500 mg

Exsynutriment® — 150 mg

Camellia sinensis extrato — 250 mg

L-cistina — 30 mg

Zinco quelado — 8 mg

Metionina — 100 mg

Ferro quelado — 20mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia com o almoço.

205
Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo para unhas e cabelos para indivíduos com deficiência de ferro

Componentes da fórmula

Vitamina C — 100 mg

Biotina — 1 mg

L-metionina — 150 mg

Zinco quelado — 8 mg

Cálcio quelado — 200 mg

Selênio — 200 µg

Ferro quelado — 40 mg

Ácido fólico — 1 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

206
Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo para brilho e fortalecimento de cabelos

Componentes da fórmula
Vitamina C — 100 mg

Biotina — 1 mg

Metionina — 150 mg

Zinco quelado — 8 mg

Cálcio quelado — 200 mg

Selênio — 200 µg

Ferro quelado — 20 mg

Ácido fólico — 1 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

Associar com:

Ômega 3 — 1 g

Aviar X doses em cápsulas gelatinosa mole

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

207
Fortalecimento de cabelos e unhas

Controle de queda de cabelos e unhas

Componentes da fórmula
Biotina —1 mg

Cistina — 20 mg

Colágeno hidrolisado — 5 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose antes de dormir.

Fortalecimento de cabelos

Componentes da fórmula
Tiamina — 1 mg

D-pantetenato de Cálcio — 60 mg

Cisteína — 40 mg

Zinco quelado — 5 mg

Beta caroteno — 1 mg

Alfa — Tocoferol — 10 mg

Silício (orgânico) — 30 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 3 vezes ao dia com as refeições.

208
Fortalecimento de cabelos e unhas

Fortalecimento, estímulo de crescimento e beleza capilar

Componentes da fórmula
Exsynutriment® — 150 mg

Vitamina C — 500 mg

Extrato de semente de uva (Vitis vinífera) — 150 mg

Cistina — 20 mg

Biotina — 300 µg

Zinco quelado — 10 mg

Colágeno hidrolisado qsp— 10 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose ao dia longe das refeições

Obs.: Pode-se isolar o colágeno em shake e os outros ativos em cápsulas

209
Fortalecimento de cabelos e unhas

Fortalecimento, estímulo de crescimento e beleza capilar para indivíduos com estresse oxidativo

Componentes da fórmula
Biotina — 400 µg

Cobre quelado — 1 mg

Vitamina C — 200 mg

Vitamina E — 15 mg

N—acetil Cisteína (N.A.C) — 400 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia

Consumir 1 dose ao dia com o almoço.

Queda de cabelo por deficiência de ferro (com ferritina baixa)

Componentes da fórmula
Ferro quelado — 60 mg

Vitamina C — 500 mg

Ácido fólico — 1 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

210
Fortalecimento de cabelos e unhas

Queda de cabelo por excesso de testosterona

Componentes da fórmula

Brocolinol® — 500 mg

Lunumlife® — 500 mg

Pygeum africanum — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia

Consumir 1 dose ao dia em jejum durante 60 dias

Queda de cabelo por estresse crônico


Componentes da fórmula
Biotina — 250 µg

L-taurina — 200 mg

L-theanina — 150 mg

Vitamina C — 150 mg

Vitamina E — 15 mg

Zinco — 10 mg

Cobre—0,5 mg

Griffonia simplicifolia — 25 mg

211
Fortalecimento de cabelos e unhas

Queda de cabelo por estresse crônico

Triptofano — 250 mg

Rhodiola rosae — 250 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia.

Manchas brancas e fragilidade nas unhas

Componentes da fórmula
Cálcio quelado — 100 mg

Cobre quelado — 1 mg

Silício orgânico — 150 mg

Vitamina A — 500 µg

Vitamina C — 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia.

212
Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo vitamínico e antioxidante para cabelos, pele e unhas

Componentes da fórmula
Alfa-tocoferol — 50 UI

Vitamina C — 200 mg

Vitamina A — 400 µg

Exsynutriment® — 100 mg

Manganês — 0,75 mg

Zinco quelado — 10 mg

Tiamina — 2 mg

Riboflavina — 2 mg

Piridoxina — 5 mg

Biotina — 800 µg

Acido fólico — 400 µg

Pantotenato de Cálcio — 80 mg

N-acetil-Cisteina (N.A.C) — 200 mg

Cistina — 100 mg

Coenzima Q10— 20 mg

Colágeno hidrolisado qsp — 10 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose ao dia antes de dormir.

213
Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexos para aumentar o brilho capilar


Componentes da fórmula

Exsynutriment® — 300 mg

MSM (metil — sufonil — metano) — 200 mg

Camu camu extrato seco (Myrciaria dúbia) — 500 mg

Biotina — 1 mg

Colágeno hidrolisado — 5g qsp

Aviar X doses em sachê

Posologia
Misturar o conteúdo em água ou suco

Consumir no período noturno

Obs.: o MSM pode ser isolado em cápsulas para não deixar gosto desagradável.

214
Fortalecimento de cabelos e unhas

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Vitamina C: atua como um excelente antioxidante sobre os radicais livres. Além disso, é necessária para a pro-

dução e manutenção do colágeno, participando da hidroxilação da prolina, formando a hidroxiprolina. A deficiência


de vitamina C inclui, entre os sintomas, a perda de cabelos e pode ocorrer em indivíduos desnutridos, alcoólatras,

idosos que recebem dietas restritas e lactentes alimentados exclusivamente com leite de vaca. A deficiência desta

vitamina também causa cabelo espiralado provavelmente por diminuir as pontes de dissulfito. 1,2

Biotina: a biotina é importante para o desenvolvimento do folículo piloso. Sua deficiência causa alopecia difusa

e despigmentação dos cabelos. A Biotina também pode prevenir a progressão da calvície, já que a estimulação da
biossíntese capilar resulta de sua ação no metabolismo proteico. Estudos demonstram que a ingestão de biotina
auxilia no tratamento de eczema seborreico, na redução e controle da perda excessiva de cabelo em homens com
alopecia. 3

Metionina/ L-metionina: precursor de taurina e fonte de enxofre. A taurina acumula-se no bulbo capilar, reali-

zando efeito protetor do folículo piloso.4

Cloridrato de L-Cisteína/ Cisteína / N-acetil Cisteína: a cisteína é um aminoácido em grande quantidade no ca-
belo. Esse aminoácido, juntamente com a cistina, são importantes para formação de uma ligação de dissulfeto.

Essas ligações químicas são responsáveis pela estabilidade estrutural da queratina e pela resistência mecânica da
haste capilar. Fatores que dependem da disponibilidade de cisteína são: a velocidade de crescimento, a síntese
proteica e o diâmetro da fibra capilar. Esse aminoácido é precursor da cistina e permite uma estimulação do meta-

bolismo celular nos bolbos ainda ativos, elevando o processo de síntese proteica, ou seja, a produção de queratina

necessária à formação do cabelo. 5

L - cistina/Cistina: uma das mais importantes fontes de enxofre orgânico participa da síntese de proteínas, a

partir de sua conversão em cistina. Indivíduos com queda de cabelo têm déficit nos níveis sanguíneos de cistina e
taurina. A cistina afeta positivamente os processos melanogenéticos contribuindo para a manutenção da pigmen-

tação do cabelo e o aumento da queratina. 6

Pantotenato de Cálcio: age como antioxidante, umectante dos fios, anti seborreico e contribui para a formação

e renovação celular. 7

215
Fortalecimento de cabelos e unhas

Vitamina Complexo B: trabalham em conjunto incluindo vitamina B1 (tiamina), vitamina B2 (riboflavina), vita-

mina B3 (niacina), vitamina B5 (ácido pantotênico) , vitamina B6 (piridoxina), vitamina B12, ácido fólico e PABA
(ácido para-aminobenzoico), ajudando a promover o couro cabeludo e cabelo saudáveis, facilitar o crescimento,
bem como inibir o envelhecimento dos pelos e queda de cabelo. O ácido pantotênico (vitamina B5) também age

como antioxidante, umectante dos fios, antiseborréico e contribui para a formação e crescimento de células novas.
8,9

Extrato de semente de uva (Vittis vinifera): tem capacidade de estimular o crescimento capilar. Alguns estudos

mostraram que as proantocianidinas presentes no extrato da semente de uva estimulam a atividade das células

epiteliais e induzem a fase anágena nos bulbos pilosos 10, 11

Taurina / L-taurina: é sintetizada a partir da metionina e cisteína, diante de níveis adequados de magnésio e
vitamina B6 (piridoxina). A taurina tem afinidade pela estrutura do cabelo (especialmente pelo bulbo piloso) e é

excelente protetor do folículo capilar, estimulando o crescimento dos cabelos. 12, 13

Extrato de Camellia sinensis: pode reduzir a queda de cabelo por inibir a 5 alfa redutase. Esta enzima converte
testosterona em di-hidrotestosterona, que aumenta a oleosidade capilar e contribui para a alopecia, especialmen-

te androgenética. 14

Zinco: mineral importante para o crescimento e desenvolvimento dos cabelos. Sua deficiência pode causar ca-

belos finos, quebradiços, sem brilho e avermelhados. Participa da síntese da queratina e de ácidos graxos essenci-
ais que protegem o folículo piloso e são necessários para o transporte da vitamina A. Também inibe a enzima 5 alfa

redutase. 15,16

Ferro: é um dos componentes mais importantes para a saúde do cabelo. A deficiência deste mineral, mesmo na

ausência de anemia evidente, está associada à queda difusa de cabelos. Esse é um elemento essencial para a ribo-
nuclease redutase, que está envolvida com a divisão celular no bulbo capilar (síntese de DNA), cujos níveis baixos

dificultam a manutenção dos cabelos na fase anágena. 17, 18, 19

Cálcio: é fundamental para a formação das proteínas do cabelo e ainda contribui para o metabolismo do Ferro e
vitaminas no fio. A falta de cálcio faz com que o cabelo fique fraco e quebradiço. O mineral é importante para o

crescimento do cabelo porque os folículos pilosos necessitam de cálcio para produzir proteínas queratinizadas. Es-
tas são proteínas insolúveis que compõem o cabelo e unhas, além de manter os cabelos brilhantes, saudáveis e

216
Formulações para
Fortalecimento fortalecimento
de cabelos e unhasde cabelos e unhas

fortes. <:

Selênio: o selênio é utilizado no tratamento de caspa e seborreia e associado à higiene da parte córnea do cou-

ro cabeludo e a introdução de substâncias e princípios ativos que sejam bactericidas, atuando, assim, de forma efi-
caz. É importante em vários processos antioxidantes. Sua deficiência pode causar clareamento dos cabelos. Após

suplementação adequada parece haver recuperação da cor dos cabelos 21

Ômega 3: na Alopecia Androgênica, sugere-se que a liberação de citocinas inflamatórias, como a IL-1, possa

contribuir para a queda de cabelo. A Interleucina tipo 1 alfa aumenta a queda de cabelo. Citocinas levam à trans-

formação de anágeno em telógeno e estão relacionadas com alopécia Areta. Os sinais e sintomas clínicos de sua
31,32
deficiência incluem: dermatite seborreia, queda de cabelo, despigmentação, entre outros. O ômega 3 possui

ação anti-inflamatória contribuindo para redução de IL-122 .

Betacaroteno: é um pigmento carotenóide antioxidante. Aumenta o brilho dos cabelos e o fortalecimento das

unhas.23

Silício/ Exsynutriment: evidenciou-se que a suplementação de silício diário, na forma de ácido ortosilícico esta-
bilizado em colina, proporcionou uma melhora no quadro da Síndrome das Unhas Frágeis. Na resistência à tração,
incluindo elasticidade cutânea e ruptura de carga, resultando em um cabelo mais grosso, além do fortalecimento

das unhas. O silício, que constitui a fibra capilar, está presente em 10-10 ppm no cabelo. 24,25,26,27,28

Cobre: o cobre age como catalisador na melanogênese. Algumas enzimas possuem funções que dependem do
cobre, como é o caso da tirosina para produção da melanina e sua deficiência pode causar hipopigmentação capi-

lar. 29

Vitamina E / Alfa-Tocoferol: é o principal antioxidante lipofílico no plasma, membranas e tecidos. Considera-se

que sua principal função é a parada da propagação da cadeia na peroxidação dos lipídeos pela remoção dos radi-
cais peroxila lipídicos, assim protegendo a membrana celular da destruição. O tocoferol apresenta também ativida-
de similar às células do folículo piloso. Essa dupla atividade lhe confere importância fundamental para tratar desor-

dens capilares, como a alopécia.30

Brocolinol®: alta composição de antioxidantes e anticancerígenos. O sulforafano é um estimulador das enzimas

desintoxicantes naturais.33

217
Fortalecimento de cabelos e unhas

Pygeum africanum: contém ésteres de ácido ferúlico (docosanol-n e tetracosanol) que reduzem os níveis de

prolactina. Este hormônio pode aumentar a absorção de testosterona pela próstata e reduzir a dihidrotestosterona

(DHT), este por sua vez, contribui para a queda capilar. 34

Theanina: potencializam o efeito das catequinas. Encontrada nas folhas da Camellia sinensis, possui ação no au-

mento de capacidade de aprendizado, concentração e redução da ansiedade. No cérebro, a L-theanina aumenta a

produção de serotonina e dopamina e aumenta as ondas alfa cerebrais, que têm a atividade de promover o relaxa-

mento. 35

Griffonia simplicifolia: o 5-hidroxitriptofano, o principal componente ativo da semente da Griffonia simplicifolia.


O extrato padronizado disponível no Brasil contém 99% de 5-HTP, sendo considerado fonte natural deste aminoáci-
do. De forma indireta, pode reduzir a queda de cabelo por diminuir o estresse e potencializar os efeitos das cate-

quinas.36

Triptofano: o 5-HTP ou 5-Hidroxitriptofano é um aminoácido que ocorre naturalmente, precursor do neuro-


transmissor serotonina e intermediário no metabolismo do triptofano. A biossíntese da melatonina inicia pela cap-

tação do triptofano da corrente sanguínea que é hidroxilado a 5 –hidroxitriptofano hidroxilase (TPH1). 5 – HTP é
convertido à serotonina pela descarboxilase de aminoácidos aromático (AAAD), dando origem à serotonina. Desta
forma possui efeito ansiolítico. 37

Rhodiola rosae: efeito protetor dos neurotransmissores (serotonina e dopamina), aumentando a sua atividade,
por inibição da sua destruição enzimática e prevenindo a sua diminuição, causada pela excessiva liberação dos hor-

mônios do estresse. Aumenta ainda o transporte dos precursores da serotonina (triptofano e 5-hidroxitriptófano)

no cérebro.38

Manganês: a despigmentação capilar precoce pode ser fator genético ou polimorfismo de alguma enzima, ou

até por estado emocional. O estresse emocional causa um estresse oxidativo maior no organismo, acionando o sis-
tema antioxidante de defesa. A enzima SOD (Superóxido Dismutase) depende do zinco, cobre e do manganês, o

qual tem relação com a despigmentação capilar. 39

Coenzima Q10: é reconhecida por sua função anti-idade, pois combate os efeitos do tempo e atua com o colá-
geno para revitalizar o cabelo. Essa penetra profundamente na raiz de cada fio do cabelo, reativando a produção de

queratina e promovendo um crescimento saudável, enquanto o colágeno preenche as falhas estruturais do cabelo

quebradiço, deixando-o forte e resistente. 40

218
Fortalecimento de cabelos e unhas

Colágeno Hidrolisado: quando associado a aminoácidos sulfurados tem demonstrado muitos benefícios ao ca-

belo. Estimula crescimento, hidratação e diâmetro do fio.41

Vitamina A: entre os genes regulados pela vitamina A, estão a queratina e colágeno, sendo esses fundamentais

para o fortalecimento do cabelo. 42

MSM (metil – sulfonil - metano): uma fonte natural de enxofre orgânico. Está presente naturalmente nas prote-
ínas, em especial na cisteína e metionina. O MSM aumenta a ação de muitas vitaminas e minerais essenciais para a

produção de colágeno e queratina. Por ser rico em enxofre, estimula genes que ativam crescimento capilar. 43

Extrato seco Camu Camu (Myrciaria dúbia): essa planta tem um elevado potencial funcional, principalmente
por apresentar altos teores de ácido ascórbico, além da presença de carotenóides e antocianinas. A planta também
apresenta composição de ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados, saturados e o ácido graxo predominan-

te é a-linolênico. 44

Linumlife®: é um extrato padronizado de semente de linhaça rico em lignanas, as quais são substâncias antioxi-

dantes capazes de equilibrar os níveis hormonais masculinos e femininos. O mecanismo proposto também envolve
a redução da atividade moderada de 5 alpha-redutase, a qual converte testosterona em dihidrotestosterona (DHT),

podendo ser um importante ativo no tratamento da alopécia androgenética . 46

219
Fortalecimento de cabelos e unhas

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223
13 - CELULITE

224
Celulite

C elulite, também denominada como fibroedema geloide, é uma desordem do tecido conjuntivo subcutâneo,

inicialmente edematosa, evoluindo posteriormente para uma fase fibro esclerótica. Sua classificação pode

ser dividida em três graus, de acordo com o aspecto clínico e histopatológico, sendo eles: 1º grau ou branda (é visí-
vel sob contração musculas voluntária), 2º grau ou média (é visível em algumas regiões e apresenta fibroses sem

predominância) e a de 3º grau ou grave (há fibrose com predominância)

A teoria atualmente aceita é de que o início das transformações ocorre na matriz intersticial, mediante al-
teração bioquímica dos seus constituintes principais, que sofrem uma hiperpolimerização. As alterações do tecido

conjuntivo perivascular produzem diminuição do tônus venoso e aumento da fragilidade capilar, favorecendo a
ruptura e o surgimento de micro hemorragias. Assim, a matriz tem sua viscosidade aumentada, com prejuízo de

suas principais funções.

Trata-se, portanto, de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante
de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. Estas
alterações levam a um aumento da espessura, da sensibilidade dolorosa e da consistência do tecido subcutâneo

superficial (areolar), fazendo com que as tramas fibróticas perpendiculares tracionem a pele para baixo promoven-

do o conhecido aspecto “casca de laranja”.

Quanto ao tratamento, a dieta deve incluir fatores que promovam ação na redução da lipogênese, estimu-
lar a síntese de colágeno e a oxigenação e nutrição dos tecidos. Assim, as substâncias mais eficazes para o trata-

mento da celulite são os vasodilatadores, anti-inflamatórios, antioxidantes, diuréticos e indutores da lipólise

225
Celulite

226
Celulite

Creme Flocado de cacau

Ingredientes
100 ml de leite de soja

3 colheres (sopa) flocos de aveia

1 colher (sopa) açúcar mascavo

1 colher (sopa) cacau em pó

1 colher (sopa) farinha de trigo

Raspa de ½ limão

1 colher (sobremesa) avelãs moídas

Modo de fazer:
1. Dissolver a farinha no leite

2. Levar ao fogo brando com os restantes dos ingredientes até os flocos ficarem macios e o prepara-
ção espessar.

3. Acomodar em taças altas individuais

4. Polvilhar avelãs moídas sobre a preparação final

5. Servir gelado

Rendimento: 7 porções

Informação Nutricional (porção 20g/ 1 colher de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

42,11 6,1 1,36 1,36 1.03

227
Celulite

228
Celulite

Patê de tomate

Ingredientes
3 unidades tomates médios sem sementes

½ xícara (chá) de tomate secos

½ dente de alho amassado

2 colheres (sopa) de azeite extra virgem

1 colher (sopa) manjericão fresco picado

1 colher (sopa) orégano seco

2 colheres (chá) suco de limão

Modo de Fazer
1. Colocar o tomate seco de molho em água por 2 horas

2. Misturar todos os ingredientes do molho de tomate no liquidificador em alta velocidade até ficar homogê-

neo

3. Montar em forma de canapés sobre mini biscoitos de linhaça

Rendimento: 8 porções

Informação Nutricional (porção 20g/ 1 colher de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

25,54 1,94 0,34 1,82 0,38

229
Celulite

230
Celulite

Patê de cenoura

Ingredientes

1 xícaras de chá de purê de cenoura

2 colheres de sopa manjericão fresco picado

1 colher de sopa alecrim picado

1 colher de sopa azeite

1 colher de café sal

1 colher de chá cheia suco de limão

Modo de Preparo
1. Bater todos os ingredientes no liquidificador até obter uma mistura homogênea

OBS: Pode servir como recheio de mini pães integrais

Rendimento: 12 porções

Informação Nutricional (porção 20g/ 1 colher de sopa)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

12,24 1,31 0,15 0,7 0,5

231
Celulite

FORMULAÇÕES

Celulite 1
Componentes da fórmula
Citrus aurantium — 300 mg

Pholia Magra® — 200 mg

Silybum marianum extrato — 100 mg

Vitis vinífera extrato — 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose 2 vezes ao dia.

232
Celulite

Celulite 2
Componentes da fórmula

Chá verde (Camelia sinensis) – 400 mg

Pycnogenol ® (Pinnus pinaster) – 50 mg

Centella asiática (Centella asiatica (L.) Urban) – 100 mg

Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.) – 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia pela manhã.

Celulite 3
Componentes da fórmula
Centella asiática — 200 mg

Cacau — 200 mg

Coenzima Q10 — 10 mg

Oxxynea® — 100 mg

Garcinia Camboja — 150 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose 2 vezes ao dia.

233
Celulite

Retenção hídrica, celulite e cansaço nas pernas


Componentes da fórmula
Paulínea cupana — 100 mg

Garcinea Cambogia — 100 mg

Rutina (extraído de fonte alimentar)— 100 mg

Equisetum arvenses — 100 mg

Quercetina (extraído de fonte alimentar)— 50 mg

Chapéu de couro (Echinodorus macrophyllus) — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia antes das refeições.

Celulite 4
Componentes da fórmula

Cardo Mariano (Sylibum marianum) – 20%

Dente de Leão (Taraxacum officinale ) – 40%

Chapéu de Couro (Echinodorus macrophyllum ) – 40%

Posologia
10 gotas 3 vezes ao dia diluído em água.

Frasco de 100 ml.

234
Celulite

Celulite 5
Componentes da fórmula
Sulfato de glucosamina— 200 mg

Exsynutriment® — 100 mg

L-glicina — 300 mg

L-prolina — 300 mg

Quercetina (extraída de fonte alimentar) — 200 mg

Vitamina C — 200 mg

Vitamina E — 80 mg

Selênio — 50 µg

Cálcio carbonato — 300 mg

Camellia sinensis extrato (chá verde) — 250 mg

Pycnogenol® (Pinnus pinaster) — 35 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 2 doses ao dia.

235
Celulite

Celulite característica de gordura ginóide


Componentes da fórmula
Crisina — 6mg/kg de peso corporal/dia

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose antes de dormir.

Celulite 6
Componentes da fórmula
Cálcio carbonato — 400 mg

Exsynutriment® — 150 mg

Bio-Arct® — 400 mg

Vitamina C — 100 mg

Vitamina E — 50 mg

Rutina (extraído de fonte alimentar) — 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 1 vez ao dia a noite.

236
Celulite

Retenção hídrica, cansaço nas pernas e varizes


Componentes da fórmula
Rutina (extraído de fonte alimentar)— 20 mg

Castanha da Índia (Aesculus hippocastanus) — 100 mg

Centella asiática — 100 mg

Pycnogenol® — 50 mg

Vitamina C — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia longe das refeições.

237
Celulite

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sulfato de glucosamina: a glucosamina é uma substância sintetizada pelo organismo e encontrada na

cartilagem, sendo composta de glicose e aminoácido. Além de aumentar a retenção de água na pele, proporciona a

hidratação. Auxilia na tonificação elasticidade e na redução do relevo cutâneo da pele (aspecto “casca de laranja”).
1, 2, 3

Exsynutriment®: na microcirculação, o silício modifica a permeabilidade dos capilares venosos e linfáticos, e, no


tecido adiposo, estimula a lipólise. Atua na modulação da inflamação, por meio da produção de interleucinas in
vitro e in vivo, por meio da proteção da infiltração e dos sinais visíveis da inflamação, tais como eritema e edema.
Também produz a redução significativa de ciclo-oxigenase 1 (COX-1) inibindo liberação de prostaglandinas via

metabolismo do ácido araquidônico. 4,5

L-glicina e L-prolina: a glicina e a prolina são cofatores na síntese do colágeno. O colágeno é uma proteína

fibrosa insolúvel e uma das principais proteínas da membrana extracelular, tem um importante papel na
arquitetura tecidual, na resistência dos tecidos e em uma ampla variedade de interações célula-célula e célula-

matriz. 6

Quercetina: possui atividade anti-inflamatória, antioxidante, aumenta a filtração transcapilar de água e

proteínas, reduzindo o número e o diâmetro de poros capilares. Contribui para microcirculação e redução de
edema. 7, 8

Vitamina C: atua como potente agente antioxidante hidrossolúvel por meio da varrição fisiológica das espécies

reativas de oxigênio e nitrogênio. É capaz de regenerar a forma antioxidante da vitamina E, além de ser essencial

para a hidroxilação dos resíduos de lisina e prolina, para formação de hidroxiprolina, e consequentemente do

colágeno. 9, 10, 11, 12

Vitamina E: é uma vitamina lipossolúvel, que se acumula nas membranas celulares, protegendo a estrutura das
células da peroxidação de lipídeos, sendo capaz de impedir ou minimizar os danos provocados pelos radicais livres.
Além disso, possui ação imunomoduladora e anti-inflamatória, com efetiva prevenção de danos na pele e

adipócitos. 13, 14, 15

238
Celulite

Selênio: por ser essencial na síntese da enzima glutationa peroxidase, ajuda a reduzir a peroxidação lipídica e a

neutralizar os radicais peróxidos de hidrogênio. Além disso, potencializa a atividade antioxidante da vitamina E,

pois, ao reduzir a formação de radicais livres, proporciona maior disponibilidade desta vitamina. O uso oral de
selênio previne lesões ao DNA causadas pela radiação ultravioleta, diminuiu o processo inflamatório na pele,
agindo sobre a interleucina-II e outras respostas inflamatórias, bem como reduz a apoptose celular, aumentando a

capacidade antioxidante celular. 9, 13

Cálcio carbonato: o cálcio dietético diminui o cálcio intracelular. O aumento do cálcio intracelular estimula

ácido graxo sintetase, enzima envolvida na lipogênese. Um fator relevante é que o aumento do cálcio dietético

pode suprimir os hormônios calciotróficos e reduzir o cálcio intracelular e o armazenamento de lipídeos. 16

Camellia simensis extrato: aumenta o metabolismo do organismo, permitindo que este possa estimular a
lipólise, além de possuir efeito lipolítico, anti-inflamatório e antioxidante. 17, 18

Pycnogenol®: é antioxidante, anti-inflamatório e age na microcirculação. Seu extrato é proveniente da casca de


pinheiro marítimo (Pinus pinaster), que consiste em um concentrado hidrossolúvel de polifenóis com
bioflavonóides. Estudos sugerem que, por aumentar a produção de óxido nítrico, pode ser indicado no tratamento
19,
de alterações relacionada à disfunção endotelial (como na celulite). Também pode atuar inibindo a lipogênese.
20, 21

Citrus aurantium/Sinetrol®: estimula a lipólise nos adipócitos pela elevação dos níveis de adenosina

monofosfato cíclico (AMPc) e promove redução do peso e do percentual de gordura corpórea. 22

