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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
FORTALEZA
2011
ii
FORTALEZA
2011
iii
Aprovada em 25/11/2011
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Prof. D.Sc. Antônio Eduardo Bezerra Cabral (Orientador)
_____________________________________________________
Eng. Roney Sergio Marinho de Moura (Examinador)
_____________________________________________________
Engª. D.Sc. Jussara Limeira de Araújo (Examinadora)
iv
Ao Supremo Arquiteto do Universo, Deus, aos meus pais, Moacir e Elza, e aos meus irmãos,
Kersia e Moacir Filho, Dedico.
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois sem ele eu nada sou, ele é quem me fortalece e quem diariamente
alimenta a minha fé para poder seguir em frente com dignidade e coragem.
Ao meu pai, por toda a dedicação e carinho dados a mim durante todos esses anos,
trabalhando sol a sol para que seus filhos crescessem na vida.
A minha mãe, pelo amor, carinho, dedicação, apoio e por sempre acreditar na
minha capacidade.
Aos meus irmãos, que sempre estiveram ao meu lado me incentivando a ir sempre
além, em especial a Kersia, por cuidar de mim com a dedicação de uma mãe.
A todos os meus amigos do Curso de Engenharia Civil, especialmente: Viviane,
Luiz Gonzaga, Thiago, Anderson, Hélio, Lucas, Julien, Priscilla, Aline e Emanuella, que
estiveram comigo durante os últimos cinco anos, vivenciando noites em claro de estudo e
diversão, tornando-se tudo mais fácil ao lado deles.
Um agradecimento especial a Felipe Alisson, pois mais que um amigo, tornou-se
um irmão, que está sempre a postos a ajudar-me, apoiar-me, é com ele que choro minhas
decepções e compartilho as alegrias da minha vida.
Aos professores que através de suas disciplinas me proporcionaram bases sólidas
para o meu engrandecimento profissional, em especial: Francisco Chagas, Marco Aurélio,
Evandro Parente, Magnólia Campêlo, Eduardo Cabral, Sérgio Benevides, Tereza Denyse,
Ricardo Marinho e André Bezerra.
A toda a equipe da Construtora Santo Amaro, pelo aprendizado proporcionado,
em especial: aos engenheiros Ricardo Miranda, Ricardo Miranda Filho e Diego França, ao
Mestre de obras Damião e aos meus amigos Felipe e Cleilson que tornam o meu dia de
trabalho mais alegre.
Ao Professor Eduardo Bezerra Cabral e ao Engenheiro Roney Sérgio pelo
profissionalismo e dedicação durante todo o desenvolvimento deste trabalho.
Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste
trabalho, o meu sincero: Muito Obrigada!
vii
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.1. Justificativa e contextualização do tema ...................................................................... 1
1.2. Objetivos ...................................................................................................................... 5
1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 5
1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 5
1.3. Delimitações ................................................................................................................ 6
1.4. Estrutura do trabalho .................................................................................................... 6
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 7
2.1. Introdução .................................................................................................................... 7
2.2. Concreto Armado ......................................................................................................... 7
2.1.1 Conceitos de Durabilidade e Vida Útil ............................................................... 8
2.3. Patologia do concreto armado.................................................................................... 10
2.3.1 Origem do problema: projeto ........................................................................... 12
2.3.2 Origem do problema: materiais ........................................................................ 13
2.3.3 Origem do problema: execução ........................................................................ 13
2.3.4 Origem do problema: uso e manutenção .......................................................... 16
2.3.5 Causas de deterioração do concreto armado..................................................... 17
2.3.5.1 Ações Mecânicas ......................................................................................... 17
2.3.5.2 Ações Físicas ............................................................................................... 17
2.3.5.3 Ações Químicas........................................................................................... 17
2.3.5.4 Ações Biológicas ......................................................................................... 20
2.3.5.5 Ambiente em que a estrutura está inserida .................................................. 20
2.3.6 Manifestações Patológicas ................................................................................ 22
2.4. Inspeção e diagnóstico de manifestações patológicas em estruturas de concreto ..... 25
3 METODOLOGIA............................................................................................................. 28
3.1. Levantamento e estudo bibliográfico ......................................................................... 28
3.2. Banco de dados .......................................................................................................... 28
3.3. Análise dos resultados ............................................................................................... 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 33
4.1. Caracterização do banco de dados ............................................................................. 33
4.2. Manifestações patológicas incidentes ........................................................................ 34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 48
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 49
1
1. INTRODUÇÃO
estruturais com densidades de armadura que permitam uma concretagem eficiente, entre
outros), construtores (cuidado nas etapas de transporte, lançamento e adensamento, garantia
da espessura de cobrimento das armaduras de projeto, entre outros) e usuários de todos os
níveis econômicos, quanto à importância de garantir a vida útil da estrutura, gastando o
mínimo possível em obras de recuperação e reforço (geralmente as empresas que trabalham
com recuperação estrutural só são chamadas quando o dano atinge o grau elevado de
degradação).
