Computadores

SEGUNDA-FEIRA 12 JULHO 2004 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

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Bilhetes à prova O fraco uso Telecomunicações Direitos de autor De ‘Van Helsing’
de fraude dado à B-on e os árbitros em discussão aos X-Files
Como uma empresa Como a Biblioteca A Apritel filiou-se na Microsoft de Portugal Seis títulos que exploram
portuguesa trocou Científica On-Line Europa e organizou promoveu debate sobre o ‘suspense’, a ansiedade
as voltas à contrafacção ainda é pouco utilizada conferência em Lisboa recentes leis adoptadas e o medo dos jogadores
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AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO EURO 2004

Dos patrocínios
ao tráfego, às notícias
e aos golos no telemóvel

ANDRÉ RUIVO
O
sector das tecnologias infra-estrutura de tecnologias de ou no Pavilhão Atlântico,
de informação e das informação — servidores, computa- em Lisboa, onde funcionou
comunicações desem- dores, periféricos (como monitores o centro internacional dedi-
penhou um papel ful- de LCD e plasma, por exemplo) — a cado à imprensa e aos restan-
cral no Campeonato todas as estruturas da organização tes meios de comunicação.
Europeu de Futebol de 2004, cuja do Euro. Devido à presença de um
realização findou há pouco mais de E, como não podia deixar de ser, número elevado de visitantes
uma semana. Desde as tecnologias os vários operadores de telecomuni- estrangeiros, a TMN registou
que foram usadas às empresas que cações móveis prepararam-se para o 2,6 milhões de chamadas de
apostaram no evento — sob a forma Euro 2004 com medidas que foram voz e 6,1 milhões de mensagens
de patrocínio directo ou outras —, desde uma melhor cobertura a novos escritas efectuadas em “roaming”.
será indelével a marca que o sector serviços para acompanhamento do Esta operadora de telecomunicações
deixou na organização e na realiza- campeonato. Alertas para o telemó- referiu ainda que foram os adeptos
ção do Euro 2004. vel com os resultados dos jogos e a ingleses os que mais chamadas fize-
Um exemplo claro é o do controlo, capacidade para um maior fluxo de ram, embora os russos
produção e distribuição dos bilhetes chamadas de voz e mensagens escri- tenham demorado
para entrada nos estádios para cada tas foram alguns dos exemplos do que mais tempo ao tele-
um dos jogos. Con- a TMN, a Vodafone móvel e os croatas
signada à empresa RUI JORGE CRUZ e e a Optimus propor- tenham liderado no
portuguesa Litho ISABEL GORJÃO SANTOS cionaram durante o que se refere ao envio
Formas, obrigou esta Campeonato Europeu de mensagens escritas. Um
a elevar o plano das suas capaci- de Futebol. E os números já conhe- guia turístico para consultar através
dades e recursos para corresponder cidos quanto ao tráfego atestam bem do telemóvel, o City Guide, bem como
aos requisitos impostos pelos orga- a importância, hoje em dia, das tele- a linha de apoio ao turista criada
nizadores (ver, na pág. 2, o artigo comunicações móveis num evento de pela TMN, a Travel Mate, foram
“Tecnologia e segurança nos bilhetes massas como o Euro 2004. também bastante utilizadas.
do Euro 2004”). A TMN teve em especial atenção As notícias oficiais da UEFA, bem
Outro exemplo foi o da BenQ, a cobertura nas zonas dos estádios e como os vídeos dos golos que pude-
empresa subsidiária do grupo Acer, respectivos acessos, bem como nos ram ser vistos em telemóveis com
de Taiwan, que se encarregou de centros de estágios, nos hotéis onde recursos multimédia e os comen-
fornecer e montar não só toda a se encontravam as várias selecções tários dos jogos ➜

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do ex-seleccionador nacional Humberto
Coelho, foram também serviços presta-
dos pela TMN. Para os utilizadores de
computadores pessoais, a TMN lançou
o Wallpaper Euro 2004, uma pequena
aplicação que automaticamente actu-
alizava as notícias e os resultados do
campeonato no ecrã do computador.
A Vodafone, por sua vez, registou na
sua rede cerca de 680 mil utilizadores
estrangeiros durante o período do Euro
2004. Deste total, cerca de 200 mil visi-
tantes vieram de Espanha e 130 mil eram
oriundos do Reino Unido. Na lista de
países com mais cidadãos registados na
rede da Vodafone em Portugal, seguem-se
a Alemanha, a França e a Holanda.
Cerca de 2 milhões de chamadas
telefónicas foram realizadas por esses
visitantes, que enviaram também cerca
de 6 milhões de mensagens escritas.
Foram os visitantes do Reino Unido, da
Espanha e da Holanda aqueles que mais
tráfego geraram na rede da Vodafone,
respectivamente. Esta operadora regis-
tou também um aumento significativo
do tráfego na zona dos estádios na altura
dos jogos da selecção portuguesa. O trá-
fego médio diário triplicou, enquanto o
número de mensagens escritas enviadas
aumentou seis vezes quando comparado
com o de um dia normal. No jogo da
final, o aumento de tráfego foi de 600
por cento nas chamadas e 1500 por
cento nas mensagens escritas.
Logo na primeira semana do Euro
2004, o tráfego na rede da Optimus
aumentou 270 por cento, tendo os
visitantes ingleses liderado a lista dos
estrangeiros que mais chamadas efec-
tuaram e que mais mensagens escritas
enviaram. Quanto a estas, a Optimus
registou um aumento de 400 por cento
face a igual período de 2003.
Entre os estrangeiros, os ingleses
efectuaram 28 por cento das chamadas,
seguidos pelos franceses, com 11 por
cento, pelos espanhóis (10 por cento),
pelos alemães (9 por cento) e pelos
holandeses, com 8 por cento. Na rede
da Optimus, não sendo os primeiros
em termos de chamadas efectuadas, os
italianos e os alemães foram os que mais
tempo passaram ao telefone. As chama-
das destes demoraram, em média, mais
de dois minutos, enquanto os ingleses
não falaram mais do que 100 segundos
por telefonema.
Os croatas enviaram, em média, três
mensagens escritas por dia, número
idêntico ao registado por checos e dina-
marqueses. O número de estrangeiros
registados na rede da Optimus aumen-
tou 145 por cento quando comparado
com o mesmo período do ano passado.
Alertas por SMS, notícias do Euro 2004
no portal Zone, toques polifónicos e um
diário humorístico foram algumas das
novidades preparadas pela Optimus
para o Campeonato Europeu de Futebol
de 2004. ●
computadores .2
LITHO FORMAS E XEROX DESENVOLVERAM SOLUÇÃO PARA ENTRADAS NOS ESTÁDIOS
Tecnologia e segurança
nos bilhetes do Euro 2004
N
UM ESPAÇO AMPLO, estão empi-
lhadas dezenas de bobinas de
papel. O barulho das máquinas
acompanha a azáfama e obriga
a conversar em voz alta. Em S.
João da Talha, junto a Lisboa, a empresa
Litho Formas Portuguesa viveu de forma
muito especial o Euro 2004, após ter ganho
o concurso internacional para produzir os
bilhetes para os jogos — um desafio para o
qual convocaram tecnologia e segurança.
Por razões de segurança, não se soubera
até agora qual havia sido a empresa encar-
regada de imprimir os bilhetes para os jogos
do Euro 2004. Mas diz quem lá esteve que
o entusiasmo foi muito e o trabalho ainda
mais. Logo que os jogos terminavam, corria-
se para a zona de segurança e punha-se as
máquinas a trabalhar. Da Litho Formas Por-
tuguesa saíram 1,4 milhões de bilhetes para
dez estádios e 31 jogos.
Nada poderia falhar. Por isso, foram
adquiridas máquinas, criou-se uma zona
de segurança e uma solução alternativa de
“backup”. No final do Euro, os responsáveis
da Litho Formas dizem com orgulho que não
houve problemas de maior nem verdadeiras
tentativas de falsificação de bilhetes.
A impressão de documentos que exigem
um elevado nível de segurança não é uma
novidade para a Litho Formas, já que é de
lá que saem, por exemplo, milhares de che-
ques de diversas instituições bancárias. No
entanto, imprimir os bilhetes para o Euro
2004 foi um projecto ambicioso, que levou
à alteração de processos e a uma produção
marcada pela rapidez e pelos cuidados de
segurança. Para a empresa, ficou a herança
de uma maior experiência, que a torna apta a
aceitar novos projectos.
“Isto foi um projecto diferente, que obri-
gou a uma forte componente de inovação,
tendo sido desenvolvido à medida e a partir
de requisitos muito específicos”, explicou João
Cabral, administrador da Litho Formas. Um
dos aspectos mais importantes foi o conciliar
tecnologias tradicionais de segurança com
as novas tecnologias de impressão a pedido
— ou seja, a impressão à medida das neces-
sidades.
Afinal, quem foi aos jogos do Euro teve
à sua disposição várias possibilidades, tais
como comprar bilhetes com a condição de a
sua equipa chegar àquela fase. Como todos
os bilhetes foram personalizados, a partir dos
quartos-de-final, as alterações eram imen-
sas e só era possível imprimir grande parte
dos bilhetes pouco tempo antes dos jogos.
As equipas mudavam e, com elas, os dados
a usar para imprimir os bilhetes para os
jogos da fase seguinte. Na Litho Formas, “as
pessoas encararam isto como uma missão”,
adiantou João Cabral, ainda no rescaldo dos
dias agitados que se viveram na empresa.
A cargo da Litho Formas não ficaram
apenas os bilhetes para os jogos mas todos
os documentos para requisição dos bilhe-
tes, para a imprensa ou para os parques
de estacionamento. Entre os equipamentos
que adquiriu ou alugou à Xerox, a formação
prestada e as alterações efectuadas nas
próprias instala-
S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
ções, a empresa investiu no projecto cerca de
750 mil euros.
Jos Kruif , responsável da UEFA pela
área da gestão dos bilhetes do Euro 2004,
salientou que este foi um projecto impressio-
nante, “que abarcou não apenas um evento,
mas 31 eventos”. Tal obrigou a uma solução
com diversos requisitos — “mas a Litho
Formas possui os conhecimentos adequados,
que aplicou da melhor maneira”.
O parceiro tecnológico deste projecto foi
a Xerox, fabricante das máquinas onde os
bilhetes foram impressos. Marcus Lessa,
director do Industry Business Production
System Group da Xerox Portugal, explicou
que este projecto implicou o uso de tecnolo-
gias mediante as normas de segurança a que
a entidade organizadora do evento obrigava.
Em primeiro lugar, toda a produção dos
bilhetes tinha que ser efectuada dentro
de uma sala com acesso bastante restrito
e dotada de um cofre para guardar a pro-
dução — enquanto esta não era expedida
através de uma empresa de correio rápido,
que entregava os bilhetes, em mão, na
casa dos compradores. Cerca de 1,3
milhões de bilhetes seguiram em 136 mil
envelopes até ao seu destino. Em 40 por
cento dos casos, o destino foi a residência
dos adeptos.
Todo o processo começou a ser prepa-
rado em Janeiro. O papel foi concebido e
testado nas máquinas da Xerox onde viria
a ser usado, as DocuColor 130 e DocuColor
6060. Explica Marcus Lessa que as máqui-
nas utilizadas foram escolhidas pela sua
rapidez e pela capacidade de gerir grandes
quantidades de informação.
Grande parte da produção dos bilhetes
teve lugar em Abril. As bobinas de papel
foram, primeiro, impressas de forma tra-
dicional, em “offset”. Depois, as bobinas
seguiram para outra máquina, onde era
estampado no papel um holograma tridi-
mensional prateado — um dos elementos
de segurança destinados a dificultar a
contrafacção dos bilhetes.
Passava-se, então, à parte em que as
tecnologias mais recentes eram usadas.
A Sociedade Euro 2004, que teve a seu
cargo a coordenação da reserva dos bilhe-
tes, fazia chegar à Litho Formas as actu-
alizações da base de dados com todas as
informações sobre os pedidos dos
adeptos. A bobina
de papel
voltava,
então,
a entrar
na máquina
— desta vez,
a DocuColor
130 — onde
era impresso
tudo o que ainda
faltava: nome do
espectador e lugar
reservado, data
e hora dos jogos,
o preço, as ban-
deiras dos países
que jogavam e,
mais importante,
o código de barras.
Nas portas dos
estádios era feita a
leitura dos códigos
de barras e, até ao
último momento, foi
possível cancelar a
entrada a pessoas
com bilhetes que,
por exemplo, tivessem sido roubados ou
dados como extraviados.
Numa máquina envelopadora, juntava-
se automaticamente o bilhete e uma carta
personalizada. Até aqui, não era necessá-
rio qualquer contacto com o bilhete, que se
mantinha em bobina até pouco antes de
ser colocado no envelope — o que também
aumentou a segurança do processo. O
sistema estava também programado para
confirmar se o número da carta batia certo
com o número do bilhete. Miguel Pinto,
da Litho Formas, dirigiu este projecto e
explicou a Computadores que quase não
houve reclamações, até porque, se alguém
se queixasse de não ter recebido os bilhe-
tes que pretendia, era fácil cancelar os que
tinham sido enviados e emitir outros, com
distintos códigos de barras.
Um sensor óptico lia uma espécie de
mira impressa em “offset” e isso permitiu
o alinhamento da impressão digital. A
importação das actualizações das bases de
dados era feita através de uma aplicação
chamada Darwin, da empresa Creo. Após
a codificação através do sistema de barras,
os dados actualizados eram enviados para
o sistema de informação de cada estádio
— onde, nas horas de entrada dos adeptos,
era confirmada a legitimidade do bilhete
pela leitura do respectivo código de barras
no torniquete.
Todo este processo garantiu que nunca
existissem dois bilhetes iguais. O tradicio-
nal sistema de “offset” garantiu a impres-
são dos bilhetes com 12 cores e tintas de
segurança, quase impossíveis de replicar.
Foi também nesta fase que se procedeu
à numeração mecânica e à introdução do
picotado que permitia destacar uma parte
do bilhete. Através da impressão digital,
foi possível personalizar os bilhetes com 60
campos variáveis — tendo sido usada uma
aplicação informática bastante flexível, que
introduzia oito novas cores e diversas marcas
de segurança. Para tudo isto, mais de 10 mil
gigabytes de informação foram processados
pelo sistema de impressão digital.
Só as oito pessoas envolvidas na pro-
dução dos bilhetes tiveram acesso à zona
de segurança, que não pôde ser visitada
por jornalistas ou outros funcionários da
Litho Formas antes do final do Euro. A
venda de bilhetes começou quase um ano
antes da realização do Euro, através da
Internet e de outros meios, mas a sua
distribuição só foi feita pouco antes do
evento. Cerca de 75 mil metros de impres-
são em contínuo foram o resultado de todo
este trabalho. Se todos os bilhetes fossem
colocados no chão, lado a lado, ocupariam
uma área equivalente a cinco campos de
futebol onde o Euro se jogou. ● ISABEL
GORJÃO SANTOS
da.net
Primeiro serviço de chamadas utilizadores em 170 países. Um relatório recente do Synergie
através Internet chega a Portugal Research Group prevê que, em 2009, as chamadas telefónicas
pela Internet representem 40 por cento do total. ●
A Plantronics vai fornecer os seus auriculares à empresa
de telecomunicações Skype, destinados à realização de Banda larga já usada por
chamadas através da Internet — anunciou na passada 78 por cento das empresas portuguesas
quarta-feira aquela empresa, cuja sede é na Califórnia (EUA).
Conforme um responsável da Plantronics afirmou à Lusa, Cerca de 78 por cento das empresas em Portugal já usam o acesso
as duas empresas começarão a comercializar o seu serviço à Internet de alto débito, revelou na semana passada o Inquérito
de telecomunicações regionais e internacionais também à Actividade Empresarial de 2004, da Associação Industrial
em Portugal ainda neste mês de Julho. Para fazer chamadas Portuguesa (AIP). Este relatório anual indica que 61 por cento das
através da Internet, basta fazer o “download” do programa empresas possui já, pelo menos, uma página electrónica (um “site”
da Skype e dispor de um auricular. As chamadas entre ou um portal) na Web mas apenas 7 por cento tem participação
clientes da Skype são gratuitas, enquanto os telefonemas em plataformas empresariais. A AIP considera “muito positiva”
Banda larga atingiu em Março entre estes e clientes dos operadores de telefonia fixa esta evolução, que vem ao encontro das necessidades de uma
custarão 1,5 cêntimos por minuto. A Plantronics oferecerá economia mais competitiva. Sobre a conjuntura económica, cerca
os 7 por cento do total de acessos… 120 minutos de chamadas aos clientes que comprarem um de 79 por cento das empresas inquiridas (menos 7 por cento do
O acesso de alto débito à Internet — a chamada “banda dos seus auriculares (que, numa primeira fase, deverão estar que em 2003) continuava a avaliá-la negativamente como “má” ou
larga” — representava, em Março, cerca de 7 por cento de disponíveis na lojas das cadeias de produtos informáticos “muito má”.Embora o Inquérito de 2004 contenha bons indícios
todos os acessos em Portugal, de acordo com os dados Worten e Vobis, do grupo Sonae). Este serviço permite fazer quanto à situação financeira das empresas, às oportunidade de
divulgados pela Autoridade Nacional de Comunicações chamadas para cerca de 25 países europeus, para os EUA investimento e às expectativas (positivas) face à procura interna e
(Anacom) em meados da semana passada. No final do e para o Japão, cintando já com mais de 10 milhões de externa, o optimismo deverá ser bastante moderado. ●
primeiro trimestre, haveria 565 mil clientes de banda larga
(face aos 309 mil registados um ano antes), representando
7,2 por cento do total de acessos à Internet em Portugal.
A taxa de penetração da banda larga terá, assim, chegado
a 5,4 acessos por cada cem habitantes em Março, quando,
em Dezembro de 2003, se verificava uma taxa de 4,8
por cento. Apesar desta subida, a Anacom afirma que se
registou uma desaceleração do ritmo de crescimento
trimestral das novas adesões, que passou de 18,2 por
cento no último trimestre de 2003 para 13,1 por cento
entre Janeiro e Março deste ano. No conjunto dos acessos
por banda larga, o cabo representa 60 por cento dos
clientes mas o ADSL (acesso usando a rede telefónica fixa)
continua a subir mais, crescendo 22,5 por cento para os
actuais 226 mil acessos. ●