Pholia Magra®/Ilex paraguariensis: O potente papel da adenosina monofosfato kinase (AMPK) é a partir de um

mecanismo que cooderna as alterações no metabolismo lipídico de anabolismo para catabolismo em caso de

escassez de energia. Então, a AMPK pode inibir a síntese de ácidos graxos e ativação da oxidação, desempenhando

uma função na regulação da alimentação. 23

Silimarina (Silybum marianum): possui ação antioxidante capaz de reagir com numerosos radicais livres,

incluindo radicais hidroxila, além de ter capacidade para modular a inflamação nos queratinócidos. 24, 34, 35, 36, 37, 38

Extrato de Vitis vinífera: a função principal das antocianidinas é a atividade antioxidante, estabilização do
colágeno e elastina, manutenção de duas proteínas importantes no tecido conjuntivo. 25

239
Celulite

Centella asiática - (Centella asiatica (L.) Urban): possui função de auxiliar na melhora da circulação do retorno
venoso e a diminuição da fragilidade capilar, que combate os processos degenerativos do tecido venoso. Seu

princípio ativo é um dos mais comuns e eficazes. Ele reúne as ações já citadas e, associado a outras substâncias,

potencializa o tratamento. É bastante utilizada no combate à celulite, atua sobre as gorduras localizadas e fortalece

as paredes dos vasos sanguíneos. 26, 27, 28

Cacau em pó (Theobroma cacao): em virtude da presença de polifenóis e da sua atividade antioxidante. 29

Coenzima Q10: é produzida pelo nosso corpo e atua na transformação dos nutrientes em energia para as células

e também tem ação antioxidante. Seus níveis diminuem com o envelhecimento. A CoQ10 possui importante papel

sobre os lipídios superficiais da pele, representando assim uma proteção externa do organismo contra insultos
exógenos oxidativos.30

Oxxynea®: é um composto extraídp de 22 polifenóis vegetais. Possui atividade antioxidante, auxilia na


diminuição dos níveis de colesterol, ajuda na prevenção contra os danos causados pelo estresse oxidativo. 31

Garcínia cambogia: ácido hidrocítrico, o ingrediente ativo do fitoterápico Garcinia cambogia, inibe

competitivamente a enzima extramitocondrial adenosina trifosfato-citrato (pro-3S)-liase. Esta enzima é chave na


clivagem do citrato, podendo desempenhar um papel essencial na inibição da lipogênese. Sua função está

associada a um menor peso corporal e à redução da massa gorda. 32

Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.): fitoterápico rico em flavonóides (kanferol, quercetina, rutina,
astragalin e quercetina), que atuam positivamente sobre a fragilidade dos vasos capilares e como vasoconstritores

periféricos. 33

Dente de leão (Taraxacum officinale): detoxificante, estimulante do sistema linfático, lipolítico e diurético. Além

de melhorar o funcionamento do intestino. 34, 35, 36, 37, 38

Chapéu de Couro (Echinodorus macrophyllum): ação anti-inflamatória, detoxificante, estimulante do sistema


linfático e diurético. Além de prevenir ou auxiliar na redução de depósitos de gordura e celulite. 34, 35, 36, 37, 38

Bio-Arct®: é uma biomassa marinha polar (Chrondus Crispus) com 7% de Citrulil arginina biodisponível, que atua
na síntese de NO (óxido nítrico) e ATP no organismo. Aumenta síntese de NO endógeno; estimula síntese de ATP na

mitocôndria; melhora o fluxo sanguíneo, possui ação anti-inflamatória, apresentando atividade na redução de IL-8;

possui ação detoxificante; regula o balanço osmótico da célula e dos canais iônicos nos níveis de cálcio e na
contratilidade. 39, 40

240
Celulite

Rutina: a rutina atua na bioquímica da via do ácido araquidônico, inibindo processo inflamatório. Promove a

lipólise estimulada pelas catecolaminas e hormônios lipolíticos; 41

Crisina: inibidor da aromatase, aumenta testosterona e diminui estrogênio. O estrogênio é o principal hormônio

envolvido na fisiopatologia da celulite. 42

Paulínea Cupana/ guaraná: os principais constituintes do guaraná são as metilxantinas: cafeína, traços de

teobromina e teofilina e altas concentrações de tanino. As metilxantinas são estimulantes do sistema nervoso

central, aumentando o batimento cardíaco e o fluxo sanguíneo. Os mecanismos de ação das xantinas incluem:
inibição de fosfodiesterases, aumento da adenosina monofosfato cíclico (AMPc) intracelular, efeitos diretos na

concentração intracelular de cálcio e indiretos e na concentração intracelular via hiperpolarização da membrana


celular. 43

Cavalinha (Equisetum arvenses): Possui efeito diurético, mineralizante, anti-inflamatória e depurativo. Auxilia

em casos de edema. 44

Silício orgânico hidrossolúvel / Exsynutriment®: induz e regula a proliferação fibroblástica, favorecendo a

regeneração das fibras colágenas e elásticas por fazer parte da enzima prolina hidroxilase, restabelecendo a
elasticidade e auxiliando na regressão dos fenômenos fibromatosos. Atua diretamente na restruturação e
reorganização do tecido conjuntivo, devolvendo a elasticidade, tonicidade e firmeza do local afetado. 45, 46, 47

241
Celulite

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245
14 - CLAREADORES DE PELE

246
Clareadores de pele

A hiperpigmentação é uma discromia que consiste na produção excessiva de melanina, aferindo à região afe-
tada a permanência de uma coloração mais escura da pele em relação ao restante. Essa alteração, muitas vezes,

está relacionada a fatores externos, exposição solar, traumas na superfície cutânea ou até mesmo utilização de
certos medicamentos. Já em relação à influência dos fatores internos, podemos correlaciona-los com a genética,

distúrbios endócrinos ou, ainda, características raciais.

Alguns agentes clareadores de pele podem agir por diferentes meios de ação, dentre eles inibindo a tirosi-

nase, enzima importante na produção de pigmentos melanínicos que proporcionam cor à pele, bem como partici-
pando da destruição seletiva de melanócitos, inibindo a formação de melanina e alterando quimicamente a estru-

tura da melanina. Dentre esses clareadores, pode-se citar a vitamina C, a qual atua na inibição específica dos mela-
nossomas e da tirosinase.

247
Clareadores de pele

248
Clareadores de pele

Batida Refrescante de Romã

Ingredientes
1 unidade de cascas e sementes de romã

1 unidade de limão

1 lata (350ml) de água tônica

1 unidade pequena de maçã picada

249
Clareadores de pele

Modo de fazer
1. Lavar a romã e reservar

2. Lavar a maçã, picar com a casca e reservar

3. Retirar a casca e as sementes e reservar

4. Ferver a casca e as sementes da romã

5. Deixar esfriar tampado

6. Adicionar o suco do limão nesta infusão

7. Acrescentar a água tônica bem gelada

8. Bater no liquidificador

9. Adicionar a maçã picada

10. Servir bem gelado

11. Consumir após preparo

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
104,4 25,3 0,5 0,13 0,46

250
Clareadores de pele

251
Clareadores de pele

Flan de Romã

Ingredientes
1 pacote de gelatina sem sabor

1 copo (200ml) de chá de romã — (Preparar o chá conforme receita abaixo)

10 unidades de morangos

Modo de fazer: Chá de Romã


1. Corte a romã e retire os frutos (caroços)

2. Deixe secar as cascas ao sol

3. Ferva 2 colheres (sopa) da casca em 500ml de água por 5 minutos.

252
Clareadores de pele

Modo de fazer: Flan de Romã


1. Preparar o chá da romã e reservar

2. Picar os morangos

3. Acrescentar 1 colher (sopa) de açúcar refinado

4. Cozinhar em fogo baixo até obter uma calda fina e reservar

5. Preparar a gelatina como de hábito, substituindo a água quente pelo chá da romã

6. Dispor em taças individuais

7. Cobrir com a calda de morangos

8. Colocar na geladeira

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

89,2 19,8 1,6 0,4 2,3

253
Clareadores de pele

254
Clareadores de pele

Salada Color com Romã

Ingredientes
1 romã

Suco de 1 limão

1 xícara (café) de água

¾ de xícara (chá) de azeite

1 pitada de pimenta do reino

3 tomates picados

1 cebola pequena picada

1 pepino picado

2 cebolinhas verdes picadas

2 colheres (sopa) de croutons picados

Sal, salsinha e hortelã picados a gosto

255
Clareadores de pele

Modo de fazer
1. Misturar o suco de limão com a água

2. Juntar o azeite aos poucos

3. Mexer bem

4. Temperar com o sal, a pimenta branca e as sementes de romã

5. Dispor em uma saladeira o tomate, a cebola, as cebolinhas e o pepino

6. Regar com a metade do molho

7. Adicionar os croutons e juntar à saladeira

8. Polvilhar com salsinha e a hortelã

9. Adicionar o molho restante

10. Servir em seguida

Rendimento: 4 porções

Informação Nutricional (porção 100g/ 1 prato de sobremesa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

69,54 9,9 1,54 2,62 1,74

256
Clareadores de pele

FORMULAÇÕES

Tratamento de Melasma (disfunção hepática)

Componentes da fórmula
Silybium marianum — 200 mg

NAC (N—acetil—cisteína) — 150 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose ao dia.

257
Clareadores de pele

Cápsulas para clareamento de pele


Componentes da fórmula
Punica granatum extrato seco — 400 mg

LingonMAX® — 75 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose 2 veses ao dia.

Clareador da Pele 3
Componentes da fórmula

Camellia sinensis extrato seco — 200 mg

Vaccinium myrtillus extrato seco — 50 mg

Punica granattum extrato seco — 200 mg

Vitamina C — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose ao dia 30 dias antes da exposição solar.

258
Clareadores de pele

Tratamento de Melasma (por estresse e/ou TPM)


Componentes da fórmula
Taurina — 200 mg

N-acetilcisteína — 200 mg

Pycnogenol® — 75 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose ao dia.

259
Clareadores de pele

Fundamentação Teórica

Punica granatum: o extrato de romã possui atividade antioxidante, fotoprotetora e clareadora da pele. 1

Camellia sinensis: suas folhas possuem aproximadamente 30% compostos polifenólicos, principalmente

epicatequinas, cujas principais propriedades terapêuticas são de antioxidante. São capazes de inibir a tirosinase,

inibindo a síntese de melanina. 2

LingonMAX®: extrato de mirtilo (Vaccinium myrtillus), importante fotoprotetor e antioxidante. Proporciona a


redução das rugas por aumentar a elasticidade e a hidratação. Além disso, proporciona o clareamento da pele por

inibir a síntese de melanina e a atividade da tirosinase.3

Vitamina C: favorece a microcirculação e diminui as reações cutâneas, além de contribuir como fotoprotetor e

antioxidante.4

Silimarina (Silybum marianum): tem sido testada com sucesso na inativação de toxinas potentes e tem ação
lipolipidêmica sobre a gordura hepática e o colesterol biliar. As hipercromias (manchas na pele) possuem relação

direta com o funcionamento hepático.5

Glutationa: o selênio age acelerando a atividade da glutationa peroxidase e provoca o aumento da


concentração desta enzima, que tem como função reduzir um número elevado de peróxidos, protegendo as
membranas celulares, os ácidos nucleicos e as proteínas contra a degradação pelos radicais livres. 6

N-acetilcisteína: esse aminoácido que contém enxofre é necessário para a produção de glutationa. É utilizado

pelo fígado para favorecer a desintoxicação hepática. 7

Taurina: no fígado, conjuga-se com ampla variedade de produtos tóxicos como metabólitos de medicamentos e
xenobióticos, permitindo que estas toxinas sejam rapidamente excretadas pelo organismo. A taurina pode ainda se

complexar com metais pesados e reduzir os níveis destes metais pelo mecanismo de desintoxicação pela redução

rápida com a formação de produtos estáveis. 8

Pycnogenol®: é proveniente do estrato de Pinus Pinaster. Possui forte atividade de inibição da tirosinase e

biossíntese de melanina, assim como propriedades antioxidantes (superóxido e radicais hidroxila). Age também da

proteção contra os raios ultravioleta, estimulando também o sistema enzimático endógeno 9, 10.

260
Clareadores de pele

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261
15 - CONSTIPAÇÃO

262
Constipação

A constipação intestinal é uma condição com patogênese multifatorial, na qual a frequência e/ou a quantida-
de de defecação apresenta-se de forma reduzida. Pode estar associada a não resposta ao reflexo de evacu-

ação, sedentarismo, efeitos colaterais de medicamentos, tensão nervosa, ansiedade, uso de medicamentos, hipoti-

reoidismo, diabetes, gravidez, dieta pobres em fibras e/ou líquidos e desequilíbrio na microbiota intestinal.

Essa alteração intestinal deve ser levada em consideração no tratamento de qualquer enfermidade nutricio-

nal, já que pode influenciar negativamente na absorção de nutrientes. Além disso, o intestino age fisicamente como
uma barreira da mucosa e possui o maior pool de células imunocompetentes sendo que cerca de 70% do sistema

linfoide está associado com o intestino.

Os objetivos dietéticos devem ser iniciados pelo aumento ao aporte de fibras na dieta e orientação sobre a
importância da hidratação adequada e caso não haja melhora do quadro deve-se complementar a terapia com su-

plementação

263
Constipação

264
Constipação

Coquetel laxante I

Ingredientes
½ mamão papaia

4 ameixas secas deixadas de remolho em 100 ml de água

1 laranja com bagaço

1 colher (sopa) de farelo de trigo

50 ml iogurte desnatado

Modo de fazer
Bater tudo no liquidificador e consumir diariamente pela manhã em jejum.

Rendimento: 1 porção

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

100,9 21,7 2,4 0,5 4,35

265
Constipação

266
Constipação

Coquetel laxante II

Ingredientes

200 ml suco laranja

½ fatia de mamão

1 rodela de abacaxi

1 fatia de melancia com semente

Modo de fazer
Bater tudo no liquidificador e consumir diariamente pela manhã em jejum

Rendimento: 1 porção

Informação Nutricional (porção 200 ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
82,9 18,56 1,33 0,36 0,7

267
Constipação

FORMULAÇÕES

Constipação 1
Componentes da fórmula
Psyllium — 5 g

Inulina — 4 g

Glutamina — 1 g

Pool de Lactobacillus sp 2 x 109 UFCs

Aviar X doses em sachê

Posologia
Tomar 1 dose em jejum

268
Constipação

Constipação 2
Componentes da fórmula

Beta-glucan – 750 mg

FOS – 2 g

Goma guar – 2 g

Magnésio – 200 mg

Pantotenato de cálcio – 120 mg

Psylium – 1g

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Pó para preparo de bebida instantânea.

Consumir 1 dose ao dia antes de dormir.

269
Constipação

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Psyllium: seu efeito é facilitar a propulsão do cólon e permitir que as fezes tornem-se mais úmidas. Seu conteú-

do de mucilagens absorve considerável conteúdo de água, promovendo um aumento do bolo fecal. Essa distensão

aumenta o peristaltismo intestinal e, dessa maneira, ocorre eliminação das fezes mais facilmente. 1,2

Inulina: é uma fibra solúvel e fermentável, a qual não é digerida pela α-amilase e por enzimas hidrolíticas, como
a sacarase, a maltase e a isomaltase, na parte superior do trato gastrintestinal. A inulina e a oligofrutose pertencem

à classe de carboidratos frutanos, pois exercem influência nos processos fisiológicos e bioquímicos do organismo. A
inulina é resistente à digestão na parte superior do trato intestinal, é fermentada no cólon, auxilia o controle e na
estabilidade da microbiota intestinal, promove a digestão da lactose, estimula o sistema imune, alivia a constipa-
ção, aumentando a absorção de minerais e produção de algumas vitaminas. 3,4

Glutamina: desempenha importante função na reparação da mucosa intestinal, além de ser fonte de energia
para os enterócitos, estando envolvida na integridade intestinal e com atividade imunitária. 5

Poll de Lactobacillus: é a combinação de 5 cepas (Lactobacillus acidophilus; Lactobacillus casei, Lactobacillus


Lactis, Bifidobacterium bifidum, bifidobacterium lactis). As bactérias benéficas estão presentes no intestino e auxili-
am na proteção contra a entrada e proliferação de micro-organismos patogênicos além de ajudarem a criar uma

microbiota intestinal favorável reduzindo a constipação. 6

Betaglucan: fisicamente, são microesferas ocas, altamente miscíveis com líquido, um composto classificado co-
mo fibra solúvel e insolúvel. As fibras insolúveis favorecem o peristaltismo do cólon, aceleram o trânsito intestinal e

promovem a incorporação de água às fezes, tornando-as macias e aumentando seu volume, o que facilita a sua eli-

minação. As fibras solúveis têm função de aumentar o tempo de exposição dos nutrientes no estômago, proporcio-
nando uma melhora na digestão, particularmente, açúcares e as gorduras, além de auxiliar nas reações de fermen-

tação, produzindo altas concentrações de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). 7

FOS (Fruto-oligossacarídeos): consiste de moléculas de sacarose, composta de duas ou três subunidades de fru-
tose adicionais. São considerados prebióticos por promoverem o crescimento de probióticos, como acidophillus e
bifidus. Inibem o desenvolvimento de bactérias patogênicas, diminuem os danos causados por agentes carcinogêni-

cos, aumenta a motilidade intestinal, prevenindo a constipação e alterações no trânsito gastrintestinal. 8

270
Constipação

Goma guar: é um tipo de fibra alimentar solúvel, extraída da espécie Cyamoposis tetragonolobus. Possui a fun-

ção de normalizar a umidade e o volume fecal, aumenta a produção de butirato de acetato (ácido graxo importante

para integridade do cólon), diminuindo a produção de propionato, inibindo a colesterogênese hepática. 9

Magnésio: é considerado como um agente osmótico, tendo como mecanismo de ação retirar líquido da corren-
te sanguínea através do cólon e da luz intestinal, fluidificando as fezes 12 . Já o hidróxido de magnésio é pouco ab-

sorvido no intestino e tem efeito secretor sobre a colecistoquinina, aumentando a motilidade colônica. 13

Pantotenato de Cálcio: atua na formação de acetilcolina pelo radical pantotenato, importante no peristaltismo
intestinal, além de promover a regularidade da defecação. 14

271
Constipação

REFERÊNCIAS

1. MCRORIE J. W.; DAGGY B. P.; MOREL J. G.; DIERSING P. S.; MINER P. B.; ROBINSON M. Psyllium is superior to

docusate sodium for treatment of chronic constipation. Aliment Pharmacol Ther. v.12, n. 5, p. 491-7, 1998.

2. KARHUNEN, L. J.; JUVONEN, K. R.; FLANDER, S. M.; LIUKKONEN, K. H.; LAHTEENMAKI, L. SILOAHO, M.; LAAK-

SONEN, D. E.; HERZIG, K. H.; UUSITUPA, M. I.; POUTANEN, K. S.A Psyllium Fiber-Enriched Meal Strongly Attenuates
Postprandial Gastrointestinal Peptide Release in Healthy Young Adults. J. Nutr., v. 140, n. 4, p.737-744, 2010.

3. SAAD, S. M. I. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev. Bras. Cienc. Farm., v.42, n.1, p. 1-16, 2006.

4. ROMAN D. A. L, R. ; FUENTE R. A. DE LA ; JAUREGUI, O. I. ; B. DE LA FUENTE. Prebióticos tipo inulina: efectos

sobre diferentes patologías. Nutr Clin Med, v. 3, n.3, p. 122-132, 2009.

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logia. Rev Bras Coloproct, v. 25, n. 1, p. 75-78, 2005.

6. JOHNSON D. A. Treating chronic constipation: how should we interpret the recommendations? Clin Drug In-
vest., v. 26, n. 10, p. 547-557, 2006.

7. MIRA, G. S.; GRAF, H.; CÂNDIDO, L. M. B. Visão retrospectiva em fbras alimentares com ênfase em beta-

glucanas no tratamento do diabetes. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. v. 45, n. 1, 2009.

8. PASSOS, L. M. L.; PARK, Y. K. Fruto-oligossacarídeos: implicações na saúde humana e utilização em alimentos.

Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.2, p385-390, 2003

9. BELO, G. M. S.; DINIZ, A. S.; PEREIRA, A. P. C. Efeito terapêutico da fibra goma-guar parcialmente hidrolisada

na constipação intestinal funcional em pacientes hospitalizados. Arq. Gastroenterol., v.45, n.1, p. 93-95, 2008.

10. SCHLINGMANN, K. P.; WEBER, S.; PETERS, M. et al. Hypomagnesemia with secondary hypocalcemia is cau-

sed by mutations in TRPM6, a new menber of the TRPM gene family. Nat Genet, v. 31, p. 166-170, 2002.

11. DE PAULA, J. A. Effects of the ingestion of a symbiotic yogurt on the bowel habits of women with functional

constipation. Acta Gastroenterol Latinoam, v. 38, n. 1, p. 16-25, 2008.

272
Constipação

12. CHICOURI, M.J. Estudo clínico do Psyllium Husk associado à parafina microencapsulada* no tratamento da

constipação intestinal essencial . Rev Brasileira de Medicina, v.58, n.9, p.672-676, 2001.

13. GOMES, P.B. Comparação da efetividade entre polietilenoglicol 4000 sem eletrólitos e hidróxido de mag-
nésio no tratamento da constipação intestinal crônica funcional em crianças. Dissertação (mestrado): Universidade

Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, 2009.

14. COXON, K. M.; CHAKAUYA, E. OTTENHOF, H. H. et al. Pantothenate biosynthesis in higher plants. Biochem

Soc Trans; v. 33, p. 743-746, 2005.

273
16- DISBIOSE

274
Disbiose

A disbiose é um estado no qual a microbiota produz efeitos nocivos através de mudanças qualitativas e quan-

titativas na própria microbiota intestinal, além de mudanças na sua atividade metabólica e em sua distribui-

ção do trato gastrointestinal. Esse estado surge por consequência do uso de medicamentos (antibióticos), idade,
alterações físicas (tumores, pólipos), hospitalização, partos entre outros fatores.

A alimentação inadequada, ou seja, excessiva em carboidratos simples, gorduras, pobre em fibras e micro-

nutrientes, além de rica em substâncias artificiais, pode contribuir para a constipação e também diarreia prejudi-

cando a absorção dos nutrientes.

O tratamento da disbiose é feito pela alimentação, onde a princípio deve-se retirar todos os alimentos
possivelmente alergênicos e substituí-los por uma alimentação adequada, a qual inclui principalmente arroz, milho,
quinoa, frutas não ácidas, peixes, tapioca, cereal de arroz e alguns chás. Concomitante com a dietoterapia, pode-se

utilizar a suplementação de simbióticos, probióticos e prébióticos, com a finalidade de remover os xenobióticos e


patógenos e recuperar a microbiota intestinal.

275
Disbiose

276
Disbiose

Mousse de maracujá

Ingredientes
1 unidade de Iogurte Activia® sabor maracujá

1 colher (sobremesa_ de Adoçante para culinária

1 envelope gelatina em pó light sabor limão

1 unidade (100 g) polpa de maracujá congelada

1 xícara (chá) de abacaxi congelado e picado

Modo de fazer
1. Bater no liquidificador ½ xícara (chá) de água fervente e a gelatina por 15 segundos

2. Adicionar ½ xícara (chá) de água fria, o iogurte a polpa de fruta e o adoçante

3. Bater por 1 minuto

4. Reservar

5. Distribua os cubos de abacaxi no fundo das taças

6. Despejar o mousse por cima

7. Levar à geladeira por 2 horas ou até endurecer

8. Finalizar com sementes de maracujá por cima

Rendimento: 4 porções

Informação Nutricional (porção 80g/ 4 colheres de sopa)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
61,75 10,9 1,95 1,15 0,525

277
Disbiose

278
Disbiose

Creme de Papaia
com Cassis

Ingredientes
1 xícara de mamão papaya maduro picado

2 unidades de sobremesa Activia® papaia com cassis

4 colheres (sopa) de suplemento de fibras solúveis (Ex: Fibermais® )

4 colheres (sopa) de licor de cassis

Modo de fazer
Bater o mamão papaia com os iogurtes e as fibras no liquidificador

Despejar em taças individuais e regar com licor de cassis.

Decorar com folhas de hortelã e servir

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200g/ 2 taças)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

213,55 40,7 4,25 3,75 2,7

279
Disbiose

280
Disbiose

Salada de frutas com cubos de frozen

Ingredientes

1 pires (chá) de mamão picadinho

1 pires (chá) de abacaxi picadinho

5 unidades de morango partidos ao meio

1 unidade de Activia Frozen® congelada

3 sachês de chá de morango ou de frutas vermelhas

Modo de fazer
1. Picar as frutas, acomodá-las em taças de sobremesa e congelar

2. Preparar um chá bem concentrado com 100ml de água fervente para 3 unidades de sachê

3. Deixar em infusão por 5 minutos

4. Esfriar

5. Bater no liquidificador o chá com Activia Frozen® natural congelado

6. Acondicionar em formas de gelo e congelar novamente

7. Retirar a taça com as frutas picadas adicionar 4 cubos de frozen de morango

8. Servir em seguida

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 150g/ 1 copo pequeno)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
80,85 14 2,15 1,8 1,25

281
Disbiose

FORMULAÇÕES

Disbiose 1
Componentes da fórmula
Lactobacillus acidophilus – 100 mg

Lactobacillus bifidus – 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 a 2 doses ao dia com estômago vazio.

282
Disbiose

Disbiose 2

Componentes da fórmula
Lactobacillus acidophilus – 50 mg

Lactobacillus rhamnosus – 25 mg

Lactobacillus bifidus – 25 mg

Lactobacillus casei – 25 mg

Fruto oligossacarídeos — 2 g

Inulina qsp (5 g)

Aviar X doses em sachê

Posologia
Tomar 1 a 2 doses ao dia com estômago vazio.

283
Disbiose

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Lactobacillus : é um gênero de bactérias, gram-positivas e anaeróbias facultativas, sendo consideradas probióti-

cos. Os probióticos são essenciais para a manutenção da nossa saúde, pois além de agir no tratamento da disbiose,

possui funções como síntese de algumas vitaminas, síntese de enzimas digestivas e melhora do sistema imune. E
quando associado a um prebiótico, reduz significativamente a constipação em pacientes constipados crônicos sub-

metidos a uma dieta para redução do peso.

Lactobacillus acidophilus - proteção contra a entrada e proliferação de micro-organismos patogênicos.

Lactobacillus rhamnosus – é utilizado na prevenção de candidíase vulvovaginal que usam antibióticos. Também
usado como coadjuvante no tratamento da diarreia, diminuindo o período diarreico e em dermatites atópicas.

Lactobacillus bifidus – essas residem no cólon e promovem benefícios para a saúde de seus hospedeiros. Bifido-

bactérias geralmente estão associadas a uma menor incidência de alergias e também com a prevenção do cresci-
mento de algumas formas de tumor. Elas produzem vitaminas do complexo B, ácidos graxos de cadeia curta e
substâncias antimicrobianas, modulam o sistema imunológico, impedindo o desenvolvimento de micro-organismos

patogênicos, além de inibir a formação de criptas aberrantes e câncer de cólon.

Lactobacillus casei - auxilia na propagação de bactérias benéficas ao equilíbrio gastrointestinal, ajuda na diges-

tão e redução à intolerância à lactose e no tratamento e prevenção de diarreia. 1,2

Frutooligossacarídeos (FOS): são polímeros naturais de frutose, resistentes à digestão no trato gastrointestinal
promovendo a integridade da mucosa gastrointestinal. Os FOS são benéficos pois modificam os metabólitos associ-

ados com a saúde do intestino, diminuindo o catabolismo protéico fecal. As suas principais funções são: intensificar
o crescimento da flora intestinal, aliviar a constipação, melhorar os lipídios sanguíneos, suprimir a produção de

substâncias putrefativas, alteração do trânsito intestinal, com efeito de redução de metabólitos tóxicos e melhorar

a biodisponibilidade de minerais. 3,4

284
Disbiose

REFERÊNCIAS

1. AMENTA M.; CASCIO M. T.; DI FIORE P.; VENTURINI I. Diet and chronic constipation. Benefits of oral supple-

mentation with symbiotic zir fos (Bifidobacterium longum W11 + FOS Actilight). Acta Biomed. v. 77, n. 3, p. 157-62,

2006.

