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M INISTÉRIO P ÚBLICO DO E STADO DO P ARANÁ
Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de
Curitiba-PR
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litisconsortes no processo”.
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1
Ver, por todos, Luiz Guilherme Marinoni, Curso de Processo Civil, Teoria Geral do Processo, v. 1, 2a.
ed., São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 2007.
2
Art. 5º, LXXVIII. A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
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processuais devem se adequar à tutela prometida pelo direito material, devendo ser
capazes de propiciar a sua efetiva prestação.
Ou seja, o processo deve se estruturar de maneira tecnicamente
capaz de permitir a tutela de uma posição juridicamente protegida pelo direito material.
E o que é tecnicamente capaz de permitir a satisfação integral do
direito à saúde, reiteradamente prometido pela Constituição e pelo legislador ordinário?
Relativamente ao direito à saúde, a jurisprudência tem
contribuído na construção dessa técnica processual (sustentando posicionamento oposto
ao defendido pelo Estado do Paraná):
AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU
PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. QUESTÃO PACIFICADA NO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SAÚDE. ENTREGA DE REMÉDIOS.
SOLIDARIEDADE. CHAMAMENTO AO PROCESSO. DILAÇÃO
PROBATÓRIA. DESNESSECIDADE. 1. O Art. 557 do Código de Processo Civil
confere ao Relator a faculdade de proferir decisão monocrática quando pacificada a
matéria nos Tribunais Superiores. 2. A solidariedade dos entes públicos no
fornecimento da saúde não induz ao litisconsórcio passivo necessário, assim
como, pelo fato de inviabilizar a obtenção do direito, não recomenda a
utilização de intervenção de terceiros (chamamento ao processo). 3. Não há
necessidade de dilação probatória para reconhecer-se o direito ao recebimento de
medicamentos, quando encartada nos autos receita médica comprobatória da
patologia, assim como da medicação para a tratá-la. 4. Decisão ampla e
exaustivamente fundamentada. 5. Agravo Interno desprovido." (Grifo nosso). (TJPR
- 5ª C.Cível - A 0427878-0/01 - Telêmaco Borba - Rel.: Des. Rosene Arão de Cristo
Pereira - Unanime - J. 04.12.2007, g.n.)
“A melhor interpretação do art. 77, inc. III, do CPC indica que no caso de diretos e
garantia fundamental não é possível entender a relação como de direito privado,
direito obrigacional puro. A relação de direito subjacente é de direito público. No
plano institucional há que se ter em conta a melhor opção em favor do carente e que
demanda seja resguardado direito fundamental. O chamamento, aqui, não pode ser
entendido como cogente, sob pena de fazer prejudicar o direito do impetrante a
pronto atendimento médico. O chamamento em tal hipótese não cabe em favor do
devedor que possui obrigação autônoma aos demais obrigados. No que diz respeito
ainda ao art. 77, inc. III, do CPC, cabe anotar que a solidariedade de dívida
constante no referido dispositivo não se aplica ao caso em mesa, pois a solidariedade
de manutenção dos serviços de saúde é de natureza institucional e não contratual,
não se confunde com a noção de dívida que implique em enriquecimento de um dos
devedores em desfavor do outro a justificar a figuração de todos no pólo passivo.”
(Agravo de instrumento n. º 0702233-1, Decisão Monocrática, 5ª Câmara Cível, Rel.
Fabio André Santos Muniz, 17/08/2010
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III. Conclusão
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(assinado digitalmente)
Andreia Cristina Bagatin
Promotora de Justiça
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