… mas banda estreita continua

a crescer quase 35 por cento por ano
Ainda segundo os dados da Anacom, o número total de
clientes de serviços de acesso à Internet ascendeu a 7,9
milhões no final do primeiro trimestre deste ano — valor
que significa um crescimento de 9,3 por cento face ao
final de 2003 e permitiu que o serviço atingisse uma taxa
de penetração de 75,7 acessos por cada cem habitantes.
Destes, a maior parcela dos clientes de serviços de
acesso à Internet (93 por cento ou 7,3 milhões de
clientes), corresponde aos utilizadores da chamada
“banda estreita” (através do uso simples de qualquer
linha telefónica, também designada por “dial up”). A
atestar que os factores económicos ainda constituem
um obstáculo de monta à adesão à banda larga há o
facto de estes acessos terem crescido 9 por cento entre
o último trimestre do ano passado e o primeiro de 2004
— e 34,7 por cento face ao primeiro trimestre de 2003.
Ainda segundo a Anacom, no final do primeiro trimestre
de 2004, encontravam-se registadas 50 entidades
habilitadas para a prestação do serviço de acesso à
Internet, das quais 22 em actividade. Das entidades
não activas, 14 ainda não tinham iniciado a actividade
e outras 14 não se encontravam a prestar o serviço por
terem cessado ou suspendido a prestação do mesmo,
mantendo no entanto o respectivo registo. ●