2. CASTRO, R. D. et al. Atividade antibacteriana in vitro de produtos naturais sobre Lactobacillus casei. IJD, Int. J.

Dent. v. 9, n. 2, p. 74-77, 2010.

3. FORTES, R. C.; MUNIZ, L. Efeitos da suplementação dietética com fruto-oligossacarídeos e inulina no organis-

mo humano: estudo baseado em evidências. Comun. Ciênc. Saúde, v. 20, n. 3, p.241-252, 2009.

4. HAULY, M. C. O.; MOSCATTO, J. A. Inulina e Oligofrutoses: uma revisão sobre propriedades funcionais, efeito

prebiótico e importância na indústria de alimentos. Semina: Ciências Exatas e Tecnológica, Londrina, v. 23, n. 1, p.

105-118, 2002.

285
17- DIURÉTICOS

286
Diuréticos

V árias causas podem originar o edema como a posição ortostática, posição ao dormir, consumo excessivo de
sal e/ou açúcar, alterações hormonais, incluindo alterações tireoidianas, clima e até mesmo problemas re-

nais ou cardíacos.

O consumo de alérgenos também pode gerar edema. Após a exposição aos alérgenos, o sistema imunológi-

co do corpo responde pela secreção de histamina em quantidades maiores. Este por sua vez desencadeia a infla-

mação, resultando em inchaço das mãos, pernas, rosto e outras áreas. Quando o indivíduo fica muito tempo em
pé ou sentado, tende a ocorrer uma estase sanguínea pela posição. Esta situação pode se complicar se existi-

rem varizes nas pernas.

Já o edema facial, geralmente é matutino e do lado que estava virado para baixo, tende a ocorrer pela
mesma estase, pois o líquido tende a acumular-se na parte inferior do corpo. Enquanto dormimos, a drenagem

linfática do organismo diminui e há acúmulo de linfa especialmente nas extremidades como mãos, pés, pálpebras e
rosto. Já o edema da insuficiência renal manifesta-se pelo edema generalizado (anasarca), que inclui o edema faci-
al e não desaparece aos exercícios ou uso de diuréticos. Devido a etiologia multifatorial do edema, deve haver

uma avaliação criteriosa do paciente través de exames clínicos e físicos devido à extensão de causas relacionadas

ao edema.

A partir disso, os diuréticos podem auxiliar na redução desses sintomas, pois são substâncias que aumen-

tam a taxa de excreção pela urina. Existem diferentes tipos de diuréticos, porém todos atuam na finalidade princi-
pal de elevar a eliminação de água do corpo por meio de diferentes formas. Alguns diuréticos atuam diretamente
nos túbulos renais, modificando a atividade secretora e absorvente, outros modificando o conteúdo do filtro glo-

merular, dificultando a reabsorção de água e sal.

287
Diuréticos

288
Diuréticos

Suco Mix

Ingredientes
1 laranja sem casca

1 cacho médio de uvas verdes

2 fatias de melancia

1 raminho de hortelã

Modo de fazer
Bater todos os ingredientes no liquidificador e beber em seguida

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

146,0 32,85 2,75 0,4 3,0

289
Diuréticos

290
Diuréticos

Sopa Diurética

Ingredientes
1 berinjela

1 chuchu

3 nabos

2 cenouras

1 xícara (chá) de vagem

1 pimentão amarelo

1 abobrinha

1 inhame médio

1 caixa de polpa de tomate

1 envelope de sopa de cebola

1 maço de cheiro verde

4 dentes de alho

2 tabletes de caldo de legumes

291
Disbiose

Modo de fazer

Cozinhar todos os ingredientes juntos

Rendimento: 5 porções

Informação Nutricional (porção 350g/ 1 prato de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

145,95 24,8 4,76 3,08 8,52

292
Diuréticos

293
Diuréticos

Suco verde diurético

Ingredientes
1 copo (médio) de água de coco

1 fatia grossa de melão

4 colheres (sopa) de couve manteiga crua

1 colher (sopa) de hortelã

1 colher (sopa) de salsa crua

1 colher (sopa) de limão

3 cubos de gelo

Modo de fazer
Juntar todos os ingredientes no liquidificador

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

72,35 13,35 3,5 0,55 3,3

294
Diuréticos

FORMULAÇÕES

Diuréticos 1
Componentes da fórmula

Crisina – 100 mg

Cavalinha (Equisetum ssp) extrato seco – 80 mg

Castanha Índia (Aesculus hippocastanum L) extrato seco – 80 mg

Centela Asiática (Centella asiatica (L.) Urban) extrato seco (40%Asiaticosideo ) – 45 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose 2 vezes ao dia longe das refeições.

295
Diuréticos

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Crisina: flavonóide extraído da Passiflora caerula, inibe a enzima aromatase. Esta enzima esta relacionada à con-
versão de testosterona em estradiol. O consumo do flavonóide pode reduzir o estradiol, hormônio que contribui

para retenção hídrica . 1,2,3

Cavalinha (Equisetum ssp): é rica em B- sitosterol, flavonóides, coumarinos e silício. Seu mecanismo de ação é

aumentar o volume urinário e a excreção urinária de sódio, tendo efeito diurético e natriurético . 4

Castanha Índia (Aesculus Hippocastanum): possui como princípio ativo escina, que estimula a diurese. Estudos
mostram que tem sido utilizada em casos de insuficiência venosa crônica, hemorróidas e pós-operatório de forma-
ção de edema periférico. A escina mostrou eficácia terapêutica, tendo propriedades de antiedema e anti-
inflamatório. O mecanismo de ação se refere à liberação de veias PGF2 (prostaglandina F2), antagonista de 5-HT (5-
hidroxi triptofano) e histamina, reduzindo o catabolismo dos tecidos mucopolissacarídeos, salientando ainda os

mecanismos da ampla atividade terapêutica da escina . 5,6

Centela Asiática (Centella asiatica (L.) Urban): é normalizadora do tecido conjuntivo e estimula a microcircula-

ção, diminuindo o edema e a gordura localizada . 7.8

296
Diuréticos

REFERÊNCIAS

1. CAMPBELL D. R.; KURZER M. S. Flavonoid inhibition of aromatase enzyme activity in human preadipocytes. J

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2. DHARMAN, K.; DHARMAN, S.; SHARMA, A. Passiflora a reviiew aptdate. Journal of Ethnopharmacology, v. 94,

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7. FEDERICO M. R. et al. Tratamento de celulite (Paniculopatia Edemato Fibroesclerótica) utilizando fonoforese

com substância acoplante à base de hera, centella asiática e castanha da índia. Fisioterapia Ser, v. 1, n. 1, 2006.

8. MELO, J. G.; MARTINS, J. D. G. R.; AMORIM, E. L. C.; ALBUQUERQUE U. P. Qualidade de produtos à base de

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(Cymbopogon citratus (DC.) Stapf ) e centela (Centella asiatica (L.) Urban). Acta bot. bras. v. 21, n. 1, p. 27-36, 2007.

297
18- FLACIDEZ DÉRMICA

298
Flacidez dérmica

A substância fundamental ou matriz extracelular presente na derme é um complexo de proteínas fibrosas

como colágeno e elastina com gel hidrofílico, composto por glucosaminoglicanas e proteoglicanas que se

organizam para formar uma rede e promover estrutura à pele.

Há dois tipos de flacidez: a dérmica e a muscular, a primeira se refere à diminuição da substância funda-

mental, fragmentação das fibras elásticas e degeneração das fibras colágenas e musculares. Já a segunda está rela-

cionada a redução do estímulo de contração, força e desempenho e hipertrofia muscular.

Existem alguns fatores que podem contribuir para essa alteração, como: fumo, radiação UV, ganho de pe-

so, baixa ingestão proteica, envelhecimento, diminuição do tônus muscular, ação de radicais livres e alterações
hormonais.

Na flacidez dérmica ou de pele, há redução da espessura da derme, diminuição da hidratação, alteração na


quantidade e qualidade da elastina e fibras colágenas, que se tornam fragmentadas. Os nutrientes visam melhorar
a hidratação e estimular síntese de proteínas fibrosas na pele. A radiação ultravioleta é um importante causador

da flacidez dérmica já que degrada as fibras de sustentação, portanto, pode-se associar fotoprotetor oral e tópico.

299
Flacidez dérmica

300
Flacidez dérmica

Suco de maçã com uva

Ingredientes
1 copo água mineral

1 xícara uva

½ xícara limão sem casca

1 unidade maçã verde com casca

Modo de fazer
Liquidificar todos os ingredientes, se preferir coe antes de beber

Rendimento: 1 porção

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

109,3 25,5 0,7 0,5 2

301
Flacidez dérmica

302
Flacidez dérmica

Carne de soja ao molho

Ingredientes
1 xícara de carne de soja em cubos

2 xícaras de molho de tomate

½ cebola

2 dentes de alho

1 colher (sopa) de salsa picada

1 colher (sopa) de cebolinho fresco picado

1 limão

2 colheres (sopa) de azeite

Sal a gosto

303
Flacidez dérmica

Modo de fazer
1. Lavar os cubos de carne de soja em água fria

2. Colocar para ferver, durante cerca de 5 minutos

3. Retirar da água e colocar para escorra. Reservar

4. Temperar os cubos de soja com o restante dos ingredientes, exceto o molho de tomate

5. Misturar bem e deixar repousar por 10 minutos

6. Aquecer o azeite e refogar o preparado anterior até ficar mais seco

7. Adicionar o molho de tomate aos cubos de soja

8. Deixar cozinhar em fogo brando durante cerca de 30 minutos

Rendimento: 6 porções

Informação Nutricional (porção 50g/1 colher de servir)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

164,65 11,0 14,0 7,18 4,96

304
Flacidez dérmica

FORMULAÇÕES

Flacidez Dérmica 1
Componentes da fórmula
L-lisina – 250 mg

L-prolina – 250 mg

L-glicina – 150 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose ao dia antes de dormir.

305
Flacidez dérmica

Flacidez Dérmica 2

Componentes da fórmula
Colágeno hidrolisado – 5 g

Vitamina C – 200 mg

Vitamina A – 900 mcg

Cobre quelado – 1 mg

Zinco quelado – 8 mg

Manganês – 2 mg

Aviar X doses em sachê

Posologia
1 dose (1 sachê) ao dia antes de dormir.

Misturar o conteúdo do sachê com água ou suco de frutas.

Flacidez Dérmica no Climatério

Componentes da fórmula
Extrato de soja (40% de isoflavona) – 150 mg

Resveratrol – 10 mg

Licopeno – 10 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose ao dia pela manhã.

306
Flacidez dérmica

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A L-lisina, L-prolina e L-glicina: são aminoácidos cofatores para síntese do colágeno na pele. São dependentes

de cofatores como cobre, zinco, manganês e vitamina C. 1

Silício ou Exsynutriment ®: participa ativamente da estrutura da matriz extra celular e formação glicosaminogli-
canas. Atua como ponte entre as macromoléculas do tecido conjuntivo. Faz parte da formação de colágeno por

agir na enzima prolina hidroxilase. 2,3

Colágeno hidrolisado: induz as propriedades adesivas aos fibroblastos, estimula a biossíntese de colágeno pe-
los fibroblastos. Auxilia a manter o tônus muscular e uma pele firme, além de ajudar no processo de rejuvenesci-

mento e reparação celular.4

Vitamina C: a vitamina C como cofator previne a oxidação do ferro e protege as enzimas prolil e lisil hidroxilase

contra a autoinativação. Também regula a síntese de colágeno tipo I e III, pelos fibroblastos dérmicos. 5

Vitamina A: responsável pela formação de colágeno, ligação cruzada entre fibras de colágeno principalmente

quando associados com Zn, Fe, Cu, Mn. Age no gene do fator de crescimento da epiderme. 6

Manganês : cofator para síntese de colágeno e mucopolissacarídeos, importante para a matriz celular. 7

Cobre: a formação de tecido conjuntivo é dependente de Cu, a enzima lisil oxidase atua sobre as cadeias late-

rais da lisina e hidroxilisina do colágeno.8

Zinco: é um micronutriente essencial em muitos processos enzimáticos, portanto contribui para a integridade

da epiderme. 9, 10

Extrato de soja e resveratrol: possuem atividade estrogênica para indução de fibroblastos na síntese de proteí-

na, especialmente, como colágeno e elastina. 11, 12

Licopeno: a exposição solar é a principal causa do envelhecimento cutâneo extrínsico. Além do licopeno ser um
importante antioxidante, promove fotoproteção por aumentar a resistência da pele quando exposta à radiação

UVB. 13

307
Flacidez dérmica

REFERÊNCIAS

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Flacidez dérmica

13. STAHL W.; HEINRICH U.; WISEMAN S.; EICHLER O.; SIES H.; TRONNIER H. Dietary tomato paste protect

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309
19- FOTOPROTEÇÃO ORAL

310
Fotoproteção oral

O câncer de pele é o mais comum, representando cerca de 25% de todas as neoplasias malignas. Caracteriza-

se por um crescimento desordenado de células na pele, sendo sua principal causa a exposição aos raios ul-

travioletas do sol por longos períodos ou cabines de bronzeamento artificial. O principal público afetado são indiví-

duos de pele clara, pois possuem maior sensibilidade ou aqueles com doenças cutâneas prévias.

Os fotoprotetores orais objetivam primeiramente proteger a pele frente ao eritema induzido pela radiação

UVB, atuando sinergicamente com os fotoprotetores tópicos. Além disso, mediante um efeito fisiológico, protegem
o organismo da ação dos radicais livres gerados pela incidência de raios UVA sobre a pele e previnem o fotoenve-

lhecimento cutâneo.

Outra linha de atuação dos fotoprotetores orais é de promover as defesas da pele realizando uma ação
imunoprotetora sobre as células de Langerhans e sobre a hélice de DNA a evitar a formação de dímeros de timina.

Para ambas as ações destacam-se vitamina C, vitamina E, licopeno e extratos vegetais (Camellia sinensis, Polypodi-

um leucotomos e Cardus mariana).

A combinação de fotoprotetores orais e os fotoprotetores tópicos é a forma mais eficaz de proteger o or-

ganismo da ação dos radicais livres gerados pela incidência de raios solares sobre a pele e prevenir o fotoenvelheci-
mento cutâneo.

311
Fotoproteção oral

312
Fotoproteção oral

Suco Refrescante

Ingredientes
1 folha de couve

1 polpa de maracujá

1 cenoura picada

Suco de 4 laranjas

Modo de fazer

1. Bata tudo no liquidificador com água e gelo a gosto

2. Coar e adoçar a gosto

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

159,5 34,95 2,9 0,9 7,2

313
Fotoproteção oral

314
Fotoproteção oral

Salada Fotoprotetora

Ingredientes
1 beterraba média cozida

1 buquê de brócolis médio cozido

1 cenoura pequena cozida

1 colher (sobremesa) cheia de azeite de oliva

2 colheres (sopa) cheia de gergelim

5 folhas de alface roxa

5 folhas de alface crespa

5 folhas de alface

½ maço de rúcula

315
Fotoproteção oral

Modo de fazer
1. Lavar em água corrente as folhas e mergulhar em solução de desinfecção diluindo 1 colher de sopa de

água sanitária em 1 litro de água gelada. Caso estejam murchas colocar cubos de gelo por 10 min

2. Colocar a berraba, o brócolis e a cenoura numa panela (separados) com água fervente, 1 colher de chá de sal

e cozinhe até ficarem ao dente

3. Passar a beterraba cozida, cortada em palito, no gergelim

4. Forrar uma saladeira ou prato grande com as folhas de alface, rúcula, brócolis, cenoura e a beterraba com o

gergelim

5. Regar com azeite de oliva

6. Sirva em seguida

Rendimento: 4 porções

Informação Nutricional (porção 100g/ 1 prato de sobremesa)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

84,42 6,63 2,78 5,22 2,95

316
Fotoproteção oral

317
Fotoproteção oral

Coquetel de salsa

Ingredientes
2 colheres (sopa) cheia de salsa

2 maçãs verde pequenas

1 copo (americano) cheio de suco de laranja (3 laranjas)

Modo de fazer
1. Higienizar as frutas e verduras

2. Bater a salsa no liquidificador

3. Juntar com a maçã com casca e água a gosto

4. Peneirar tudo e acrescentar o suco de laranja;

5. Adoçar a gosto. Sirva em seguida

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

83,6 18,75 0,8 0,6 1,1

318
Fotoproteção oral

FORMULAÇÕES

Fotoproteção 1

Componentes da fórmula
Vitamina E – 50 mg

Vitamina C – 150 mg

Polypodium leucotomos – 240 mg

Extrato de mirtilo (Vaccinium myrtillus ) – 150 mg

Extrato de chá verde (Camellia sinensis) – 250 mg

Silimarina (Silybum marianum) – 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose antes da exposição ao sol.

319
Fotoproteção oral

Fotoproteção 2
Componentes da fórmula

Soja extrato seco (Glycine max (L.) – 150 mg

Extrato de cacau (Theobroma cacao) – 500 mg

Polypodium leucotomos – 200 mg

Excipicente qsp—bombom

Aviar X doses

Posologia
Consumir 1 unidade ao dia.

Suplemento fotoprotetor e clareador


Componentes da fórmula

Extrato de romã (Púnica granatum) – 200 mg

Extrato de chá verde (Camellia sinensis) – 250 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose ao dia antes da exposição ao sol.

320
Fotoproteção oral

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Vitamina E e C: estas vitaminas não possuem capacidade de absorver os UVs, mas atuam frente aos cromóforos
cutâneos (melanina e colágeno), que geram radicais livres, estabilizando estes radicais e impedindo o dano tecidu-
al. Inibem não somente a lipoperoxidação como também a formação de dímeros de ciclobutano pirimidina e a

imunossupressão. A vitamina C também estimula síntese de colágeno. A vitamina C pode atuar no clareamento da

pele por inibição da tirosinase. 1,2,3

Polypodium leucotomos: reduz eritema e os radicais livres, infiltração de mastócitos dérmicos e formação de

sunburn cells (células queimadas pelo sol), de células epidérmicas proliferativas e de dímeros de ciclobutano piri-
midina. É o extrato de uma planta da família das samambaias que cresce na América Central e possui propriedades
antioxidantes. Quando administrado por via oral, protege a pele do dano causado pela exposição UV, além de re-

duzir o número de células queimadas pelo sol, células epidérmicas proliferativas e a fototoxidade produzida pela
radiação UVA e UVB emitida pelo sol. Ainda protege a pele contra manchas escuras e contribui para a prevenção

de rugas e da aspereza cutânea. 4

Extrato de mirtilo (Vaccinium myrtillus): é rico em antocianinas, que demonstraram atenuar a toxicidade indu-
zida pela radiação UVB; reduzir a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) e o dano ao DNA; proteger

contra mutação do marcador de supressão tumoral p53. A pré incubação com extrato de mirtilo suprimiu notavel-

mente a degradação de colágeno, atenuando a produção de metaloproteinases, além de aumentar a expressão de


procolágeno. 5,6

Exttrato de chá verde (Camellia sinensis): extrato seco feito a partir da erva Camellia sinensis, pode prevenir a
fotocarcinogênese e parece exercer efeitos protetores em edemas cutâneos resultantes da exposição à radiação
UV-B. Dentre os efeitos observados, podem-se citar a inibição da lipoperoxidação e dos danos causados ao DNA

pelas EROs. A inibição da imunossupressão e da inflamação cutânea induzida pela radiação UV, a indução de apop-

tose nas células tumorais e inibição do crescimento do tumor induzido pela radiação UV. 7, 8, 9, 10,11

Silimarina (Silybum marianum): composto de formação fenólica, a silimarina e seu isômero, a silibinina, são

antioxidantes capazes de reagir com numerosos radicais livres, incluindo radicais hidroxila. Esta reação forma com-
postos mais estáveis e menos reativos. Possui a capacidade de modular a inflamação nos queratinócidos. O trata-

mento com silimarina inibiu a imunossupressão e o estresse oxidativo induzidos pela radiação UV, como também a

supressão da hipersensibilidade de contato induzido pela radiação UV.12

321
Fotoproteção oral

Carotenóides (betacaroteno e licopeno): além de atuarem como pigmentos acessórios, os carotenóides estão
associados à fotoproteção porque participam da dissipação do excesso de energia luminosa pelo ciclo xantofílico ,

que inativa as moléculas em estado tripleto excitado e oxigênio singleto. 13

Licopeno: aumenta a resistência da pele e reduz o eritema pós-exposição UVB . Pode acelerar o processo do

bronzeamento e protege a pele dos raios solares.14

Cacau (Theobroma cacao): fornece fotoproteção, reduz eritema, aumenta o fluxo sanguíneo dos tecidos cutâ-
neo e subcutâneo e aumenta densidade e hidratação na pele (redução da aspereza da pele). 15

Extrato de Soja (Glycine max (L.)): a genisteína presente na soja pode reduzir significativamente a reação de
edema inflamatório e suprimir a hipersensibilidade de contato induzida pelas doses moderadas de radiação UV. 16

Extrato de Romã (Punica granatum): possui ação clareadora da pele via oral, inibição do melanócitos, supres-
são da ação da tirosinase e da síntese de melanina, prevenindo manchas de sol. 17, 18, 19, 20

322
Fotoproteção oral

REFERÊNCIAS

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324
20 - INIBIÇÃO DA
COMPULSÃO POR DOCES

325
Inibição da compulsão por doces

P ara auxiliar na inibição desses alimentos são utilizados extratos de plantas que ajudam a diminuir a vontade

por doces e carboidratos, especialmente no período pré-menstrual, além de dar sensação de saciedade.

Hormônios como a leptina e a insulina interagem com receptores hipotalâmicos no sistema nervoso central
favorecendo a saciedade. Os peptídeos intestinais, combinados a outros sinais, podem estimular a grelina e

orexina, ou ainda inibir hormônios como a colecistocininca e a leptina, em relação a ingestão alimentar. Portanto,

todas essas substâncias atuam nos centros hipotalâmicos, que são os grandes responsáveis pelo comportamento
alimentar. E é partir desse conhecimento que torna-se possível modular uma dieta para aumento da saciedade e

redução da compulsão por doces.

326
Inibição da compulsão por doces

327
Inibição da compulsão por doces

Crepe de Banana Passa com


Calda de Laranja

Ingredientes:
Massa do Crepe

1 xícara (chá) leite de soja

¼ de xícara (chá) de farinha de trigo integral

1 colher (chá) de fermento em pó

1 pitada de sal

1 colher (sobremesa) de óleo

Recheio

½ xícara de chá de castanha-de-caju picadas

½ xícara de chá de Banana passa picadinha

2 colheres de sopa de uva passas

1 colher de sopa açúcar mascavo

½ xícara de água

Calda

Suco fresco de 2 unidades de laranja

6 colheres (chá) de amido de milho

Recheio:

328
Inibição da compulsão por doces

Modo de fazer:
Crepe

1. Colocar todos os ingredientes no liquidificador.

2. Tampar e bater por cerca de 5 minutos, até misturar bem.

3. Aquecer a frigideira e espalhar duas colheres de sopa de massa, girando de um lado para o outro, até

dourar um pouco

4. Virar e dourar do outro lado

5. Colocar em um prato

6. Repetir a operação até terminar a massa

Recheio

1. Colocar todos os ingredientes em uma panela

2. Levar ao fogo baixo até evaporar a água

3. Deixar esfriar

4. Rechear os crepes

5. Reservar

Calda

Leve ao fogo o suco e o amido de milho e misture até engrossar. Deixe esfriar e jogue sobre os crepes

Rendimento: 4 porções

Informação Nutricional (porção 120g/ 1 crepe)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

64,95 10,35 1,3 2,025 0,15

329
Inibição da compulsão por doces

330
Inibição da compulsão por doces

Bolinhas de Banana passa


cobertas com chocolate

Ingredientes
10 unidades de banana passa

1 barra de 30 g de chocolate 70% cacau

Modo de fazer
1. Picar em uma vasilha as bananas secas e reservar

2. Picar em uma vasilha de vidro o chocolate e derreter por aproximadamente 2 minutos interrompendo na

metade do tempo para mexer

3. Adicionar as bananas picadas

4. Mexer com uma colher

5. Modelar em bolinhas

6. Passar no cacau em pó

7. Acondicionar em forminhas de brigadeiro

Rendimento: 8 porções

Informação Nutricional (1 unidade)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

43,68 7,46 0,62 1,26 0,28

331
Inibição da compulsão por doces

332
Inibição da compulsão por doces

Smoothie de Maracujá

Ingredientes

1 xícara (chá) de leite de soja sem sabor congelado

1 polpa congelada maracujá

1 colher (sopa) de leite de coco

Modo de fazer
1. Bater no liquidificador todos os ingredientes

2. Servir imediatamente

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 150ml/ 1 copo pequeno)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

70,7 8 2,7 3,1 0,65

333
Inibição da compulsão por doces

FORMULAÇÕES

Spray para inibição da compulsão por doces


Componentes da fórmula
Slendesta ®– 50 mg

Griffonia simplicifolia – 25 mg

L– theanina – 25 mg

Garcína Camboja – 50 mg

Gymnena silvestre – 25 mg

Aroma chocolate – 0,02%

Veículo – 1ml

Frasco de 20ml

Posologia
Borrifar 4 vezes ao dia.

334
Inibição da compulsão por doces

Inibição da compulsão por doces


Componentes da fórmula

Koubo® – 200 mg

Garcínia Camboja – 250 mg

Faseolamina (Phaseolus vulgaris) – 150 mg

Extrato de romã (Punica granatum)– 500 mg

Cromo picolinato – 100 mcg

Triptofano – 250 mg

Aviar X doses

Posologia
1 a 2 doses ao dia 1 hora antes das refeições

335
Inibição da compulsão
Formulações e receitaspor
para
doces
inibição da compulsão por doces.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Slendesta®: é um extrato de proteína das batatas brancas, composto de IP2 (Inibidor de Proteinase), um ingre-

diente sacietógeno, o qual estimula a saciedade, podendo ser administrado por via oral. A administração desse ex-

trato mantém por maior tempo os níveis pós-prandiais de CCK (colecistocinina) mais elevados, proporcionando

sensação de saciedade. 1, 2

Griffonia simplicifolia: o 5-hidroxitriptofano (5 HTP) é o principal componente ativo da semente da Griffonia


simplicifolia. O extrato deste fitoterápico contém 99% de 5-HTP, que é fonte natural. O 5 –HTP é um metabólico

intermediário do aminoácido essencial L-triptofano na biossíntese de serotonina. Pode ser utilizada como alternati-

va no controle de apetite e para excessiva ingestão alimentar, algumas vezes geradas pelo estresse ou quadros de
ansiedade. 3, 4

L-theanina: potencializam o efeito das catequinas. Encontrada nas folhas da Camellia sinensis possui ação na

concentração e redução da ansiedade. No cérebro, a L-theanina aumenta a produção de serotonina e dopamina e


aumenta as ondas alfa cerebrais, que têm a atividade de promover o relaxamento. 5, 6

Garcínia Camboja: associação de ácido hidroxicítrico (Garcinia cambogia), Gymnema silvestre e cromo GTF
(Glicose Tolerance Factor) facilita a redução do excesso de peso, enquanto promove benefícios sobre o perfil lipídi-

co. 7, 8

Gymena silvestre: a gurmarina, um componente desta planta, promove supressão da resposta à ingestão de
alimentos doces, por preencher as papilas gustativas responsáveis pelo reconhecimento desse sabor. O ácido gim-

nênico demonstrou em mamíferos, atividade bloqueadora da sensação gustativa lingual aos hidratos de carbonos,

glicerol e demais edulcorantes. Reduz ou suprime a palatabilidade ao sabor doce, além de reduzir os níveis de glico-
se plasmática por aumentar a atividade da insulina. 9, 10

Koubo® (Cereus peruvianus): é um extrato da cactácea Cereus sp, age na redução do apetite auxiliando no con-
trole de peso corporal, além de ter ação diurética e reduzir consideravelmente a vontade de comer doces. Funciona

estimulando a liberação de glucagon desencadeando a glicogenólise e a lipólise, consequentemente liberando insu-

lina e favorecendo a saciedade. 11, 12

Faseolamina (Phaseolus vulgaris): é um inibidor específico da alfa-amilase animal e é extraída do feijão branco.

