ish Lessons

C SAGAN
Certificação em Sistema Aberto
de Gerenciamento do Aprendizado
Nacional
C SAGAN “ Education is something that is done to you.

”
Learning is something you do for yourself.
Escalando a rede integrada de
educação brasileira via blockchain Joi Ito

o desafio
A Medida Provisória 746/2016, prevendo a
reestruturação do ensino médio segue sendo discutida
e ampliada. Entre as opções de trilhagens de
formações formais e técnicas, ampliação da carga
horária e a flexibilização da contração de professores,
segue se discutindo mudanças apresentadas em mais
de 500 emendas. Pouco se fala, porém, no sistema
avaliativo de desempenho.
A partir desta premissa, o projeto C SAGAN se propõe a
apresentar uma nova proposta de avaliação
educacional, incentivo e benefícios a médio e longo
prazo a uma rede descentralizada e peer to peer,
lastreada em um sistema de certificação digital aberta
via blockchain.
O plano é integrar, em um projeto de três etapas, a
certificação curricular para ingresso em Universidades
Públicas, projetos de iniciação científica, monitoria,
mobilidade entre outros. Todas as tecnologias usadas
são baseadas em tecnologias open source e todo o
projeto é aberto e seguro via criptografia forte.

"O sistema educacional brasileiro apresenta baixos índices de conclusão do

ensino básico, com altos índices de evasão e repetição, e acentuadas
disparidades educacionais entre as várias regiões. Essa baixa qualidade da
educação, principalmente a pública, é ligada a uma ineficiente administração
e gerenciamento educacional, uso insuficiente e impróprio dos recursos
financeiros e principalmente à estratégias de ensino e avaliação do
desempenho escolar inadequadas."