PT com 88 por cento de quota na banda larga

O grupo Portugal Telecom (PT) anunciou ter superado os
500 mil clientes de banda larga, onde afirma ter “definidos
objectivos bastante ambiciosos”: até ao final do primeiro
trimestre de 2005, 750 mil clientes e 1 milhão no fim do
ano. Em 2001, eram 65 mil os seus clientes de banda larga;
em 2002, 184 mil; em 2003, 391 mil e, no primeiro trimestre
deste ano, 454 mil clientes. No âmbito deste esforço em
prol da sociedade de informação (onde o grupo diz já ter
investido nos últimos cinco anos investiu cerca de 5 mil
milhões de euros em infra-estruturas), a PT fez saber que
levara até à aldeia de Cavernães, com 2 mil habitantes, em
Viseu, a Internet de banda larga através de ADSL. Segundo
a empresa, no final de 2004, o distrito de Viseu terá 88 por
cento da rede fixa de telefone equipada para o acesso
por ADSL. Na banda larga, Portugal apresenta índices de
desenvolvimento bastante significativos, estando à frente
de países com economias mais desenvolvidas, como a
Alemanha, a França e o Reino Unido. A PT salienta que
Portugal tem a terceira maior penetração de banda larga
em lares com computadores a nível europeu (30 por
cento), sendo apenas superado por Bélgica e Holanda. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O
N
um mercado discográfico ameaçado pela
distribuição ilegal de música na Internet, as
editoras dão voltas à cabeça a tentar des-
cobrir a melhor forma de atraírem de novo
os consumidores aos discos prateados. Há
alguns anos atrás, começou-se a desenhar uma estraté-
gia de fazer evoluir o formato CD para algo com melhor
qualidade sonora — afinal, nos 25 anos que o CD leva de
vida, muitas tecnologias novas já viram a luz do dia, para
as quais o CD está longe de ter capacidade de resposta.
Melhor qualidade sonora obtida a partir de uma maior
definição (mais bits) na gravação, assim como o som mul-
ticanal, estão ausentes do já venerando formato.
A Sony e a Matsushita, eternas rivais nas guerras de
formatos, resolveram cada qual o problema à sua
maneira — a primeira lançando o Super Audio CD
(SACD), um formato de CD cujo objectivo inicial era
conseguir uma qualidade de reprodução inigualável no
CD, que pudesse conquistar os puristas do áudio que
ainda apostavam no LP como formato de eleição para
as audições de grande nível; a segunda aproveitando
a onda da popularidade do DVD, lançou o DVD-Audio
(com a bênção do DVD-Forum, o organismo que regula
as normas dos DVD), um formato também de elevada
qualidade, que adicionalmente suportava, de origem, o
som multicanal.
A Sony não tardou a responder com capacidades
multicanal no SACD e ambos os formatos ficariam
empatados não se dera o caso de a Sony ter, desde a
origem, previsto que os seus discos teriam dois lados
— um com SACD e o outro com formato CD normal.
Os consumidores que não possuíssem um leitor capaz
de reproduzir SACD podiam, ainda assim, comprar o
disco, tocá-lo no leitor habitual e estar “preparados
para o futuro”.
A estratégia parece ter tido algum eco nos
compradores, uma vez que, no ano passado, se
venderam três vezes mais SACD do que DVD-Audio.
O problema é que, mesmo assim, estamos a falar de
números irrisórios face aos dos CD tradicionais. Em 2003
e segundo informações da RIIA, a associação norte-
americana da indústria discográfica, venderam-se cerca
de 746 milhões de CD. Já o número dos SACD foi de
1,3 milhões face aos 400 mil dos DVD-Audio. Só a título
de comparação refira-se que ainda se venderam, no
mesmo ano, 1,5 milhões de LP de vinil.
O DVD-Forum e as editoras discográficas decidiram
então, neste ano, lançar uma nova estratégia: apostar
finalmente num formato misto DVD-CD. O híbrido,
chamado DualDisk, terá os dois lados do disco
preenchidos — um com informação no formato CD, o
outro com DVD. Os promotores, que são as principais
editoras, acreditam que os consumidores estarão
dispostos a pagar um pouco mais por um disco que
poderá ser reproduzido tanto num leitor de CD como
num de DVD e que pode trazer um álbum completo
mas também um conjunto de “clips” ou a gravação de
um concerto ao vivo.
Por parte do DVD-Forum, que promove o DVD-Audio,
a ideia é que o lado DVD possa conter o disco no seu
formato de alta definição. Mas, curiosamente, entre
os promotores do DualDisk, encontra-se também a
Sony Music, que não está obviamente interessada em
divulgar o DVD-Audio — e que decerto aproveitará o
lado DVD para incluir imagem e não áudio de elevada
definição.
O DualDisk tem, assim, condições para se tornar o
formato mais flexível de entre todos os que estão
disponíveis no mercado. Tem a maior base instalada
que alguma vez existiu em termos de dispositivos de
leitura — todos os leitores de DVD e todos os de CD
— e uma apetência dos consumidores por um CD com
valor acrescentado. Está nas mãos das editoras pegarem
num produto com elevado potencial e fazerem dele um
merecido sucesso. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
computadores .4
APRITEL GARANTIU A SUA ADESÃO À ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE OPERADORES
Operadores de telecomunicações
debateram problemas comuns
A
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA dos
Operadores de Telecomuni-
cações (Apritel) assinou, na
semana passada, o protocolo
de adesão à European Com-
petitive Telecommunications Associa-
tion (ECTA), a associação europeia que
congrega diversas associações nacionais
de operadores de telecomunicações.
A adesão à ECTA foi também motivo
para a realização de uma conferência,
em Lisboa, subordinada ao tema “As
comunicações electrónicas como motor
de desenvolvimento da economia”.
Roger Wilson, presidente da ECTA,
esteve presente na conferência e mos-
trou-se satisfeito com a entrada da
Apritel na sua associação, pois aquela
“representa um número alargado de
operadores em Portugal”. Quanto à
ECTA, Wilson destacou a sua capa-
cidade de fornecer informação sobre
assuntos de regulamentação a institui-
ções europeias, “o que é uma mais-valia
para as associações de cada país”.
Também Pedro Norton de Matos,
presidente da Apritel, onde representa
a Oni, considerou que a adesão à ECTA
constitui “mais um passo importante
para a Apritel, na medida em que
reforça a luta dos operadores privados
portugueses pela liberalização efectiva
do mercado de telecomunicações”.
No passado dia 29 de Junho, várias
associações de operadores de telecomu-
nicações europeias — entre as quais, a
Apritel — participaram num seminário
organizado pela ECTA, em Bruxelas.
Nesse encontro, debateram-se as
preocupações comuns que, em breve, — considerou Eva Pérez à margem da nicações. Aproveitando o rescaldo do
deverão ser apresentadas perante a conferência. Euro 2004, Pedro Norton de Matos
Comissão Europeia e o Parlamento Quanto à banda larga, a responsá- adoptou uma metáfora futebolística
Europeu. Entre os principais objectivos vel da Astel mostrou-se também preo- para dizer que, “até agora, o árbitro
destas exposições estão o desenvolvi- cupada com o controlo que a Telefónica não viu nenhuma infracção e, por isso,
mento de medidas que melhorem a possui, tanto em relação ao mercado nem pénaltis tem havido”. O árbitro
concorrência nos mercados de teleco- grossista como ao mercado retalhista. é, neste caso, a Autoridade Nacional
municações e a respectiva liberalização. “Para os operadores alternativos, a de Comunicações (Anacom), à qual
Para além da associação penetração é compli- Norton de Matos solicita “um empe-
portuguesa, estiveram ISABEL GORJÃO SANTOS cada.” Eva Pérez consi- nhamento efectivo”.
presentes na reunião dera ainda que poucas O balanço dos quatro anos de
da ECTA entidades homólogas da soluções têm sido apresentadas para liberalização das telecomunicações em
Holanda, da Irlanda, da Hungria, da este problema: “Realizam-se análises Portugal “não é positivo nem nada ani-
República Checa, da Alemanha, da de mercado e a Astel tem tido um papel mador no que se refere ao telefone fixo”.
Polónia, da Bélgica, da Turquia e do bastante activo junto do regulador.” Afinal, “94,5 por cento dos acessos são
Reino Unido. Seria, depois, a vez de o presidente fornecidos pela Portugal Telecom e só
Já na conferência realizada em da associação portuguesa se referir um ambiente de sã concorrência pode
Lisboa, Roger Wilson referiu-se ao tra- ao mercado nacional das telecomu- melhorar isso”. ●
balho que tem sido desenvolvido pela
European Competitive Telecommuni-
cations Association, salientando que Tele2 oferecerá acesso à Internet por ‘dial-up’ ainda em 2004
esta tem impulsionado a constituição de
associações nacionais, bem como a coope- A operadora de telecomunicações Tele2, imagem das empresas suas concorrentes,
ração entre estas. Para o presidente da subsidiária portuguesa da homónima que os preços grossistas praticados pela
ECTA, a eficiência da regulação na área sueca, vai lançar um serviço de acesso Portugal Telecom (PT) não permitem aos
das telecomunicações tem variado conso- à Internet ainda neste ano no mercado outros operadores lançar ofertas atraentes
ante os países, mas existe uma relação português — afirmou à Lusa na passada para o cliente final.
directa entre o investimento efectuado e quarta-feira, dia 7, Inácio de Montis, o Apesar do uso da banda estreita estar em
a eficácia da regulação estabelecida. director-geral da empresa em Portugal. O declínio em Portugal, Inácio de Montis
Eva Pérez, presidente da Astel, serviço será de banda estreita, ou seja, um defendeu que o cliente-tipo da Tele2 é um
a associação espanhola de empresas acesso à Internet com velocidade normal utilizador do acesso à Internet por banda
operadoras e de serviços de telecomu- e sem custos de instalação, bastando estreita e que este ainda é um mercado
nicações, esteve também presente na apenas uma ligação telefónica, explicou apetecível.
conferência promovida pela ECTA e Inácio de Montis. Os clientes de acesso De acordo com dados da Marktest,
salientou que, depois de um período de à Internet por banda estreita (também apresentados pela operadora, dos lares
crise vivido em 2001 e 2002, verifica-se conhecido pela expressão inglesa “dial-up” dotados de acesso à Internet em Março
agora um crescimento moderado do por se basearem nos telefones da rede último, cerca de 56 por cento tinham
mercado de telecomunicações. Contudo, fixa) são tradicionalmente aqueles que uma ligação em banda estreita e apenas
“a situação, no que diz respeito a concor- usam pouco a Web. 14 por cento em banda larga por ADSL,
rência, não é muito satisfatória”. O lançamento de um serviço de acesso com os restantes lares a disporem de uma
“No caso do serviço de telefonia fixa, em banda larga — que permite a ligação de banda larga através de cabo.
Espanha tem o problema do controlo de transmissão de dados a velocidades A subsidiária portuguesa da operadora
preços por parte da Telefónica [o opera- maiores — ficará para mais tarde devido a sueca lançou o serviço de telefonia fixa em
dor incumbente], que pode lançar tari- constrangimentos de carácter regulatório, Portugal em Setembro do ano passado,
fas ou ofertas com preços imbatíveis, disse Inácio de Montis. A Tele2 considera, à contando já com 140 mil clientes. ●
com os quais não é possível concorrer”
S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
 CONCURSO PARA REDES DE BANDA LARGA NAS ESCOLAS FIC ARÁ CONCLUÍDO EM JULHO

Fibra óptica ligará universidades

e escolas até ao fim do ano
O
S CONCURSOS para a instalação de uma rede municações, Diogo Vasconcelos considerou que não mática de contratos tende a acabar.”
de fibra óptica que ligará as universidades deverá existir renovação automática de contratos Contudo, hoje, ainda nada impede os organismos
e os institutos de ensino superior e de uma na administração pública: “Temos vindo a trabalhar da administração pública de renovarem, de forma
outra rede de banda larga que ligará 9 mil com responsáveis dos diversos minis- automática, os contratos que já possuem.
escolas dos ensinos básico e secundário térios para fazer um levantamento ISABEL GORJÃO SANTOS Para esclarecer esses organismos sobre as
deverão ficar concluídos ainda neste mês — afirmou, na exaustivo da situação e verificámos melhores práticas a adoptar na aquisição
semana passada, Diogo Vasconcelos, gestor da Unidade que os ministérios estão cada vez mais sensíveis a de serviços de telecomunicações, a UMIC irá distribuir
de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC), a entidade esta questão, quer por pressão competitiva quer pela em breve um guia de aconselhamento pelas entidades
governamental responsável pela área da sociedade da necessidade de uma boa gestão. A renovação auto- da administração pública central e local. ●
informação. O gestor da UMIC adiantou ainda que a
rede de fibra óptica que ligará as universidades deverá
ficar instalada até ao final do ano.
À margem de uma conferência promovida pela
Apritel, a associação que reúne os operadores por-
tugueses de telecomunicações (ver texto na pág. 4),
Diogo Vasconcelos explicou que a rede de fibra óptica
a instalar ligará as universidade de Lisboa, Coimbra,
Aveiro, Porto e Braga. Apesar de terem sido dez as
empresas de telecomunicações a levantarem o caderno
de encargos relativo ao concurso para a instalação da
rede, apenas duas entidades acabaram por apresen-
tar propostas — a Portugal Telecom (PT) e a Refer, a
empresa que gere a infra-estrutura ferroviária nacio-
nal e, ao longo dos últimos anos, a dotou de cablagem
de fibra óptica. A adjudicação deverá verificar-se
dentro de alguns dias.
O concurso para a instalação de uma rede de banda
larga que ligue as 9 mil escolas dos ensinos básico e
secundário de todo o país está também quase concluído,
tendo surgido quatro empresas a apresentar propostas.
Diogo Vasconcelos referiu-se também ao facto de
muitas empresas não se encontrarem acreditadas como
fornecedoras do Estado e, por isso, não constarem na
central de compras electrónicas recentemente lançada.
O gestor da UMIC considerou que é urgente abrir novos
concursos, “de forma a que haja um maior número de
empresas a poderem fornecer o Estado”.
“Os acordos que vigoram são relativamente antigos,
o que cria uma situação algo perversa do ponto de vista
competitivo”, considera Diogo Vasconcelos, adiantando
que a actualização do catálogo de empresas fornecedo-
ras é da responsabilidade da Direcção-Geral do Patri-
mónio, “que brevemente deverá lançar as iniciativas
necessárias para a abertura de novos acordos”.
Referindo-se especificamente à área das teleco-