Atua na redução da absorção de carboidratos. 13

336
Inibição da compulsão
Formulações e receitaspor
para
doces
inibição da compulsão por doces.

Extrato de romã (Punica granatum): é um potente inibidor da alfa-glicosidade, enzima que participa da digestão

de carboidratos em nível intestinal. Inibe a absorção intestinal de gordura, pois é capaz de suprimir a atividade da

lipase pancreática. 14, 15, 16

Cromo picolinato: o consumo está relacionado à resistência a insulina. Quando a insulina liga-se ao seu receptor

ele ativa cromodulina, que melhora a ação receptora insulínica. 17

Triptofano: a serotonina tem um papel chave na regulação do humor e da ansiedade. No cérebro o triptofano,

aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de diminuir o apetite, relaxar e favorecer o so-

no. 18

337
Inibição
Formulações
da compulsão
e receitas
por
para
doces
inibição da compulsão por doces

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338
Inibição da compulsão
Formulações e receitaspor
para
doces
inibição da compulsão por doces.

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339
21 - MODULAÇÃO GLICÊMICA
E MELHORA DA RESISTÊNCIA
INSULÍNICA

340
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

A resistência insulínica está relacionada às ações da insulina sobre o equilíbrio da glicose. Essa resistência é

acompanhada de alterações metabólicas e hemodinâmicas. A insulina promove na célula a captação de pré

adipócitos em adipócitos, inibe a lipólise e eleva a captação de ácidos graxos derivados das lipoproteínas circulan-
tes. Esta é uma das características mais comum na obesidade, pois são resultados de anormalidades pré e pós-

receptor, no qual o principal fator responsável são as alterações pós-receptor intracelular no metabolismo da glico-

se.

Uma dieta de baixo índice glicêmico pode acarretar diversos benefícios, entre eles a redução da necessida-

de de insulina, o melhor controle da glicose no sangue, como também a manutenção da sensibilidade dos recepto-

res de membrana. A partir disso, essa dieta deve ser composta, dentre outros fatores, por fibras solúveis, aumento
da frequência de refeições, ingestão de proteínas e gordura junto ao carboidrato e associação de compostos bioati-
vos capazes de modular a resistência insulínica.

341
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

342
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

Sopa de Amaranto

Ingredientes
1 xícara de amaranto

1 unidade de cebola

1 unidade de cenoura

½ unidade de chuchu

1 colher (chá) de orégano

Pimenta e sal a gosto

Modo de fazer
1. Refogar a cebola até caramelizar

2. Colocar os legumes em pedaços

3. Adicionar água ou caldo de legumes

4. Adicionar amaranto e deixar cozinhar ate os legumes ficarem macios

5. Adicionar o orégano, sal e pimenta a gosto

6. Servir

Rendimento: 3 porções

Informação Nutricional (porção de 1 prato de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

142,6 29,2 3,3 15,3 3,5

343
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

344
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

Shake do bem

Ingredientes
½ pote de iogurte desnatado

2 colheres (sopa) de leite de soja

1 xícara de água bem gelada

1 colher (sopa) de farelo de aveia

1 colher (café) de farinha de maracujá

1 colher (chá) de farinha de linhaça dourada

5 cubinhos de gelo

50 ml de polpa de maracujá

Modo de fazer
1. Bater todos os ingredientes no liquidificador

2. Servir em seguida

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

70,4 8,95 3,87 2,11 2,58

345
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

346
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

Arroz integral com


beringela

Ingredientes
3 berinjelas

Sal grosso para polvilhar

2 cebolas cortadas em fatias finas

6 colheres (sopa) de azeite

300 g de arroz

2 cenouras em cubinhos

600 ml de caldo de legumes

1 kg de tomates sem pele e sem semente cortados em cubos

20 folhas de manjericão

Sal a gosto

Farinha de trigo para empanar

Óleo para fritar

347
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

Modo de fazer
1. Corte as berinjelas em fatias finas no sentido do comprimento

2. Polvilhar sal grosso sobre elas e deixá-las repousar por 30 minutos

3. Em uma panela, refogar uma das cebolas em 3 colheres de azeite até ficar transparentes e macias

4. Juntar o arroz, a cenoura e fritar ligeiramente

5. Adicionar o caldo e cozinhar até secar

6. Em outra panela, refogar a outra cebola em 3 colheres de azeite

7. Juntar os tomates e o manjericão

8. Salgar e cozinhar por 10 minutos. Reservar

9. Secar bem as fatias de berinjela, empane-as levemente em farinha de trigo e frite-as no óleo até dourarem

10. Secar as fatias em papel absorvente para absorver o excesso de gordura

Montagem
Em uma forma refratária, acomodar camadas de arroz, fatias de berinjela fritas e o molho de tomate com as

folhas de manjericão.

Decorar com rodelinhas de berinjela fritas e levar ao forno médio por 15 minutos.

Rendimento: 10 porções

Informação Nutricional (porção 3 fatias)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

233,31 38,47 5,45 6,38 5,74

348
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

FORMULAÇÕES

Modulador Glicêmico 1

Componentes da fórmula
Gymnema sylvestre (extrato seco) – 250 mg

Magnésio quelado – 100 mg

Cromo picolinato – 200 µg

Zinco – 20 mg

Manganês quelado – 1 mg

Vitamina D – 400 µg

Aviar X doses e cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia após a refeição.

349
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

Modulador Glicêmico 2
Componentes da fórmula
Ácido alfa-lipóico – 200 mg

Gymnema sylvestre (extrato seco) – 300 mg

Cromo picolinato – 200 µg

Magnésio quelado – 200 mg

Vanádio quelado – 40 µg

Manganês quelado – 2 mg

Zinco – 15 mg

Vitamina D – 400 µg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia após a refeição.

Modulador Glicêmico 3

Componentes da fórmula

Óleo de Peixe – 1 g

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia após a refeição.

350
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

Melhorador Glicêmico 4

Componentes da fórmula
Cromo picolinato – 100 µg

Vanádio – 50 µg

Silimarina (Silybum marianum) – 250 mg

Gymnema sylvestre – 500 mg

Zinco – 15 mg

Vitamina D – 400 µg

Extrato de romã (Punica granatum) – 200 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia longe das refeições.

351
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Gymnema sylvestre: o extrato seco possui em sua composição os acidos gimênicos (25%), os quais promovem
redução da absorção de glicose no intestino, aumento da secreção de insulina pelas células tipo-beta do pâncreas,

promovendo assim redução dos níveis de glicose no sangue. Além disso, possui em sua composição a gurmar, uma
proteína que altera a conformação espacial dos receptores gustativos da língua, reduzindo a percepção dos alimen-

tos doces. Estes efeitos reduzem a procura de pacientes que possuem compulsão por alimentos doces. 1, 2, 3

Magnésio: melhora a secreção de insulina em pacientes com diabetes tipo 2; Co-fator da maioria das quinases,
bem como de outras enzimas que participam da regulação da insulina. Contribui para reações de fosforilação, pois
ativa o complexo ATP-Mg (Adenosina Trifosfato Mg). Na deficiência em magnésio ocorrem alterações na atividade

da tirosina quinase sobre o receptor de insulina, fato este relacionado ao desenvolvimento da resistência à insulina
pós-receptor e com a redução na utilização da glicose.4, 5, 6

Cromo: possui efeitos benéficos na modulação glicêmica. Os receptores celulares da insulina são cromo-
dependentes, pois o mineral é responsável pela ativação da enzima tirosina-quinase que potencializa a ação do re-
ceptor, favorecendo a captação de glicose pelas células. A forma picolinato parece ser a mais efetiva na modulação
glicêmica e aumenta a ação do transportador de glicose 4 (GLUT4); aumenta a captação de glicose através da ativa-
ção da AMPK p38 (proteína quinase ativada por mitógeno); inibe a secreção da resistina; regula a ingestão alimen-

tar, podendo esta ser mediada por um efeito direto do cromo no cérebro; aumenta a ligação da insulina ao recep-
tor, o número de receptores e a fosforilação nos receptores de insulina; pode reduzir a extração hepática de insuli-
na e melhorar a tolerância à glicose; pode regular a liberação de insulina, de acordo com as necessidades do orga-

nismo. 7, 8,9

Manganês: a deficiência de manganês ocasiona alteração no metabolismo dos carboidratos no âmbito da bios-
síntese de insulina pancreática e da glicogenólise. O receptor de insulina é um hormônio dependente de quinase
que é estimulado pelo manganês e magnésio. O consumo inadequado de manganês pode provocar alterações no

metabolismo dos carboidratos, tais como induzir a resistência periférica à insulina e diminuir a produção do hormô-

nio. 10

Ácido alfa lipóico (ALA): é um ácido graxo com potente ação antioxidante. Estudos recentes indicam que o ALA
pode ser efetivo em reduzir a resistência insulínica em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Imitando a insulina,

352
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

este ácido aumenta a captura de glicose, pelas células musculares e provoca uma ascendente mudança na curva

glicose-insulina dose-resposta.11

Vitamina D: a deficiência em vitamina D está associada à redução da sensibilidade à insulina e o aumento do


risco de desenvolver a síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2. Essa vitamina tem efeito na secreção pan-

creática de insulina e na sensibilidade à ação deste hormônio. 12

Vanádio: parece bloquear a tirosina fosfatase, com consequente aumento da sensibilidade à insulina no diabe-

tes tipo 2. 13

Óleo de peixe: os ácidos docosahexaenóico (ADH) e ácido eicosapentaenóico (AEP) têm efeito na composição
de ácidos graxos dos fosfolipídios da membrana celular e na absorção de glicose. Doses de ômega-3 e outros ácidos
graxos essenciais possuem impacto positivo no transporte e utilização de glicose em células cerebrais. 14, 15

Silimarina (Silybum marianum): pode reduzir a lipoperoxidação nas membranas celulares hepáticas e a resis-
tência à insulina, promovendo significativo decréscimo da hipersecreção endógena de insulina e a necessidade de
administração de insulina exógena em pacientes com desordens hepáticas. Essa quando associada a uma sulfonilu-

réia (glibenclamida) promove maior controle glicêmico em pacientes portadores do diabetes tipo 2, tanto nos ní-
veis de glicose de jejum, quanto nos níveis de glicose pós-prandial, demonstrando seu efeito sensibilizador da insu-

lina em tecidos periféricos. 16, 17

Zinco: é importante para a síntese, armazenamento e secreção da insulina. Em níveis inadequados, há redução
da secreção e da sensibilidade periférica da insulina. O zinco possui um papel importante na translocação de trans-
portadores no interior das células ou por alteração na estrutura do transportador de glicose. A deficiência desse

nutriente interfere sobre o metabolismo periférico da glicose o qual está relacionado com sua ação de antioxidante
biológico, pois a elevação da peroxidação lipídica em indivíduos diabéticos seria atribuído à redução da atividade
da superóxido do dismutase, dependente do zinco, o que favorece o aparecimento de alterações na fluidez da
membrana e na ação da insulina sobre o transporte de glicose. 18

Extrato de romã (Punica granatum): dentre suas funções, é responsável por atenuar a resposta glicêmica pós-

prandial e a hiperglicemia de jejum; melhora a secreção aguda de insulina assim como a sensibilidade; inibe a di-
gestão de carboidratos e a absorção de glicose no intestino; estimula a secreção de insulina a partir das células be-
ta; modula a liberação de glicose a partir do fígado; ativa os receptores de insulina e a captação de glicose em teci-

dos com resistência. 19

353
Modulação glicêmica e melhora da resistência insulínica

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355
22 - PRÉ E PÓS PEELING

356
Pré e Pós Peeling

P eeling é um processo de esfoliação, o qual gera a descamação da pele e, posteriormente, a regeneração

do tecido melhorando sua textura. Essa descamação ou destruição das camadas superficiais pode ser tan-

to por agentes químicos (ácidos), como mecânicos (abrasivos). Possui diversas finalidades como: clareamento das

manchas, atenuação de rugas finas e estimulação e renovação do colágeno.

Existem três tipos de peeling: o superficial que pode ser usado em todos os tipos de pele e atinge apenas a
epiderme, sendo indicado para retirar manchas, além de não apresentar nenhum risco de complicação para o paci-

ente; o médio que atinge a derme papilar e é indicado para rugas e manchas mais profundas ou para melhorar a

aparência das cicatrizes e o profundo que afeta a derme reticular e é indicado para manchas, cicatrizes, discromias
e rugas moderadas. Após o peeling, são indicadas algumas condutas nutricionais como a hidratação da pele, modu-

lação da inflamação e a cicatrização.

357
Pré e Pós Peeling

358
Pré e Pós Peeling

Patê de Alho

Ingredientes
4 unidades - alho

1 xícara (chá) cheia de leite de vaca bem gelado

½ xícara de chá de óleo de soja

Sal a gosto

1 colher (café) de orégano

Pimenta do reino a gosto

Modo de fazer
1. Bater no liquidificador o alho, o leite e o sal até ficar bem homogêneo

2. Acrescentar a metade do óleo

3. Bater mais um pouco

4. Acrescentar orégano, e pimenta do reino

5. Acrescentar o restante do óleo até obter a consistência desejada

Obs.: Usar em torradas de pão integral

Rendimento: 10 porções

Informação Nutricional (porção 20g/ 1 colher de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)


76,42 1,09 0,6 7,54 0,03

359
Pré e Pós Peeling

360
Pré e Pós Peeling

Escondidinho de Abóbora

Ingredientes
1 xícara (chá) abóbora cozida em cubos

4 colheres (sopa) de carne moída

2 colheres (sopa) requeijão light

Modo de fazer
1. Amassar a abóbora cozida ou passar no espremedor de batatas até obter a consistência de purê

2. Devolver o purê para uma panela

3. Adicionar 1 concha da água do cozimento da abóbora no purê

4. Adicionar o requeijão

5. Mexer vigorosamente até que a preparação fique homogênea e comece a soltar do fundo da panela

6. Montar o prato em vasilhame individual

7. Distribuir metade do purê em seguida acrescentar a carne moída e cobrir com o purê de abóbora

8. Finalizar com o requeijão

9. Gratinar antes de servir

Rendimento: 6 porções

Informação Nutricional (porção 50g/ 1 colher de servir)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)


63,6 4,61 4,65 2,95 0,56

361
Pré e Pós Peeling

362
Pré e Pós Peeling

Milk shake de Whey Protein

Ingredientes
30 g de Whey Protein (Proteína do Soro do Leite)

1 xícara (chá) cheia de leite desnatado congelado

½ xícara natural de leite desnatado

Modo de fazer
1. Bater no liquidificador todos os ingredientes vigorosamente até obter uma preparação homogênea

2. Servir em seguida

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 150ml/ 1 copo pequeno)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

110,5 7,7 16,35 1,45 0,15

363
Pré e Pós Peeling

FORMULAÇÕES

Pós Peeling 1
Componentes da fórmula

Ômega 3 – 1 g

Posologia
3 doses com no mínimo 300 mg de EPA e DHA

Óleo de prímula – 500 mg

Posologia
3 doses ao dia com as refeições.

364
Pré e Pós Peeling

Antioxidante e renovador celular


Componentes da fórmula
Polifenóis de Cacau (Theobroma cacao) – 800 mg

Picnogenol®– 100 mg

Licopeno – 5 mg

Betacaroteno – 5 mg

Glucosamina – 500 mg

Vitamina C – 200 mg

Vitamina E– 500 UI

Exsynutriment® – 150 mg

Zinco quelado – 10 mg

Manganês – 1 mg

Selênio – 70 µg

Biotina – 200 µg

Colágeno hidrolisado qsp – 10 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose (um sachê) ao dia antes de dormir.

Obs.: o colágeno hidrolisado pode ser isolado dos demais componentes para promover a palatabilidade.

365
Pré e Pós Peeling

Pré e Pós Peeling 3

Componentes da fórmula
Colágeno hidrolisado – 10 g

Glicina – 1 g

Vitamina C – 500 mg

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose antes de dormir.

Pré e Pós Peeling 4

Componentes da fórmula
Luteína – 12 mg

Zeaxantina – 1,5 mg

Vitamina C – 500 mg

Vitamina E – 50 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia após a refeição.

Posologia
Consumir 1 dose pela manhã

366
Pré e Pós Peeling

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Polifenóis de cacau (Theobroma cacao): fornece fotoproteção, eleva o fluxo sanguíneo dos tecidos cutâneo e
subcutâneo, aumenta densidade e hidratação na pele (redução da aspereza), além de possuir atividade

antioxidante. 1

Picnogenol®: é composto por proantocinidinas e ácidos orgânicos, tais como glicosídeos fenólicos e ésteres de
ácido vanílico, ferúlico, paraidroxibenzoico, cafeico e gálico ligados à glicose e taxifolina. Os ácidos orgânicos liga-
dos à glicose são altamente biodisponíveis e, entre outros benefícios, agem como anti-inflamatórios. Outras atri-
buições são inibir a peroxidação lipídica e reduzir a citotoxicidade induzida por raios UVB além de neutralizar radi-

cais superóxidos provenientes do sistema xantina-xantina oxidase. 2, 3

Licopeno: contribui para a proteção das células contra danos oxidativos causados por radicais livres em virtude

da sua ação antioxidante. 4

Betacaroteno: é uma pró-vitamina A, a qual é essencial para a pele. Possui um efeito protetor para as células e
reforça a resistência da epiderme às agressões externas, além de ser essencial para renovação celular. 5

Glucosamina: auxilia no aumento da retenção hídrica na pele, proporcionando maior hidratação e diminuindo o
sinal de envelhecimento, além de ajudar na tonificação e elasticidade da pele. 6

Vitamina C: é um importantíssimo cofator em muitas fases de síntese de colágeno e hidroxilação de aminoáci-

dos lisina e prolina, aumento de RNA mensageiro de pró-colágeno e excreção de pró-colágeno ao espaço extrace-
lular, entre outros. Foi confirmado que a exposição dos fibroblastos à vitamina C (in vitro) aumenta a síntese de
colágeno em oito vezes. O uso da vitamina C tópica é utilizada pelo seu poder fotoprotetor, o que demonstra seu
efeito na prevenção da queimadura solar em células e diminuição do eritema pós-exposição tanto para as radia-

ções UVA quanto UVB, em virtude da sua ação cicatrizante. 7, 8, 9

Vitamina E – protege as estruturas celulares importantes contra o ataque dos radicais livres, devido ao seu po-
der antioxidante. 10

367
Pré e Pós Peeling

Exsynutiment®: atua no tecido conjuntivo, reestruturando as fibras de colágeno e elastina, resultando na rees-
truturação e firmeza da pele. Faz parte da estrutura do colágeno e elastina, proteoglicanas e glicoproteínas. Sua

reposição é essencial para regeneração dos tecidos danificados. 11

Zinco: aumenta a capacidade de cicatrização da pele, além de anti-inflamatório e antioxidante. 12

Manganês: esse nutriente estimula a produção de colágeno e tem ação cicatrizante. Além de combater os radi-

cais livres e suavizar a pele, especialmente se existir alguma irritação. 13

Selênio: inibe a oxidação celular, aumenta o nível de oxigênio nas células e contribui para circulação. 14

Biotina: auxilia na recuperação de lesões da pele, age como carregador bioquímico de CO2 na regulação de al-
guns processos como a gliconeogênese, síntese de ácidos graxos e aminoácidos. 15

Colágeno hidrolisado: a importância desse e seus derivados está na manutenção e reconstituição da pele, dos
ossos, dos tecidos cartilaginosos e da matriz extracelular. A molécula de colágeno é formada por glicina, que repre-
senta um terço da sequência, além de prolina e lisina. Os aminoácidos prolina e lisina são modificados a hidroxipro-

lina e hidroxilina por meio de processos enzimáticos, que requerem oxigênio, ascorbato e ferro como cofatores pa-

ra as enzimas. A prolina e hidroxiprolina são vitais para a biossíntese de colágeno. 16, 17, 18

Ômega 3: ajuda a diminuir a formação de eicosanóides pró-inflamatórios na pele (prostaglandina E2 e leucotrie-

nos da série 4), o que beneficia a modulação da inflamação. Melhora hidratação da pele e impede a ativação da
proteína C quinase, diminuindo assim a produção de fatores responsáveis pela lesão cutânea, melhorando o erite-

ma da pele. 19, 20

Óleo de Prímula: melhora hidratação e parâmetros de elasticidade da pele. <;

Glicina: há grande concentração de glicina na pele e tecido conjuntivo. Auxilia na regeneração dos tecidos. <<

Luteína e Zeaxintina: a luteína e seu isômero, a zeaxantina, também são encontrados na pele e a administração
de luteína, associada com outros carotenóides e antioxidantes, tem demonstrado ser eficaz contra danos causados

pelos radicais livres induzidos na pele humana, incluindo os riscos associados à luz ultravioleta e resultou em me-

lhorias diretas na pele densidade, hidratação e elasticidade. A luteína interligada à vitamina C e E aumentam a hi-
dratação da pele. <= <> <?

368
Pré e Pós Peeling

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Pré e Pós Peeling

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370
Pré e Pós Peeling

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371
23 - SACIEDADE

372
Saciedade

A regulação do apetite ocorre devido à integração dos inúmeros episódios de refeição e do estoque energéti-

co, que gera sinais para os centros de regulação energética no SNC (Sistema Nervoso Central). Esses cen-
tros representam os potenciais alvos farmacológicos para a modificação do apetite (fome e saciedade), podendo o
manejo aumentar ou diminuir a ingestão calórica ou normalizar o comportamento inadequado de compulsão ali-

mentar.

Substâncias como colecistocinina (CCK) e serotonina são estimulantes da saciedade. Deve-se haver um

equilíbrio entre hormônios e neurotransmissores. A CCK é um hormônio trato gastrintestinal cuja principal função

é estimular a secreção pancreática de enzimas, além de ter efeito potencial da ação da secretina e regula a contra-

ção da vesícula biliar e tem efeito inibidor no esvaziamento gástrico e na plenitude gástrica.

Já a serotonina é um neutrotransmissor que desempenha papel importante no funcionamento do sistema


nervoso central, no controle da liberação de alguns hormônios e na regulação do apetite. Quando os níveis de se-
rotonina estão baixos ocorre depressão e tendência ao excesso de peso, pois alguns alimentos, principalmente os
energéticos, são estimuladores naturais da serotonina.

373
Saciedade

374
Saciedade

Sopa sacietógena

Ingredientes
1 cebola média picada

1 cenoura picada

1 litro de água mineral

1 maço pequeno de agrião picado com o caule

1 colher de sopa de missô (pasta de soja fermentada)

Modo de fazer
1. Refogar a cebola e a cenoura em um pouco de água

2. Adicionar o restante da água e o agrião picado

3. Tampar e cozinhar por 10 minutos em fogo baixo

4. Bater tudo no liquidificador com o missô

5. Servir em seguida

Rendimento: 1 porção

Informação Nutricional (porção 350g/ 1 prato de sobremesa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

213,98 37,24 9,86 2,94 9,84

375
Saciedade

376
Saciedade

Salada de soja

Ingredientes
2 xícaras (chá) de soja em grão

1 colher (café) de bicarbonato de sódio

1 tomate picado com pele e sem sementes

50 g de azeitonas em rodelas

½ lata de milho

½ lata de ervilha

377
Saciedade

Modo de fazer
1. Colocar em uma panela 1 litro de água para ferver.

2. Após levantar fervura, acrescentar o bicarbonato de sódio e a soja, deixar ferver por 5 minutos em fogo bran-

do.

3. Escorrer a soja e lavar com água fria.

4. Colocar os grãos entre as palmas das mãos abertas e esfregar para retirar o excesso da casca.

5. Colocar novamente a soja (já sem as cascas) em 1 litro de água e cozinhar por cerca de 15 minutos.

6. Quando os grãos estiverem macios, escorrer a soja e lavar

7. Colocar em uma travessa, misturar os demais ingredientes e levar à geladeira

Rendimento: 10 porções

Informação Nutricional (porção 50g/ 1 colher de servir)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

52,73 5,01 2,93 2,33 2,11

378
Saciedade

379
Saciedade

Crepe vegetariano

Ingredientes:
Massa

3 colheres (sopa) de leite desnatado

1 cenoura média sem casca e picada

1 ovo

12 colheres (sopa) de farinha de trigo integral

2 colheres (sopa) de azeite de oliva

Sal a gosto

Recheio

Sal a gosto

2 tomates em cubos pequenos

Folhas de ½ maço médio de salsinha picadas

250 g de abóbora sem casca e picada

380
Saciedade

Modo de Fazer
1. Cozinhar a cenoura numa panela com água até ficar “al dente”.

2. Retirar do fogo e bater no liquidificador com o leite, o ovo, a farinha de trigo e o sal. Reservar.

3. Com um pouco de azeite, untar uma frigideira de 15 cm de diâmetro .

4. Aquecer uma pequena porção da massa.

5. Espalhar por todo o fundo da frigideira e deixar no fogo até a panqueca dourar dos dois lados. Levar ao
fogo uma panela com a abóbora e 1 xícara de chá de água e cozinhar até ficar macia. Escorrer a água, mis-

turar a salsinha, o tomate e acertar o sal

6. Retirar do fogo e rechear as panquecas.

Rendimento: 3 porções

Informação Nutricional (porção 110g/ 1 unidade de crepe)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

212,63 26,33 8,3 8,23 4,56

381
Saciedade

FORMULAÇÕES

Saciedade 1
Componentes da fórmula
Psyllium (Plantago psyllium) – 1g

Glucomanan (Amorphophallus Konjac) – 500 mg

Slendesta ® – 150 mg

Whey Protein (Proteína do Soro do Leite) – 5 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose diluído em água 30 minutos antes das refeições.

382
Saciedade

Saciedade 2
Componentes da fórmula

Psyllium (Plantago psyllium) – 1 g

Glucomanan (Amorphophallus Konjac) – 500 mg

Slendesta® – 150 mg

Triptofano – 500 mg

Aviar X doses em sachê

Posologia
1 dose diluído em água 30 minutos antes das refeições.

Saciedade 3
Componentes da fórmula
Agar Agar – 500 mg

Glucomanan (Amorphophallus Konjac) – 500 mg

Slendesta® – 150 mg

Pholia negra® (Ilex paraguariensis) – 100 mg

Triptofano – 500 mg

Whey Protein (Proteína do Soro do Leite) qsp – 5 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose 1 hora antes da refeição de maior apetite.

