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Missa Parte a Parte

 No Brasil se realiza o Rito Latino


 Já no século II a liturgia da Missa apresentava o esquema que possui hoje em dia
 Catecismo 1089 e 1136 e 1090
 Um dos maiores pecados da humanidade, assassinar o filho de deus, tornou-se o maior ato de
amor misericordioso e de poder divino.
 A cruz é o meio pelo qual somos salvos, pelo qual entramos em comunhão com a natureza
divina (ve 2Pd 1,4)
 A única religião com um deus que é uma família, pelo batismo participamos dessa família.
 Ao fazer o sinal da cruz iniciamos a missa com um lembrete de que somos filhos de Deus

RITOS INICIAIS

Entrada do Celebrante

 Celebração começa com o canto de entrada, cuja finalidade é inserir os fieis no mistério do
tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.
 Não havendo canto de entrada, a antífona proposta no missal é recitada. Chegando ao
presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda.
Em seguida, o sacerdote e o diácono beijam o altar; e o sacerdote, se for oportuno, incensa a
cruz e o altar.
 A Cruz mostra o sacrifício que que marcou avida de um Deus feito homem .
 O padre faz uma inclinação profunda e deposita o beijo no altar, endereçado a Cristo
 O Canto de Entrada, que todos devem cantar, é a primeira manifestação de alegria do povo
reunido por Deus.
 Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A
finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no
mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos
ministros”(IGMR n.25)
 É acolher o Cristo, Rei da Glória, que entra triunfante, e ao mesmo tempo é o Senhor carregando
sua cruz para o calvário na pessoa do sacerdote.
 Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:
o a) O canto
 Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da
música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente
acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa
forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda
assembléia durante os cantos.
o b) A procissão
 O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai.
Todas as procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que
se quer chegar.
o c) O beijo no altar
 Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar
que ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija
o altar, que representa Cristo, em sinal de carinho e reverência por tão sublime
lugar. Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o
altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no
sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.
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Saudação

 Executado o canto da entrada, o sacerdote junto com toda a assembleia, faz o sinal da cruz;
 Em seguida, o padre faz o sinal da cruz e o povo faz com ele (não precisa beijar a mão após o
sinal), mas sem dizer nada. Ao final, todos respondem o “Amém”.
 Os fiéis são convidados colocar sua vida nas mãos da santíssima trindade
 A expressão “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” quer dizer a pessoa, não apenas o
“nome”. Iniciamos a Missa colocando nossa vida e toda a nossa ação invocando a Santíssima
Trindade.
 São Cipriano diz: “no sinal da cruz está toda virtude e todo poder, ... neste sinal da cruz está a
salvação para todos os marcados na fronte”. Remete ao apocalipse
 Independente da forma utilizada, todos respondem:
o Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
 O Sinal da Cruz demonstra que a Missa é realizada em nome de Deus
 Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima
Trindade
 O presidente da celebração e a assembleia recordam-se por que estão celebrando a missa. É,
sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor
 Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido
bíblico. Nome em sentido bíblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando
a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade

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Ato penitencial

 Aos domingos, particularmente, no tempo pascal, pode-se optar pela bênção e aspersão da
água em recordação do batismo
 Convite para cada um olhar para si (reconhecer os próprios pecados e não os dos outros),
buscando um arrependimento sincero
 A absolvição geral que o padre dá no Ato Penitencial é uma purificação das faltas leves, e
realmente nos purificam para participarmos da Ceia do Senhor. Os pecados graves necessitam
de uma confissão sacramental
 O sacerdote convida toda assembleia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e
necessitada da misericórdia de Deus.
 Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água,
que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do
simbolismo da água pedirmos para sermos purificados
 É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e
reconciliação com Deus e os irmãos
 No domingo de Ramos pode ser substituído pela procissão. Na Quarta feira de Cinzas é
substituído pela imposição das cinzas ou pode também ser substituído pela benção e aspersão
da água.
 Porém o bonito da missa é que ninguém se levanta para nos acusar, a não sermos nós mesmos.
"Confesso a Deus todo-poderoso...que pequei...por minha culpa".
 No "Kyrie",suplicamos a misericórdia de cada uma das três pessoas divinas da Trindade:
"Senhor, tende piedade de nós.Cristo tende piedade de nós.Senhor tende piedade de nós".

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Hino de louvor

 O texto deste hino (remonta ao século II) não pode ser substituído por outro. Entoado pelo
sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a
assembleia. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando
entre si. O Glória é próprio aos domingos (exceto no Advento e na Quaresma) e nas solenidades
e festas.
 Vem logo após o Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos.
 O Glória não é cantado (nem recitado) na Quaresma e no Advento, tempos que não são próprios
para se expressar alegria
 Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a
assembleia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos
domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de
caráter mais solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra
 É uma solene doxologia (louvação) que não deve ser substituído por nenhum outro canto. Com
este hino, a Igreja, reunida no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro
 O glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a assembleia congregada no Espírito Santo,
dirige-se ao Pai e ao Cordeiro
 Também não se diz nos dias de semana porque perderia o sentido solene.
 Essa oração existe desde pelo menos o séc II. Sua aclamação inicial vem do hino que os anjos
entoaram qdo Jesus nasceu (Lc 2,14) e os versos seguintes repetem os louvores dos anjos ao
poder de Deus do livro do apocalípse (Ap 15,3-4).

