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Arquitetura:

do repertório à prática
Arquiteto:

- tecton, em grego, designava um artífice


ligado à construção de objetos por junção
de peças;

- arqui, prefixo que indica superioridade.


Arquitetura:
Aurélio:

Arte de criar espaços organizados e animados,


por meio do agenciamento urbano e da
edificação, para abrigar os diferentes tipos de
atividades humanas.

Sob o ponto de vista Antropológico, marca a


intervenção do homem no espaço. Seus
costumes, técnicas e formas de organização.
Praça de São Pedro – Roma - Itália
ARQUITETURA
ARTE

Reflexo de intenção plástico-formal


baseada em preceitos organizacionais e
técnicos onde predomina características
como: ritmo, proporção, escala, equilíbrio,
dentre outros.
ARQUITETURA
LIMITAÇÕES TÉCNICAS

Arte e Técnica: a palavra arte vem do latim


“ars-artis”, cujo termo equivale em grego
à palavra “techne”. Para os antigos não
havia diferença entre fazer algo belo ou
tecnicamente correto.
ARQUITETURA e ENGENHARIA

A grande diferenciação entre a Arquitetura e


as outras artes é justamente o aspecto
técnico.
Na Arquitetura como arte a preocupação
técnica antecede a estética. É ela que vai
limitar ou ampliar a expressão artística.
ARQUITETURA
ASPECTO FUNCIONAL

Na Arquitetura arte e função são


indissociáveis. O uso a que se destina o
edifício é fator determinante em sua
forma.
OS SISTEMAS DA ARQUITETURA

“Os Dez Livros da Arquitetura”


Vitrúvio (séc. I A.C.)

Tratado sobre Arquitetura que inspirou


autores do Renascimento até o século
XIX.
VITRÚVIO (séc I a.c.)

Sistemas da Arquitetura:

Características: - Solidez (firmitas);


- Utilidade (utilitas);
- Beleza (venustas).
Sistemas da Arquitetura
Solidez: refere-se aos sistemas estruturais, ao
envoltório físico, às tecnologias,à qualidade dos
materiais utlilizados;
Utilidade: trata da composição dos espaços, estes
devem atender aos requisitos físicos e
psicológicos dos usuários;
Beleza: refletem as preocupações estéticas ao se
projetar, para Vitrúvio a beleza está presente
quando “a aparência da obra é agradável e de
bom gosto, e seus elementos são
proporcionados de acordo com os princípios da
simetria”!
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

A Arquitetura deve ter solidez, resistir às


intempéries,permanecer.
Para isto duas ordens de fatores devem ser
considerados:
- a durabilidade dos materiais;
- A excelência técnica.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

MATERIAIS BÁSICOS
Até o século XIX, foram usados basicamente
três materiais:
- Madeira: usada in natura como pilares,
vigas ou tábuas;
- Argila:usada em estado natural (adobe),
taipa, tijolos e telhas (argila cozida);
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

- Pedra: material nobre de grande


qualidade estética e estrutural, utilizado
principalmente pela sua resistência e
beleza;
- Pozolana: cimento natural de lavas
vulcânicas com que os romanos faziam
seu concreto.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

MATERIAIS MODERNOS
FERRO
No século XVIII, com o advento da
Revolução Industrial, surge o ferro e o
cimento, estes materiais possibilitaram
maiores vãos e agilidade nas construções.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

CONCRETO ARMADO

O uso do cimento mesclado com areia e


pedra brita, contendo barras de ferro
como armação é utilizado em meados do
século XIX e são responsáveis por mudar
a face do mundo.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

PAREDES LIVRES

Por meio do uso da estrutura de ferro e


concreto as paredes tornam-se
independentes, não mais possuem a
função portante e a função de vedação e
divisória.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

NOVOS SISTEMAS

Os novos materiais descortinam um


horizonte ilimitado de formas. Com o ferro
surgem as treliças planas e espaciais, as
estruturas verticais.
O concreto pela sua plasticidade oferece a
criação de maiores vãos e de uma gama
infinita de possibilidades formais.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

VIDRO E PLÁSTICO

O vidro é utilizado nas “peles de vidro”


que envolvem os edifícios e vedam os
grandes vãos. Os materiais plásticos
resgatam uma das formas mais primitivas
de construção: a tenda.
FIRMITAS
Sistema da Estrutura e Envoltório do Edifício

ESTRUTURA E FORMA

O Sistema Estrutural não é, entretanto,


isolado dos outros sistemas – forma e
função – ambos se integram e fazem
parte da obra. Muitas vezes a concepção
estrutural toma a frente na definição
formal do edifício.
UTILITAS
As funções da Arquitetura

A UTILIZAÇÃO DO EDIFÍCIO

Todas as atividades humanas necessitam


de um edifício que abrigue as
características destas funções.
UTILITAS
As funções da Arquitetura

FUNÇÃO PRAGMÁTICA

O edifício abriga uma atividade e deve,


portanto, ser dimensionado para tal
atendendo às exigências da função.
VENUSTAS
A preocupação com a Forma

BELEZA CLÁSSICA

O artista clássico valorizava a imitação e buscava


por meio da reprodução alcançar a forma ideal .
Na Arquitetura esta busca se enquadra dentro dos
padrões de proporção tendo o homem como
forma ideal. Estabelecia-se assim normas e
regras que deveriam ser seguidas.
VENUSTAS
A preocupação com a Forma

IDADE MÉDIA

Baseada nos valores religiosos as obras


refletem uma espacialidade interior mais
relevante que a aparência exterior.
VENUSTAS
A preocupação com a Forma

RENASCIMENTO

Retomada da cultura clássica, a beleza


porém passa a ser relativa, depende da
expressão de cada artista.
VENUSTAS
A preocupação com a Forma

ARQUITETURA MODERNA

Busca um “estilo internacional”. Reflete a


pureza das formas e dos materiais, as
obras são livres de adornos e possuem a
característica de formas puras.
VENUSTAS
A preocupação com a Forma

ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA

É aceito todo tipo de expressão, o caráter


cultural muitas vezes é deixado de lado e
a inspiração passa a ser calcada na
imagem.
ARQUITETURA
Por Lúcio Costa

“É antes de mais nada, de facto,


construcção. Mas construcção
concebida com o propósito primordial
de “organizar” e “ordenar” o espaço
para determinada finalidade e comum
a determinada intenção...
... E nesse processo fundamental de
organizar, ordenar e expressar-se ela se
revela igualmente arte plástica, porquanto
nos inumeráveis problemas com que se
defronta o arquiteto desde a germinação
do partido até a conclusão efectiva da
obra, ha sempre, para cada caso
especifico, certa margem final de opção
entre os limites Maximo e minimo...
...determinados pelo calculo, preconizados
pela técnica, condicionados pelo meio,
reclamados pela função ou impostos pelo
programa, cabendo então ao sentimento
individual do arquiteto escolher na
gradação de valores contida entre tais
limites extremos, a justa medida
apropriada a cada pormenor em vista da
unidade final da obra idealizada...
A intenção plástica, deliberada ou
subconsciente, que semelhante
escolha subentende é
precisamente o que distingue a
arquitetura — popular ou erudita
— da simples construcção.”

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