383
Saciedade

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Psyllium (Plantago psyllium): é rico em fibra do tipo solúvel possui uma enorme capacidade de retenção hídrica

no estômago. Consequentemente, ele forma um gel viscoso, capaz de ligar-se a moléculas tais como, proteínas e

carboidratos simples (açúcares), contribuindo para a saciedade. 1

Glucomanan (Amorphophallus Konjac): sua capacidade de absorção de água e formação de uma massa gelifica-
da compacta, no nível do trato gastrointestinal, proporciona uma plenitude gástrica reconhecida pelo hipotálamo.
Reduz a resistência à insulina e auxilia no controle glicêmico e lipídico. Reduz os níveis de grelina pós-prandial, após
administração de carga de glicose e impede o aumento da grelina de jejum, o qual proporciona sensação de sacie-

dade. 2, 3

Slendesta®: promove saciedade por via gástrica ou por meio da liberação de peptídeos, especialmente a CCK

(colecistocinina) no lúmen intestinal. A CCK é liberada pelas células enteroendócrinas que revestem o intestino del-
gado. Ao ser liberada, percorre a corrente sanguínea até atingir órgãos-alvo. No trato gastrintestinal, a colecistoqui-
nina estimula a secreção enzimática, retardando o esvaziamento gástrico, levando à sensação de plenitude. 4

Triptofano: precursor do 5 HTP( 5– hidrotriptofano) atenua a ingestão alimentar pelo aumento da eficácia sero-

toninérgica (5-hidroxitriptamina) e tem sido um alvo da farmacoterapia da obesidade. Os receptores da serotonina


5-HT(2C), 5-HT(1Dbeta) e 5-HT(6) representam os alvos terapêuticos mais promissores. Pesquisas dos últimos 35
anos sugerem que os níveis hipotalâmicos de serotonina (5-hidroxitriptamina) exercem função chave no processo

de saciedade durante e após as refeições. Os receptores 5-HT(1B) e 5-HT(2C) têm sido reconhecidos como os prin-
cipais mediadores da saciedade induzida pelos serotoninérgicos. 5, 6, 7, 8

Agar Agar: é uma mucilagem (gelatina) hidrófila, extraída de várias espécies de algas marinhas vermelhas
(classe das rodofíceas), constituído principalmente por agarose e agaropectina (polissacarídios) podendo também

conter aminoácidos e açúcares livres. Os colóides hidrófilos são substâncias que facilitam a evacuação, por fornecer
resíduo indigerível, aumentando o volume do bolo fecal e estimulando o peristaltismo intestinal. Além disso, por
possuir efeito gelificante se ingerido com água o Agar-Agar contribui para sensação de saciedade. 9

384
Saciedade

Pholia Negra® (Ilex paraguariensis): rico em metilxantinas e as saponinas, retarda o esvaziamento gástrico e

ativa ação da Adenosina Monofosfato Kinase - AMPK, favorecendo a redução da gordura visceral a partir de um
mecanismo que coordena as alterações no metabolismo lipídico de anabolismo para catabolismo em caso de escas-
sez de energia. A AMPK pode inibir a síntese de ácidos graxos e ativar a oxidação, desempenhando uma função na

regulação da alimentação. 10, 11

Whey Protein: proteína do soro do leite, contém o maior teor de triptofano entre todas as fontes proteicas, sen-

do o triptofano precursor do neurotransmissor serotonina e do hormônio neurosecretor melatonina, atribuíram


efeitos comportamentais da ingestão dessa proteína no apetite, na saciedade, no humor, na percepção da dor e no
ciclo do sono. O Whey aumentam significativamente, a concentração de insulina plasmática e este hormônio a cur-
to prazo também gera resposta de saciedade. Esse também tem efeito significativo no aumento da concentração
sanguínea de CCK (colecistocinina) e do GLP-1 (peptídeo-1 similar ao glucagon), importantes hormônios intestinais

na supressão do apetite. 12

385
Saciedade

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Saciedade

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387
24 - SINDROME PRÉ-
MENSTRUAL

388
Síndrome pré-menstrual

A Síndrome Pré-Menstrual (SPM) é um distúrbio crônico que ocorre na fase lútea do ciclo menstrual e desa-
parece logo após o início da menstruação. Caracteriza-se pela presença de sintomas físicos, psicológicos e

comportamentais, incluindo mudanças de humor, depressão, tristeza, tensão, irritabilidade, ansiedade, nervosis-

mo, agressividade, sensibilidade, dores generalizadas (cabeça, costas, abdome), fadiga, aumento ou redução do

apetite, compulsão por doces ou salgados e insônia, afetando a vida pessoal e social.

Quanto à sua etiologia, há múltiplos fatores, tais como disfunções hormonais, fatores psicossomáticos e
deficiências de vitaminas, como zinco, magnésio, cálcio e vitamina B6. Várias combinações de fitoterápicos e vita-

minas podem ser utilizados para evitar essas deficiências e aliviar os sintomas.

389
Síndrome pré-menstrual

390
Síndrome pré-menstrual

Shake anti TPM

Ingredientes

1 copo de leite de soja

1 colher (sopa) de gergelim

1 colher (sopa) de semente de linhaça

1 colher (café) de levedura de cerveja

1 colher (sopa) de açúcar demerara (ou a gosto)

Modo de fazer
1. Bater todos os ingredientes no liquidificador

2. Tomar em seguida

Rendimento: 2 porções

Informação Nutricional (porção 150ml/ 1 copo pequeno)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

180,5 19,06 7,09 9,3 4,95

391
Síndrome pré-menstrual

392
Síndrome pré-menstrual

Salada Calmante

Ingredientes
150 g de camarão pequeno

½ maço de rúcula

½ maço de agrião

100 g de ricota em cubos

1 xícara (chá) de tomate-cereja inteiros

Azeite, sal e gostas de limão a gosto para temperar

1 colher (sopa) de castanha de caju para salpicar

1 colher (café) de semente de linhaça para salpicar

Modo de fazer
1. Cozinhar o camarão em água, sal e limão

2. Misturar com os ingredientes restantes e temperar com azeite, pouco sal e limão

3. Salpicar a castanha de caju e a semente de linhaça

4. Servir

Rendimento: 4 porções

Informação Nutricional (porção 100g/ 1 prato de sobremesa)


KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)
101,25 4,1 11,3 4,55 1,27

393
Síndrome pré-menstrual

394
Síndrome pré-menstrual

Tarte de leite creme

Ingredientes
1 pacote de biscoito de maisena doce (tipo bolacha Maria®)

150 g de margarina vegetal

800 ml a 1litro de leite de soja

3 colheres (sopa) bem cheias amido de milho

Açúcar a gosto

Raspa de limão

Nozes caramelizadas

395
Síndrome pré-menstrual

Modo de fazer

1. Triturar as bolachas

2. Derreter a margarina e junta à bolacha

3. Misturar bem e forra uma assadeira de fundo móvel

4. Dissolver a maisena no leite de soja

5. Juntar o açúcar e um pouco de raspa de limão.

6. Levar ao fogo

7. Mexer sempre até engrossar

8. Aplicar por cima por cima da massa de bolacha

9. Levar ao freezer por cerca de 1 hora

10. Decorar com as castanhas caramelizadas

Rendimento: 6 porções

Informação Nutricional (porção 120g/ 1 unidade )

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

334,58 45,78 5,5 16,38 0,53

396
Síndrome pré-menstrual

FORMULAÇÕES

Síndrome pré-menstrual 1

Componentes da fórmula

Vitex agnus castus (0,5% agnosídeos) — 50 mg

Piridoxina — 20 mg

Triptofano – 200 mg

Griffonia simplicifolia – 25 mg

Gymnesa sylvestre — 250 gm

Magnésio glicina — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose ao dia no final da tarde.

Consumir a partir do 14º dia do ciclo menstrual.

397
Síndrome pré-menstrual

Síndrome pré-menstrual 2
Componentes da fórmula

Óleo de prímula (Carthamus Tinctorius) – 1 g

Posologia
1 dose ao dia pela manhã a partir do 14º dia do ciclo menstrual.

Síndrome pré-menstrual 3
Componentes da fórmula

Vitex agnus castus — 40 mg

Magnésio glicina — 250 mg

Cálcio — 400 mg

Triptofano — 500 mg

Griffonia simplicifolia — 50 mg

Piridoxina — 10 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir de manhã após café da manhã a partir do 14º dia do ciclo.

398
Síndrome pré-menstrual

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Agnus castus (Vitex agnus castus): auxilia no tratamento de síndrome pré-menstrual moderada a severa. Foi

encontrada resposta ao tratamento em 67,8% das mulheres durante o terceiro ciclo de tratamento com o fitoterá-

pico. Possui efeitos indiretos na prolactina e na progesterona e diminui os níveis de estrógeno. Além disso, inibe o
folículo estimulante e estimula o hormônio luteinizante. 1

Piridoxina: tem efeito sobre a produção central da serotonina e GABA (Ácido gama-aminobutírico), pois essa
vitamina atua como cofator na síntese dos neurotransmissores. Quando os níveis dessa vitamina estão baixos leva
a altos níveis de prolactina, que podem levar o edema e os sintomas psicológicos associados à síndrome pré-

menstrual. 2,3

Triptofano: é precursor da serotonina, quando há níveis baixos de triptofano, podem agravar os sintomas de

TPM (Síndrome pré-menstrual). A serotonina auxilia na saciedade e seu déficit pode provocar psicopatologias como

depressão, agressão e ansiedade. 4,5

Griffonia simplicifolia: o 5-hidroxitriptofano é o principal componente ativo da semente da Griffonia simplicifo-

lia. O 5 – HTP é eficaz contra a depressão e auxilia na ação de antidepressivos, ele é aminoácido essencial na bios-
síntese de serotonina, 70% chega à corrente sanguínea, atravessando a barreira hemato-cefálica para atuar efetiva-
mente na síntese de serotonina no sistema nervoso central. É muito utilizado em virtude dos inúmeros efeitos asso-

ciados à Síndrome de Deficiência de Serotonina ao quais muitas vezes são gerados pelo estresse e ansiedade, fato-

res os quais estão associados à síndrome pré-menstrual, além de auxiliarem também nos sintomas de menopausa. 6

Gymnena sylvestre: rica em ácidos gimênicos que reduzem absorção de glicose em nível intestinal e plasmático.

Possui gurmar, uma proteína que reduz a percepção por alimentos doces atuando em receptores da lingual. 7,8

Magnésio: no período pré-menstrual há redução plasmática de magnésio. Esse está envolvido na produção de

serotonina e outros neurotransmissores. 9

Óleo de prímula (Oenothera biennis ): é obtido das sementes de Oenothera biennis (Onagraceae), contém ácido

gamalinoleico e ácido linoleico, constituintes das membranas dos tecidos e precursores das prostaglandinas. É indi-

cado no tratamento coadjuvante da Síndrome pré-menstrual, por ser rico em ácido linoleico, precursor do ácido

399
Síndrome pré-menstrual

gamalinolênico (DGLA). Esse óleo reduz a prolactina, a qual é elevada na TPM, ocasionando dor nas mamas além de

regular os sintomas de TPM . 10

Cálcio: o cálcio auxilia na redução dos sintomas clínicos da TPM. Carência deste nutriente na TPM piora os sinto-

mas e, principalmente, provoca aumento da dor e piora do humor . 11,12

400
Síndrome pré-menstrual

REFERÊNCIAS

1. SCHELLENBERG R.Treatment for the premenstrual syndrome with agnus castus fruit extract: prospective, ran-

domised, placebo controlled study. BMJ., v. 322, n.7279, p.134-7, 2001.

2. SHARMA, P; KULSHRESHTHA, S.; SINGH, G. M.; BHAGOLIWAL, A. Role of bromocriptine and pyridoxine in pre-

menstrual tension syndrome. Indian J. Physiol Pharmacol; v. 51, n. 4, p. 368-674, 2007.

3. DOUGLAS, S. Premenstrual syndrome. Can Fam Physician, v. 48, p. 1789-1797, 2002.

4. SCHMITT, J. A.; JORISSEN, B. L.; DYE, L. et al. Memory function in women with premenstrual complaints and
the effects of serotonergic stimulation by acute administration of na alpha-lactalbumin protein. J Psychopharma-

col; v. 19, n. 4, p. 375-384, 2005.

5. DIAZ-MARSA, M. LOZANO, C. HERRANZ, A. S. et al. Acute tryptophan depletion in eating disorders. Actas Esp

Psiquiatr, v. 34, n. 6, p. 397-402, 2006.

6. AMER A.; BREU J.; MCDERMOTT J.; WURTMAN R. J.; MAHER T. J. 5-Hydroxy-L-tryptophan suppresses food

intake in food-deprived and stressed rats. Pharmacol Biochem Behav. v.7 7, n. 1, p.137-43, 2004.

7. MIYASAKA A.; IMOTO T. Electrophysiological characterization of the inhibitory effect of a novel peptide gur-

marin on the sweet taste response in rats. Brain Res.; v. 676, n. 1, p.63-8, 1995.

8. Suttisri R, Lee IS, Kinghorn AD. Plant-derived triterpenoid sweetness inhibitors. J Ethnopharmacol. v. 47, n. 1,
p.9-26, 1995.

9. WALKER A. F.; DE SOUZA M. C.; VICKERS M. F.; ABEYASEKERA S.; COLLINS M. L.; TRINCA L. A. Magnesium
supplementation alleviates premenstrual symptoms of fluid retention. J Women’s Health 7:1157–1165, 1998.

10. BENDICH, A. The Potential for Dietary Supplements to Reduce Premenstrual Syndrome (PMS) Symptoms.

Journal of the American College of Nutrition, v. 19, n. 1, p. 3-12, 2000.

11. PENLAND J. G.; JOHNSON P. E. Dietary calcium and manganese effects on menstrual cycle symptoms. Am J

Obstet Gynecol. v. 168, p. 1417–1423, 1993.

401
Síndrome pré-menstrual

12. WENDER M. C. O.; FREITAS F.; VALIATI B.; ACCETTA S. G.; CAMPOS L. S. Síndrome pré-menstrual. In: FREITAS

R.; MENKE C. H.; RIVOIRE W.; PASSOS E. P. Rotinas em ginecologia. 4 ed. Porto Alegre: Artmed Editora; 2001. p. 86-

91.

402
25 - TERMOGÊNICOS

403
Termogênicos

A termogênese corresponde à energia na forma de calor gerada ao nível dos tecidos vivos. A quantidade de

calor produzida é diretamente proporcional à taxa de metabolismo basal e à quantidade de calor produzi-
da. Alguns alimentos e fitoterápicos tem a capacidade de estimular a termogênese, como por exemplo os compos-
tos extraídos de plantas, como a cafeína, a capsaicina e catequinas, já que possuem potencial modulador na

atividade das catecolaminas.

A lipólise (quebra do triglicerídeo em 3 moléculas de ácidos graxos e 1 de glicerol) é regulada por uma vari-

edade de hormônios lipolíticos tais como: a adrenalina e noradrenalina, chamadas catecolaminas. Os hormônios
lipolíticos ativam receptores beta 3 dos adipócitos resultando em aumento na síntese de AMPc, levando à ativação
do hormônio sensível à lipase (HSL), resultando na hidrólise dos triglicerídeos armazenados a glicerol e ácidos gra-
xos livres (AGL).

404
Termogênicos

405
Termogênicos

Arroz Termogênico

Ingredientes
1 colher (sopa) de azeite

1 cebola picada

2 dentes de alho amassados

1 colher (chá) de gengibre ralado

2 colheres (sopa) de ração humana salgada

2 colheres (sopa) de arroz integral cozido

1 peito de frango picado

1 punhado de salsinha picada

1 punhado de agrião picado com talo

1 cenoura ralada

Sal a gosto

½ litro de água

406
Termogênicos

Modo de fazer
1. Em uma panela, colocar o azeite, a cebola, o alho, o frango, a cenoura e o sal

2. Refogar e despejar a água fervente

3. Deixar cozinhar por 20 minutos e acrescentar o restante dos ingredientes, menos a salsinha.

4. Cozinhar por mais 10 minutos salpicar a salsinha

5. Servir com 2 torradas integrais light

Rendimento: 6 porções

Informação Nutricional (porção 50g/ 1 colher de servir)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

47,8 5,21 2,23 2 1,78

407
Termogênicos

408
Termogênicos

Sopa Verde

Ingredientes

1 colher (sopa) de azeite

1 cebola picada

300 g de carne vermelha sem gordura ou frango em cubos

2 dentes de alho amassados

1 cebola batida

3 colheres (sopa) de farinha de linhaça

1 colher (café) de gengibre ralado

1 xícara (chá) de abóbora ou mandioquinha

1 xícara (chá) de couve-flor

1 xícara (chá) de vagem picada

2 folhas de couve com talo picadas

1 punhado de salsinha

2 colheres (sopa) de arroz integral cozido

Sal a gosto

200 ml de água

409
Termogênicos

Modo de fazer
1. Em uma panela, colocar o azeite, a cebola, o alho, a carne, a abóbora ou a mandioquinha, a vagem, o gengi-

bre e o sal

2. Refogar por 3 minutos

3. Colocar a água fervente

4. Deixar cozinhar por 15 minutos ou até a carne ficar macia

5. Acrescentar os demais ingredientes

6. Cozinhar por mais 5 minutos

7. Servir com 2 torradas integrais

Rendimento: 6 porções

Informação Nutricional (porção 350g/ 1 prato de sopa)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

148,35 10,33 18,46 3,68 4,0

410
Termogênicos

411
Termogênicos

Chá termogênico

Ingredientes
1 fatia de abacaxi

4 fatias finas de gengibre

1 punhado de folhas de romã

1 punhado de folhas de azeitona

1 litro de água

Modo de Fazer
Levar a água ao fogo alto e, quando levantar fervura, acrescentar os ingredientes.

Tampar.

Deixar ferver por um minuto.

Desligar e esperar amornar.

Consumo: Beber uma xícara de chá nos intervalos das refeições, até 5 vezes por dia, morno ou em temperatura
ambiente.

Rendimento: 5 porções

Informação Nutricional (porção 200ml/ 1 copo)

KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) FIBRAS (g)

8,34 1,9 0,14 0,02 0,16

412
Termogênicos

FORMULAÇÕES

Termogênicos 1
Componentes da fórmula

Camellia sinensis extrato (Chá verde) — 500 mg

Cafeína — 30 mg

Citrus aurantium (ext. padronizado 6% sinefrina) — 250 mg

Capsiate TG® — 6 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Consumir 1 dose ao dia pela manhã.

413
Termogênicos

Termogênicos 2
Componentes da fórmula
Camellia sinensis extrato (Chá verde) — 250 mg

Citrus aurantium — 200 mg

Cafeína — 50 mg

Pimenta cayena — 45 mg

Zingiber officinalis — 100 mg

Aviar X doses em pó para preparo de bebida instântanea

Posologia
Diluir o conteúdo do sachê em 1000 ml de água gelada ou quente e beber durante o dia.

Termogênicos 3
Componentes da fórmula
Ilex Paraguariensis — 400 mg

Camellia sinensis extrato (chá branco) — 300 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose pela manhã.

414
Termogênicos

Chá termogênico
Componentes da fórmula
Capsiate TG® — 4 mg

Citrus aurantium — 200 mg

Cafeína — 35 mg

Camelia sinensis extrato (chá verde) — 500 mg

Zingiber officinalis — 150mg

Pó para preparo de bebida instantânea — qsp 2 g

Posologia
Diluir o conteúdo em 1 litro de água. Consumir pela manhã e à tarde.

Formulação termogênica e antioxidante


Componentes da fórmula
Capsiate TG® — 6 mg

Coleus forskohlii — 100 mg

Griffonia simplicifolia — 100 mg

Citrus Aurantium Extrato — 100 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
Tomar 1 dose ao dia pela manhã, após o café da manhã.

415
Termogênicos

Shake termogênico e sacietogênico


Componentes da fórmula
Whey Protein — 20 g

Colágeno hidrolisado — 5 g

Cafeína — 20 mg

Piridoxina — 20 mg

Pantotenato de cálcio — 20 mg

Coleus Forskohlii — 300 mg

Fosfatidilserina — 120 mg

Griffonia simplicifolia — 100 mg

Gody Berry (Lycium barbaru, L.) — 150 mg

Citrus aurantium — 300 mg

Camellia sinensis extrato (chá verde) — 100 mg

Beta-glucan — 1 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Diluir o conteúdo em água. Consumir pela manhã.

416
Termogênicos

Chá termogênico e firmador


Componentes da fórmula
Polifenóis — 75 mg

Catequinas — 8 mg

Camellia sinensis extrato (chá verde) — 40mg

Potássio — 7 mg

Colágeno hidrolisado — 5 g

Cafeína — 10 mg

Flavorizante — 10 g

Aviar X doses em sachê

Posologia
Consumir 1 dose pela manhã.

Indutor lipolítico para região abdominal

Componentes da fórmula
Camellia sinensis extrato (chá verde) — 300 mg

Licorice (Glycyrrhiza glabra) — 150 mg

Capsaiscina — 8 mg

Aviar X doses em cápsulas

Posologia
1 dose 2 vezes ao dia, longe das refeições.

417
Termogênicos

Redutor de gordura abdominal


Componentes da fórmula
Óleo de cártamo — 1 g

Posologia
3 doses ao dia antes das refeições.

418
Termogênicos

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Chá Verde (Camellia sinensis): apresenta atividade lipolítica, é estimulador beta-adrenérgico e aumenta a libera-
ção de catecolaminas. O chá verde tem muitos componentes, como: tanino, cafeína, vitaminas e especialmente as
catequinas. A epigalocatequina galato (EGCG) possui efeito inibitório sobre carboxilase acetil-CoA, o que é essencial

para a biossíntese dos ácidos graxos in vitro e efeitos antiobesidade em altas doses em ratos. Por isso, é possível
supor que os efeitos fisiológicos de catequinas, cafeína e theanine pode estar voltado para o efeito antiobesidade.
Pode atuar através da inibição da catecol-O-metil-transferase, e inibição da fosfodiesterase. Aqui, os mecanismos
também podem operar em sinergia. Além disso, as catequinas do chá têm propriedades antiangiogênicas que po-
dem impedir desenvolvimento de sobrepeso e obesidade. Além disso, o sistema nervoso simpático está envolvido
na regulação da lipólise e da inervação simpática do tecido branco adiposo, podendo desempenhar um papel im-
portante na regulação da gordura corporal total. 1, 2, 3

Cafeína: estimula o músculo voluntário e a secreção ácida gástrica, aumenta o fluxo de sangue renal, e é um diu-
rético moderado. Atualmente, acredita-se que as xantinas agem como antagonistas de receptor de adenosina. Ade-
nosina age em toda célula que contém receptores de adenosina na membrana plasmática. Essa inibe a liberação de
neurotransmissores de locais pré-sinápticos, mas trabalha em acordo com norepinafrina ou angiotensina para au-

mentar as suas ações. Antagonismo de receptores de adenosina por meio da cafeína parece promover liberação de
neurotransmissor, explicando assim os efeitos estimulatórios da cafeína. Relata-se que a ingestão de cafeína eleva
taxa metabólica e oxidação de gordura por meio da lipólise in vivo em células de gordura e liberação de catecolami-

nas. 4, 5, 6

Citrus aurantium / Sinetrol®: é um extrato que contém todos os compostos polifenólicos das frutas cítricas. O

fitoterápico contém sinefrina, que é estruturalmente semelhante à adrenalina. Essa por sua vez tem efeito lipolítico
em células de gordura. A sinefrina é considerada um seletivo agonista beta -3, que afeta o peso corporal e a massa
gorda e também estimula lipólise. Sinefrina aumenta a liberação de noradrenalina dos nervos simpáticos terminais.

A resposta termogênica pode ser limitada por ativação cíclica de monofosfato de adenosina (AMPc) ou a inibição do
feedback intracelular por fosfodiesterase. Assim, metilxantinas, por antagonizar adenosina, reduzir ou eliminar
estes inibidores pré-juncional e fosfodiesterases intracelulares, aumenta a ativação e manutenção da célula efetora

por noroepinefrina 7, 8, 9, 10

419
Termogênicos

Capsiate TG® / Capsaiscina: possui propriedades de aumento de termogênese e do consumo de energia corpo-
ral, promove o metabolismo energético e diminui o acúmulo de gordura corporal, eleva a temperatura corporal e o

consumo de oxigênio e consequentemente aceleração do metabolismo lipídico, especialmente na gordura visceral.


1

Pimenta cayena / Pimenta Vermelha: os capsaicinoides (capsaicina e di-idrocapsaicina) estão presentes na pi-

menta e essa substância pode estar envolvida no decréscimo da ingestão alimentar, tendo efeito no metabolismo

energético. Auxilia também na sensação de saciedade e no controle de peso por atuar na termogênese e na oxida-

ção de lipídeos. 12, 13

Zingiber officinalis / Gengibre: o sabor característico picante do gengibre é atribuída à gingerols (6-gingerol, 8-
gingerol e zingerone). Os princípios picantes do gengibre, gingerols e shogaols têm propriedades termogênicas.

Perfusão do membro posterior de ratos com extratos de gengibre fresco e seco resultou em um aumento no
consumo de oxigênio, em parte associada à vasoconstrição, que foi particularmente causado por 6-gingerol.
Embora zingerone tenha sido mostrado para aumentar a secreção de catecolaminas a partir da medula supra-

renal, os efeitos do consumo oxigênio não foram diretamente mediados por receptores adrenérgicos, nem via

liberação de catecolaminas secundárias. Em contraste, a atividade termogênica de gengibre não foi mostrada em
seres humanos. Gingerols foi adicionado a uma refeição e não aumentou a taxa metabólica pós-prandial dos

indivíduos em relação à refeição isoladamente. Assim, o efeito de sudorese do gengibre nos seres humanos não

está necessariamente associada a um aumento taxa metabólica. 14, 15

Erva Mate / Pholia Negra® (Ilex paraguariensis): rico em metilxantinas e as saponinas. Promovem o retardo do

esvaziamento gástrico, reduz o quociente respiratório (QR), devido ao aumento da oxidação de gordura e ativacão

da Adenosina Monofosfato Kinase (AMPK), favorecendo a redução da gordura visceral. 16, 17, 18,

Colus forskohlii / Forskolina: é uma planta nativa da Índia. Seu ativo principal é um diterpeno que age direta-

mente sobre guanilato ciclase. Adenilato ciclase é uma enzima que ativa o ciclo de adenosina monofosfato, ou
AMP cíclico (AMPc) nas células. Esse promove a degradação de gorduras armazenadas nas células. Ele regulamenta

a resposta termogênica do alimento, aumenta a taxa metabólica basal do organismo, e aumenta a utilização de

gordura corporal. Pode liberar ácidos graxos do tecido adiposo, o que resulta em aumento de perda da gordura
corporal. 19

Griffonia simplicifolia: rico em 5-Hidroxitriptofano (precursor do neurotransmissor serotonina e intermediário


no metabolismo do triptofano). Este é um aminoácido que possui efeitos fisiológicos como o relaxamento, a ativa-

420
Termogênicos

ção do metabolismo e liberação da dopamina no cérebro. Além disso, foi relatado que reprime a excitação provoca-

da pela cafeína. 20, 21

Whey protein (Proteína do Soro do Leite): dietas com maior relação entre proteína e carboidrato são eficientes

para o controle da glicemia e a insulina pós-prandial, favorecendo, dessa maneira, a redução da gordura corporal e
a preservação da massa muscular. Esta preservação possui relação positiva com a alta concentração de BCAA

(aminoácidos de cadeia ramificada), durante a perda de peso. Pelo fato da leucina atuar nos processos de síntese

protéica, altas concentrações desse aminoácido favorecem a manutenção da massa muscular durante a perda de
peso. O Whey protein contém o maior teor de triptofano entre todas as fontes protéicas. O triptofano é precursor

da serotonina e da melatonina, por isto, autores relatam o seu benefício em relação ao apetite, a saciedade, hu-
mor, percepção da dor e do sono. O Whey tem efeito lipolítico e não lipogênico quando relacionado a uma dieta
equilibrada. Outra atribuição é o seu efeito supressor dos hormônios calcitrópicos que são responsáveis pela regu-

lação do metabolismo lipídico, e elevadas concentrações destes hormônios geram indução de lipogênese e supres-

são de lipólise. A manutenção da massa muscular favorece manutenção da taxa metabólica basal, o que contribui
para o emagrecimento. Além de ter efeito no aumento da concentração sanguínea de CCK e do GLP-1, importantes

hormônios intestinais na supressão do apetite. 22, 23

Colágeno hidrolisado: a resposta hormonal da proteína ativa o metabolismo de maneira a estimular a oxidação
da gordura, além de diminuir a perda de massa magra. Proteínas estimulam a secreção de insulina pelo pâncreas β-

cells e induzem a secreção de glucagon pelo pâncreas. Glucagon estimula a produção de glicose devido ao aumento
da glicogenólise e da gliconeogênese hepática e tem um papel na lipólise e no metabolismo de aminoácidos. 24, 25

Piridoxina: o mecanismo de ação está relacionado com a síntese de aminoácidos, nos processos de descarboxi-

lação, transaminação, racemização e dessulfuração de aminoácidos. A piridoxina é um cofator na conversão do trip-


tofano em 5 – hidroxitriptamina. A conversão da metionina em cisteína também depende da piridoxina. Em sua

clássica função de cofator, a piridoxina é capaz de contribuir para a redução da ansiedade, auxiliando na produção

de serotonina. 26

Pantotenato de Cálcio: é um ácido orgânico opticamente ativo e sua atividade biológica se dá pelo isômero D.

