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FICHA DE TRABALHO Nº 6

410 - Psicologia - António Paulo

1. Relaciona o inacabamento do bebé humano com a importância das relações precoces.

O inacabamento humano à nascença torna o bebé dependente desde o momento inicial da sua
vida, dos cuidados dos pais ou outros agentes maternantes, o que não se verifica noutras espécies
de seres vivos.

2. Enumera algumas competências básicas do bebé para comunicar.

As competências básicas são o sorriso, o choro, as expressões faciais e as vocalizações.

3. “A capacidade de a mãe comunicar com o bebé e responder positivamente às suas


necessidades é uma competência básica”. Explica esta afirmação.

É uma competência básica porque há uma necessidade por parte do bebé em estabelecer uma
interacção equilibrada com a mãe.

4. Explicita o conceito continente-conteúdo que contextualiza a relação mãe-bebé.

Com o conceito de continente-conteúdo, Alfred Bion quer dizer que a mãe pensa pelo bebé, ou
seja, face as vivências do bebé (conteúdo), a mãe (continente) tem a capacidade de depositar os
sentimentos aos vividos pelo seu filho.

5. Mostra que a mãe-continente é aquela que comunica eficazmente com o seu bebé.

A mãe continente é capaz de comunicar com o bebé pois consegue interpretar as competências
básicas expressas pelo seu filho e assim responde de forma a que o bebé sinta segurança e
conforto. A mãe continente é capaz de influenciar o bebé a sentir-se compreendido, confiante,
seguro,…

6. A relação mãe-bebé inicia-se antes do nascimento. De que modo?

Durante o período de gestação a mãe tem necessidade em criar uma relação afectiva com o seu
bebé imaginando como ele será fisicamente e psicologicamente, tem falas com ele, imagina o que
será o futuro dele. Estas relações baseiam-se nas fantasias da mãe face ao seu bebé.

7. Define vinculação.

Vinculação é a necessidade de o bebé criar e manter relações de proximidade e afectividade com


os outros, de o bebé se apegar a outros seres humanos para assegurar protecção e segurança.

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8. Descreve sucintamente as investigações de Bowlby que levaram a elaborar a teoria da
vinculação.

Depois dos anos 40 do século XX, Bowlby estudou as consequências que gerava a separação dos
pais que partiam para a guerra. Então visualizou, entrando em contacto com elas, por efeito da
separação o desenvolvimento dessas crianças. Percebeu que esta separação provocava
consequências muito negativas no desenvolvimento físico e psicológico das crianças, pelo que
concluiu que a proximidade física do bebé com o seu progenitor é uma necessidade básica, inata,
essencial para o desenvolvimento equilibrado do ser humano.

9. Descreve, em linhas gerais, a experiência Situação Estranha de Mary Ainsworth.

Durante a experiência os bebés eram colocados numa sala com a sua mãe, mais tarde entrava
uma pessoa estranha ao bebé, posteriormente a mãe saia e depois de algum tempo a pessoa
estranha fazia o mesmo. Sucessivamente entrava a pessoa estanha e depois seguia-se a mãe do
bebé. Esta experiência permitiu distinguir e classificar os tipos de vinculação.

10. Identifica três categorias de vinculação, segundo Mary Ainsworth.

As categorias de vinculação são vinculação segura, vinculação evitante e vinculação ambivalente


ou resistente.

11. Que tipo de vinculação proporciona um sentimento de confiança, uma base de segurança
à criança? Justifica a tua resposta.

É a vinculação segura. O bebé sente segurança para descobrir o mundo que o rodeia e que a
relação com os seus progenitores se mantém mesmo após a separação.

12. Mostra a importância da passagem da díade à relação triangular (mãe – bebé – pai) e aos
grupos sociais.

A alteração de estrutura da família nas sociedades ocidentais permitiu ao pai ter um papel
importante no desenvolvimento do se filho, sendo um pouco diferente do papel da mãe. O pai vai
influenciar o seu filho nas relações sociais, o que estabelece o futuro.

13. De que modo se pode estabelecer uma relação entre a vinculação e o equilíbrio
psicológico do ser humano?

A relação que se pode estabelecer é quanto melhores forem as relações de vinculação da criança,
melhor é o equilíbrio psicológico. Por exemplo, ma relação de vinculação que ofereça um
sentimento de confiança e segurança, influenciará positivamente a constituição psicológica.

14. Qual é a relação entre a vinculação e o processo de individuação?

A relação existente entre a vinculação e o processo de individuação é que se existir vinculação, a


criança sente-se segura para explorar o que lhe rodeia, na confiança que se sentir insegura poderá

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regressar aos seus pais ou outros agentes maternates pois eles inspiram segurança. É nestas
situações que se gera a autonomia das crianças.

15. Descreve sucintamente as experiências de Harlow. Mostra de que modo contribuíram


para compreensão da importância das relações precoces.

Harlow submeteu macacos-bebés sem mãe a duas mães artificiais, uma de arame e outra de
peluche em que ambas forneciam alimento. Depois submeteu outra vez os macacos mas só a mãe
de arame fornecia alimento. Com estas situações verificou-se que o macaco procurava a mãe de
peluche. Então concluiu que a vinculação não é apenas a necessidade de alimentação, incluindo
também a necessidade de conforto e contacto.

16. As perturbações nas relações precoces de vinculação podem afectar o desenvolvimento


humano. Explica de que modo

Sendo a vinculação importante nos processos de socialização, a criança se não vivenciar segundo
vinculações vai ter graves consequências no desenvolvimento psicológico e emocional, afectando-
lhe a confiança os processos de interacção com os outros, etc.

17. Spitz levou a cabo um conjunto de investigações que o conduziram à definição de


hospitalismo. Faz uma breve descrição das suas pesquisas.

René Spitz investigou o comportamento de crianças institucionalizadas verificando o seu


desenvolvimento na falta de laços afectivos. Assim verificou que apresentavam perturbações
irreversíveis e com atrasos do desenvolvimento físico, menos resistência a doenças, atrasos na
linguagem, dificuldades de adaptação, etc.

Com estes estudos Spitz usou o termo hospitalismo para designar este conjunto de perturbações
decorrente da ausência de cuidados maternos.

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