Diversos pesquisadores têm procurado definir qual a atividade que tem sido
responsável, ao longo dos tempos, pela maior quantidade de erros. As conclusões, como pode-
se ver no Quadro 1.1 a seguir, nem sempre são condizentes, fato justificado primeiramente
por que os estudos foram realizados em diferentes continentes, e, em segunda instância, por
que, em algumas situações, as causas são tantas que fica difícil diagnosticar a causa
preponderante (geralmente ocorrem devido a deficiências nas etapas de execução e/ou
projeto).
Embora, a nível nacional, já se possa contar com certo número de levantamentos
de casos registrados, como, por exemplo, no Rio Grande do Sul (DAL MOLIN, 1988), no
Espírito Santo (SILVA, TRISTÃO & MACHADO apud ARANHA, 1994), em Santa
Catarina (SANTAVA apud ARANHA, 1994), em Pernambuco (ANDRADE, 1997), na
Região Sudeste (CARMONA & MEREGA apud ARANHA, 1994), na Região Centro-Oeste
(NINCE, 1996), na Região Norte (ARANHA, 1994), no Ceará não se tem notícias a respeito
de um trabalho dessa natureza, em que se possa identificar os principais tipos de
manifestações patológicas que ocorrem nas estruturas de concreto armado, bem como em que
etapa do processo construtivo originou-se o problema.
4
Quadro 1.1-Análise percentual das causas de problemas patológicos em estruturas de concreto. Fonte: SOUZA
& RIPPER, 1998.
CAUSAS DOS PROBLEMAS PATOLÓGICOS EM ESTRUTURAS DE
CONCRETO
FONTE DE Concepção e Utilização e
Materiais Execução
PESQUISA Projeto Outras
Edward Grunau
44 18 28 10
Paulo Helene (1992)
D.E.Allen
55 49
(Canadá) (1979)
C.S.T.C (Bélgica)
46 15 22 17
Verçoza (1991)
C.B.E. Boletim
50 40 10
157 (1982)
Faculdade de
Engenharia da
Fundação
18 6 52 24
Armando Álvares
Penteado Verçoza
(1991)
B.R.E.A.S. (Reino
58 12 35 11
Unido) (1972)
Bureau Securitas
88 12
(1972)
E.N.R. (U.S.A.)
9 6 75 10
(1968-1978)
S.I.A. (Suiça)
46 44 10
(1979)
Dov Kaminetzky
51 40 16
(1991)
Jean Blévot
35 65
(França) (1974)
L.E.M.I.T
19 5 57 19
(Venezuela) (1975)
1.2. Objetivos
1.3. Delimitações
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Introdução
A NBR 6118 (ABNT, 2007) afirma que as estruturas de concreto devem atender
aos requisitos mínimos de qualidade durante sua construção e serviço, assim como aos
requisitos adicionais estabelecidos entre o autor do projeto estrutural e o construtor. Os três
requisitos mínimos de qualidade são a capacidade resistente, que consiste basicamente na
segurança da estrutura; o desempenho em serviço, que consiste na capacidade da estrutura
manter-se em condições plenas de utilização, não devendo apresentar danos que
comprometam, em parte ou totalmente, o uso para o qual foram projetadas e por último,
porém não menos importante, a durabilidade, que é a capacidade da estrutura resistir às
influências ambientais previstas e definidas no início dos trabalhos de elaboração do projeto.
Como todo material que se utiliza para determinada finalidade, o concreto armado
apresenta vantagens e desvantagens quanto ao seu uso estrutural. Segundo Carvalho e
Figueiredo (2011), as principais vantagens e desvantagens são:
Vantagens
• Apresenta boa resistência à maioria das solicitações.
• Tem boa trabalhabilidade, quando em estado fresco e, por isso, adapta-se a
várias formas.
• As técnicas de execução são razoavelmente dominadas em todo o país.
• É um material durável, desde que seja bem executado.
