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08 a 10 de outubro de 2007
A partir das situações descritas no caderno de campo e, também após a análise dos
dados foi organizada a caracterização do problema-aprendizagem através dos seguintes
instrumentos do processo diagnóstico: Anamnese, Desenho da Famíliia e do Par Educativo,
Desenho Livre, Teste do Faz de Conta, Ditados, leituras e jogos. Para isso foram utilizadas
cinco sessões.
DA ANAMNESE
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Medicamento indicado para epilepsia: crises parciais complexas ou simples.
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principalmente de jogar bola. Segundo a mãe se a família permitir ele passa o tempo todo na
rua atrás da bola e só o pai, que já bateu muito mas não bate mais, consegue dar um pouco de
limite. Segundo a orientação médica, diz a mãe, esta criança não pode jogar bola por muito
tempo sem descanso, deve jogar um pouco e descansar para não desmaiar, porém a família
tem dificuldade em conscientizá-lo.
Seu relacionamento com os colegas não é muito bom porque Marcos se desentende
com eles por qualquer motivo e na maioria das vezes é agressivo.
Iniciou seus estudos aos sete anos de idade, cursou a 1ª série passando para a 2ª, série em que
permanece até hoje pelo terceiro ano consecutivo. Hoje se encontra com 11 anos. Não gosta
de estudar de manhã mas não houve outro jeito, já que a mãe não encontrou vaga no período
vespertino.
Devido às constantes agressões aos colegas e por ser considerado pela escola um aluno
indisciplinado, já freqüentou três escolas diferentes. Isso se deu porque de acordo com a fala
da mãe a coordenação das escolas as quais freqüentou a aconselhou a mudar de escola, pois
assim Marcos poderia melhorar seu comportamento.
Quanto à linguagem2 essa criança usou suas primeiras palavras com significado com um ano e
oito meses e hoje se comunica muito bem. Gosta de fazer amigos compatíveis com a sua
idade, porém agride as crianças menores com as quais brinca.De acordo com a mãe a medida
disciplinar mais utilizada pelos pais é impedi-lo de sair de casa, já que é o que mais gosta de
fazer. Sob o ponto de vista emocional a mãe apontou que Marcos é muito emotivo chora
facilmente e se penaliza com o sofrimento das pessoas.
Importante a contraposição de relatos. Em posterior contato com a professora o relato
quanto ao aluno foi o seguinte:
Marcos é ótimo em matemática, soma, subtrai, multiplica e divide. Durante esta aula não
incomoda ninguém. Na aula de português ele se transforma, pois não sabe ler nem escrever. O
mesmo acontece com as demais disciplinas que requer leitura.
Ainda, segundo a queixa da professora, Marcos nega que tenha agredido alguém
quando lhe chamam a atenção. Por isso na hora do intervalo os funcionários e até mesmo as
professoras, mesmo das outras séries, tem que cuidar para que Marcos não agrida tanto das
crianças com as quais brinca.
Durante a anamnese percebeu-se claramente que a mãe ocultou algumas informações
importantes para a formulação da hipótese diagnóstica. A família não dá a importância devida
à dificuldade enfrentada por Marcos. Não auxilia nas atividades de casa. Se apega muito à
questão do problema que o médico diz que ele tem e se acomodam achando que só o médico e
a escola tem o dever de ajudá-lo a resolver seu problema de aprendizagem.
Talvez Marcos esteja rotulado pela dificuldade de aprendizagem. É provável que tenha
havido uma falha na alfabetização. Acredita-se que após a realização de todas as sessões com
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Alem do relato acerca da linguagem , foi declarado pela mãe sobre as atividades diárias dessa
criança as quais entendemos ser importantes relatá-las:
— Acorda e vai ao banheiro
— Toma café
— Coloca os lençóis do xixi no varal
— Vai para a escola
— Volta da escola, almoça e sai para brincar.
A renda familiar de Marcos é baixa. Sendo a profissão do pai, pintor de parede e a
profissão da mãe empregada doméstica.
A queixa apresentada pela mãe é a seguinte:
— Marcos não sabe ler nem escrever
— É irrequieto e agressivo. Onde ele está ninguém fica sossegado. Agride de alguma
forma (bate, puxa cabelo, cutuca, passa o pé na frente). Todas as crianças que estão a sua volta.
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Com base na principal queixa da instituição que é a falta de motivação por parte das
professoras para sanar os problemas de aprendizagem dos seus alunos, a equipe estagiária foi
em busca de material de pesquisa e reflexão para a fundamentação teórica.
MOTIVANDO A APRENDIZAGEM
DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL3
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Foram instrumentos para diagnósticos da instituição: Visitas na escola, Entrevista com os funcionários,Observação em sala
de aula ,Observação da Estrutura funcional e física da escola, Questionários para os professores, Carta à comunidade
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REFERÊNCIAS
______. Técnicas Proyetivas Pisicopedagogicas. Bueno Aires, Ag. Serv, G., 1995.
WEISS, Maria Lúcia Leme. Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de
aprendizagem escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.