Apresenta importante papel na regulação dos processos de suprimento de energia, reprodução dos tecidos endote-
liais e epiteliais e no metabolismo de gorduras degradando ácidos graxos pela beta-oxidação dos ácidos graxos ati-

vados pela ligação com a coenzima A. 27

Fosfatidilserina: é um fosfolipídio lipossolúvel que ocorre de maneira endógena em humanos. Embora o corpo

421
Termogênicos

possa sintetizar a fosfatidilserina por uma série de reações, o organismo obtém a maioria da fosfatidilserina de fon-
tes dietéticas. Algumas evidências preliminares mostram que a fosfatidilserina poderia reduzir o cortisol e adre-

nocorticotropina após treinamento de resistência. Muitas pesquisas clínicas laboratoriais preliminares sugerem que
300 mg/dia de fosfatidilserina também poderiam melhorar o humor e sentimentos subjetivos de estresse. Pode

prevenir a deterioração fisiológica gerada pelo cortisol. 28, 29, 30

Gody Berry (Lycium barbarum L.): alguns constituintes dos frutos Lycium barbarum L foram quimicamente

investigados, especialmente os polissacarídeos do fitoterápico(LBP). Cinco polissacarídeos (glicoconjugados) (LbGp1


-LbGp5) foram isolados e estruturalmente elucidados e são identificados como ingredientes ativos responsáveis

pela sua atividade. Os estudos mostram que a administração de gody berry pode equilibrar o estresse oxidativo,
reduzir peso, além de ser utilizado como um agente anti-hiperglicêmico. Gody Berry também obteve significativa

redução da fadiga e do estresse, e regularidade melhora da função gastrointestinal 31, 32, 33, 34,35, 36, 37, 38, 39,40

Beta- Glucan: o consumo de fibras alimentares pode ajudar a controlar o apetite e reduzir a ingestão do consu-
mo alimentar. Beta-glucan é capaz de controlar o apetite, sendo mediada pela grelina e PYY (hormônio peptídico).

A fibra b-glucano pode reduzir as concentrações de colesterol total e aumenta concentração de HDL-colesterol. 42,
43

Catequinas / Polifenóis: a suplementação com catequinas potencializa a perda de gordura abdominal quando

atrelada à prática de exercício físico voltado ao emagrecimento. Além de auxiliarem na regulação de peso, as cate-

quinas presentes no chá podem aumentar e prolongar o efeito estimulante da noradrenalina no metabolismo ener-
gético e de lipídeos. 44, 45

Licorice (Glycyrrhiza glabra): os flavonoides provenientes do alcaçuz têm efeitos na redução de gordura abdo-

minal, possivelmente mediada por meio da ativação da peroxisoma proliferador- ativado receptor-γ (PPAR-γ). 46, 47

Óleo de cártamo (Carthamus tinctorius L): ingestão desse óleo (rico em gorduras poli-insaturadas) eleva a ter-

mogênese por aumentar a atividade simpática do tecido marrom. Seu consumo aumenta a atividade da lipase lipo-
proteica resultando em elevação da taxa de oxidação de gordura e na redução dos níveis séricos de triglicerídeos,

além de reduzir a estimulação da insulina e aumentar a oxidação de gorduras livres. 48, 49, 50

422
Termogênicos

REFERÊNCIAS

1. FREITAS, H. C. P.; NAVARRO, F. O chá verde induz o emagrecimento e auxilia no tratamento da obesidade e

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427
APÊNDICE
Legislação

428
Legislação

LEI Nº 8.234, DE 17 DE SETEMBRO DE 1.991 (DOU 18/09/1991)

REGULAMENTA A PROFISSÃO DE NUTRICIONISTA E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. A designação e o exercício da profissão de Nutricionista, profissional de saúde, em qualquer de suas

áreas, são privativos dos portadores de diploma expedido por escolas de graduação em nutrição, oficiais ou
reconhecidas, devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Educação e regularmente inscrito no

Conselho Regional de Nutricionistas da respectiva área de atuação profissional.

Parágrafo Único. Os diplomas de cursos equivalentes, expedidos por escolas estrangeiras iguais ou

assemelhadas, serão revalidados na forma da lei.

Art. 2º. A carteira de Identidade Profissional, emitida pelo Conselho Regional de Nutricionistas da respectiva
jurisdição, é, para quaisquer efeitos, o instrumento hábil de identificação civil e de comprovação de habilitação
profissional do nutricionista, nos termos da Lei nº 6.206, de 7 de maio de 1975, e da Lei nº 6.583, de 20 de outubro

de 1978.

Art. 3º. São atividades privativas dos nutricionistas:

I - direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação em nutrição;

II - planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de alimentação e nutrição;

III - planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de estudos dietéticos;

IV - ensino das matérias profissionais dos cursos de graduação em nutrição;

429
Legislação

V - ensino das disciplinas de nutrição e alimentação nos cursos de graduação da área de saúde e outras afins;

VI - auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética;

VII - assistência e educação nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições

públicas e privadas e em consultório de nutrição e dietética;

VIII - assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e a nível de consultórios de nutrição e dietética,

prescrevendo, planejando, analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos.

Art. 4º. Atribuem-se, também, aos nutricionistas as seguintes atividades, desde que relacionadas com
alimentação e nutrição humanas:

I - elaboração de informes técnico-científicos;

II - gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produtos alimentícios;

III - assistência e treinamento especializado em alimentação e nutrição;

IV - co ntrole de qualidade de gêneros e produtos alimentícios;

V - atuação em marketing na área de alimentação e nutrição;

VI - estudos e trabalhos experimentais em alimentação e nutrição;

VII - prescrição de suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta;

VIII - solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico;

IX - participação em inspeções sanitárias relativas a alimentos;

X - análises relativas ao processamento de produtos alimentícios industrializados;

XI - participação em projetos de equipamentos e utensílios na área de alimentação e nutrição.

Parágrafo Único. É obrigatória a participação de nutricionistas em equipes multidisciplinares, criadas por

entidades públicas ou particulares e destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, implementar, executar e


avaliar políticas, programas, cursos nos diversos níveis, pesquisas ou eventos de qualquer natureza, direta ou

430
Legislação

indiretamente relacionados com alimentação e nutrição, bem como elaborar e revisar legislação e códigos próprios

desta área.

Art. 5º. A fiscalização do exercício da profissão de Nutricionista compete aos Conselhos Federal e Regionais de

Nutricionistas, na forma da Lei nº 6.583, de 20 de outubro de 1978, ressalvadas as atividades relacionadas ao

ensino, adstritas à legislação educacional própria.

Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967.

Brasília, em 17 de setembro de 1991; 170º da Independência e 103º da República.

FERNANDO COLLOR

Antonio Magri

431
Legislação

AS LEGISLAÇÕES PERTINENTES À FITOTERÁPICOS E SUA PRESCRIÇÃO SÃO:

RESOLUÇÃO RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004

Determina a publicação da "LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS".

O Adjunto da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição, que lhe con-

fere a Portaria n.º 13, de 16 de janeiro de 2004, considerando o disposto no art.111, inciso II, alínea "a" § 3º do

Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezem-
bro de 2000, considerando que a matéria foi submetida à apreciação da Diretoria Colegiada, que a aprovou em

reunião realizada em 8 de março de 2004, resolve:

Art. 1º Determinar a publicação da "LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS", anexo.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

DAVI RUMEL

LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS

ANEXO I - Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos

Nomenclatura botânica Aesculus hippocastanum L. 1


Nome popular Castanha da Índia

Parte usada Sementes

Padronização/Marcador Escina

Formas de uso Extratos


Indicações / Ações terapêuticas Fragilidade capilar, insuficiência venosa

Dose Diária 32 a 120 mg de escina

Via de Administração Oral


Restrição de uso Venda sem prescrição médica

432
Legislação

Nomenclatura botânica Allium sativum L. 2


Nome popular Alho
Parte usada Bulbo
Padronização/Marcador Aliina ou Alicina
Formas de uso Tintura, óleo, extrato seco
Indicações / Ações terapêuticas Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial
leve; prevenção da aterosclerose
Dose Diária Equivalente a 6-10 mg aliina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Aloe vera ( L.) Burm f. 3


Nome popular Babosa ou áloe
Parte usada folhas - gel mucilaginoso
Padronização/Marcador 0,3% polissacarídeos totais
Formas de uso Creme, gel
Indicações / Ações terapêuticas Tratamento de queimaduras térmicas (1o e 2o graus) e de radiação
Dose Diária Preparação com 35 a 70% do gel duas vezes ao dia
Via de Administração Tópico
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Arctostaphylos uva-ursi Spreng. 4


Nome popular Uva-ursi
Parte usada Folha
Padronização/Marcador Quinonas calculadas em arbutina
Formas de uso Extratos, tinturas
Indicações / Ações terapêuticas Infecções do trato urinário
Dose Diária 400 a 840 mg quinonas (arbutina)
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica; não utilizar continuamente por mais
de 1 semana nem por mais de 5 semanas/ano; não usar em crian-
ças com menos de 12 anos

433
Legislação

Nomenclatura botânica Calendula officinalis L. 5


Nome popular Calêndula
Parte usada Flores
Padronização/Marcador Flavonóides totais expressos em quercetina ou hiperosídeos;
Formas de uso Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas Cicatrizante, anti-inflamatório
Dose Diária 8,8-17,6 mg de flavonóides
Via de Administração Tópico
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Centella asiática (L.) Urban, Hydro- 6


cotile siática L.
Nome popular Centela, ?Gotu kola?
Parte usada Caule e Folhas
Padronização/Marcador Ácidos triterpênicos (asiaticosídeos, madecassosídeo)
Formas de uso Extrato seco
Indicações / Ações terapêuticas Insuficiência venosa dos membros inferiores
Dose Diária 6,6-13,6 mg de asiaticosídeos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. 7


Nome popular Cimicífuga
Parte usada Raiz ou rizoma
Padronização/Marcador 27-deoxyacteína ou ácido isoferúlico
Formas de uso Extratos
Indicações / Ações terapêuticas Sintomas do climatério
Dose Diária 1-8 mg de 27-deoxyacteína
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

434
Legislação

Nomenclatura botânica Cynara scolymus L. 8


Nome popular Alcachofra
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Cinarina ou Derivados do ácido cafeoilquínico expressos em Ácido
Clorogênico
Formas de uso Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas Colerético, colagogo
Dose Diária 7,5 mg a 12,5 mg de cinarina ou derivados
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Echinacea purpurea Moench 9


Nome popular Equinácea
Parte usada Caule e Folhas (partes aéreas)
Padronização/Marcador Derivados do ácido cafeico - ác. Clorogênico, ác. Chicórico
Formas de uso Extratos
Indicações / Ações terapêuticas Preventivo e coadjuvante na terapia de resfriados e infecções do
trato respiratório urinário
Dose Diária 12-31 mg de ácido Chicórico
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Ginkgo biloba L. 10


Nome popular Ginkgo
Parte usada Folhas, partes aéreas (caule e flores)
Padronização/Marcador Extrato a 24% ginkgoflavonóides (Quercetina, Kaempferol, Isorham-
netina), 6% de terpenolactonas (Bilobalide, Ginkgolide A,B,C,E)
Formas de uso Extrato
Indicações / ações terapêuticas Vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de distúrbios circulató-
rios; distúrbios circulatórios periféricos (claudicação intermitente),
insuficiência vascular cerebral
Dose Diária 80-240 mg de extrato padronizado, em 2 ou 3 tomadas ou 28,8-
57,6 mg de ginkgoflavonóides e 7,20-14,4 mg de terpenolactonas.
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

435
Legislação

Nomenclatura botânica Hypericum perforatum L. 11


Nome popular Hipérico
Parte usada Partes aéreas
Padronização/Marcador Hipericinas totais
Formas de uso Extratos, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Estados depressivos leves a moderados, não endógenos
Dose Diária 0,9 a 2.7 mg hipericinas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Matricaria recutita L. 12


Nome popular Camomila
Parte usada Capítulos
Padronização/Marcador Apigenina –7 – glucosídeo
Formas de uso Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas Antiespasmódico, anti-inflamatório tópico, distúrbios digestivos, in-
sônia leve.
Dose Diária 4 a 24 mg de Apigenina –7 – glucosídeo
Via de Administração Oral e tópico, tintura apenas tópico
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. 13


Nome popular Espinheira-Santa
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Taninos totais
Formas de uso Extratos, tintura,
Indicações / Ações terapêuticas Dispepsias, coadjuvante no tratamento de úlcera gástrica
Dose Diária 60 a 90 mg taninos / dia
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

436
Legislação

Nomenclatura botânica Melissa officinalis L. 14


Nome popular Melissa, Erva-cidreira
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Ácidos hidroxicinâmicos calculados como ácido rosmarínico
Formas de uso Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas Carminativo, antiespasmódico, distúrbios do sono
Dose Diária 60-180 mg de ácido rosmarínico
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Mentha piperita L. 15


Nome popular Hortelã-pimenta
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Mentol 30%-55% e mentona 14%-32%
Formas de uso Óleo essencial
Indicações / Ações terapêuticas Carminativo, expectorante, cólicas intestinais
Dose Diária óleo 0,2g a 0,8 g
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Panax ginseng C. A. Mey. 16


Nome popular Ginseng
Parte usada Raiz
Padronização/Marcador Ginsenosídeos
Formas de uso Extratos, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Estado de fadiga física e mental, adaptógeno
Dose Diária 5mg a 30 mg de ginsenosídeos totais (Rb1, Rg1)
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica (utilizar por no máximo 3 meses)

437
Legislação

Nomenclatura botânica Passiflora incarnata L. 17


Nome popular Maracujá, Passiflora
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Flavonóides totais expressos na forma de isovitexina ou vitexina
Formas de uso Tintura, extratos
Indicações / Ações terapêuticas Sedativo
Dose Diária 25mg a 100 mg de vitexina/isovitexina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Paullinia cupana H.B.&K. 18


Nome popular Guaraná
Parte usada Sementes
Padronização/Marcador Trimetilxantinas (cafeína)
Formas de uso Extratos, tinturas
Indicações / Ações terapêuticas Astenia, estimulante do SNC
Dose Diária 15 a 70 mg de cafeína
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Peumus boldus Molina 19


Nome popular Boldo, Boldo-do-Chile
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Alcalóides totais calculados como boldina
Formas de uso Tintura e extratos
Indicações / Ações terapêuticas Colagogo, colerético, tratamento sintomático de distúrbios gastroin-
testinais espásticos
Dose Diária 2 a 5 mg de boldina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

438
Legislação

Nomenclatura botânica Pimpinella anisum L. 20


Nome popular Erva-doce, Anis
Parte usada Frutos
Padronização/Marcador Trans-anetol
Formas de uso Tinturas, extratos
Indicações / Ações terapêuticas Antiespasmódico, carminativo, expectorante, distúrbios dispépticos;
Dose Diária 0-1 ano: 16-45mg de trans-anetol; 1-4 anos: 32-90 mg de trans-
anetol; adultos: 80-225mg de trans-anetol
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica oficial Piper methysticum Forst. F. 21


Nome popular Kava-kava
Parte usada Rizoma
Padronização/Marcador Kavapironas Kavalactonas
Formas de uso Extratos, tintura,
Indicações / Ações terapêuticas Ansiedade, insônia, tensão nervosa, agitação
Dose Diária 60-120 mg de kavapironas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica – utilizar no máximo por 2 meses

Nomenclatura botânica Rhamnus purshiana DC. 22


Nome popular Cáscara Sagrada
Parte usada Casca
Padronização/Marcador Cascarosídeo A
Formas de uso Extratos,Tintura
Indicações / Ações terapêuticas Constipação ocasional
Dose Diária 20-30 mg cascarosídeo A
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

439
Legislação

Nomenclatura botânica Salix alba L. 23


Nome popular Salgueiro branco
Parte usada Casca
Padronização/Marcador Salicina
Formas de uso Extratos,
Indicações / Ações terapêuticas Antitérmico, antiinflamatório, analgésico
Dose Diária 60-120 mg de salicina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Senna lexandrina Mill. 24


Nome popular Sene
Parte usada Folhas e frutos
Padronização/Marcador Derivados hidroxiantracênicos (calculados como senosídeo B)
Formas de uso Extratos
Indicações / Ações terapêuticas Laxativo
Dose Diária 10-30 mg de derivados hidroxiantracênicos (calculados como senosí-
deo B)
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Serenoa repens 25


Nome popular Saw palmetto
Parte usada Frutos
Padronização/Marcador Ácidos graxos
Formas de uso Extrato
Indicações / Ações terapêuticas Hiperplasia benigna da próstata
Dose Diária 272mg a 304 mg de ácidos graxos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

440
Legislação

Nomenclatura botânica Symphytum officinale L. 26


Nome popular Confrei
Parte usada Partes aéreas e raízes
Padronização/Marcador Alantoína
Formas de uso Extrato
Indicações / Ações terapêuticas Cicatrizante
Dose Diária Preparação com 5% a 20% da droga seca
Via de Administração Tópico
Restrição de uso Venda sem prescrição médica. Utilizar por no máximo 4-6 sema-
nas / ano

Nomenclatura botânica Tanacetum parthenium Sch. Bip. 27


Nome popular Tanaceto
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Partenolídeos
Formas de uso Extratos, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Profilaxia da enxaqueca
Dose Diária 0,2-1 mg de partenolídeos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Zingiber officinale Rosc. 28


Nome popular Gengibre
Parte usada Rizomas
Padronização/Marcador Gingeróis (6-gingerol, 8-gingerol, 10-gingerol, 6-shogaol, capsaicin)
Formas de uso Extratos
Indicações / Ações terapêuticas Profilaxia de náuseas causada por movimento (cinetose) e pós-
cirúrgicas
Dose Diária Crianças acima de 6 anos: 4-16mg de gingeróis; adulto: 16-32mg de
gingeróis
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

441
Legislação

Nomenclatura botânica Valeriana officinalis 29


Nome popular Valeriana
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Sesquiterpenos (ácido valerênico, ácido acetoxivalerênico)
Formas de uso Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Insônia leve, sedativo, ansiolítico
Dose Diária 0,8-0,9 mg de sesquiterpenos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda com prescrição médica

Nomenclatura botânica Mikania glomerata Sprengl. 30


Nome popular Guaco
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador cumarina
Formas de uso Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Expectorante, broncodilatador
Dose Diária 0,525-4,89 mg de cumarina
Via de Administração oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Hamamelis virginiana 31


Nome popular Hamamelis
Parte usada Folha
Padronização/Marcador Taninos
Formas de uso Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Hemorróidas – uso interno; hemorróidas externas, equimoses – uso
externo
Dose Diária 160-320 mg taninos
Via de Administração Oral e tópica
Restrição de uso Venda com prescrição médica

442
Legislação

Nomenclatura botânica Polygala senega 32


Nome popular Polígala
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Saponinas triterpenicas
Formas de uso Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Bronquite crônica, faringite
Dose Diária 18-33 mg de saponinas triterpenicas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Eucalyptus globulus 33


Nome popular Eucalipto
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Cineol
Formas de uso Óleo , extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Antisséptico e antibacteriano das vias aéreas superiores; expecto-
rante
Dose Diária 14 – 42,5 mg cineol
Via de Administração Oral
Restrição de uso Sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Arnica Montana 34


Nome popular Arnica
Parte usada Sumidades floridas
Padronização/Marcador Lactonas sesquiterpênicas totais
Formas de uso Extrato, tintura
Indicações / Ações terapêuticas Equimoses, hematomas, contusões em geral
Dose Diária Tintura: 1 mg/ml de lactonas sesquiterpênicas, diluir de 3 a 10x; Cre-
mes e pomadas : 0,20-0,25 mg/mg de lactonas sesquiterpênicas;
Via de Administração Tópica
Restrição de uso Venda sem prescrição; não usar em ferimentos abertos

443
Legislação

INSTRUÇÃO NORMATIVA SF/SUREM Nº 5, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2008

Aprova a Declaração Anual de Movimento Econômico –DAME Estimativa – do exercício de 2008 (ano-base

2007), por meio eletrônico.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FINANÇAS, no uso de suas atribuições legais e com fundamento

no artigo 8º da Lei nº 8.809, de 31 de outubro de 1978, com a redação dada pelo artigo

19 da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, e no § 3º do artigo 21 do Decreto nº 44.540,

de 29 de março de 2004,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o programa de computador (software) “Declaração Anual de Movimento Econômico”

– DAME, relativa ao exercício de 2008, ano-base 2007, para preenchimento e comunicação via internet.

Art. 2º Devem entregar a DAME, relativa ao exercício de 2008, ano-base 2007, todos os contribuintes

enquadrados no regime de recolhimento por estimativa do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS,

na totalidade ou fração do período compreendido entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2007, nos códi-
gos de serviço 01902, 02151, 03751, 04391, 04510, 04588, 05177, 05657, 05762, 06815, 06963, 07005, 07013,

07056, 07099, 07331, 07439, 07455, 07498, 07510, 07560, 07617, 07641, 07676, 07765, 07773, 07803, 07811,

07846, 08125, 08133, 08168, 08176, 08192, 08214, 08230, 08320, 08478, 08494, 08516, 08532, 08567 e 08885.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo aos contribuintes que optaram pela emissão

da Nota Fiscal Eletrônica de Serviços (NF-e) no exercício 2007.

Art. 3º Observado o disposto no artigo 2º desta Instrução Normativa, estão dispensados da

entrega da DAME os contribuintes que:

I – no ano-base 2007, tiveram sua inscrição cancelada junto ao CCM;

II – no ano-base 2007, tiveram todos os códigos de serviço estimados excluídos junto ao CCM;

444
Legislação

III – estiveram enquadrados no regime de estimativa nos códigos de serviço relacionados no artigo 2º desta Ins-

trução Normativa e, sendo optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento

de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES, como microem-
presa, nos termos da Lei Federal nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, foram suspensos do regime de estimativa no

período de 1º de janeiro de 2007 a 30 de junho de 2007 por decisão administrativa e ingressaram no Regime Espe-

cial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno

Porte—Simples Nacional, nos termos da Lei

Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 4º A declaração deverá conter:

I – os dados cadastrais do prestador de serviço, incluindo todos os códigos de serviço cadastrados

junto ao CCM ao longo do ano-base 2007 e a identificação dos códigos estimados;

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 5 DE 11 DE DEZEMBRO DE 2008

D.O.U. nº 242, de 12 de dezembro de 2008 p.56 a 58

Determina a publicação da "LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO".

O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem o De-
creto de nomeação, de 4 de janeiro de 2008, do Presidente da República, e o inciso X do art. 13 do Regulamento da

ANVISA, aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, tendo em vista o disposto no inciso VIII do art. 16

e no inciso II, § 2º do art. 55 do Regimento Interno da ANVISA, aprovado nos termos do Anexo I da Portaria n.º 354,

de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e:

considerando a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovada por meio do Decreto n.º 5.813,

de 22 de junho de 2006;

considerando que os medicamentos obtidos a partir das espécies vegetais que integram a "LISTA DE MEDICA-

MENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO", nas condições ali definidas, não necessitam validar suas

indicações terapêuticas e segurança de uso;

445
Legislação

considerando a necessidade de atualização periódica das normas que regulam o registro de medicamentos fito-

terápicos, resolve:

Art. 1º Determinar a publicação da "LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO",


conforme anexo.

§ 1º As atualizações da "LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO" serão periodi-

camente publicadas no site da ANVISA no link http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/fitoterápicos/index.htm.

§ 2º Para solicitações de registro e alterações de registro protocoladas na ANVISA até a data da publicação desta
Instrução Normativa, que impliquem em necessidade de novo desenvolvimento de produto e/ou nova metodologia
analítica e/ou nova validação e/ou novo estudo de estabilidade, será dado um prazo de até 360 dias para adequa-
ção contados a partir da publicação desta Instrução Normativa.

§ 3º Para as petições de renovação de registro que venham a ocorrer em até 360 dias após a publicação desta
Instrução Normativa que implique em necessidade de novo desenvolvimento de produto e/ou metodologia analíti-
ca e/ou nova validação e/ou novo estudo de estabilidade, a adequação poderá ocorrer até a renovação imediata-

mente após os 360 dias contados a partir da publicação desta Instrução Normativa.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogando o disposto na Resolução
RE n.º 89, de 16 de março de 2004.