• Apresenta durabilidade e resistência ao fogo superiores em relação à madeira e
ao aço, desde que os cobrimentos e a qualidade do concreto estejam de acordo
com as condições do meio em que está inserida a estrutura.
• Em diversas situações é economicamente mais viável que estruturas de aço.
• É resistente a choques e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes
mecânicos.
Desvantagens
• Resulta em elementos com maiores dimensões que o aço, o que, com seu peso
específico elevado, ocasiona um peso próprio muito grande, limitando o seu
uso em determinadas situações ou elevando bastante o seu custo.
• As adaptações e reformas são, muitas vezes, de difícil execução.
• É bom condutor de calor e som, determinando, em casos específicos,
associação com outros materiais para sanar esses problemas.
• É necessário um sistema de fôrmas e escoras, que, geralmente, precisa
permanecer no local até que o concreto alcance resistência adequada.
conceito de vida útil como um termo operacional que aborda de forma quantitativa a questão
da durabilidade das estruturas.
Para Jonh et. al (2002 apud CONSOLI; REPETTE, 2009) a estimativa da
“durabilidade depende muito mais do conhecimento do que os próprios recursos, não é uma
qualidade intrínseca dos materiais”.
De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2007), durabilidade é a capacidade da
estrutura resistir às influências ambientais presumidas e definidas em conjunto com o autor do
projeto e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração dos projetos. Já vida útil, a
norma define como sendo o período de tempo o qual se mantém as características das
estruturas de concreto, desde que satisfeitos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo
projetista e construtor, assim como de execução dos reparos decorrentes de danos acidentais.
Assim, considera-se que um material chegou ao fim de sua vida útil quando suas
propriedades, sob dadas condições de uso, se deterioram a tal ponto que a continuação do uso
desse material é considerada insegura ou antieconômica, logo, a durabilidade de uma estrutura
pode ser representada pelo gráfico desempenho versus tempo, conforme mostra a Figura 2.1
(ANDRADE, 1997).
Figura 2.1-Fases do desempenho de uma estrutura durante sua vida útil. Fonte: ANDRADE, 1997
10
Conforme Helene (1992): "a patologia pode ser entendida como a parte da
engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e origens dos defeitos das
construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema".
Para Piancastelli (1997), sendo o concreto armado, um material não inerte, ele se
sujeita a alterações, ao longo do tempo, devido a interações entre seus elementos constitutivos
(cimento, areia, brita, água e aço), interações entre esses e agentes externos (ácidos, bases,
sais, gases e outros) e com materiais que lhe são adicionados (aditivos e adições minerais), a
Figura 2.2 a seguir mostra as interações no concreto.
11
(sílica reativa nos agregados, álcalis no cimento, cloreto nos aditivos); a espessura do
cobrimento, entre outros fatores (ANDRADE & SILVA, 2005).
• Preparo do concreto;
a) Reação álcalis-agregados
Quadro 2.1-Limites máximos para a expansão devida a reação álcali-agregado e teores de cloretos e sulfatos
presentes nos agregados. Fonte: NBR 7211 (ABNT, 2009).
A velocidade com que se dá o ataque por sulfatos depende de vários fatores, como
por exemplo: a concentração de sulfatos na solução, o tipo de cimento, a permeabilidade do
concreto e a quantidade de água disponível para o processamento das reações.
d) Carbonatação
A NBR 6118 (ABNT, 2007) destaca que a agressividade do meio ambiente está
relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto. Nos
projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo
com o apresentado no Quadro 2.2 a seguir, podendo ser avaliada segundo as condições de
exposição da estrutura ou de suas partes.
21
Quadro 2.2- Classe de agressividade ambiental. Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2007).
Para Lima (2005) como as estruturas estão inseridas em diversos ambientes, esses
devem ser analisados, com o objetivo, de que, na fase de projeto da estrutura, todas as ações
de degradação sejam previstas.
Helene (1986) dividiu os ambientes nos quais as estruturas estão inseridas em
urbano, salino, diferenciados e industriais. O ambiente urbano caracteriza-se por uma
concentração populacional que ocasiona diversas alterações no meio ambiente, pois para
atender as necessidades humanas são necessárias diversas atividades, que aos poucos vão
alterando todo o sistema natural provocando prejuízos ao próprio homem. É caso, por
exemplo, da chuva ácida, do lançamento de dióxido de carbono na atmosfera, fator
determinante para a carbonatação, e da alteração no regime dos ventos intensificando chuvas
dirigidas.