http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/artigos/andrea_cristina2.html
PISA
“In 1995, at the first meeting of the oecd ministers I
attended, every country boasted of its own success and
its own brilliant reforms. Now international
comparisons make it clear who is failing. There is no
place to hide.“
(The Economist, 2008)
•••
O pisa Programme for International Student Assessment
é uma rede global de avaliação de desempenho escolar
coordenado pela ocde, Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico. A análise gerada pelo
programa vem sendo usada como estandarte para o
debate centrado em como aprimorar os meios de
mudança educacionais. Seus mais de 60 sistemas
avaliados internacionalmente servem como parâmetros
comparativos na discussão a partir da observação
entre os modelos que vêm apresentando melhorias ou
não em suas avaliações trienais.
A definição de alfabetização adotada pelo pisa foca na
capacidade do estudante de extrapolar a partir do seu
aprendizado para o conhecimento em circustâncias do
mundo real, sua capacidade de análise, raciocínio e
comunicação com eficácia, interpretação e solução de
problemas em situações variadas. 1
Em sua avaliação mais recente, a Finlândia segue como
campeã nos rankings 2 . Entre diferentes extrapolações
de modelos que ajudam a explicar o contínuo sucesso
do país nestes parâmetros, uma em especial chama a
atenção pela sua maior facilidade de reprodução identificação das estratégias de aprendizagem
quando comparada a índices de competitividade utilizadas pelos alunos espontaneamente ou como
econômica, percepção de corrupção ou inequidade de conseqüência de treinamentos sistemáticos.
distribuição de renda.
No país, em oposição à proposta de reforma Global “Para ser um aluno de bom rendimento escolar é
Educational Reform Movement 3, competição, preciso, entre outras coisas, que se tenha
padronização e prestação de contas (testes) dão lugar consciência dos seus próprios processos mentais e
a colaboração, personalização e a auto - do seu próprio grau de compreensão. Um aluno com
responsabilidade. desempenho escolar satisfatório, além de ser mais
eficaz no uso e na seleção de estratégias de
“Instead of test-based accountability, the Finnish aprendizagem, é sempre capaz de dizer que não
system relies on the expertise and professional entendeu algo, pois ele está constantemente
accountability of teachers who are knowledgeable monitorando a sua compreensão.“
and committed.“ (Pasi Sahlberg, Finnish Lessons. 2011)
(Pasi Sahlberg, Finnish Lessons. 2011)
“Low-ability teachers perform as well as teachers of
average ability if they have strong social capital in
their school.“
(Carrie Leana, 2011)
Em seus textos a respeito do modelo finlandês, Pasi
Sahlberg e Carrie Leana extrapolam este modelo para
tratar de uma formação igualitária do corpo de
professores 4. Em seu artigo de 1996, Effects of
Learning Skills Interventions on Student Learning: A
Meta Analysis, John Hattie, John Biggs e Nola Purdie
discorrem hipótese semelhante, apresentando
estratégias de aprendizado baseando-se na
blockchain
Conceituado por Satoshi Nakamura em 2008 e
implementado como base para seu sistema
descentralizado de criptomoedas, Blockchain é o
conceito tecnológico de um banco de dados de
armazenamento desligado de um processador comum.
Registros contínuos, aqui chamados de blocos, são
ordenados no banco de dados enquanto a eles são
atribuidos indicações de data e hora que os indiciam.
Se aproveitando de conceitos de computação
descentralizada, a tecnologia é segura por definição,
distribuída via redes peer-to-peer e seus registros de
data de hora (timestamp) indicados anonimamente.
iniciação científica projetos de certificação digital
O cnpq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Pioneiros no uso de criptografia para certificação de
Científico e Tecnológico, agência do Ministério da aprendizado, o MIT Media Lab, a partir do projeto Media
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comuinicações, é a Lab Learning Initiative, lança em 2015 o Digital
principal instituição de apoio à iniciação científica no Certificates Project1 seu próprio ecossistema open
país. Enfrentamos, porém, alguns problemas que o source de criação, compartilhamento e verificação de
projeto c sagan tem como objetivo mitigar. Em 2016, a certificados validado via blockchain.
agência teve um corte geral de 20% nos valores das
bolsas nos projetos pibic, pibic-em, pibiti e pibic-af o
que representa cerca de cinco mil bolsas. Esta redução,
automaticamente, eleva a concorrência, reduz o
interesse dos participantes e gera um mal estar sobre a
situação atual do financiamento da ciência no país.
O sistema de validação créditos proposto pelo c sagan
tem como objetivo oferecer um rol vantagens
alternativas na intenção de contornar o elo financeiro
dos programas e seguir gerando interesse entre alunos
independente dos cortes de aporte financeiro às
instituições responsáveis.
conceito
As características da certificação por blockchain têm
funcionado dentro de centros de ensino que já o
implementaram como uma forma rápida, confiável e
flexível de avaliação. A partir do uso desta tecnologia e
criptografia forte, temos a possibilidade de criação de
uma infra-estrutura de certificação com a possibilidade
de controle do registro contínuo de realizações.
Descentralizada e auto gerida, livra-se da necessidade
de comitês, burocracias e possíveis dificuldades de
verificação. Alguns conceitos básicos do projeto:
beneficiários
Com o objetivo de reduzir as discrepâncias de
oportunidades entre alunos escolas públicas e
particulares, os principais beneficiários do projeto são
alunos de ensino médio em escolas públicas.
qualificação de beneficiários
Ao ingressar no sistema, este usuário não possui
nenhum, logo, é considerado não qualificado. Um
beneficitário qualificado é o usuário que possui uma
corrente de blocos de certificação. O beneficitário
qualificado é o que possui uma série ou mais de
blocos em seu registro.
certificação
Um arquivo digital individual para cada beneficiário do
sistema contendo o timestamp da operação e verificável
via a chave privada do sistema. Seguros via criptografia
forte, são armazenados em forma de HASH e
verificáveis individualmente.
universidades
As universidades públicas participantes recebem as
chaves privadas dos certificados e oferecem chaves
públicas para consultas de créditos. Estes créditos são
usados de formas diferentes de acordo com a iteração
do projeto. Elas também oferecem as aulas abertas
que os beneficiários receberão.
aulas abertas
São os cursos open source destinados aos
beneficiários. À princípio seriam criados e mantidos
pelas universidades . Em Iterações mais avançadas , os
beneficitário qualificados passariam a oferecer
monitoria das aulas e dar manutenção e atualização
para estes cursos em troca de créditos. Idealmente,
tratariam de cursos de Iniciação Científica, advindos de
projetos que o cnpq já opera dentro do ensino médio
como o ic/obmep, pibic-em e o ic-jr
pibic
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica para o Ensino Médio é fundamental para esta
primeira etapa de implementação. No modelo atual da
educação brasileira, os alunos, tanto universitários
quanto de ensino médio, participantes dos projetos de
iniciação científica se degladiam por bolsas de apoio
financeiro, sujeitos a concorrência por uma quantidade
muito pequena de bolsas conforme exposto no tópico
iniciação científica. No modelo c sagan, o pibic-em
premia os beneficiários com créditos não financeiros
que serão usados, na primeira iteração, dentro do
modelo de Iniciação Científica, como veremos a seguir.
créditos
certificados valem créditos ao beneficiário. Estes
créditos serão usados como bônus curriculares para
participação em projetos vigentes.
As chaves privadas individuais ficam em posse de
diversas instituições, logo, um sistema unificado de
avaliações é compartilhado entre entidades seletoras
de ingresso em universidades, coordenadores de
institutos universitários, docentes e pesquisadores.
O beneficiário, desta forma, ao participar do projeto e
receber certificados , aumenta suas chances de
participar das Bolsas Formação do pronatec, recebe a
possibilidade de isenção de taxas e bônus na nota do
enem para o ingresso em Universidades Públicas além
de bônus diferencias na concorrência por projetos
dentro das Universidades, como monitorias,
mobilidades, ingressos em projetos de Iniciação
Científica. Seus certificados servem também como
diferenciais acadêmicos para projetos de Pesquisa e
concorrências para bolsas de Pós Graduação.
Como as chaves públicas para consulta são abertas para
todo o corpo docente das Universidades Públicas
brasileiras, o sistema de certificação valida horas extra
curriculares para graduações, registros do histórico para
análise de concorrências e disputa de bolsas.
 beneficitário não qualificado
recebe as aulas livres
Aos certificados são
disponibilizadas pelas Completar aulas livres atribuidas chaves privadas.
instituições gera certificados São usadas pra decodificar
o hash que armazena o
timestamp de cada um