DIRCEU RAPOSO DE MELLO

ANEXO - LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO

446
Legislação

Nomenclatura botânica Aesculus hippocastanum L. 1


Nome popular Castanha da Índia
Parte usada Sementes
Padronização/Marcador Escina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Fragilidade capilar, insuficiência venosa
Dose Diária 32 a 120 mg de escina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Allium sativum L. 2


Nome popular Alho
Parte usada Bulbo
Padronização/Marcador Alicina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura/óleo
Indicações/Ações terapêuticas Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arteri-
al leve, auxiliar na prevenção da aterosclerose
Dose Diária 2,7 a 4,1 mg de alicina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

447
Legislação

Nomenclatura botânica Aloe vera (L.) Burm f. 3


Nome popular Babosa ou áloe
Parte usada Gel mucilaginoso das folhas
Padronização/Marcador Polissacarídeos totais
Derivado de droga vegetal Extrato obtido do gel
Indicações/Ações terapêuticas Cicatrizante nas lesões provocadas por queimaduras térmicas (1°
e 2º graus) e radiação
Concentração da forma farmacêutica 0,03 a 0,2 mg de polissacarídeos totais por 100 mg
Via de Administração Tópica
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Arctostaphylos uva-ursi 4


Spreng.
Nome popular Uva-ursi
Parte usada Folha
Padronização/Marcador Derivados de hidroquinonas expressos em arbutina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Infecções do trato urinário
Dose Diária 400 a 840 mg de derivados de hidroquinonas expressos em arbu-
tina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica. Não utilizar continuamente por
mais de uma semana nem por mais de cinco semanas/ano. Não
usar em crianças com menos de 12 anos

448
Legislação

Nomenclatura botânica Arnica montana L. 5


Nome popular Arnica
Parte usada Capítulo floral
Padronização/Marcador Lactonas sesquiterpênicas totais expressas em helenalina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Equimoses, hematomas e contusões
Concentração da forma farmacêutica 0,16 a 0,20 mg de lactonas sesquiterpênicas totais expressas em
helenalina por grama ou 0,08 mg de lactonas sesquiterpênicas to-
tais expressas em helenalina por ml
Via de Administração Tópica
Restrição de uso Venda sem prescrição médica. Não usar em ferimentos abertos

Nomenclatura botânica Calendula officinalis L. 6


Nome popular Calêndula
Parte usada Flores
Padronização/Marcador Flavonóides totais expressos em hiperosídeos;
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Cicatrizante, antiinflamatório
Concentração da forma farmacêutica 1,6 a 5,0 mg de flavonóides totais expressos em hiperosídeos por
100 g ou 0,8 a 1,0 mg de flavonóides totais expressos em hiperosí-
deos por ml
Via de Administração Tópica
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Centella asiatica (L.) Urban, 7


Nome popular Centela, Centela-asiática
Parte usada Partes aéreas
Padronização/Marcador Derivados triterpênicos totais expressos em asiaticosídeo
Derivado de droga vegetal Extratos
Indicações/Ações terapêuticas Insuficiência venosa dos membros inferiores
Dose Diária 6,6 a 13,6 mg de derivados triterpênicos totais expressos em asiati-
cosídeo
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

449
Legislação

Nomenclatura botânica Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. 8


Nome popular Cimicífuga
Parte usada Raiz ou rizoma
Padronização/Marcador Glicosídeos triterpênicos expressos em 26-deoxiacteína
Derivado de droga vegetal Extratos
Indicações/Ações terapêuticas Sintomas do climatério
Dose Diária 2 a 7 mg de glicosídeos triterpênicos expressos em 26-deoxiacteína
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Cynara scolymus L. 9


Nome popular Alcachofra
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Derivados do ácido cafeoilquínico expressos em ácido clorogênico
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Colerético, colagogo
Dose Diária 7,5 a 12,5 mg de derivados do ácido cafeoilquínico expressos em
ácido clorogênico
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Echinacea purpurea Moench 10


Nome popular Equinácea
Parte usada Partes aéreas floridas
Padronização/Marcador Fenóis totais expressos em ácido caftárico, ácido chicórico, ácido
clorogênico e equinacosídeo
Derivado de droga vegetal Extratos
Indicações/Ações terapêuticas Preventivo e coadjuvante na terapia de resfriados e infecções do
trato respiratório e urinário
Dose Diária 13 a 36 mg de fenóis totais expressos em ácido caftárico, ácido chi-
córico, ácido clorogênico e equinacosídeo
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

450
Legislação

Nomenclatura botânica Eucalyptus globulus Labill. 11


Nome popular Eucalipto
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Cineol
Derivado de droga vegetal Óleo essencial/extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Anti-séptico e antibacteriano das vias aéreas superiores, expec-
torante
Dose Diária 14 a 42,5 mg de cineol
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Ginkgo biloba L. 12


Nome popular Ginkgo
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Ginkgoflavonóides (22 a 27%), determinados como quercetina,
kaempferol e isorhamnetina; e terpenolactonas (5 a 7%), deter-
minadas como ginkgolídeos A, B, C, J e bilobalídeos
Derivado de droga vegetal Extratos
Indicações/Ações terapêuticas Vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de distúrbios circula-
tórios; distúrbios circulatórios periféricos (claudicação intermi-
tente), insuficiência vascular cerebral
Dose Diária 26,4 a 64,8 mg de ginkgoflavonóides e 6 a 16,8 mg de terpeno-
lactonas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Glycyrrhiza glabra L. 13


Nome popular Alcaçuz
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Ácido glicirrizínico
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Expectorante, coadjuvante no tratamento de úlceras gástricas e
duodenais
Dose Diária 60 a 200 mg de ácido glicirrizínico (expectorante); 200 a 600 mg
de ácido glicirrizínico (úlceras gástricas e duodenais)
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica. Não utilizar continuamente por
mais de seis semanas sem acompanhamento médico.

451
Legislação

Nomenclatura botânica Hamamelis virginiana L. 14


Nome popular Hamamélis
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Taninos
Derivado de droga vegetal Extrato/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Uso interno: hemorróidas Uso tópico: hemorróidas externas, equi-
moses
Concentração da forma farmacêuti- 0,35 a 1,0 mg de taninos por 100 mg ou 3,5 a 10 mg de taninos por
ca ml
Via de Administração Tópica e interna
Restrição de uso Venda sem prescrição médica.

Nomenclatura botânica Hypericum perforatum L. 15


Nome popular Hipérico
Parte usada Partes aéreas
Padronização/Marcador Hipericinas totais expressas em hipericina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Estados depressivos leves a moderados
Dose Diária 0,9 a 2,7 mg hipericinas totais expressas em hipericina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Matricaria recutita L. 16


Nome popular Camomila
Parte usada Capítulos florais
Padronização/Marcador Apigenina -7- glicosídeo
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Uso oral: antiespasmódico intestinal, dispepsias funcionais Uso tópi-
co: antiinflamatório
Dose Diária Uso oral: 4 a 24 mg de apigenina -7- glicosídeo
Concentração da forma farmacêuti- Uso tópico: 0,009 a 0,03 mg de apigenina 7-glicosídeo por 100 mg
ca ou 0,015 mg de apigenina 7-glicosídeo por ml
Via de Administração Oral e tópica, tintura apenas tópica
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

452
Legislação

Nomenclatura botânica Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. 17


Nome popular Espinheira-Santa
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Taninos totais
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Dispepsias, coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera gastro-
duodenal
Dose Diária 60 a 90 mg taninos totais
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Melissa officinalis L. 18


Nome popular Melissa, Erva-cidreira
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Ácidos hidroxicinâmicos expressos em ácido rosmarínico
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Carminativo, antiespasmódico, ansiolítico leve
Dose Diária 60 a 180 mg de ácidos hidroxicinâmicos expressos em ácido ros-
marínico
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Mentha piperita L. 19


Nome popular Hortelã-pimenta
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador 30% a 55% de mentol e 14% a 32% de mentona
Derivado de droga vegetal Óleo essencial
Indicações/Ações terapêuticas Carminativo, antiespasmódico intestinal, expectorante
Dose Diária 60 a 440 mg de mentol e 28 a 256 mg de mentona.
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

453
Legislação

Nomenclatura botânica Mikania glomerata Sprengl. 20


Nome popular Guaco
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Cumarina
Derivado de droga vegetal Extrato/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Expectorante, broncodilatador
Dose Diária 0,5 a 5 mg de cumarina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Panax ginseng C. A. Mey. 21


Nome popular Ginseng
Parte usada Raiz
Padronização/Marcador Ginsenosídeos totais (Rb1, Rg1)
Derivado de droga vegetal Extratos, tintura
Indicações/Ações terapêuticas Estado de fadiga física e mental, adaptógeno
Dose Diária 5 a 30 mg de ginsenosídeos totais (Rb1, Rg1)
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica. Utilizar por no máximo três meses.

Nomenclatura botânica Passiflora incarnata L. 22


Nome popular Maracujá, Passiflora
Parte usada Partes aéreas
Padronização/Marcador Flavonóides totais expressos em vitexina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Ansiolítico leve
Dose Diária 20 a 64 mg de flavonóides totais expressos em vitexina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

454
Legislação

Nomenclatura botânica Paullinia cupana H.B.&K. 23


Nome popular Guaraná
Parte usada Sementes
Padronização/Marcador Trimetilxantinas (cafeína)
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Psicoestimulante/astenia
Dose Diária 15 a 70 mg de trimetilxantinas (cafeína)
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Peumus boldus Molina 24


Nome popular Boldo, Boldo-do-Chile
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Alcalóides totais expressos em boldina
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Colagogo, colerético, dispepsias funcionais, distúrbios gastrointesti-
nais espásticos
Dose Diária 2 a 5 mg alcalóides totais expressos em boldina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Pimpinella anisum L. 25


Nome popular Erva-doce, Anis
Parte usada Frutos
Padronização/Marcador Trans-anetol
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Expectorante, antiespasmódico, carminativo, dispepsias funcionais
Dose Diária 0-1 ano: 16 a 45 mg de trans-anetol; 1-4 anos: 32 a 90 mg de trans-
anetol; adultos: 80 a 225 mg de trans-anetol
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

455
Legislação

Nomenclatura botânica oficial Piper methysticum G. Forst. 26


Nome popular Kava-kava
Parte usada Rizoma
Padronização/Marcador Kavapironas
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Ansiolítico/ansiedade e insônia
Dose Diária 60 a 210 mg de kavapironas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica. Utilizar no máximo por dois meses.

Nomenclatura botânica Polygala senega L. 27


Nome popular Polígala
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Saponinas triterpênicas
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Bronquite crônica, faringite
Dose Diária 18 a 33 mg de saponinas triterpênicas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Rhamnus purshiana DC. 28


Nome popular Cáscara Sagrada
Parte usada Casca
Padronização/Marcador Cascarosídeo A
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Constipação ocasional
Dose Diária 20 a 30 mg de cascarosídeo A
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica. Não utilizar continuamente por mais
de uma semana.

456
Legislação

Nomenclatura botânica Salix alba L. 29


Nome popular Salgueiro branco
Parte usada Casca
Padronização/Marcador Salicina
Derivado de droga vegetal Extratos
Indicações/Ações terapêuticas Antitérmico, antiinflamatório, analgésico
Dose Diária 60 a 120 mg de salicina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Sambucus nigra L. 30


Nome popular Sabugueiro
Parte usada Flores
Padronização/Marcador Flavonóides totais expressos em isoquercitrina
Formas de uso Extratos/tintura
Indicações / Ações terapêuticas Mucolítico/expectorante, tratamento sintomático de gripe e resfri-
ado
Dose Diária 80 a 120 mg de flavonóides totais expressos em isoquercitrina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

Nomenclatura botânica Senna alexandrina Mill., Cassia an-


31
gustifólia Vahl ou Cassia senna L.
Nome popular Sene
Parte usada Folhas e frutos
Padronização/Marcador Derivados hidroxiantracênicos expressos em senosídeo B
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Laxativo
Dose Diária 10 a 30 mg de derivados hidroxiantracênicos expressos em seno-
sídeo B
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

457
Legislação

Nomenclatura botânica Serenoa repens (Bartram) 32


J.K. Small
Nome popular Saw palmetto
Parte usada Frutos
Padronização/Marcador Ácidos graxos
Derivado de droga vegetal Extrato
Indicações/Ações terapêuticas Hiperplasia benigna de próstata e sintomas associados
Dose Diária 272 a 304 mg de ácidos graxos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Symphytum officinale L. 33


Nome popular Confrei
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Alantoína
Derivado de droga vegetal Extrato
Indicações/Ações terapêuticas Cicatrizante, equimoses, hematomas e contusões
Concentração da forma farmacêutica 0,03 a 0,16 mg de alantoína por 100 mg.
Via de Administração Tópica
Restrição de uso Venda sem prescrição médica. Utilizar por no máximo 4-6 sema-
nas/ano. Utilizar somente em lesões localizadas, quando aber-
tas.

Nomenclatura botânica Tanacetum parthenium Sch. 34


Bip.
Nome popular Tanaceto
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Partenolídeos
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Profilaxia da enxaqueca
Dose Diária 0,2 a 0,6 mg de partenolídeos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica. Não usar de forma contínua.

458
Legislação

Nomenclatura botânica Valeriana officinalis L. 35


Nome popular Valeriana
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerênico
Derivado de droga vegetal Extratos/tintura
Indicações/Ações terapêuticas Sedativo moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do
sono associados à ansiedade
Dose Diária 1,0 a 7,5 mg de ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerê-
nico
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica

Nomenclatura botânica Zingiber officinale Rosc. 36


Nome popular Gengibre
Parte usada Rizomas
Padronização/Marcador Gingeróis (6-gingerol, 8-gingerol, 10-gingerol, 6-shogaol)
Derivado de droga vegetal Extratos
Indicações/Ações terapêuticas Profilaxia de náuseas causada por movimento (cinetose) e pós-
cirúrgicas
Dose Diária Crianças acima de 6 anos: 4 a 16mg de gingeróis; adulto: 16 a
32mg de gingeróis
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica

459
Legislação

RESOLUÇÃO - RDC Nº 10, DE 9 DE MARÇO DE 2010

Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá ou-

tras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso

IV do art. 11 do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista

o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria
Nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada

em 8 de março de 2010, considerando as disposições contidas na Lei Nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define

o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a ANVISA, e dá outras providências, em especial à competência esta-
belecida pelo inciso III do art. 7º dessa Lei que confere à Agência atribuição para estabelecer normas, propor, acom-
panhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de vigilância sanitária;

considerando o Decreto Nº 5.813, de 22 de junho de 2006, que aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais

e Fitoterápicos no país;

considerando a Portaria GM/MS Nº 971, de 3 de maio de 2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Inte-
grativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS),

considerando a Portaria Interministerial Nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, que aprova o Programa Nacional

de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos;

e considerando a necessidade de contribuir para a construção do marco regulatório para produção, distribuição

e uso de plantas medicinais, particularmente sob a forma de drogas vegetais, a partir da experiência da sociedade
civil nas suas diferentes formas de organização, de modo a garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualida-
de no acesso a esses produtos, adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, deter-

mino a sua publicação:

Seção I

Das disposições iniciais

460
Legislação

Art. 1º Fica instituída a notificação de drogas vegetais no âmbito da ANVISA, assim consideradas as plantas me-

dicinais ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêuti-

ca, após processos de coleta ou colheita, estabilização e secagem, íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas,
relacionadas no Anexo I desta Resolução.

§1º. O disposto nesta Resolução se aplica aos produtos classificados como drogas vegetais relacionadas no Ane-

xo I dessa Resolução.

§2º. A fabricação, a importação e a comercialização dos produtos de que trata o parágrafo anterior ficam sujei-

tos ao disposto nessa Resolução, devendo-se adotar, integral e exclusivamente, as informações padronizadas do

Anexo I dessa Resolução.

§3º. As plantas medicinais in natura cultivadas em hortos comunitários e Farmácias Vivas reconhecidas junto a
órgãos públicos e as drogas vegetais manipuladas em farmácias de manipulação não estão sujeitas à notificação

instituída por esta Resolução, devendo atender às condições estabelecidas em regulamento próprio.

§4º. O Anexo I dessa Resolução estará disponível no site da ANVISA.

Art. 2º As drogas vegetais relacionadas no Anexo I são produtos de venda isenta de prescrição médica destina-
dos ao consumidor final. Sua efetividade encontra-se amparada no uso tradicional e na revisão de dados disponí-

veis em literatura relacionada ao tema.

§ 1º. Os produtos de que trata esta Resolução destinam-se ao uso episódico, oral ou tópico, para o alívio sinto-

mático das doenças relacionadas no Anexo I dessa Resolução, devendo ser disponibilizadas exclusivamente na for-

ma de droga vegetal para o preparo de infusões, decocções e macerações.

§ 2º. Não podem ser notificadas drogas vegetais em qualquer outra forma (cápsula, tintura, comprimido, extra-

to, xarope, entre outros).

Seção II

Das definições e da padronização das medidas de referência

Art. 3º Para a notificação das drogas vegetais relacionadas no Anexo I dessa Resolução são consideradas as se-

guintes definições:

461
Legislação

I - banho de assento: imersão em água morna, na posição sentada, cobrindo apenas as nádegas e o quadril ge-

ralmente em bacia ou em louça sanitária apropriada;

II - compressa: é uma forma de tratamento que consiste em colocar, sobre o lugar lesionado, um pano ou gase

limpa e umedecida com um infuso ou decocto, frio ou aquecido, dependendo da indicação de uso;

III - decocção: preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado.

Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules,
sementes e folhas coriáceas;

IV - doença de baixa gravidade: doença auto-limitante, de evolução benigna, que pode ser tratada sem acompa-
nhamento médico;

V - droga vegetal: planta medicinal ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias,
responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta ou colheita, estabilização, secagem, podendo ser ín-

tegra, rasurada ou triturada, relacionada no Anexo I dessa Resolução;

VI - folheto informativo: documento que acompanha o produto, cuja finalidade é orientar o usuário acerca da
correta utilização da droga vegetal, nos termos deste regulamento, e não pode apresentar designações, símbolos,
figuras, desenhos, imagens, slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário;

VII - gargarejo: agitação de infuso, decocto ou maceração na garganta pelo ar que se expele da laringe, não de-
vendo ser engolido o líquido ao final;

VIII - inalação: administração de produto pela inspiração (nasal ou oral) de vapores pelo trato respiratório;

IX - infusão: preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou

abafar o recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de

consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis;

X - maceração com água: preparação que consiste no contato da droga vegetal com água, à temperatura ambi-

ente, por tempo determinado para cada droga vegetal disposta no anexo I dessa Resolução.

Esse método é indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradam com o aquecimento;

XI - notificação: prévia comunicação à autoridade sanitária federal (ANVISA) referente à fabricação, importação

462
Legislação

e comercialização das drogas vegetais relacionadas no Anexo I;

XII - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos;

XIII - reação indesejada: qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após o uso de

uma determinada droga vegetal em quantidades normalmente utilizadas pelo ser humano;

XIV - uso episódico: utilização de produto para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade, de forma

não continuada, por período limitado de tempo.

XV - uso oral: forma de administração de produto utilizando ingestão pela boca;

XVI - uso tópico: aplicação do produto diretamente na pele ou mucosa; e

XVII - uso tradicional: uso alicerçado na tradição popular, sem evidências conhecidas ou informadas de risco à

saúde do usuário, cujas propriedades são validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização e

documentações científicas.

XVII - uso tradicional: uso alicerçado na tradição popular, sem evidências conhecidas ou informadas de risco à

saúde do usuário, cujas propriedades são validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização e
documentações científicas.

Art. 4º Para fins de padronização, são adotadas as seguintes medidas de referência:

I - colher das de sopa: 15 mL / 3 g;

II - colher das de sobremesa: 10 mL / 2 g;

III - colher das de chá: 5 mL / 1 g;

IV - colher das de café: 2 mL / 0,5 g;

V - xícara das de chá ou copo: 150 mL;

VI - xícara das de café: 50 mL; e

VII - cálice: 30 mL.

463
Legislação

Seção III

Da notificação e da produção de drogas vegetais

Art. 5º Somente será permitida a notificação de produto contendo apenas uma droga vegetal e de acordo com

os seguintes critérios:

I - deve ser realizada uma notificação individual por produto;

II - a notificação deve ser atualizada sempre que houver modificação em quaisquer informações prestadas por

meio da notificação eletrônica;

III - todas as notificações devem ser renovadas a cada cinco anos, no primeiro semestre do último ano do quin-
quênio de validade, com a apresentação dos requisitos previstos neste regulamento e demais legislações pertinen-

tes;

§1º. A notificação de drogas vegetais deve ser efetuada por meio do site da ANVISA.

§2º. Será disponibilizada para consulta no site da ANVISA a relação de produtos notificados e fabricantes cadas-
trados.

Art. 6º O fabricante deve adotar, integral e exclusivamente, as informações padronizadas do Anexo I e atualiza-

ções posteriores, além de seguir as Boas Práticas de Fabricação e Controle, conforme disposto em regulamento
próprio.

Parágrafo único: Apenas as empresas fabricantes, que cumprem as Boas Práticas de Fabricação e Controle

(BPFC) para medicamentos ou para drogas vegetais sob notificação, conforme regulamento específico, poderão
notificar e fabricar as drogas vegetais abrangidas por essa resolução, mediante certificado de BPFC.

Art. 7º Não é permitida a adição de substâncias isoladas, de origem vegetal ou não, derivados vegetais ou exci-
pientes às drogas vegetais notificadas.

Art. 8º Os fabricantes das drogas vegetais abrangidos por esta resolução devem apresentar metodologia, espe-
cificações e resultados dos seguintes testes de identidade e qualidade da droga vegetal no momento da notifica-

ção:

I - descrição da droga vegetal em Farmacopéias reconhecidas pela ANVISA, ou, em sua ausência, em publicação

464
Legislação

técnico-científica indexada ou laudo de identificação emitido por profissional habilitado;

II - prospecção fitoquímica, Cromatografia em Camada Delgada (CCD) ou outro método cromatográfico, acom-

panhada da respectiva imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela ANVISA, com comparação que possa ga-

rantir a identidade da droga vegetal;

III - características organolépticas;

IV - granulometria (grau de divisão) da droga;

V - teor de cinzas totais;

VI - teor de umidade/perda por dessecação;

VII - contaminantes macroscópicos;

VIII - teste limite para metais pesados;

IX - contaminantes microbiológicos, para os quais serão adotados os seguintes limites:

a) para plantas medicinais que passarão por processo extrativo

a quente (preparados por infusão e decocção):

1. Bactérias aeróbicas: máximo de 107 UFC por grama;

2. Fungos: máximo de 104 UFC por grama;

3. Escherichia coli: máximo de 10< UFC por grama;

4. outras enterobactérias: máximo de 104 UFC por grama;

5. Salmonela: ausência; e

6. Aflatoxinas: ausência. A avaliação da ausência de aflatoxinas deverá ser realizada quando for citado em mo-
nografia específica em Farmacopeia reconhecida ou quando existir citação em literatura científica da necessidade

dessa avaliação ou de contaminação da espécie por aflatoxinas;

b) para plantas medicinais que não passarão por processo extrativo a quente (preparados por maceração):

465
Legislação

1. Bactérias aeróbicas: máximo de 105 UFC por grama;

2. Fungos: máximo de 103 UFC por grama;

3. Escherichia coli: máximo de 10 UFC por grama;

4. Outras enterobactérias: máximo de 103 UFC por grama;

5. Salmonela: ausência; e

6. Aflatoxinas: ausência. A avaliação da ausência de aflatoxinas deverá ser realizada quando for citado em mo-

nografia específica em Farmacopeia reconhecida ou quando existir citação em literatura científica da necessidade
dessa avaliação ou de contaminação da espécie por aflatoxinas.

§ 1º. Para os testes exigidos por este artigo serão consideradas as metodologias dispostas na Farmacopeia Brasi-
leira, ou, em sua ausência, em outras farmacopeias reconhecidas pela ANVISA ou, nos guias referentes ao controle
de qualidade de espécies vegetais publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ou ainda métodos pró-

prios validados.

§ 2º. Os testes referentes ao controle da qualidade de drogas vegetais, quando terceirizados, deverão ser exe-
cutados em laboratórios certificados em Boas Práticas Laboratoriais (BPL) e/ou por empresas fabricantes de medi-

camentos que tenham certificado válido de Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPFC).

§ 3º. Os resultados dos testes deverão ser apresentados no ato da notificação da droga vegetal e deverão estar

disponíveis para fins de inspeção.

§ 4º. As drogas vegetais notificadas abrangidas por esta resolução terão prazo de validade de até um ano, estan-

do isentos da apresentação de testes de estabilidade.

§ 5º. Pode ser aceito um prazo de validade maior caso o fabricante apresente resultados de ensaios de estabili-
dade que garantam a manutenção das características do produto no período proposto conforme Guia para realiza-

ção de estudos de estabilidade vigente.

§ 6º. O fabricante deve garantir a manutenção da qualidade do produto durante o prazo de validade, confirma-

da por meio de laudo técnico de análise.

466
Legislação

Seção IV

Da embalagem e do folheto informativo

Art. 9º A embalagem deve garantir a proteção da droga vegetal contra contaminações e efeitos da luz e umida-

de e apresentar lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto.

Art. 10. A embalagem deve apresentar exclusivamente as seguintes informações:

I - nome do produto, no painel principal, que deverá ser composto pela nomenclatura popular escolhida dentre
as relacionadas no Anexo I dessa Resolução, seguida da nomenclatura botânica: espécie (Gênero + epíteto específi-

co);

II - a frase: "Este produto deve ser armazenado ao abrigo da luz, à temperatura ambiente e em locais secos.";

III - a frase: "PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA nos termos da RDC no ...... AFE no.....";

IV - a frase: "Este produto deve ser mantido fora do alcance de crianças.";

V - a frase: "Este produto é indicado com base no seu uso tradicional.";

VI - nome do farmacêutico responsável e respectivo número de CRF;

VII - nome do fabricante;

VIII - número do CNPJ do fabricante;

IX - endereço completo do fabricante;

X - número do SAC do fabricante;

XI - número do lote;

XII - data de fabricação;

XIII - prazo de validade;

XIV - código de barras;

XV - a frase: "Usado tradicionalmente para o alívio sintomático de", complementado pela respectiva alegação

467
Legislação

terapêutica; seguida das informações de "Contra indicações e restrições de uso", "Efeitos adversos" e "Precauções

e informações adicionais de embalagem" dispostas no Anexo I dessa Resolução para cada droga vegetal específica.

§ 1º. Caso não haja espaço suficiente na embalagem para as ,informações descritas no Inciso XV, as mesmas

deverão ser integralmente e exclusivamente disponibilizadas no folheto informativo.

§ 2º. Poderá ser adicionada uma marca para distinguir a linha de produção dentro da mesma empresa para to-
das as drogas vegetais notificadas pelo mesmo fabricante, não podendo haver nome comercial para cada droga

vegetal notificada.

§ 3º. Poderá ser adicionada uma imagem da droga vegetal notificada.

Art. 11. As seguintes informações poderão ser disponibilizadas na embalagem e, não havendo espaço suficiente,

ser integralmente e exclusivamente disponibilizadas no folheto informativo:

I - parte utilizada da droga vegetal disposta no Anexo I dessa Resolução;

II - posologia e modo de usar;

III - frases para produtos que tenham a indicação para uso infantil e para maiores de setenta anos, respectiva-

mente:

a) "Para crianças de três a sete anos, recomenda-se um quarto da dose utilizada para adultos; entre sete e doze

anos, recomenda-se metade da dose adulta";

b) "Maiores de setenta anos deverão utilizar metade da dose utilizada para adultos";

IV - a frase: "Este produto pode ser utilizado sem prescrição médica para o alívio sintomático de doenças de bai-

xa gravidade por períodos curtos. Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam reações indesejadas não
descritas na embalagem ou folheto informativo, interrompa seu uso e procure orientação de profissional de saú-

de.";

V - a frase: "Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque orientação de profissional de saúde antes de
utilizar este produto";

VI - a frase: "Preparar a infusão ou decocção imediatamente antes do uso". Para algumas espécies vegetais dis-
postas no Anexo I, há a orientação de preparo para mais de uma dose a ser utilizada no mesmo dia, nestes casos,

468
Legislação

essa frase é dispensada;

VII - a frase: "Drogas vegetais não devem ser utilizadas por período superior ao indicado, ou continuamente, a

não ser por orientação de profissionais de saúde";

VIII - para produto que tenha recomendação de uso prolongado, incluir a frase: "O uso prolongado deste produ-

to deve ser acompanhado por profissional de saúde";

IX - a frase: "Mulheres grávidas ou amamentando não devem utilizar este produto, já que não há estudos que

possam garantir a segurança nestas situações";

X - a frase: "Crianças menores de dois anos não devem utilizar este produto, já que não há estudos que possam

garantir a segurança nestas situações";

XI - forma de utilização da droga vegetal disposta no Anexo I desta Resolução, complementada pelas frases tra-

zidas nos parágrafos desse artigo:

§ 1º. Nos casos da droga vegetal ser utilizada por infusão, deverá constar a seguinte frase, conforme previsto no
inciso XI do presente artigo: "colocar (o número de) mL ou (o número de) medida de água fervente sobre (o núme-
ro de) g ou (o número de) medida do produto em um recipiente apropriado. Abafar por cerca de 15 minutos, coar

se necessário, e utilizar";

§ 2º. Nos casos da droga vegetal ser utilizada por decocção, deverá constar a seguinte frase, conforme previsto
no inciso XI do presente artigo: "colocar (o número de) g ou (o número de) medida do produto em (o número de)

quantidade de água fria e ferver por cerca de 3 a 5 minutos, deixar em contato por aproximadamente 15 minutos,

coar se necessário, e utilizar"; ou

§ 3º. Nos casos da droga vegetal ser utilizada por maceração com água, deverá constar a seguinte frase, confor-
me previsto no inciso XI do presente artigo: "cobrir (o número de) g ou (o número de) medida do produto com (o
número de) mL ou (o número de) medida de água e deixar em temperatura ambiente por (o número de) horas;

agitar ocasionalmente, coar se necessário, e utilizar".