O ambiente salino é bastante prejudicial para as estruturas de concreto armado,
pois tem cloretos, água e oxigênio suficientes para iniciar o processo de corrosão das
armaduras que acaba por deteriorar a estrutura.
Destaca-se, por exemplo, como ambientes diferenciados, as redes de esgotamento
sanitário construídas em concreto, pois estas estão sujeitas a degradação pela ação de
compostos de enxofre que atacam o cimento hidratado e as armaduras, assim como, também,
22
podem ser atacadas com bactérias presentes nos sistemas de esgoto. Logo, ao se projetar essas
redes, é necessário especificar concretos especiais que resistam a tais ações degradantes.
O ambiente industrial é bastante propício ao desgaste das estruturas de concreto.
São várias as atividades industriais, onde cada uma delas, devido à natureza dos processos,
emite fatores de degradação. Destaca-se, por exemplo, o lançamento na atmosfera de
substâncias como: monóxidos, dióxidos, derivados de sulfatos, as quais, em contato com a
água da chuva são absorvidas pelas estruturas de concreto e originam patologias (Lima,
2005).
a) Fissuras
b) Corrosão de armaduras
A segunda etapa, análise dos dados, tem como objetivo conduzir o analista da
estrutura a um perfeito entendimento da mesma e de como surgiram e se desenvolveram os
sintomas patológicos. Esta etapa deve ser feita de forma minuciosa, evitando, por exemplo,
que anomalias mais graves não sejam percebidas por estarem ocultas por anomalias
superficiais.
A última etapa, o diagnóstico, só poderá ser efetuada após a conclusão das etapas
de levantamento e análise. Devem-se investigar as causas da patologia, realizando um
diagnóstico preciso para que a recuperação seja efetiva. É importante investigar
cuidadosamente a patologia e suas possíveis causas, pois ao se falhar no seu diagnóstico, a
correção não será eficiente. Uma patologia pode se apresentar como conseqüência de mais de
uma deficiência. Assim, para que a medida corretiva seja eficiente devem-se sanar todas as
suas causas (ANDRADE & SILVA, 2005).
Cabe ressaltar que o tratamento de qualquer patologia requer um cuidado muito
maior do que o adotado no processo executivo. Por essa razão, ressalta-se novamente que
prevenir é melhor, e menos oneroso, que remediar, ou seja, o exercício correto da cidadania,
com responsabilidade social, que conduz à boa prática da engenharia, coroada pelo controle
tecnológico e de qualidade adequado, economiza tempo, dinheiro e respeita o ser humano
(ANDRADE & SILVA, 2005).
O fluxograma da Figura 2.7 a seguir, elaborado por Lichtenstein (1986 apud
Piancastelli, 1997), esquematiza a sequência de procedimentos a ser seguida quanto se está a
frente de um problema patológico.
27
Figura 2.7-Fluxograma de atuação para resolução de problemas patológicos segundo Lichtenstein. Fonte:
Piancastelli, 1997
28
3 METODOLOGIA
ÁREA AO
LOCAL FORMA DE USO
ENTORNO
OBRA 1 PÚBLICA URBANA
OBRA 2 RESIDENCIAL SALINA
OBRA 3 PÚBLICA URBANA
OBRA 4 PÚBLICA RURAL
OBRA 5 PÚBLICA URBANA
OBRA 6 PÚBLICA URBANA
OBRA 7 COMERCIAL URBANA
OBRA 8 PÚBLICA INDUSTRIAL
OBRA 9 PÚBLICA URBABA
OBRA 10 RESIDENCIAL URBANA
OBRA 11 PÚBLICA URBANA
OBRA 12 PÚBLICA SALINA
OBRA 13 PÚBLICA SALINA
OBRA 14 RESIDENCIAL SALINA
OBRA 15 PÚBLICA URBANA
OBRA 16 PÚBLICA URBANA
OBRA 17 COMERCIAL SALINA
OBRA 18 PÚBLICA SALINA
OBRA 19 PÚBLICA SALINA
OBRA 20 PÚBLICA RURAL
OBRA 21 PÚBLICA SALINA
OBRA 22 RESIDENCIAL SALINA
OBRA 23 PÚBLICA RURAL
OBRA 24 RESIDENCIAL SALINA
OBRA 25 RESIDENCIAL SALINA
OBRA 26 RESIDENCIAL SALINA
OBRA 27 PÚBLICA SALINA
OBRA 28 PÚBLICA RURAL
OBRA 29 PÚBLICA RURAL
OBRA 30 PÚBLICA RURAL
30
ENTORNO LOCALIZAÇÃO
ÁREA SALINA 0 -1 km do litoral
ÁREA URBANA 1 km - 6 km do litoral
ÁREA RURAL > 15 km do litoral
ÁREA INDUSTRIAL Obras localizadas na atmosfera industrial
• Fissuras;
• Infiltrações;
• Corrosão de armaduras;
• Desagregação;
• Segregação;
• Manchamento superficial;
• Deformações excessivas;
• Eflorescência;
• Fungos.