S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .5
 virose
Nova variante do Lovgate e também do Bagle
Nos primeiros dias do mês, foi detectada uma
nova variante do “worm” Lovgate, a AD, e,
devido ao número de ocorrências detectadas
pela McAfee, a empresa rapidamente a
classificou com um nível de perigosidade
médio. As restantes empresas de programas
antivírus mantiveram a classificação num nível
de 2 em 5 ou algo equivalente.
O Lovgate.AD propaga-se através do correio
electrónico ou através de redes. As mensagens
que o propagam contêm anexos com extensão
.zip, .pif ou .scr. Ele explora ainda a mesma
falha do Windows que o Blaster veio explorar.
Ele abre uma “back door” no computador para
permitir a um intruso assumir o controlo do
sistema infectado.
Esta versão do Lovgate não destrói documentos
de trabalho no computador infectado mas
procura ficheiros executáveis e substitui-os por
cópias suas — o que acaba por impedir a
utilização do computador ao impedir
a execução de aplicações.
No princípio da semana
passada, a mesma McAfee
alterou a classificação de
perigosidade da última
variante do “worm”
Bagle, a AD, surgida
no fim-de-semana,
computadores .6
passando-a para o nível médio. A maior parte
dos relatórios de ocorrências recebidos pela
empresa provinham do Japão, da Austrália, da
Alemanha e do Reino Unido.
O Bagle é um “worm” de distribuição em massa
por correio electrónico que é propagado
através de um ficheiro de extensão .zip
protegido por palavra-passe, estando esta
incluída no corpo da mensagem como texto ou
sob a forma de imagem. O ficheiro contém
um outro, executável, com extensão
.exe, .com ou .scr. Para se enviar, ele
recolhe todos os endereços de
E-mail encontrados na máquina
infectada, utilizando-os também
para falsificar o remetente das
mensagens infectadas.
S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
Dia 12
OS VÍRUS DA SEMANA
WM/Eraser.A:Tw, WM/Envader.A
(Intended), W97M/Yous, W97M/Alamat,
WM/Alliance.A, VBS/Aqui, W97M/
Cobra.a1
Dia 13
O Bagle.AD, quando activado, copia-se para W97M/Cobra.a1, VBS/Aqui, VBS/Zync,
as pastas do sistema que incluam o termo VBS/Alphae, WM/BADBOY.A;B;C, Twno.A,
“shar” no nome, como é o caso das pastas W97M/Rapmak.a, WM/BOOM.A;B,
W97M/Alamat, W97M/Yous, W97M/
de partilha dos programas de partilha de Digma, WM/FRIDAY.A, WM/Envader.A
ficheiros ponto a ponto. Depois ele “escuta” (Intended), WM/CVCK1.B;E, WM/Eraser.A:
a porta TCP 1234 à procura de ligações Tw, WM/Goldsecret.B:Int, WM/FRIDAY.D,
W97M/Idea.A, W97M/BackHand.A,
remotas de modo a receber comandos WM/SHOWOFF.G
que permitam transformar o computador
infectado como peão de um ataque do Dia 14
W32/SoftSix.worm, W97M/Class.B,
tipo “denial of service” (DoS) ou para W97M/Class.D, W97M/Class.Q,
distribuir “spam”. WM/Eraser.A:Tw, WM/PHARDERA.C ;D
(INTENDED), W97M/Este, VBS/San@M,
W97M/Yous, VBS/Valentin@MM,
Encontrada falha no Mozilla W97M/Alamat, W97M/Ekiam, VBS/Aqui,
Na quarta-feira, foi publicitada a existência W97M/Cobra.a1
de uma falha de segurança no programa
Dia 15
Mozilla, para navegação na Web. Esta falha, W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b,
denominada “falha da ‘shell’”, pode permitir a W32/Winur.worm.a, VBS/Alphae, VBS/
intrusos correr programas Zync, VBS/Aqui, W97M/Alamat, X97M/
num computador Anis, W32/PetLil@MM, W32/Urick@MM,
Tribute.A;B, W97M/Yous, VBS/Count,
com Windows. W97M/Courage.a, WM/Theatre.A,
Ela não existe nas WM/Eraser.A:Tw, AOS.A, Habir.A, W97M/
versões para os sistemas operativos MacOS, Jackal.A, X97M/Hopper.r, W97M/Class.ed,
JS/Gigger.a@MM, W97M/Fifteen.a
dos Macintosh, e Linux.
À semelhança do que acontece Dia 16
com algumas falhas recentes do XM/Laroux.IC, WM/ERASER.H, WM/
Eraser.A:Tw, W97M/Yous, Tribute.A;B,
Internet Explorer, esta falha do Mozilla WM/Concept.F;G;J, W97M/Alamat,
só permite a um intruso correr programas W97M/Cobra.a1, W97M/Cash, W97M/
associados a extensões e que já existam Akuma
na máquina. Não é possível ao intruso Dia 17
associar parâmetros àqueles programas, W97M/Akuma, W97M/Cobra.a1, W97M/
o que reduz a possibilidade de impacto Alamat, W97M/Yous, VBS/Mantie.ow,
W97M/Serpent, WM/Eraser.A:Tw, Acid.A
da intrusão. Mas, se combinada com um erro (intended), W97M/Jackal.A, W32/
ou falha de um programa associado, já será Mypics.worm.25600
possível correr código, isto através de um
“buffer overflow”. Dia 18
WM/Eraser.A:Tw, VBS/SWVK.ow.gen,
Entretanto, logo no dia seguinte, foram W97M/Yous, W97M/Chameleon.a,
disponibilizadas versões actualizadas do programa, W97M/Alamat, W97M/Trugbar.a, W97M/
já com a falha colmatada. ● JOSÉ DOUTIL Akuma, W97M/Cobra.a1
 B-ON DIVULGA BALANÇO DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE USO
Biblioteca digital com
poucos utilizadores
O
PRIMEIRO TRIMESTRE de
acessos à Biblioteca do
Conhecimento Online
(b-on) demonstrou, em
termos estatísticos, uma
falta de interesse pela maioria dos
seus potenciais utilizadores. A b-on (
www.b-on.pt ) teve um pouco mais de
464 mil “downloads” de artigos entre
Março e Maio, para uma população
potencial estimada em cerca de 450
mil utilizadores, embora faltem
ainda dados parcelares de algumas
das editoras científicas envolvidas
no projecto.
Lançado oficialmente a 19 de
Abril, a b-on é uma iniciativa da Uni-
dade de Missão Inovação e Conheci-
mento (UMIC) em conjunto com as
universidades, os institutos politéc-
nicos, os laboratórios do Estado ou as
entidades privadas sem fins lucrati-
vos, num total de 47 entidades que
aderiram de início. A b-on visa ofe-
recer, através da Internet, a leitura
de cerca de 3500 revistas científicas
de seis grandes editoras desta área,
através de um acesso credenciado.
Na negociação com as editoras, a
UMIC apresentou um público poten-
cial de 450 mil pessoas, detalhado
em dados de 2002, onde se contavam
350 mil estudantes e 35 mil professo-
res, sendo o restante pessoal técnico
ou de investigação. A contabilização
do primeiro trimestre de utilização
da b-on apresenta um índice redu-
zido de uso por indivíduo mas José
Fernandes, responsável na UMIC
pelo projecto, salienta que ainda
falta contabilizar os dados referentes
a Maio da Elsevier e dos três meses
de acesso à Springer e à IEEE (a
editora do Institute of Electrical and
Electronics Engineers, dos EUA),
três das editoras aderentes. Os dados
referentes ao acesso à Elsevier refe-
rem que houve 216.164 acessos em
Março, que baixaram para 160.555
em Abril, revelou João Oliveira,
assessor de imprensa da UMIC.
“É pouco?”, questiona-se José
Fernandes. “Os alunos dos primei-
ros anos não ligam” a este projecto,
salienta, e “a grande fatia que o
usa são professores, investigadores,
alunos finalistas e a
efectuarem trabalhos PEDRO
de doutoramento ou
mestrado”. A proporção de utiliza-
dores nos três primeiros anos uni-
versitários é baixa, estima aquele
responsável, que se pode também
dever a estar-se ainda num período
de aprendizagem e ter havido uma
reduzida divulgação do projecto: “Em
Dezembro, poderemos falar em esta-
tísticas mais fiáveis.”
A UMIC desconhece o número
de utilizadores que acederam ao
endereço da b-on, bem como os que
ali usaram o motor de busca Metalib.
Essa informação estará disponível
em breve e apenas servirá como indi-
cador do interesse potencial, porque
muitos utilizadores credenciados
acedem directamente aos próprios
conteúdos das editoras.
Através dos dados fornecidos
pelas editoras, a UMIC sabe que
a Universidade do Porto é a maior
utilizadora do sistema, seguindo-
se as de Aveiro, Lisboa, Técnica de
Lisboa, Coimbra, Minho, Nova de
Lisboa, Instituto Politécnico de Beja
e Universidade do Algarve.
Em Setembro, a UMIC vai iniciar
um processo de renegociação dos con-
tratos estabelecidos com as editoras,
assinados em Fevereiro ou Março
deste ano, “após analisar se os con-
teúdos contratados são os que mais
interessam” à comunidade utiliza-
dora do b-on — como explicita José
Fernandes — mas também porque
algumas editoras tiveram acessos
acima do esperado por parte de algu-
mas instituições. No
FONSECA caso da Universidade
do Porto, por exemplo,
a Elsevier “queixou-se” de que acedia
mais do que algumas universidades
norte-americanas. Assim, “pode-se
estar a pagar mais ou menos porque
os dados fornecidos às editoras foram
os de 2002” e também porque se des-
conhecia qual o verdadeiro interesse
do projecto junto da comunidade a
que se dirige.
O financiamento da b-on ronda
os 8 milhões de euros anuais e é
assegurado em 50 por cento pela
UMIC, através da Fundação para
a Computação Científica Nacional
(FCCN), e pelo Programa Operacio-
nal Sociedade de Informação (POSI)
e o restante pelas instituições ade-
rentes, tendo em conta o número de
potenciais utilizadores.
Em termos de pagamentos às
editoras, “não estamos em incum-
primento”, refere José Fernandes.
S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
“Há uns pequenos atrasos mas as
facturas das editoras também foram
enviadas com atraso”. Na quinta-
feira passada, foi dada ordem de
pagamento para todas as facturas
apresentadas pelas editoras, apesar
de algumas das instituições aderen-
tes ao projecto estarem em atraso no
pagamento à FCCN.
A renegociação terá ainda em
conta o interesse de novas entida-
des em aderirem ao projecto, o que
deverá elevar o número de acessos.
Entre essas novas entidades contam-
se a biblioteca da Assembleia da
República, a Anacom, o Instituto
Nacional de Saúde Ricardo Jorge, o
Hospital Garcia de Orta (Almada) ou
o Oceanário de Lisboa. O protocolo
assinado com as editoras contempla
qualquer entidade ligada à “investi-
gação e aprendizagem”, lembra João
Oliveira.
No lançamento do projecto,
em Abril, Diogo Vasconcelos,
gestor da UMIC, antecipava que
“o futuro próximo da Biblioteca do
Conhecimento Online passará pelo
amadurecimento deste modelo de
distribuição de conhecimento vei-
culado nas publicações das maiores
editoras do mundo, abrangendo
todas as áreas científicas e humanís-
ticas, bem como pela adição de novos
conteúdos (repositórios de teses,
relatórios, etc.)”. “A ideia de consti-
tuição de um consórcio, à imagem do
que sucede há muito noutros países,
poderá concretizar-se, muito benefi-
ciando da experiência de concepção e
arranque da b-on.” ●
dica
Desenhar um fluxograma
no Word (2)
Vimos, na Dica da edição anterior, como começar
a desenhar um fluxograma no Word — mais
concretamente, como desenhar um objecto e
redimensioná-lo e deslocá-lo. Também vimos como
se altera a área de desenho.
A edição dos objectos inclui ainda outra
funcionalidade, que é a capacidade de rotação
dos mesmos, que agora é muito “gráfica”: quando
se selecciona um objecto, para além dos oito
manípulos antes referidos, surge um nono, de
cor verde, que “sai” do manípulo do meio do lado
superior do objecto e que está ligado a este por
uma linha (ver imagem da última Dica). Quando
se passa o cursor do rato sobre o manípulo
verde, o cursor passa a ter a forma de uma seta
circular. Carregando no botão e arrastando o
rato, o objecto roda.
Os processos até agora descritos podem ser
repetidos para a criação e o posicionamento
de todos os objectos a incluir no fluxograma.
Terminada esta fase, pode-se criar as ligações
entre esses objectos. Para o fazer, na barra
de ferramentas Desenho, clica-se em Formas
Automáticas, põe-se o rato sobre Conexões e, no
submenu que aparece então, dá-se um clique na
linha de conexão pretendida.
Aponta-se o rato para onde se deseja bloquear
a conexão no primeiro objecto. Quando se passa
o rato sobre um objecto, surgem pontos azuis
no meio dos lados do mesmo. Estes funcionarão
como pontos de ligação onde irão assentar as
conexões. Dá-se um clique sobre o primeiro
ponto de ligação desejado e, a seguir, aponta-se
para o outro objecto a ligar e dá-se um clique no
segundo ponto de ligação.
Acabada de desenhar a conexão, os pontos
de ligação aparecem com círculos vermelhos
(como se pode ver na imagem junta), que são os
manípulos que permitem editar a linha, alterando
a localização dos mesmos em relação aos objectos.
Para formas mais complexas de linhas de conexão,
como a curva que se pode ver na imagem, existem
outros manípulos — uns losangos amarelos —, que
permitem editar a forma da linha sem mexer os
pontos de ligação.
As conexões bloqueadas ou ligadas manterão os
objectos ligados, mesmo quando os mover — ou
seja, quando arrastamos um dos objectos, ou vários
se os seleccionarmos enquanto se carrega na tecla
Shift —, as linhas de conexão continuam sempre
agarradas aos objectos, quer os movidos quer os
outros, alterando-se o seu desenho.
Contudo, seleccionando uma ou mais linhas e
arrastando-as “agarrando” as próprias linhas e
não os manípulos, a ligação aos objectos perde-
se, passando os manípulos vermelhos a verdes
— ou seja, mostrando que podem ser ligados
de novo. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .7
 MICROSOFT PROMOVEU, EM LISBOA, DEBATE SOBRE A PROPRIEDADE INTELECTUAL
A importância de vender
o que não se compra
I
NOVAÇÃO, PATENTES, capital intelec-
tual, direitos de autor, “software”
ou advogados foram algumas das
palavras mais referidas no encon-
tro sobre “O desafio do conheci-
mento e a propriedade intelectual”,
organizado em Lisboa, na semana pas-
sada, pela Microsoft de Portugal.
A oportunidade e interesse do
evento adveio, em boa parte, da recente
transposição nacional da directiva euro-
peia sobre direitos de autor e direitos
conexos na sociedade da informação,
que abrange alguns dos temas deba-
tidos. “Falou-se mais, em dez anos, de
propriedade intelectual do que em 100
anos”, sintetizou o advogado Lopes
Rocha, para lembrar a importância
recente destas temáticas.
Percebe-se o porquê quando “há um
confronto entre a livre circulação de
ideias ou conhecimentos e os direitos
de autor”, como definiu, de forma sim-
ples, Patrícia Akester, da Universidade
de Cambridge. Entre os problemas,
contam-se as infracções permitidas
pela Internet — como a manipulação, a
usurpação ou a integração de conteúdos
— “sem deixar rasto” mas também a
fácil transferência deste tipo de conteú-
dos ilegais de países para outros menos
cumpridores das leis internacionais.
Patrícia Akester apresentou uma
proposta de sistema para validação
de utilizadores e obras baseado numa
identificação numérica (certificados
electrónicos) dos primeiros e em marcas
de água para os conteúdos — proposta
essa que não seria apoiada em posterio-
res intervenções no encontro.
O exemplo serviu, no entanto, para
demonstrar o facto de a inovação ser
algo que as sociedades podem abraçar
no sentido de resolver atempadamente
problemas práticos e darem sinais
concretos à sociedade. Na vertente com-
portamental, como explicou Augusto
Mateus, do Instituto Superior de Eco-
nomia e Gestão (ISEG), de Lisboa, “o
combate à pirataria serve para demons-
trar que a sociedade não aceita esses
comportamentos ou os tolera”.
Apesar de defender que “o sucesso”
passa por “vender o que não se comprou”
— o que se aplica à pirataria de “sof-
tware” —, o ex-ministro da Economia
de um dos governos de António Guter-
res referia-se em concreto ao papel da
inovação nas sociedade, nomeadamente
a portuguesa. “A inovação deve ser
generalizada”, porque a investigação e
desenvolvimento (I&D) “não é democrá-
tica: só alguns a têm”, salientou. “Uma
sociedade moderna acelera a divulgação
generalizada da inovação e o seu rápido
acesso”.
Para Portugal, Augusto Mateus
lembrou que, num país com 0,9 por
cento de patentes por milhão de habi-
tantes, “é um autêntico ‘non sense’
investir em estádios”. Lembrando que
“a propriedade intelectual é um factor
estratégico decisivo”, revelou que
“somos uns fraquíssimos produtores
de inovação”. Mas isso não o impede de
defender que “não se pode ter protec-
ções longas para períodos económicos
curtos” — defendendo antes “uma
protecção forte aos inovadores durante
menos tempo”, explicitando depois a
Computadores que o período de tempo
deve igualmente estar adaptado ao
tipo de indústria e que a protecção
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
Microsoft e Comissão Europeia
vão ao Tribunal Europeu no dia 27
A Microsoft e a Comissão Europeia o requerimento de suspensão da
encontrar-se-ão no próximo dia 27 de execução das medidas preconizadas
Julho no Tribunal de Justiça Europeu por Bruxelas. Além de uma multa de
para debaterem as medidas impostas 497 milhões de euros — já paga a título
por Bruxelas por alegado abuso precário pela empresa norte-americana
de posição dominante da empresa —, o executivo comunitário intimou
norte-americana no mercado dos a Microsoft a comercializar os seus
sistemas operativos. Segundo a Lusa, a sistemas operativos Windows sem o
reunião — que será informal e à porta programa Media Player, que serve para
fechada — contará com o presidente a audição de CD e ficheiros de música.
do tribunal de primeira instância, Bo Bruxelas exigiu também à Microsoft
Vesterdorf. que forneça aos seus concorrentes mais
O encontro visa discutir os aspectos informações sobre o código-fonte do
práticos do recurso da Microsoft contra Windows para lhes permitir melhorar
as sanções que lhe foram impostas o funcionamento das suas aplicações
pela Comissão Europeia, em particular, sobre Windows. ● R.J.C.
farmacêutica não deverá ser igual à do “é muito diferente”, sintetizou Pedro
direito de autor. Quintas, da Novabase, que disse desco-
A inovação tem um outro impacto, nhecer se a sua empresa contabiliza as
mais concreto, nas pessoas e nas patentes nos relatórios e contas anuais.
empresas. Existe uma “correlação entre No geral, as empresas concordaram
investimentos em I&D e o número de que a sua preocupação era no sentido
trabalhadores com educação superior”, de inovarem mais e se manterem à
referiu Francisco Lima, do Centro de frente dos seus concorrentes, recusando
Estudos de Gestão do Instituto Supe- passarem do lado tecnológico para o
rior Técnico (IST), de Lisboa. Tendo lado jurídico — não só pela necessária
em conta que os benefícios da inovação contratação de advogados especializados
sobre a produtividade e as remunera- nestas matérias mas também porque, no
ções, refere com base num estudo ainda caso das patentes serem violadas, a jus-
em fase de finalização que “onde se tiça em Portugal funciona lentamente.
investe mais em I&D é onde os salários “As patentes só interessam para a inter-
são mais elevados”. nacionalização”, referiu Pedro Quintas
No entanto, um painel posterior A própria responsável do Instituto
demonstrou o reduzido interesse em Nacional de Propriedade Industrial,
proteger os resultados dessa inovação Isabel Afonso, alertou para a com-
em Portugal. Os respon- plexidade de registar
sáveis de cinco empresas PEDRO FONSECA patentes dentro e fora
de “software” — Safira, de fronteiras, bem como
PHC, Novabase, Softfinança e Prima- para a dificuldade de as empresas
vera — revelaram a importância das terem em conta a sua necessidade rela-
patentes mas também algum desin- tivamente aos custos e ao tempo útil de
teresse em o fazer, excepto no caso da vida dessa patente. Jorge Carvalho, da
internacionalização dos seus produtos. Softfinança, lembrou que “poderá não
A Safira foi a única a revelar que haver interesse em patentear produtos
tem em curso o registo de sete marcas com ciclos de vida curtos”.
e três patentes, enquanto a Novabase Todas estas questões passam
deixou escapar já terem algumas paten- por uma sensibilização da sociedade,
tes e enfrentado problemas na venda como concordou a generalidade dos
de soluções nos Estados Unidos da participantes, até porque “os políticos
América — onde uma empresa local os estão desassociados do potencial da
alertou de que tinha uma patente para propriedade intelectual no crescimento
uma funcionalidade semelhante e não económico”, salientou Marie Thérèse
podiam ali vender o seu produto. Por Huppertz, directora de “corporate
isso, o panorama nos EUA e na Europa affairs” da Microsoft Europa. ●
 ANUNCIADA NA PASSADA SEMANA EM ABRANTES, SOB A ÉGIDE DO TAGUSVALLEY