beneficitário não qualificado

é inserido no sistema

instituições recebem as
chaves públicas e agora
possuem o banco de dados
de certificados dos
beneficitários qualificados
e seguem gerando
internamente aulas livres certificado validado

chaves públicas são

disponibilizadas às
instituições. Elas permitem
O hash de cada certificado
a visualização e verificação
fica disponível em uma
de cada certificado
cadeia de blocos, o
fase 1 – fluxo do beneficitário
blockchain de cada
No início do projeto, todos os usuários diretos são beneficitário
considerados beneficitários não qualificados. Até este beneficitário agora é um
ponto, as instituições são responsáveis pela geração beneficitário qualificado
do conteúdo das aulas livres.
Uma massa crítica de beneficitários qualificados é
fundamental para o desenvolvimento da Fase 2.
 Um certificado não validado
gera um hash que é atribuido a
ele e disponibilizado no
servidor.
012ffc54
c0t51ff0
xx0x1ff9
certificado não validado é
gerado após um curso livre ser
completado
instituição faz o
requerimento de
verificação em posse do
certificado
fase 1 – fluxo do certificado
As instituições participantes têm acesso a um banco
de dados aberto para validação de créditos a cada
curso realizado pelo beneficitário.
A chave privada é
armazenada junto ao hash
e são armazados no
As informações individuais
servidor para consulta.
de cada beneficitário são
atrladas ao blockchain de
cada um. Uma chave
pública para cada hash
não verificado é gerada
Uma chave privada é
gerada para decodificar o
hash que armazena o
timestamp do bloco
chave pública verifica
validade da certificação
para impedir falsifições e
hacks
certificado não validado é certificado validado
imediatamente revogado e
retirado do blockchain do
beneficitário
Instituição atribui valor
ao banco de créditos do
beneficitário e informação
é armazenada no servidor
Instituição recebe a
informação validada e
atribui valor ao banco de
créditos do beneficitário
 beneficitário qualificado tem
acesso às aulas livres que já
realizou que beneficitários não
qualificados próximos a ele
Aos certificados são
estão realizando. Ele oferece
Completar monitoria gera atribuidas chaves privadas.
auxílio monitoria
certificados São usadas pra decodificar
o hash que armazena o
timestamp de cada um

beneficitários não
qualificados recebem auxílio
nas aulas livres e seguem para
o seu próprio fluxo de
validação de certificado certificado validado
beneficitário qualificado
acessa seu blockchain e pode
interagir com as aulas livres
que já completou.

O hash de cada certificado

fica disponível em uma
cadeia de blocos, o
blockchain de cada
beneficitário
fase 2 – fluxo do beneficitário qualificado beneficitário qualificado
Na segunda fase do projeto, beneficitários que já pode ter o certificado
possuem sua própria blockchain pode ganhar mais verificado pela instituição
créditos oferecendo monitoria nas aulas livres que já para receber créditos
completou.
 instituições validam os
certificados, oferecem créditos
e os catalogam
beneficitário qualificado
instituições encaminham
os beneficitários para
projetos de iniciação
científica
beneficitários
qualificados em projetos
de iniciação científica
geram material de aulas
livres a ser usado
beneficitários não
qualificados

Gerar novo material de aulas livres

nos projetos de iniciação científica
conferem novos certificados aos
beneficitários

beneficitário qualificado

fase 3 – fluxo do beneficitário

Com o desenvolvimento do projeto e a consequente
massa crítica de usuários, a produção de conteúdo
passa a ser retro alimentada pelos beneficitários
envolvidos em projetos de iniciação científica
produzidos dentro das instituições.
A partir desta fase, as heurísticas e estatísticas devem
ser checadas. O objetivo é avaliar a quantidade de
produção de projetos de iniciação científica, contagem
de créditos dos beneficitários, estatísticas de acesso a
projetos do cnpq, ingresso do enem, massa de usuários
participando de monitorias etc.
C SAGAN
Certificação em Sistema Aberto
de Gerenciamento do Aprendizado
Nacional