DESAGREGAÇÃO
INFILTRAÇÕES
EFLORESCÊNCIA
CORROSÃO DE
MANCHAMENTO
SEGREGAÇÃO
DEFORMAÇÕES
ARMADURA
SUPERFICIAL
EXCESSIVAS
FISSURAS
FUNGOS
MANIFESTAÇÃO/
LOCAL
OBRA 1 X
OBRA 2 X
OBRA 3 X
OBRA 4 X
OBRA 5 X
OBRA 6 X
OBRA 7 X
OBRA 8 X
OBRA 9 X
OBRA 10 -
OBRA 11 -
OBRA 12 X
OBRA 13 X
OBRA 14 -
OBRA 15 X
OBRA 16 -
OBRA 17 X
OBRA 18 -
OBRA 19 X
OBRA 20 X
OBRA 21 -
OBRA 22 -
OBRA 23 X
OBRA 24 X
OBRA 25 -
OBRA 26 -
OBRA 27 -
OBRA 28 X
OBRA 29 -
OBRA 30 X
TOTAL 19
% 63,3% = (19/30) x 100%
Figura 3.1-Exemplo do cálculo da incidência das manifestações patológicas nas estruturas de concreto
Com os dados coletados, partiu-se para a etapa de elaborar gráficos que mostram a
distribuição percentual das manifestações patológicas do concreto, seguido pela análise das
principais manifestações patológicas que ocorreram nas estruturas de concreto armado, suas
origens e causas.
33
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Observa-se que a maior quantidade de obras coletadas está localizada na área salina,
com um índice de 43,33%, seguido da área urbana, com 33,34%. Assim, dentro da região
delimitada, tem-se que a maioria das estruturas localiza-se onde a ação da nevoa salina atinge
o mais alto grau de agressividade.
Tais índices somados chegam ao valor de 76,67%, mostrando que, além da condição
de exposição extremamente desfavorável, a grande maioria das obras atacadas por algum
processo de deterioração está localizada na capital, onde há uma maior concentração das
mesmas. Esse valor é condizente com o encontrado por Andrade (1997) em sua análise dos
elementos estruturais mais degradados no Estado de Pernambuco, em sua amostra de 189
obras 83,3% delas encontrava-se inserida em um ambiente salino ou urbano.
DESAGREGAÇÃO
INFILTRAÇÕES
CORROSÃO DE
EFLORESCÊNCIA
MANCHAMENTO
SEGREGAÇÃO
DEFORMAÇÕES
ARMADURA
SUPERFICIAL
EXCESSIVAS
FISSURAS
FUNGOS
MANIFESTAÇÃO/
LOCAL
OBRA 1 X - X - - X - - -
OBRA 2 X - X - - - - - -
OBRA 3 X - X X - - - X -
OBRA 4 X X X - - X - - X
OBRA 5 X X X X - - - X -
OBRA 6 X X X X - - - - -
OBRA 7 X X X - - - - - -
OBRA 8 X X X X - X X - X
OBRA 9 X - X X - X - X X
OBRA 10 - - X - - - - - -
OBRA 11 - - X - X - - - -
OBRA 12 X X X X - - - X -
OBRA 13 X - X - - X - - -
OBRA 14 - - X - X - - - -
OBRA 15 X X X - - X - - -
OBRA 16 - X X X - X - X -
OBRA 17 X - X X X - - X X
OBRA 18 - - X X - - - - -
OBRA 19 X - X - - - - - -
OBRA 20 X - X X - - - - -
OBRA 21 X X X X X X X X X
OBRA 22 - - X - X - - - -
OBRA 23 X - - - - - X - -
OBRA 24 X - X - - - - - -
OBRA 25 - - X X - - - - -
OBRA 26 - - X X - - - - -
OBRA 27 - - X X - - - - -
OBRA 28 X - X - X - X - -
OBRA 29 - X X - X - - X -
OBRA 30 X - X X X - X - -
TOTAL 20 10 29 15 8 8 5 8 5
% 66,67% 33,33% 96,67% 50,00% 26,67% 26,67% 16,67% 26,67% 16,67%
36
Figura 4.3-Incidência das manifestações patológicas nas estruturas de concreto para o Estado do Ceará
Figura 4.4-Incidência das manifestações patológicas nas estruturas de concreto armado para o Estado do Ceará -
Área Urbana
Figura 4.5-Incidência das manifestações patológicas nas estruturas de concreto armado para o Estado do Ceará -
Área Salina
38
Figura 4.6-Incidência das manifestações patológicas nas estruturas de concreto armado para o Estado do Ceará -
Área Rural
Figura 4.10-Após borrifado Nitrato de Prata no pilar percebeu-se uma variação da coloração da pasta do concreto
para um coloração mais escura. Cuja variação indica presença de cloretos. Fonte: Obra 14
Do levantamento, vêm, em seguida, problemas com fissuras (66,67% dos casos). Para
Souza e Ripper (1998), as fissuras podem ser consideradas como a manifestação patológica
característica das estruturas de concreto, sendo mesmo o dano de ocorrência mais comum e
aquele que, a par das deformações muito acentuadas, mais chama a atenção dos leigos,
proprietários e usuários aí incluídos, para o fato de que algo de anormal está a acontecer.