Rede de Inovação no Vale

do Tejo já ‘nasceu’
D
UAS DEZENAS de instituições e
entidades aderiram, na pas-
sada semana, em Abrantes,
à Rede de Inovação do Vale
do Tejo, iniciativa do Tagus-
Valley que visa promover a inovação e
desenvolvimento tecnológico da região.
O responsável pelo projecto, Alexandre
Caldas, director executivo do TagusVal-
ley, Parque de Ciência e Tecnologia do
Vale do Tejo, explicou na passada quarta-
feira à agência Lusa que a rede — que
junta instituições do ensino superior, cen-
tros tecnológicos, empresas, autarquias, a
associação empresarial da região e asso-
ciações de desenvolvimento — pretende,
pela primeira vez no país, fazer a ponte
entre a oferta e a procura em matéria de
inovação.
Dotada de um “portal da inovação”
na Internet, que funcionará como ferra-
menta de colaboração entre as entidades
aderentes, a rede permitirá a partilha de
informação sobre recursos humanos qua-
lificados e oportunidades de qualificação
e de integração de quadros, bem como
sobre oportunidades de financiamento de
actividades nos campos da inovação e do
desenvolvimento tecnológico.
Para Alexandre Caldas, uma das van-
tagens desta iniciativa é a possibilidade
de empresas ou entidades da região pode-
rem candidatar-se a projectos tecnológicos
de nível europeu, dada a possibilidade
de contarem com diversas parcerias. Por
outro lado, laboratórios ou empresas que o acesso a informação que, até aqui, se Segundo Alexandre Caldas, esse estratégicos para os seus primeiros três
necessitem de determinados recursos encontrava dispersa, sublinhou Alexan- estudo — que deverá já estar disponível anos de funcionamento a instalação de
humanos poderão beneficiar da troca de dre Caldas. A rede tem por finalidade no portal www.tagusvalley.net e será um Centro de Incubação de Empresas
informação permanente entre as várias promover a inovação, o desenvolvimento posteriormente editado em livro — revela Tecnológicas (a funcionar desde Novem-
instituições aderentes, que podem ser da tecnológico e a competitividade territo- que, apesar do atraso, a região dispõe de bro), a promoção do “marketing” terri-
região ou não. rial na Lezíria e no Médio Tejo. alguns bons exemplos na área da inova- torial da inovação e o lançamento da
Para já, o TagusValley, Parque de Na sessão marcada para a tarde da ção, “não só nas grandes empresas mas primeira rede de inovação regional.
Ciência e Tecnologia do Vale do Tejo passada sexta-feira à tarde, na estalagem também nas pequenas”. Propôs-se ainda realizar um estudo
tem acordos com o TagusParque, de de Vale Mansos (Martinchel, Abrantes), O TagusValley nasceu de uma par- para potenciar o lançamento de centros de
Lisboa, para uma rede de centros de além da assinatura do protocolo de forma- ceira entre a Associação Empresarial desenvolvimento tecnológico nos domínios
competência, e com uma rede europeia lização da rede, estava prevista a apresen- da Região de Santarém (Nersant), a da agro-indústria e da metalomecânica,
de incubadoras — onde empresas nas tação dos projectos tecnológicos inovadores Câmara Municipal de Abrantes e a e promover a inovação digital a fim de
áreas da tecnologia e da inovação dão que estão instalados na incubadora do Escola Superior de Tecnologia de Abran- posicionar o TagusValley como uma das
os primeiros passos. A criação da Rede TagusValley e a divulgação de um estudo tes (ESTA). O Parque Tecnológico do primeiras infra-estruturas digitais de ino-
de Inovação do Vale do Tejo vai facilitar sobre a inovação no Vale do Tejo. Vale do Tejo estabeleceu como objectivos vação no âmbito regional. ● LUSA

