Você está na página 1de 26

PROINFA

Programa de Incentivo às Fontes Alternativas


de Energia Elétrica

Prof. Marcelo Mendes Vieira


setembro de 2010
Objetivo
● Decreto nº 5.025 de 2004
● Aumentar a participação da energia elétrica
produzida por empreendimentos concebidos com
base em:
– fontes eólica,
– biomassa e
– pequenas centrais hidrelétricas (PCH).
● Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN).
● Lei n.º 11.943, de 28 de maio de 2009: o prazo
para o início de funcionamento desses
empreendimentos encerra em 30 de dez. de 2010.
http://www.mme.gov.br/programas/proinfa/
Objetivo

● O intuito é promover a diversificação da Matriz


Energética Brasileira, buscando alternativas para
aumentar a segurança no abastecimento de energia
elétrica, além de permitir a valorização das
características e potencialidades regionais e locais.

● 60% de nacionalização dos empreendimentos para


fomentar a indústria de base dessas fontes.
Responsabilidades

● Ministério de Minas e Energia (MME): define as


diretrizes, elabora o planejamento do Programa e
definir o valor econômico de cada fonte.

● Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás):


define o papel de agente executora, com a
celebração de contratos de compra e venda de
energia (CCVE).
Encargos

● Para tanto, foi estabelecido que o valor pago pela


energia elétrica adquirida, além dos custos
administrativos, financeiros e encargos tributários
incorridos pela Eletrobrás na contratação desses
empreendimento, fossem rateados entre todas as
classes de consumidores finais atendidas pelo SIN.

● Exceção: consumidores classificados na Subclasse


Residencial Baixa Renda (consumo igual ou
inferior a 80 kWh/mês).
Previsão

● Construção de 144 usinas totalizando


3.299,40 MW de capacidade instalada sendo:
– 1.191,24 MW provenientes de 63 PCHs,
– 1.422,92 MW de 54 usinas eólicas e,
– 685,24 MW de 27 usinas a base de biomassa.

● Toda essa energia tem garantia de contratação por
20 anos pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
(Eletrobrás).
Vantagem

● A cada 100 MW médios produzidos por parques


eólicos, economizam-se 40m3/s de água na
cascata do rio São Francisco; evitar a emissão de
2,5 milhões de ton. CO2/ano criará um ambiente
potencial de negócios de Certificação de Redução
de Emissão de Carbono, nos termos do Protocolo
de Kyoto; investindo cerca de R$ 8,6 bilhões.
Visão dada ao empreendedor

● Subsídio pago pelo consumidor (tarifa garantida)


● Preços fixos com condições especiais de
financiamento pelo BNDES
● Contrato de compra de energia por 20 anos pela a
● ELETROBRÁS, com garantia
● Índice Mínimo de Nacionalização: 60%
● Exigência de habilitações técnica, jurídica, fiscal
e econômico-financeira
Resultados das chamadas (2005)
Resultado
Resultados Esperados
Comparativo das fontes

● Das três fontes contempladas pelo Proinfa, a


energia eólica foi uma das que mais se beneficiou
com o programa, seja pelo preço de compra
estipulado para a fonte, seja porque atraiu
fornecedores para o país, reduzindo os custos de
implantação das centrais eólicas.
Comparativo das Fontes
● Em 2004, VETEF – Valor Econômico da Tecnologia
Específica da Fonte:
– Eólicas: entre R$ 180,18/ MWh até R$ 204,35/MWh,
– PCHs, o VETEF era de R$ 117,02/MWh,
– Biomassa era de R$ 93,77/MWh para usinas a bagaço de
cana e de R$ 101,35/MWh para usinas que utilizassem a
madeira como combustível.

– Em 2008, os valores, que são atualizados anualmente pelo


IGP-M/FGV,
● Eólica: R$ 247,305/MWh a R$ 280,48/MWh ;

● PCH: R$ 160,62/MWh;

● Biomassa de cana R$ 128,704/MWh;

● Biomassa de madeira: R$ 139,107/MWh.



– http://www.unica.com.br/clipping/show.asp?cppCode=C36F76E8-BEAD-48F6-B3AB-879DD862E6EE
Custo atual

● Em 2009, o custo médio por fonte participante do


Proinfa:

● PCH: R$ 161,21/MWh
● Eólica: R$ 258,62/MWh
● Biomassa: R$ 128,7/MWh.


● http://www.energiahoje.com/online/governo/2010/01/26/402828/conta-proinfa-sobe-1325.html
Biomassa - Bagaço de cana

● Em termos energéticos, o bagaço equivale a


49,5%, o etanol a 43,2% e o vinhoto a 7,3%.
Mesmo com esse alto valor energético, o bagaço é
pobremente utilizado nas usinas, sendo
praticamente incinerado na produção de vapor de
baixa pressão (20 kgf/cm2).
Biomassa
O SETOR SUCROALCOOLEIRO E A UTILIZAÇÃO DA BIOMASSA DA CANA-DE-AÇÚCAR
COMO FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA
Luiz Augusto Meneguell
Eólica – Canoa Quebrada
● Capacidade de 10,5 MW
– * 05 Geradores Eólicos de 2.1 MW de potência
– * 03 km de vias de acesso implementadas em dunas de areia;
– * 3,5 km de linha de transmissão interna 13.8 kV;
– * 12 km de linha de transmissão de 13.8 kV;
– * 24 km de transmissão dê 69 kV;
– * 07 Pontos de Conexão dê Subestações de 600V/13.8 kV 2 MVA;
– * 01 Subestação elevadora13.8/69kV 15MVA

– o custo de 1 MW está em torno de R$ 5 milhões

Estimativa para PCH
● Usinas PCH de 24 MW + 26 MW instalado

● Contrato de uso: 20 anos


● Investimento: R$300 Mi

● Fornecimento mínimo: 30,1 MW garantido


● ( mês = 720 horas, a produção mensal mínima de energia é de 21667 MWh )
● Admitindo que a garantia anual de Energia é de: 260000 MWh por ano

● Venda do MWh: R$ 159,20 por MWh (PROINFA)

● Admitindo também:
● Conforme o 1º Seminário da ANEEL-CEMAT de PCHs
● - as PCHs tem custo operacional de R$16,64 a R$27,45 por MWh produzido
PCH com 50 MW instalada
● E para o investimento:
● - Valor do empréstimo R$ 300.000.000,00
● - Juros anuais 10,00%
● - tempo de pagamento 20 anos
● * Com essas premissas o valor da parcela mensal é de: R$ 2.809.920,00

● Produção mensal média: 21666,67 MWh


● Receita mensal: R$ 3.449.333,33

● Adotando um custo operacional médio de R$ 21,00 por MWh produzido tem-se:

● Custo mensal: R$ 455.000,00


● mais parcela do empréstimo: R$ 2.809.920,00
● Despesa mensal sem impostos: R$ 3.264.920,00

● LUCRO (receita – despesa): R$ 184.413,33


Outras Referências

● Anuário 2010 – Energia


● www.eletrobras.com
● http://www.mme.gov.br/programas/proinfa/menu/
programa/Energias_Renovaveis.html
● REDE CEMAT, 1° Seminário “Utilização de
Fontes Renováveis de Energia”

Você também pode gostar