§ 4º. Algumas espécies vegetais dispostas no Anexo I possuem indicação de uso para mulheres grávidas ou cri-

anças menores de dois anos. Nesses casos, é dispensada a inclusão das frases dos incisos IX e X deste artigo.

Art. 12. Nenhuma informação além das dispostas nesse regulamento pode estar presente no folheto informati-

469
Legislação

vo.

Art. 13. Deve ser utilizada fonte Times New Roman com tamanho mínimo de 10 pt (dez pontos), com espaça-

mento simples entre letras nas frases e informações da embalagem e folheto informativo.

Art. 14 A palavra chá não deve ser utilizada para designar o produto, podendo constar apenas nas informações

sobre forma de utilização, nos casos em que a empresa citar a expressão "xícara das de chá".

Art. 15. Não poderão constar da embalagem, do folheto informativo, da rotulagem ou publicidade dos produtos

de que trata esta resolução, designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações

que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou
qualidade, que atribuam ao produto finalidades diferentes daquelas previstas no Anexo I.

Art. 16. Sugere-se que a embalagem contenha doses individualizadas, ou um medidor apropriado à dose a ser
utilizada.

Seção V

Das disposições finais

Art. 17. Os produtos importados devem seguir os mesmos critérios exigidos para aqueles de fabricação nacio-

nal, além de documentos oficiais expedidos pelas autoridades sanitárias do país de origem que confirmem seu re-

gistro no país, acompanhados de tradução juramentada na forma da lei.

Art. 18 As informações apresentadas na notificação são de responsabilidade do fabricante e são objeto de con-

trole sanitário pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Art. 19 As atualizações ao Anexo I dessa Resolução serão publicadas periodicamente na forma de atos normati-

vos específicos, por iniciativa própria da ANVISA ou por solicitações externas, conforme disposto no Anexo II, se-

gundo critérios de conveniência e oportunidade da Agência.

Art. 20 A propaganda e a publicidade dos produtos de que trata esta Resolução estão sujeitas ao controle, fisca-

lização e acompanhamento da ANVISA, nos termos da legislação vigente.

Art. 21 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

DIRCEU RAPOSO DE MELLO

470
Legislação

ANEXO I

Legenda utilizada na tabela do Anexo I:

A sigla disposta na tabela deve ser substituída pela palavra correspondente na embalagem e folheto informativo

do produto.

A - Adulto

I - Infantil

L - Litro

mg - miligrama

g - grama

ml – mililitro

col - colher

xíc - xícara

x – vezes

-------- Informação não encontrada na literatura citada. Nesses casos, deve-se omitir o item da tabela na embala-

gem ou folheto informativo. Referências utilizadas:

1. ALONSO, JR. Tratado de fitomedicina. Bases clínicas e farmacológicas. ISIS Ed. Argentina. 1998.

2. ALONSO, JR. Tratado de fitofármacos y nutraceuticos. Ed. Corpus. 2004.

3. BARBOSA, WLR et al. Etnofarmácia. Fitoterapia popular e ciência farmacêutica. Belém: NUMA/UFPA. 2009.

4. BLUMENTHAL, M.; GOLDBERG, A.; BRINCKMANN, J. Herbal medicine - Expanded commission E monographs.

1.ed. Newton, MA, EUA: American Botanical Council. 2000. 519p.

5. AMARAL, ACF; SIMÕES, EV; FERREIRA, JLP. Coletânea científica de plantas de uso medicinal. Rio de Janeiro.

2005.

471
Legislação

6. BIESKI, IGC, MARI GEMMA, C. Quintais medicinais. Mais saúde, menos hospitais - Governo do Estado de Ma-

to Grosso. Cuiabá. 2005.

7. CARDOSO, CMZ. Manual de controle de qualidade de matérias - primas vegetais para farmácia magistral.

Pharmabooks. 2009.

8. EUROPEAN SCIENTIFIC COOPERATIVE ON PHYTOTHERAPY (ESCOP). Monographs: The Scientific Foundation


for Herbal Medicinal Products. 2 ed. Exeter, UK: European Scientific Cooperative on Phytotherapy and Thieme,

2003.

9. GARCIA, AA. et al. Fitoterapia. Vademécum de prescripción. Plantas medicinales. 3ª ed. 1999.

10. GILBERT, B; FERREIRA, JL; ALVES, LF. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba.

ABIFITO. 2005.

11. GUPTA, MP et al. 270 plantas medicinais iberoamericanas. CYTED. Colômbia. 1995.

12. GRUENWALD, J et al. PDR for herbal medicines. 2000.

13. IEPA. Farmácia da terra - Plantas medicinais e alimentícias. 2ª ed. Macapá. 2005.

14. ÍNDICE TERAPÊUTICO FITOTERÁPICO. EPUB. 2008.

15. LIMA, JLS et al. Plantas medicinais de uso comum no Nordeste do Brasil. Campina Grande, 2006.

16. LUZ NETTO, Nilton. Memento terapêutico fitoterápico do hospital das forças armadas. Brasília: EGGCF,

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17. MARINGÁ. Guia fitoterápico. 2001.

18. MATOS, FJA. As plantas das Farmácias Vivas. Fortaleza. 1997a.

19. MATOS, FJA. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha. 2 ed. UFC Edições. 1997b.

20. MATOS, FJA. Farmácias vivas. UFC Edições. 3ª ed. Fortaleza. 1998.

21. MATOS, FJA. Plantas medicinais. Guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste

Brasileiro. 2ª ed. Editora UFC. Fortaleza, 2000.

472
Legislação

22. MATOS, FJA; VIANA, GSB; BANDEIRA, MAM. Guia fitoterápico. Fortaleza. 2001.

23. MATOS,FJA. & LORENZI, H. Plantas medicinais no Brasil. Nativas e exóticas. 2 ed. Nova Odessa: Instituto

Plantarum, 2008.

24. MELO-DINºZ et al. Memento de plantas medicinais. As plantas como alternativa terapêutica. Aspectos po-

pulares e científicos. Ed. UFPB. 2006.

25. MELO-DINºZ et al. Memento Fitoterápico. As plantas como alternativa terapêutica. Aspectos populares e
científicos. Ed. UFPB. 1998.

26. MEMENTO TERAPÊUTICO FITOTERÁPICO - Farmácia verde - Ipatinga, 2000.

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29. OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected medicinal plantas. Vol. 1. 1999.

30. OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected medicinal plantas. Vol. 2. 2004.

31. OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected medicinal plantas. Vol. 3. 2007.

32. PROPLAM - Guia de Orientações para implantação do Serviço de Fitoterapia. Rio de Janeiro. 2004.

33. RODRIGUES, AG et al. A fitoterapia no SUS e o programa de plantas medicinais da Central de medicamen-

tos. Brasília. 2006.

34. SIMÕES, CMO. et. al. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. 5ª ed. Editora da Universidade

UFRGS. 1998.

35. VIANA, GSB; BANDEIRA, MAM; MATOS, FJA. Guia fitoterápico. Fortaleza. 1998.

36. WITCHL, M et al. Herbal drugs and phytopharmaceuticals. A handbook for practice on a scientific basis. 3
ed. Medpharm. CRC Press. Washington. 2004.

ANEXO II

Requerimento para inclusão, alteração ou exclusão de drogas vegetais ou informações presentes no anexo I

473
Legislação

1) Dados do solicitante:

a - Nome do solicitante (jurídica ou física):

b - Endereço:

c - FAX:

d - E-mail:

e - Telefone:

f - Dados da planta medicinal:

( ) INCLUSÃO - Quando se pretende solicitar a inclusão de uma nova droga vegetal no anexo I ou de alguma in-

formação adicional à alguma droga vegetal lá disposta.

474
Legislação

Preencher todos os campos:

Planta medicinal (Nomenclatura popular) Referência relevante


Planta medicinal (Nomenclatura botânica) Referência relevante
Parte utilizada Referência relevante
Forma de utilização Referência relevante
Posologia e modo de usar Referência relevante
Via de administração Referência relevante
Uso Referência relevante
Alegações Referência relevante
Contra indicações e restrições de uso Referência relevante
Precauções e efeitos adversos Referência relevante
Informações adicionais em embalagem Referência relevante

( ) EXCLUSÃO - Quando se pretende solicitar a exclusão de uma droga vegetal no anexo I ou de alguma informa-

ção lá disposta.

Preencher somente o campo pertinente:

Planta medicinal (Nomenclatura popular) Justificativa baseada em referência relevante

Planta medicinal (Nomenclatura botânica) Justificativa baseada em referência relevante

Parte utilizada Justificativa baseada em referência relevante

Forma de utilização Justificativa baseada em referência relevante

Posologia e modo de usar Justificativa baseada em referência relevante

Via de administração Justificativa baseada em referência relevante

Uso Justificativa baseada em referência relevante

Alegações Justificativa baseada em referência relevante

Contra indicações e restrições de uso Justificativa baseada em referência relevante

Precauções e efeitos adversos Justificativa baseada em referência relevante

Informações adicionais em embalagem Justificativa baseada em referência relevante

475
Legislação

( ) ALTERAÇÃO - Quando se pretende solicitar a alteração de alguma informação lá disposta.

Preencher somente o campo pertinente:

Planta medicinal (Nomenclatura popular) Justificativa baseada em referência relevante


Planta medicinal (Nomenclatura botânica) Justificativa baseada em referência relevante
Parte utilizada Justificativa baseada em referência relevante
Forma de utilização Justificativa baseada em referência relevante
Posologia e modo de usar Justificativa baseada em referência relevante
Via de administração Justificativa baseada em referência relevante
Uso Justificativa baseada em referência relevante
Alegações Justificativa baseada em referência relevante
Contra indicações e restrições de uso Justificativa baseada em referência relevante
Precauções e efeitos adversos Justificativa baseada em referência relevante
Informações adicionais em embalagem Justificativa baseada em referência relevante

RESOLUÇÃO RDC N.º 2, DE 7 DE JANEIRO DE 2002

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o art. 11

inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art. 111
do Regimento Interno aprovado pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de de-
zembro de 2000, em reunião realizada em 26 de dezembro de 2001, considerando a necessidade de constante

aperfeiçoamento das ações de prevenção e controle sanitário na área de alimentos, visando à saúde da população;

considerando a possibilidade de efeitos benéficos de nutrientes e de substâncias bioativas dos alimentos;

considerando a necessidade de estabelecer condições para avaliação da segurança de uso de substâncias bioati-

vas;

considerando a possibilidade de que as substâncias bioativas possam ser ingeridas em quantidades que causem
efeitos adversos à saúde, a curto ou longo prazo;

considerando a possibilidade de ocorrência de interações entre as substâncias bioativas e nutrientes ou não nu-

476
Legislação

trientes no organismo, com efeitos indesejáveis à saúde, a curto ou longo prazo;

adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publi-

cação:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propri-

edades Funcional e ou de Saúde, constante do anexo desta Resolução.

Art. 2º As empresa têm o prazo até 28 de fevereiro de 2003 para se adequarem ao mesmo.

Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeita aos dispositivos da Lei

n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições aplicáveis.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

LUIS CARLOS WANDERLEY LIMA

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE PROPRIE-

DADES FUNCIONAL E OU DE SAÚDE

1. ALCANCE

1.1. Objetivo

Padronizar os procedimentos a serem adotados para a avaliação de segurança, registro e comercialização de

Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com alegação de propriedades funcional e ou de saúde.

1.2. Âmbito de Aplicação

O presente Regulamento Técnico se aplica às diretrizes a serem adotadas para a avaliação de segurança, regis-

tro e comercialização de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com alegação de propriedades funcional e ou

de saúde.

477
Legislação

1.2.1. Excluem-se desta categoria:

- chás;

- composto líquido pronto para consumo;

- alimentos para praticantes de atividade física;

- produtos cuja finalidade de uso indique ação terapêutica ou medicamentosa;

- produtos com ação farmacológica preventiva ou curativa definidas, mesmo de origem natural;

 produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras consideradas co-
mo "dopping" pelo Comitê Olímpico Internacional - COI;

- produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não nutrientes;

- alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou consistam em organismos geneticamente modifica-

dos—OGM;

- alimentos e ingredientes alimentares produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, mas que
não o contenham;

- suplemento vitamínico e ou de mineral;

- alimentos para nutrição enteral;

- novos alimentos e ou novos ingredientes;

 produtos com Padrão de Identidade e Qualidade ou Regulamento Técnico específico.

2. DESCRIÇÃO

2.1. Definições

Para fins deste Regulamento Técnico, considera-se:

2.1.1. Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado bruto, que para ser utilizada co-

478
Legislação

mo alimento precisa ser submetida a tratamento e/ou transformação de natureza física, química ou biológica.

2.1.2. Nutriente: é a substância química encontrada em alimento, que proporcione energia, e ou é necessária

para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde e da vida, e ou cuja carência resulte em mudanças

químicas ou fisiológicas características.

2.1.3. Probiótico: microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal produzindo efei-

tos benéficos à saúde do indivíduo.

2.1.4. Substância Bioativa: além dos nutrientes, os não nutrientes que possuem ação metabólica ou fisiológica

específica.

2.1.5. Isolado(a): entende-se como a substância extraída da sua fonte original.

2.2. Classificação

2.2.1.Os produtos de que trata este regulamento são classificados em:

2.2.1.1. Carotenóides;

2.2.1.2. Fitoesteróis;

2.2.1.3. Flavonóides;

2.2.1.4. Fosfolipídeos;

2.2.1.5. Organosulfurados;

2.2.1.6. Polifenóis;

2.2.1.7. Probióticos

2.3.1. Substância Bioativa: é o nome da substância bioativa, seguido do nome da fonte da qual foi extraída a

substância bioativa, acompanhada da forma de apresentação do produto.

2.3.2. Probiótico: é o nome do probiótico, acompanhado da forma de apresentação do produto.

2.3.3. Quando o produto for adicionado de vitaminas e ou de minerais, a designação deve ser seguida de uma
das expressões previstas no Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos Adiciona-

479
Legislação

dos de Nutrientes Essenciais.

3. PRINCÍPIOS GERAIS

3.1. Do produto:

3.1.1. a substância bioativa deve estar presente em fontes alimentares. Pode ser de origem natural ou sintética,

desde que comprovada a segurança para o consumo humano.

3.1.2. pode ser direcionado a grupos populacionais específicos.

3.1.3 não pode ter finalidade medicamentosa ou terapêutica, qualquer que seja a forma de apresentação ou o
modo como é ministrado.

3.1.4. deve ser seguro para o consumo humano, sem necessidade de orientação e ou acompanhamento médico,

a não ser que seja dirigido a grupos populacionais específicos.

3.2. As alegações propostas pelo fabricante, são de caráter obrigatório e devem:

3.2.1. atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Compro-

vação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos.

3.2.2. estar de acordo com as Políticas de Saúde definidas pelo Ministério da Saúde.

3.3. O fabricante do produto sujeito a este regulamento é responsável pela qualidade e eficácia do mesmo, de-

vendo garantir sua segurança de uso no país.

3.4. A avaliação de risco e segurança do produto deve:

3.4.1. atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e

Segurança dos Alimentos.

3.4.2. demonstrar que o produto é seguro para o consumo nas condições de uso recomendadas .

3.4.3. ser avaliada, caso a caso, pela ANVISA.

3.4.4. considerar o uso da substância bioativa isolada, dentro do hábito alimentar da população brasileira.

480
Legislação

4. REFERÊNCIAS:

4.1. BRASIL. Decreto-Lei n.º 986, de 12 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Ofi-

cial da União, Brasília, 21 de outubro de 1996.

4.2. BRASIL. Portaria MS n.º 1.428, de 26 de novembro de 1993. Aprova o Regulamento Técnico para Inspeção
Sanitária de Alimentos, as Diretrizes para Boas Práticas de Produção, o Regulamento Técnico para estabelecimento

de Padrões de Identidade e Qualidade. Diário Oficial da União, Brasília, 02 de dezembro de 1993.

4.3. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Técnico sobre as Condi-

ções Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Indústrializadores de


Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 01 de outubro de 1997.

4.4. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Ali-
mentares - Definições, Classificação e Emprego. Diário Oficial da União, Brasília, 28 de outubro de 1997.

4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 27, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente à Informação Nu-

tricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998.

4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade
e Qualidade de Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais. Diário Oficial da União, Brasília, 30 de março de

1998.

4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 33, de 13 de janeiro de 1998. Tabelas de Ingestão Diária Recomendada IDR.

Diário Oficial da União de 16 de janeiro de 1998.

4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 42, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimen-

tos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998.

4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS n.º 685, de 27 de agosto de 1998. Princípios Gerais para o Estabelecimento de Ní-
veis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 24 de

setembro de 1998.

4.10. BRASIL. Lei n.o 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de janeiro de

1999.

481
Legislação

4.11. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de Procedimentos para

o Registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro

de 1999.

4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que Estabelece as Dire-

trizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília,

03 de dezembro de 1999.

4.13. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que Estabelece as Dire-

trizes Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de

Alimentos. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, 03 de dezembro de 1999.

4.14. BRASIL. Resolução ANVS/MS n.º 19, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico para Procedimento de

Registro de Alimento com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em Sua Rotulagem. Republicada no

Diário Oficial da União, Brasília, 10 de dezembro de 1999.

4.15. BRASIL. Resolução RDC n.º 17, de 24 de fevereiro 2000. Regulamento Técnico sobre Registro de Medica-

mentos Fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília 25 de fevereiro de 2000.

4.16. BRASIL. Resolução n.º 23, de 15 de março de 2000. Regulamento Técnico sobre o Manual de Procedimen-

tos Básicos para o Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimen-

tos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de março de 2000.

4.17. BRASIL. Resolução RDC n.º 40, de 21 de março de 2001. Regulamento Técnico para Rotulagem Nutricional

Obrigatória de Alimentos e Bebidas Embaladas. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de março de 2001.

4.18. CODEX ALIMENTARIUS: CAC/GL 09-1987 (General Principles for the Addition of Essencial Nutrients to Fo-

ods). 4.19. RDA/NRC/NAS (Recommended Dietary Allowance/National Research Council/National Academy of Sci-

ence), USA, 1989.

4.20. FOOD AND DRUG ADMINºSTRATION, Department of Health and Human Services. Food Labeling. Code of

Federal Regulations, Title 21, Parts 100 to 169. 21CFR101.9.

5. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS

482
Legislação

5.1. A composição e requisitos referem-se ao produto pronto para o consumo.

5.2. É proibida a composição que necessite a preparação por infusão.

5.3. Vitaminas e ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário do produto indicado pelo
fabricante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a biodisponibilidade de qualquer dos componentes do

produto.

5.4. Nenhuma substância nociva ou inadequada deve ser introduzida ou formada como conseqüência de pro-

cessamento com o propósito de estabilização.

6. ADITIVOS

6.1. É permitida a utilização dos aditivos, coadjuvantes de tecnologia e veículos nos mesmos limites previstos no
Regulamento Técnico sobre o Uso dos Aditivos Alimentares, Coadjuvantes de Tecnologia e Veículos para Suple-

mentos Vitamínicos e ou Minerais.

7. CONTAMINANTES

7.1. Resíduos de agrotóxicos

Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas empregadas, estabelecidos pela le-

gislação específica.

7.2. Contaminantes inorgânicos e orgânicos.

Devem obedecer aos limites estabelecidos pela legislação específica.

8. HIGIENE

O produto sujeito a este regulamento deve ser preparado, manipulado, acondicionado e conservado conforme

as Boas Práticas de Fabricação (BPF), bem como atender aos padrões microbiológicos, microscópicos e físico-
químicos estabelecidos pela legislação específica.

483
Legislação

9. FORMAS DE APRESENTAÇÃO

9.1. O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas sólida, semi-sólida ou líquida, tais como:

tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados, pastilhas, soluções e suspensões.

9.2. O produto deve ser acondicionado em embalagem adequada à manutenção de suas características até o

final do prazo de validade.

9.3. O produto somente pode ser vendido em unidades pré-embaladas, não sendo permitida a venda fraciona-

da.

10. PESOS E MEDIDAS

Deve obedecer à legislação específica.

11. ROTULAGEM

11.1. O Produto sujeito a este regulamento deve atender ao Regulamento Técnico específico de Rotulagem de

Alimentos Embalados e de Rotulagem Nutricional obrigatória de Alimentos e Bebidas Embalados.

11.2. Quando qualquer Informação Nutricional Complementar for utilizada, esta deve atender à norma específi-

ca.

11.3. Conter alegação de propriedades funcional e ou de saúde, em caráter obrigatório, devendo apresentar-se
nos moldes e dizeres aprovados pela ANVISA.

11.4. O modo de uso do produto (quantidade, freqüência, condições especiais) e modo de preparo, quando for
o caso.

11.5. As expressões em destaque e em negrito: "Consumir somente a quantidade indicada na embalagem."


"Gestantes, nutrizes e crianças somente devem consumir este produto sob orientação de nutricionista ou médico."

11.6. Cuidados de conservação e armazenamento, antes e depois de abrir a embalagem, quando for o caso.

11.7. Alerta de forma clara e em destaque, para os grupos populacionais específicos que não podem consumir o

484
Legislação

produto, quando for o caso.

11.8. As alegações devem estar associadas à quantidade de uso recomendada pelo fabricante;

11.9. Outras advertências específicas poderão ser definidas pela ANVISA e sua inclusão nos dizeres de rotula-

gem será obrigatória.

11.10. No caso de Substância Bioativa, deve constar, a quantidade em que está presente na porção diária reco-
mendada pelo fabricante. Esta declaração deve estar próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde

do produto e não deve fazer parte da Tabela de Informação Nutricional.

11.11. No caso dos Probióticos, deve constar a quantidade dos micro-organismos viáveis, que garanta a ação
alegada dentro do prazo de validade do produto. Esta informação deve estar próxima à alegação de propriedade

funcional e ou de saúde do produto e fora da Tabela de Informação Nutricional.

12. PROPAGANDA

12.1. Deve atender ao disposto no Decreto-Lei 986, de 12 de outubro de 1969 e ao Regulamento Técnico espe-
cífico sobre propaganda de alimentos.

12.2. Qualquer informação sobre as propriedades do produto, veiculada por qualquer meio de comunicação,

não pode ser diferente daquela aprovada para a rotulagem.

12.3. Qualquer folheto que venha a acompanhar o produto não pode veicular informações diferentes daquelas

aprovadas para a rotulagem.

13. REGISTRO

13.1. O produto sujeito a este regulamento deve atender os mesmos procedimentos administrativos exigidos

para o registro de alimentos em geral.

13.2. O processo de pedido de registro do produto sujeito a este regulamento deve estar instruído com laudo

de análise, a fim de comprovar os teores de contaminantes inorgânicos, conforme o caso, seguindo a determina-
ção da ANVISA, e o(s) teor(es) da(s) referida(s) substância(s) bioativa(s) ou probiótico(s) presente(s) no produto.

485
Legislação

14. DISPOSIÇÕES GERAIS

14.1. O presente Regulamento poderá ser revisado após 2 (dois) anos da sua publicação.

14.2. A ANVISA pode requerer estudos e ou acompanhamento pós-comercialização (post marketing) dos produ-

tos sujeitos a este regulamento.

14.3. Cabe à empresa, responsável pela produção do produto, comunicar imediatamente à ANVISA qualquer

informação adicional que implique numa reavaliação de risco e segurança de uso do produto.

14.4 Para produtos não previstos neste Regulamento Técnico:

14.4.1 deve atender o disposto no Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Avaliação de
Risco e Segurança dos Alimentos.

14.4.2. dependendo da finalidade de uso, o produto poderá ser objeto de análise pelo Regulamento Técnico que
aprova Procedimentos para o Registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes ou pelo Regulamento Técnico que

aprova Procedimentos de Registro de Alimento com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em Sua

Rotulagem.

PORTARIA N.º 40, DE 13 DE JANEIRO DE 1998

OBJETIVO: Regulamento que estabelece normas para Níveis de Dosagens Diárias de Vitaminas e Minerais em

Medicamentos

ORIGEM: Grupo de Trabalho instituído pela Portaria SVS/MS nº 254, publicada no D.O.U. de 24 de junho de

1997.

Considerando:

a) a necessidade de fixar níveis para a recomendação diária de consumo de vitaminas e minerais em medica-

mentos;

b) a necessidade de estabelecer diretrizes claras aos fabricantes para a formulação e

486
Legislação

recomendação posológica destas substâncias em medicamentos;

c) a necessidade de estabelecer regras bem definidas que permitam diferenciar claramente o que sejam

"Medicamentos à Base de Vitaminas e ou Minerais ou suas Associações" (definidos no âmbito da Lei nº 6360 de 23
de setembro de 1976, regulamentada pelo Decreto nº 79.094 de 5 de janeiro de 1977) dos "Suplementos Vitamíni-

cos e ou Minerais", definidos no âmbito do Decreto-Lei nº 986 de 21 de outubro de 1969;

d) a necessidade de regulamentar a importação de produtos submetidos ao regime de vigilância sanitária;

e) a Portaria SNVS/MS nº 64, de 28 de dezembro de 1984;

f) que as Resoluções Normativas nºs 2 e 3/78, da Câmara Técnica de Medicamentos, não mais

atendem ao estágio atual do conhecimento;

g) os estudos sobre níveis seguros de vitaminas e minerais realizados pelo Grupo de Trabalho

designado pela Portaria nº 254, de 24 de junho de 1997;

h) a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário visando a proteção da qualidade

a que deverão obedecer os MEDICAMENTOS À BASE DE VITAMINAS E MINERAIS;

resolve:

Art. 1º Definir, sem prejuízo do disposto na Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 e no seu regulamento, o

Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977, como "Medicamentos à base de vitamina isolada, vitaminas associadas
entre si, minerais isolados, minerais associados entre si e de associações de vitaminas com minerais", aqueles cujos

esquemas posológicos diários situam-se acima dos 100% da Ingestão Diária Recomendada - IDR (estabelecida por

legislação específica) de acordo com os níveis definidos nesta Portaria.

Art. 2º Consideram-se os medicamentos definidos no artigo anterior, como de "Venda Sem Exigência de Prescri-

ção Médica" quando os níveis diários indicados para quaisquer dos componentes ativos, objeto deste regulamento,

situem-se até os limites considerados seguros, constantes da tabela anexa.

Art. 3º Consideram-se os medicamentos definidos no artigo 1ı , como de "Venda Com Exigência de Prescrição

Médica", quando os níveis diários indicados dos componentes ativos situem-se acima dos limites considerados se-

guros por este regulamento, ou sempre que estiverem contidos em formulações para uso injetável.

487
Legislação

Art. 4º No caso de associações entre as substâncias, objeto desta norma, a presença na formulação de pelo me-

nos um componente nas faixas de dose previstas no artigo 3º deste regulamento, já enquadra o produto nas condi-

ções previstas no respectivo artigo.

Art. 5º Para melhor informar o consumidor, deve constar na embalagem dos medicamentos nacionais ou impor-

tados, objeto desta Portaria, a formulação qualitativa e quantitativa por unidade farmacotécnica e o teor percentu-

al do(s) componente(s) na dose/posologia diária máxima preconizada, expresso claramente em índices percentuais,

relativos à IDR.

Art. 6º O registro dos produtos referidos neste regulamento está sujeito às exigências gerais para Registro e Ro-

tulagem de Medicamentos, previstos na legislação.

488

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