REUNIÃO EM GENEBRA DISCUTIU MEDIDAS LEGISLATIVAS A GENERALIZAR

ONU promove regras para controlar

a epidemia do ‘spam’
R
EPRESENTANTES de 60 países reu-
niram-se na passada semana
em Genebra, na Suíça, com o
objectivo de discutir e encon-
trar normas legislativas e
outras medidas destinadas a combater a
“epidemia moderna” do “spam”, a publi-
cidade não solicitada enviada por cor-
reio electrónico. Responsáveis da União
Internacional de Telecomunicações (UIT)
consideram que é urgente a aplicação
de regras internacionais que permitam,
no prazo de dois anos, controlar grande
parte do problema, pelo menos no que
toca às crescentes dimensões que ele tem
vindo a asssumir.
Estimativas desta organização suge-
rem que entre 75 e 85 por cento de todo
o correio electrónico que hoje circula pela
Internet seja “spam” — um problema que,
para além da irritação dos utilizadores,
acarreta custos adicionais às empresas,
provoca congestionamentos nas redes
e sobrecarrega desnecessariamente as
infra-estruturas da Web. “Trata-se de uma
epidemia da era moderna, à qual é urgente
responder”, disse o responsável interino
da UIT, Robert Horton, em declarações
aos jornalistas no início da conferência,
que se realizou ao longo de três dias, entre
quarta e sexta-feira. “E isso só é possível
se houver cooperação internacional.”
A UIT considera que o problema tem
vindo a crescer significativamente nos
últimos dois anos, altura em que se esti-
mava que o “spam” representava apenas
cerca de 35 por cento do volume total de
correio electrónico. Hoje, alguns utili-
zadores admitem que o volume de lixo
publicitário que recebem — em especial,
de carácter pornográfico — é tão grande
que levou alguns a abandonarem até o
uso da Internet.
Considerado igualmente grave é o
facto de algum do “spam” recebido conter
vírus e outros elementos de “software”
— como os “cookies” e os vermes do tipo
“cavalo de Tróia”, que podem auto-insta-
lar-se nos computadores dos utilizadores,
muitas vezes sem este se aperceber e pas-
sando a usar estas máquinas para novas
vagas de difusão dessa espécie de “vírus”
informáticos.
A dificuldade de controlar o “spam”
deve-se, em grande parte, ao facto de a
maioria dos países não terem qualquer
legislação para enfrentar o problema
— o que permite a muitos produtores
de “spam” estabelecerem, electronica-
mente, a sua sede em países onde não
serão judicialmente incomodados. A
UIT pretende que, numa primeira fase,
sejam estabelecidos mecanismos regula-
res de contacto entre as administrações
públicas nos vários países, analisando
depois projectos legislativos já adop-
tados nos EUA, na Coreia do Sul e no
reino Unido.●

S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .9
 WEBMANIA

N ada mais nada menos que um projecto

curioso que abre portas à exploração de
uma fascinante diversidade de possibilidades. O
Global Positioning System (GPS) Drawing Project
apresenta-se como um sistema poderoso de
desenho em larga escala, que recorre ao auxílio

O BEIJO
da tecnologia de navegação por satélite GPS.
Memoriza as coordenadas geográficas e espaciais
precisas percorridas pelo aparelho ao longo de
um período de tempo determinado. Desenha,
assim, trajectórias que podem ser usadas nas mais
variadas situações, todas aquelas que conseguir
arquitectar. Nesta página de apresentação
do projecto, são dadas a conhecer algumas
experiências já desenvolvidas em vários locais do
Reino Unido e nos EUA. Mapeamentos de terrenos
e exposições artísticas são alguns exemplos de
aplicações já efectuadas, mas tudo fica ainda em
www.gpsdrawing.com aberto… ● mulher.aranha@publico.pt

W
WEBBMMAANNI IAA
www.junior.te.pt www.parquebiologico.pt www.moloko.co.uk www.deucetattoo.com

E sta página, dirigida aos mais

pequenos, é uma fonte quase
inesgotável de passatempos e
conhecimentos em variadas áreas.
Com conteúdos e actividades
distintos para três categorias
diferentes de jovens, a página
apresenta um forte cuidado ao nível
pedagógico. O Pedro anda no jardim
de infância e convida os meninos e
as meninas da sua idade a brincarem
com ele no jardim. Os adolescentes,
que frequentam o primeiro ciclo com
a Marta, vão desenvolver actividades
lúdicas e de aprendizagem na rua. Já
os mais crescidinhos, os do segundo
ciclo, são desafiados pelo Vasco a
partirem à descoberta pelo bairro.
O que não falta é divertimento e
oportunidade para aprender! ●
P ara diminuir o risco de ouvir da
boca inocente das crianças das
zonas urbanas que os frangos ou o
arroz são produzidos por máquinas
tecnologicamente avançadas nas
fábricas da zona industrial mais
próxima, há que investir na passagem
do conhecimento e da experiência das
áreas rurais. O Parque Biológico de Vila
Nova de Gaia pretende ser “o primeiro
centro permanente de educação
ambiental do país”, onde são dadas a
conhecer aos visitantes a fauna, a flora,
o clima e a hidrografia — mesmo aos
visitantes virtuais! Nesta sua página,
pode-se fazer uma visita guiada pelo
parque e conhecer os seus habitantes!
Embora lá? ●
V ocê é um Molokóide? Se não é, deve
ser avisado de que ainda não se
encontra a salvo de vir a transformar-se
num. Recortes de imprensa, entrevistas,
Moloko TV… tudo disponível apenas
para os “óides”! Mas a página oficial
desta banda a três — a intrigante
Roisin Murphy, Mark Brydon e um
computador com capacidades mágicas
de surpreender e envolver o público
— encontra-se a transbordar de muitas
outras coisas acessíveis aos visitantes
ainda em estado “regular”. Fotos da
banda, a sua história com início numa
festa em Sheffield (no reino Unido), a
sua discografia e agenda de concertos.
Actuaram no passado sábado em
Portugal, envoltos numa poeirada de
um festival. ●
É culto. Ou não. Faz-se por tradição
ou nada disso. Tribalismos urbanos
ou simples brincadeira desligada de
mimetismos. O desenho no corpo,
daquele que fica para sempre, deve ser
pensado e repensado. Amadurecido.
Pelo menos da primeira vez que a
agulha presa na pistola vai espetar-se na
nossa carne, deixando marca indelével.
Diz quem é muito experimentado nas
pinturas que a primeira tatuagem é
apenas uma inauguração, podendo
tornar-se a prática num “vício” difícil
de controlar… Esta página, com um
grafismo muito peculiar e bonito,
mostra os trabalhos de dois artistas da
“tattoo”. Se anda à procura do desenho
ideal, pode ser um ponto de partida! ●

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V erão, calor e suor, paisagens de perder a respiração, curvas e curvinhas que não deixam
respirar os telespectadores. Etapa após etapa, a luta pelas camisolas, classificações
individuais e em equipa faz dos pelotões de ciclistas verdadeiras frentes de batalha em
empreitadas de vários dias. Se o leitor for dos aficcionados que vibra a cada pedalada, pode
encontrar toda a informação que procura no sítio da Federação Francesa de Ciclismo. Com
a Volta a França a decorrer, a informação surge em contínuo. ●

computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
 .com
Yahoo mais que dobrou receitas
A Yahoo Inc. divulgou os resultados do seu segundo trimestre,
que se traduziram numa mais que duplicação tanto das receitas
como dos lucros, graças sobretudo à publicidade “on-line” como
aos serviços virados para os utilizadores. A facturação subiu de
321,4 milhões de dólares no período homólogo de 2003 para
832,3 milhões de dólares agora; os lucros líquidos cresceram de
50,8 milhões de dólares no ano passado para 112,5 milhões de
dólares neste segundo trimestre. Apesar desta evolução, os núme-
ros terão ficado aquém das expectativas criadas nos meios bol-
sistas norte-americanos, pelo que o valor das acções da empresa
no Nasdaq baixaram 12 por cento no passado dia 8 de Julho, em
que os resultados foram anunciados. Desde o segundo trimestre
do ano passado que as receitas da Yahoo têm vindo a crescer de
forma consistente, com a maior progressão verificada entre os
terceiro e quarto trimestres. Neste trimestre, a publicidade gerou
83 por cento das receitas totais (proporção idêntica à registada no
trimestre anterior). Os responsáveis da empresa mantiveram o seu
optimismo para o resto do ano de 2004. ●
ParaRede nomeia comissão executiva…
No passado dia 29 de Junho, a ParaRede anunciou a criação de
uma comissão executiva de três membros, que seria liderada
por Paulo Ramos, presidente do conselho de administração da
empresa, para gerir os destinos da empresa até 2006. De acordo
com um comunicado enviado pela ParaRede à Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o organismo res-
ponsável pela supervisão das bolsas portuguesas, o conselho
de administração designou para a comissão executiva Paulo
Ramos, como presidente, a quem se juntaram Paulo Guedes
e Pedro Rebelo Pinto. Esta comissão executiva disporá de um
mandato para o triénio 2004-2006, acrescentava o comunicado
da empresa. Na sessão seguinte da Euronext Lisboa, as acções
da ParaRede ganharam 2,63 por cento, para 39 cêntimos. ●
… e gestores reforçam participação
No dia seguinte, 30 de Junho, a ParaRede anunciou que a Structu-
red Investments — controlada precisamente pelos três adminis-
tradores executivos desta empresa de tecnologias de informação:
o presidente, Paulo Ramos, e os administradores executivos Paulo
Guedes e Pedro Rebelo Pinto — reforçara a sua participação no
grupo para 15,79 por cento. Em comunicado à Comissão do Mer-
cado de Valores Mobiliários (CMVM), a ParaRede explicava que os
referidos administradores haviam ampliado a sua posição através
da aquisição, à Taxageste, do Banco Totta e Açores, a respectiva
participação de 6,66 por cento (20 milhões de acções). Em Outu-
bro do ano passado, a Structured Investments já tinha adquirido
9,13 por cento do capital da ParaRede à Taxageste. Na altura, esta
ficou a deter apenas 20 milhões de acções, que aceitou agora
alienar. Nesse mesmo mês de Outubro, a empresa havia também
adquirido ao Banco Espírito Santo uma opção de compra de 15
milhões de acções da ParaRede, correspondentes a 6,85 por cento
do capital da empresa. Esta opção poderá ser exercida entre 1 de
Julho e 15 de Dezembro de 2008. ●
Philips compra a Gemini…
A Philips Electronics chegou a um acordo para a compra da
Gemini Industries, um dos mais fabricantes norte-americanos
de acessórios de electrónica de consumo e para computado-
res pessoais. Não foram tornados públicos quaisquer dados
financeiros da compra e a sua concretização fica dependente
da habitual aprovação das autoridades reguladoras, esperando
as duas empresas que o processo se conclua até Agosto. Atra-
vés da aquisição da Gemini, a Philips espera reforçar as suas
vendas de periféricos e acessórios à escala global. O sector dos
acessórios para a electrónica de consumo e os computadores
pessoais está a crescer fortemente — mercado em que a Gemini,
cujas vendas brutas em 2003 foram de cerca de 200 milhões de
dólares. Fundada em 1964, a Gemini, com sede em New Jersey e
cerca de 500 trabalhadores, tornou-se o principal fornecedor de
acessórios para os mercados norte-americanos de áudio, vídeo,
informática, jogos, fotografia digital e telefonia. O portfólio de
2500 produtos da Gemini proporcionou-lhe uma posição pro-
eminente nas principais cadeias de retalho dos EUA e Philips,
sendo sua fornecedora desde há oito anos, já licenciou a sua
marca para alguns dos produtos da Gemini. ●
… na mira do negócio dos acessórios
Esta operação proporcionará à Philips e à Gemini “uma opor-
tunidade única de alargarem as suas actividades à Europa,
S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4
no sentido de servir melhor as necessidades dos retalhistas
globais e aproveitar as sinergias internas”.“Os acessórios cons-
tituem actualmente uma das categorias de produtos com
maior crescimento e de maiores margens na electrónica de
consumo e representam uma parte cada vez mais importante
das operações dos retalhistas”, referiu Frans van Houten, vice-
presidente da Philips Electronics e “chief executive officer”
(CEO) da Philips Consumer Electronics Business Groups.” A
aquisição da Gemini é perfeitamente adequada para a Phi-
lips, ampliando a força da nossa distribuição nos EUA e acres-
centando, ao mesmo tempo, o nosso bem sucedido portfólio
de acessórios áudio, vídeo e periféricos para PC inovadores,
fáceis de usar e premiados”.“Esperamos manter o crescimento
da Gemini como parte integrante da organização Philips”,
adiantou por seu lado Michael O’Neal, CEO da Gemini. “Com
o apoio da Philips (…), ficaremos melhor posicionados para
servir os nossos clientes e conduzir o futuro do negócio”. ●
Sol-S recuperou em 2003
A Sol-S e a Solsuni apresentaram, relativos a 2003, resultados
positivos antes de impostos de mais de 250 mil euros (um
EBITDA positivo superior a 1,9 milhões de euros), o que cor-
responderá a um crescimento de mais de 45 por cento face
a 2002, após dois anos consecutivos de resultados negativos.
Segundo António Ramos Costa, presidente do conselho de
administração, esta viragem deve-se à “ visão estratégica
que a comissão executiva conseguiu ter da realidade do
mercado, à determinação no processo de mudança, ao apoio
incontestável do accionista Mota-Engil” e à disponibilidade
dos colaboradores para compreenderem “os tempos de
mudança e a necessidade de olhar para o futuro”. Segundo
António Monteiro Ferreira, membro da Comissão Executiva,
“são estes desafios que mostram a capacidade das organiza-
ções em interpretarem projectos de longo curso, bem como
a capacidade de reagirem a enquadramentos desfavoráveis,
transmitindo ao mercado uma imagem de solidez, de con-
fiança e de futuro”. A Sol-S absorveu, por fusão, a Solsuni,
constituindo-se na nova empresa Sol-S SA, que se posicio-
nou como integrador de valor acrescentado e o objectivo de
alcançar um lugar entre as cinco maiores empresas nacionais
na área da integração de soluções. ●
computadores .11
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pessoas carenciadas. Enviar
curriculum vitae.
E-mail:
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sem fins lucrativos, recebe
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usados para implementar
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tempos livres e formação
destinado a pessoas em
situação de exclusão.
Contacto: Jorge Pinto
914029315
E-mail: aisl@jkpt.net
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actualização periódica de
página. Enviar propostas.
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Engenharia Informática
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Desenvolvimento e
Projecto e de Administração
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Contacto: 213922220
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http://www.pcforma.pt; E-
mail: anuncio@pcforma.pt
Programadores freelancers
Enviar curriculum, trabalhos
realizados e contacto.
E-mail: carlosbaltazar@hot
mail.com
agenda
IOLTS 2004 - 10th IEEE International
On-Line Testing Symposium
OFERTAS Data: 12-07-2004 a 14-07-2004
Local: Funchal, Ilha da Madeira
Dê IMAGEM à sua
empresa... Contacto: João Paulo Teixeira
Elaboração de Sites para E-mail: jct@inesc-id.pt
Internet, Design Gráfico,
Multimédia. URL: tima.imag.fr/conferences/iolts/iolts04/cfp.html
E-mail: sfvasco@iol.pt
Hardware, Software e LISBOA 2004 – 12th International Symposium
Internet
Instalam-se programas e on Applications of Laser Techniques to Fluid Mechanics
corrigem-se problemas Data: 12-07-2004 a 15-07-2004
em computadores ao
domicílio (Matosinhos Local: Lisboa
– Porto) URL: in3.dem.ist.utl.pt/lxlaser2004
Contacto: 96 961 02 76
Design Gráfico
Criação de cartazes, SOCRT 2004 – The 4th IEEE International Workshop
imagem gráfica, paginação, on System-on-Chip for Real-Time Applications
desdobráveis, tratamento
de imagem, pré-impressão. Data: 19-07-2004 a 21-07-2004
Processamento de texto. Local: Alberta, EUA
Aveiro/Braga.
Contacto: 966340860 Contacto: Secretariat
E-mail: mrui@aeiou.pt E-mail: webmaster@socrt.org
Executo todo o tipo de
tarefas informáticas
URL: www.socrt.org
na zona do Minho, como
processamento de texto, MWSCAS 2004 – International Midwest Symposium
pequenos jornais, panfletos,
on Circuits ans Systems
convites, páginas de internet,
reparação e manutenção de Data: 25-07-2004 a 28-07-2004
computadores.
Contacto: 917538263 Local: Hiroshima, Japão
E-mail: sersanto@mail.pt URL: huis2.huis.hiroshima-u.ac.jp/mwscas04
Executo tarefas
informáticas
MTDT 2004 – The International Workshop
Processamento de
texto; apresentações on Memory Technology, Design and Testing
em Powerpoint e excel;
pesquisas na Internet e Data: 9-08-2004 a 10-08-2004
bibliotecas. (Aveiro/Coimbra) Local: San Jose, Califórnia, EUA
Contacto: 965583978
E-mail: es_santos@mail.pt
Contacto: Rochit Rajsuman
Executo tarefas E-mail: r.rajsuman@advantest-ard.com
informáticas URL: www.ece.rochter.edu/workshops/MemoryDesign/
Pesquisas na internet e em
bibliotecas; processamento index.html
de texto; digitalização de
documentos e impressão a
p/b e a cor. Preços a acordar. ILSPED - International Symposium on Low Power
Contacto: 916981549 Electronics and Design
E-mail: eporfirio@mail.com
Web Design
Data: 9-08-2004 a 11-08-2004
Construção de websites, Local: Newport Beach, Califórnia, EUA
manutenção, design
Contacto: Rajiv Joshi
personalizado, formulários.
Contacto: 914029315 E-mail: rvjoshi@us.ibm.com
E-mail: cidesign@jkpt.net URL: www.ilsped.org
URL: www.jkpt.net
Desktop Publishing e
Fotocomposição HOT CHIPS 16 - Symposium on High Performance Chips
Todo o tipo de trabalho
gráfico, paginação,ilustração
Data: 22-08-2004 a 24-08-2004
2D e 3D, artes criativas, Local: Stanford, Califórnia, EUA
logotipos, cartazes, cartões, URL: www.hotchips.org/hc16/
ideias publicitárias,
Contacto: 914029315
E-mail: cidesign@jkpt.net ICMENS 2004 – The 2004 International Conference
URL: www.jkpt.net
Redes em ambiente
on MEMS, NANO and Smart Systems
Windows Data: 25-08-2004 a 27-08-2004
Montagem, manutenção,
Local: Banff, Alberta, Canadá
instalação, configuração,
optimização. Consultoria E-mail: webmaster@icmens.org
informática. Pessoal URL: www.icmens.org
certificado Microsoft.
Contacto: 914029315
E-mail: technet@jkpt.net VDAT 2004 – 8th VLSI Design & Test Workshops
URL: www.jkpt.net
Web Design
Data: 26-08-2004 a 28-08-2004
Construção de Web Sites por Local: Mysore, India
100 euros, para empresas e
URL: www.vlsi-india.net/events/vdat2004
particulares. Óptimo para se
dar a conhecer na Internet
por um baixo preço. FPL – International Conference on Programmable Logic
Contacto: 96 537 76 59
E-mail: mar_psi@yahoo.com
and its Applications
URL: Data: 30-08-2004 a 1-09-2004
www.webportugal.cjb.net
Web Design (comerciais
Local: Antuérpia, Bélgica
ou não) URL: www.imec.be/fpl/Welcome.shtml
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para empresas e particulares.
Procedo à manutenção, EUROMICRO – Symposium on Digital System Design
alojamento e registo do – Architecture, Methods and Tools
domínio, submissão em
motores de busca para uma
Data: 31-08-2004 a 3-09-2004
boa promoção. Óptimo para Local: Rennes, França
difundir negócios por um
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baixo preço.
Contacto: 93 617 42 86
E-mail: gouveia_ Symposium on Integrated Circuits and System Design
eng@yahoo.com
URL: www.gdesignpt.cjb.net Data: 7-09-2004 a 11-09-2004
Técnico, Formador Local: Pernambuco, Brasil
e Programador de
Informática
Procuro trabalho compatível 2004 MAPLD Internationsl Conference
na área de Redes, Web, Data: 8-09-2004 a 10-09-2004
Linguagens de Programação
e Hardware
Local: Washington DC, EUA
Contacto: 965 446 048 URL: www.klabas.org/mapld04
E-mail: antpar@sapo.pt
Redes em Ambiente
Windows CODES + ISSS – International Conference
Montagem, manutenção, on Hardware/Software Codesign and System Synthesis
instalação, configuração,
optimização. Consultoria
Data: 8-09-2004 a 10-09-2004
informática. Pessoal Local: Estocolmo, Suécia
certificado Microsoft. E-mail: petel@ida.liu.se
Contacto: 914029315
E-mail: technet@jkpt.net URL: www.ida.liu.se/conferences/codes/
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Web Design, registo E-mail: m.abadir@freescale.com
(dot.com) e hosting. Websites
completos e atractivos. Muito URL: dropzone.tamu.edu/MTV/
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E-mail:
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Web Designer Local: Santa Clara, Califórnia, EUA
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E-mail: xxi2000@hotmail.com
 S H A R E WA R E FICHA