Pela natureza das estruturas de armado, o aparecimento de fissuras é sinal de que foi
excedida a resistência à tração do material e permite investigar, em função de sua tipologia, a
origem dos problemas que afetam a estrutura. Por exemplo, nos pilares aparecem fissuras
verticais ou ligeiramente inclinadas, se durante a execução ocorreu má colocação,
insuficiência e deslocamento dos estribos. Estas fissuras são, neste caso, um sintoma bastante
perigoso. Observe a Figura 4.11 e a Figura 4.12 a seguir:
42
Figura 4.13-Perda de seção de concreto devido a ataque químico expansivo. Fonte: Obra 18
O dano infiltrações aparece em 33,33% dos casos. Segundo Nince (1996), o dano está
associado, principalmente, a problemas de projeto (concepção arquitetônica e instalações) e a
falta ou deficiência de manutenção. Observe a Figura 4.14 a seguir.
44
Figura 4.14-Infiltração por deficiência da impermeabilização da caixa d’água da edificação, ocasionando o início
do processo de corrosão pela expansão da armadura, e desplacamento do concreto. Fonte: Obra 21
Figura 4.18-Infiltração de água originada de deficiência e/ou vazamento com formação de estalactites de
carbonato de cálcio em laje. Fonte: Obra 21
Figura 4.19-Pilar com presença de fungo (bolor) em todo o seu comprimento. Fonte: Obra 17
47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
ANDRADE, J.J.O. Durabilidade das estruturas de concreto armado: análise das manifestações
patológicas nas estruturas no estado de Pernambuco. Dissertação (Mestrado), Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997.
ANDRADE, T.; SILVA, A.J.C. Patologia das Estruturas. In: ISAIA, Geraldo Cechella. (Ed)
Concreto: In.: Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. Editor: Geraldo Cechella Isaia. São
Paulo: IBRACON, 2005, V.1, Cap. 32.
DAL MOLIN, D.C.C. Fissuras em estruturas de concreto armado: análise das manifestações
típicas e levantamento de casos ocorridos no estado do Rio Grande do Sul. Dissertação
Mestrado em Engenharia – Curso de Pós Graduação em Engenharia Civil, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,1988.
FIGUEIREDO, A.D. Concreto com Fibras. In.: Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações.
Editor: Geraldo Cechella Isaia. São Paulo: IBRACON, 2005, V.2, Cap. 39.
HELENE, P. Corrosão em Armaduras para Concreto Armado. Editora Pini, São Paulo, 1986.
HELENE, P.. Manual de Reparo, Proteção e Reforço de Estruturas de Concreto. Editora
Rehabilitar, , São Paulo, 2003.
LIMA, M.G. Ação do meio ambiente sobre as Estruturas de Concreto. In: ISAIA, Geraldo
Cechella. (Ed) Concreto: In.: Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. Editor: Geraldo
Cechella Isaia. São Paulo: IBRACON, 2005, V.1, Cap. 24.
Pesquisa e Realizações. Editor: Geraldo Cechella Isaia. São Paulo: IBRACON, 2005, V.1,
Cap. 34.
VITÓRIO, A. Manutenção e gestão de obras de arte especiais. VII Encontro Nacional das
Empresas de Arquitetura e Urbanismo, Pernambuco, 2005.