INETFORMFILLER

Automatizar o preenchimento
de dados pessoais
O
ACESSO a determinados
sítios na Web requer
o registo prévio do
utilizador e a intro-
dução de alguns dados
pessoais. Com o fim dos modelos
de negócio baseados nas receitas
de publicidade, são cada vez mais
os sítios na Internet que exigem ao
utilizador que se “apresente” antes
de poder aceder aos conteúdos. Por
isso, o preenchimento de formulá-
rios e a introdução de palavras-
chave para acesso a sítios privados
passou a ser uma das tarefas mais
frequentes (e aborrecidas) para
quem navega na Web.
O registo do utilizador permite
personalizar o acesso aos conteúdos
de acordo com o respectivo perfil e
dar uma resposta mais específica
às necessidades de cada um. Mas
esta situação é ainda mais com-
plexa no caso de lojas electrónicas
ou grandes centros comerciais vir-
tuais: aí, cada transacção ou pedido
obriga a um registo prévio e, para
cada compra, o utilizador tem que,
de novo, introduzir a sua morada, a
data de nascimento e outros dados,
tornando o processo de compra via
Internet um poucos mais moroso e
aborrecido do que se pretenderia.
Com tantos registos e tantas
palavras-chave, é natural que o
utilizador se esqueça da grande
maioria das senhas de acesso. Ou
então desista de aceder a sítios que
obriguem a um registo prévio. Por
isso, e com o objectivo de simplifi-
car este processo e tornar a navega-
ção na Web uma tarefa mais fácil,
a empresa norte-americana iNe-
tFormFiller criou, com o mesmo
nome, um utilitário que, entre
outras coisas, preenche automa-
ticamente os formulários da Web
com os dados pessoais do utilizador
e relembra todas as “passwords” e
“usernames” usados nos diferentes
serviços e sítios da Internet.
O iNetFormFiller, para além de
preencher formulários em páginas
da Web com um simples toque no
rato, permite a geração e introdu-
ção automática de palavras-chave
para acesso a áreas protegidas da
Web. Mas as funções do programa
não terminam aqui: o iNetFormFil-
ler possui algumas funções de inte-
ligência artificial que lhe permitem
ser mais eficaz no preenchimento
automático dos dados. O programa
vai memorizando os diferentes
sítios por onde o utilizador navega,
sabendo, para cada um deles, quais
os dados ou palavras-chave a intro-
duzir para executar determinadas
tarefas.
O preenchimento automático de
formulários é uma das ferramentas
mais úteis de todo o programa e
justifica, por si só, o uso e o teste
do programa. Da primeira vez que
o utilizador corre o iNetFormFiller,
terá de introduzir os seus dados
principais — dados que irão servir
para, de forma automática, preen-
cher todo e qualquer tipo de formu-
lário que surja num sítio da Web.
frequentes para evitar perda de
dados.
Mas todas estas funcionalida-
des levantam alguns problemas
de segurança: se todos os dados do
utilizador estão gravados no disco
e podem ser acedidos a partir de
uma aplicação, poderá qualquer
pessoa que use o computador ter a
eles acesso?
Não: os dados são realmente
arquivados pelo iNetFormFiller
mas cifrados, ou seja, não pode-
rão ser lidos por qualquer outra
pessoa. Para o efeito, o utilizador
protegerá os seus dados pessoais
com uma “password” única, que
lhe garante o acesso a esses dados.
Sem esta senha, ninguém poderá
aceder à informação e assumir a
sua identidade. Para tornar o pro-
cesso de navegação na Web ainda
mais simples, organizado e seguro,
o programa pode ser acoplado a
três outras ferramentas: o Fine-
Browser, o iNetAdviser e o AdsCle-
aner. Em conjunto, eles permitem
ao utilizador correr de forma mais
eficaz a sua lista de sítios favoritos,
enquanto evita a visualização de
mensagens publicitárias.
Quando tiver de se registar num (mesmo em formulários de diferen- O iNetFormFiller é um pro-
serviço “on-line”, quando tiver de tes lojas e distintas configurações) grama disponível em várias
aceder à zona privada de um sítio estará totalmente preenchido e a versões: gratuita, de “shareware”
na Web ou comprar um produto compra efectuada. Por outro lado, — disponível para testes durante
numa loja electrónica, o iNetFor- quando qualquer dado for alterado 30 dias —, normal e profissional
mFiller introduzirá os seus dados — a morada, por exemplo —, o uti- (http://www.inetformfiller.com ). A
nos respectivos formulários — e, lizador apenas terá que proceder a versão normal requer o pagamento
assim, esta tarefa, anteriormente essa alteração num único local: nos de cerca de 25 euros, enquanto o
morosa, passará a realizar-se com seus registos dentro do iNetFor- registo da versão Pro exige o paga-
apenas um simples clique do rato. mFiller. mento de 80 euros. Por este valor,
O mesmo processo se aplica Este programa poderá ainda o utilizador pode usar o programa
ao arquivo de senhas e palavras- arquivar os dados de cartões de em contextos empresariais e dispõe
chave para acesso a determinados crédito e usá-los conforme as ins- de algumas funções adicionais. O
serviços e sítios na Web, sendo truções do seu proprietário, quando iNetFormFiller é um pouco mais
todas elas arquivadas. A aquisição tal for necessário para validar uma dispendioso e menos popular que
de produtos via Web estará, assim, compra. Poderão ser introduzidos e o seu concorrente mais directo, o
facilitada porque, de codificados vários car- Roboform. No entanto, recomen-
cada vez que se fina- NUNO BERNARDO tões em conjunto com damos que se experimente a versão
lizar uma compra, não os dados pessoais, de gratuita do iNetFormFiller — que
terá que se passar pela irritante modo a que, em cada compra, o já inclui as funcionalidades neces-
tarefa de preencher mais uma utilizador possa seleccionar aquele sárias para uma utilização domés-
vez um formulário com os seus que mais lhe convier. Todos estes tica da Internet —, o que permitirá
dados pessoais. O iNetFormFiller dados são arquivados de forma conhecer as suas vantagens e deci-
encarregar-se-á desta tarefa e, segura no computador do utiliza- dir qual a versão ou o programa
em poucos segundos, o formulário dor, efectuando o programa cópias mais indicado para cada caso. ●
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
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Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
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para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.

S E G U N D A - F E I R A . 1 2 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .13
 JOGOS

‘ VAN HELSING’, ‘ THE SUFFERING’, ‘MANHUNT ’, ‘SPAWN ARMAGEDDON’ E ‘NOSFERATU: THE WRATH OF MALACHI’

Tenham medo, muito medo

É
COSTUME associar-se o terror
às noites frias, chuvosas e, de
preferência, tempestuosas. Mas
rios, fluidez assinalável, uma ambiente simular uma “velha” cassete de vídeo. Título “The Suffering”
opressivo, alta jogabilidade e obrigato-
riedade de gravar e fazer “load” muitas
Não é tão assustador como os restantes,
mas a utilização de Spawn, famoso per-
Estilo Acção-aventura 8
/10

os dias de Verão portugueses
não são impedimento para
desfrutar, em pleno, experiências frias e
assustadoras para várias plataformas de
jogos . Mesmo que os estilos sejam algo
diferentes, a temática é similar — com
histórias mais ou menos envolventes,
sempre com referências ao misterioso, ao
vezes, pois morre-se imenso. É um jogo sonagem da banda desenhada, para este Plataforma PS2
de acção que surpreende pela positiva e “Armaggedon” é relativamente bem con- Produtor Midway
pode ser alternativa aos nomes sonantes seguida. O cuidado posto no jogo é grande Distribuidor Ecofilmes
do costume. e alguns pormenores funcionam muito Edição Maio 2004
Já “The Suffering” é um jogo de bem — como a animação da capa do
terror no estado puro. A música e o som herói —mas, apesar de haver 25 tipos de Título “Spawn Armageddon”
ambiente reforçam o carácter tétrico
e assustador. A dificuldade é elevada,
inimigos infernais e um imenso leque de
poderes e arsenal, “Spawn Armaggedon”
Estilo Acção-aventura 6
/10

desconhecido, ao sobrenatural ou apenas mesmo no modo Easy, com Impossible não se destaca em nenhum aspecto em Plataforma PS2
à ultraviolência do submundo. a ser dedicada a masoquistas. A história especial, sendo um jogo algo repetitivo, Produtor Namco
Embalado pelo filme, “Van Helsing” é contada em “flashback”, recorrendo a lançado a pensar nos fãs do herói. ● Distribuidor Electronic Arts
é a adaptação interactiva da película e, um narrador-herói à H.P. Lovecraft. A Edição Maio 2004
como tal, segue a mesma história. No acção passa-se “no pior lugar do mundo,
entanto, aqui, a aventura tem pouco no coração das trevas”, num corredor da
Título “Van Helsing”
espaço, tratando-se antes de um jogo
de combates sucessivos, contra vários
morte. Este jogo de acção-aventura leva
o jogador a percorrer e tentar escapar de Estilo Acção-aventura 6
/10

adversários. Há todo o tipo uma cadeia invadida por Plataforma PS2 e Xbox
de monstros (Mr. Hyde, lobi- MIGUEL CRESPO monstros de outro mundo, Produtor Sierra
somens, vampiros…) e tone- completamente inumanos. Distribuidor Junho 2004
ladas de armamento, mas os combates Bem contada, com ambiente a condizer Edição Abril 2004
não são muito interessantes, a câmara e equilíbrio, é um bom jogo para quem
fixa confunde por vezes o jogador e a quer apanhar uns sustos valentes.
visão é muito longínqua do personagem “Manhunt” surge agora para PC,
Título “Nosferatu: The Wrath of
Malachi”
— que, por vezes, parece uma formiga.
Quem gostou do filme terá razões para
meses depois da polémica levantada
aquando do seu lançamento para PlayS- Estilo Acção-aventura 8
/10
ir até ao fim; os outros terão de ter um tation 2 (PS2). Sem alterações de espe- Plataforma Idol
pouco de paciência. cial, mantém os seus pontos positivos Produtor Capcom
Sem licenciamentos, “Nosferatu – e negativos. Por um lado, a história é Distribuidor Playgames
The Wrath of Malachi”, um jogo discreto bizarra e grotesca, a violência explícita,
Edição Junho 2004
para PC, acaba por ser uma excelente o imaginário completamente de sub-
surpresa. Jogo de acção na primeira mundo. Por outro lado, o apelo do “fruto
Título “Manhunt”
pessoa, passa-se na Transilvânia (como
é obrigatório), onde o herói vai para um
proibido” rapidamente perde o interesse,
tornando-se o jogo algo repetitivo. Para Estilo Acção-aventura 7
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casamento de família. Mas, quando lá maiores de 18 anos — e, mesmo assim, Plataforma PC
chega, encontra um castelo muito gótico, com espírito aberto —, “Manhunt” é uma Produtor Rockstar
cheio de adversários e com a missão de experiência diferente, com muito bons Distribuidor Infocapital
resgatar os entes queridos. Usando as pormenores técnicos (como as interferên-
normas do estilo, tem excelentes cená- cias na imagem) e uma caixa original, a
Edição Maio 2004

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JOGOS
The X-Files: Resist or Serve’:
um objecto de culto de novo vertido em jogo
Apesar de os tempos áureos dos “Ficheiros Secretos” já
terem passado, esta nova recriação interactiva, “Resist
or Serve”, vai pegar em três das melhores histórias da
série e faz com que Mulder e Scully voltem à velha
forma. A ligação entre o jogo e a série televisiva é feita
logo no menu, bem ao estilo dos DVD, com imagens
da série a passarem em fundo, como a existência de
extras, arte, “dossiers” ou notas finais, além de cenas
da série e sequências cinemáticas do jogo, uma
espécie de “making of” (como a gravação das falas
para o jogo) ou “storyboards”.
Os episódios disponíveis são “Renascence (7X97)”,
“Resonance (7X98)” e “Reckoning (7X99). Um dos
interesses de “Resist or Serve” é o facto de poder ser
jogado como Mulder ou Scully, tendo cada um deles
percursos e objectivos diferentes dentro de cada parte da
história, confrontando-se com acontecimentos diversos.
Estas duas visões completam-se e levam o jogador a
querer “fazer” as duas para completar a história.
E esse é outro ponto forte, pois as histórias são bem
contadas, sem precisarem em demasia de sequências
cinemáticas. Com visão na terceira pessoa, há cidades
para explorar, adversários com quem lutar, mistério
q.b, “puzzles” simples mas envolventes, bastante
exploração e muitas horas de jogo garantidas (na casa
das dezenas). Os fãs de “X-Files” vão adorar, os outros
podem jogar com imenso prazer, embora, por vezes, o
ritmo caia um pouco. Os combates são na dose certa,
a tensão está sempre presente e o ambiente típico da
série é reproduzido na perfeição. Trata-se, pois, de uma
excelente adaptação, indispensável para quem queira
apanhar uns sustos. ● M.C.
Título “The X-Files: Resist
or Serve” 8 /10
Estilo Acção-aventura
Plataforma PS2
Produtor Sierra
Distribuidor Infocapital
Edição Junho 2004
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