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OREMOS

 Chamada também de oração da ‘coleta’


 Conforme antiga tradição da Igreja, a oração costuma ser dirigida à Trindade Santa
 Do latim “collígere”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. Tem o sentido de reunir, numa só
oração, todas as orações da Assembléia
 A seguir, o padre eleva as mãos assumindo as intenções dos fiéis e elevando-as a Deus e
profere a oração em nome de toda a Igreja
 Por fim, todos dizem “Amém” para dizer que a oração do padre também é sua
 Oração: Esta oração se chama coleta porque pretende reunir todas as intenções da Igreja e do
povo presente. Até aqui a gente fica de pé, em sinal de prontidão em caminhar ao encontro do
Senhor
 “Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando
consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois
o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembleia dá o seu
assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32).
 Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e
finalidade.
 O padre convida o povo a orar; e todos, com o sacerdote, permanecem um momento em
silêncio, para tomar consciência de estar na presença de Deus e para fazer, no próprio íntimo,
sua oração pessoal.
 Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja.
Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as
intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração
também é sua.

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LITURGIA DA PALAVRA

A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação. Integram-na também
breves momentos de silêncio, pelos quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra
de Deus. Convém que tais momentos de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a
própria liturgia da palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também após o término da homilia
As leituras das missas dominicais variam a cada ano, repetindo-se a cada três anos. São os chamados
ANOS A, B e C. Em cada ano meditamos o Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lucas
respectivamente. O Evangelho segundo João intercala-se durante o ano em momentos fortes
Os 3 primeiros Evangelhos fazem como que uma sinopse dos fatos acerca da vida de Jesus são, por
isso, chamados de “sinóticos”. O Evangelho escrito por São João focaliza outros fatos e palavras de
Jesus, destacando Sua divindade e penetrando mais o Mistério do Filho de Deus
Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que facilita a instrução
Aos domingos, em geral isso inclui uma leitura do AT,a recitação de um salmo,e uma leitura
tirada das cartas neotestamentárias,tudo levando à leitura do Evangelho.(Na vigília Pascal
temos até dez leituras da Bíblia).
Nos primeiros séc. da Igreja não havia máquinas de impressão. A maioria das pessoas não
tinha recursos para mandar copiar os evangelhos à mão e, de qualquer modo, muita gente
não sabia ler. Assim,como agora, recebiam o evangelho completo.
Um dos grandes biblistas da Igreja primitiva, Orígenes (séc. III), exortou os cristãos a
respeitar a presença de Cristo no Evangelho, como respeitam sua presença na hóstia.
"Vcs, que estão acostumados a participar do mistério divino, sabem, qdo recebem o corpo do
Senhor, protegê-lo... com toda cautela e veneração,para que não caia dele nenhuma partícula, para que
nada se perca da dádiva consagrada, pois acreditam, e com razão, que são responsáveis se algum
pedacinho cair dali por negligência. Mas se estão certos em preservar com tanto cuidado seu corpo, por
que acham que há menos culpa em negligenciar a Palavra de Deus do que em negligenciar seu corpo?

Primeira leitura
 As leituras conservam a unidade dos dois Testamentos e da história da salvação
 A Primeira Leitura, em geral, é tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto
da História da Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros do
Novo Testamento que não sejam os Evangelhos
 Isto é feito para demonstrar que já o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus e que Ele
mesmo o cumpriu (cf. Mt 5,17). De fato, não poucas vezes os evangelistas citam passagens do
Antigo Testamento, principalmente dos profetas, provando que Jesus era o Messias que estava
para vir
 A leitura do AT é escolhida em função do Evangelho, formando quase sempre um par em torno
de um tema (sobretudo no Tempo Comum). Ora, os dias de semana do tempo comum são
divididos em ano par e ano ímpar. Assim, a cada dois anos lêem-se as passagens mais
significativas de toda a Bíblia.
 Antigo Testamento, Ato dos Apóstolos e Apocalipse
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Salmo Responsorial

 O salmo responsorial deve responder a cada leitura normalmente será tomado do lecionário. De
preferência, será cantado, ao menos no que se refere ao refrão. Se não puder ser cantado, seja
recitado do modo mais apto para favorecer a meditação da palavra de Deus
 Salmo Responsorial também é retirado da Bíblia, quase sempre (em 99% dos casos) do livro dos
Salmos
 Deve ser sempre cantado, pelo menos o refrão

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Segunda leitura

 Em geral, é uma carta, retirada do Novo Testamento. Só é proclamada em missas dominicais ou


de dias festivos, não nas missas feriais (no meio da semana).
 Segunda leitura tem como característica extrair textos do Novo Testamento, das cartas escritas
pelos apóstolos (Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas), mais notadamente as escritas por São
Paulo.
 Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos Apóstolos dirigido
às comunidades cristãs
 É Sempre do Novo Testamento. No tempo comum, de maneira contínua, o lecionário traz as
passagens mais significativas do NT, sem, necessariamente, estarem diretamente relacionadas
com o Evangelho. Está prescrita somente para os domingos e solenidades
 As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.

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Canto de aclamação ao Evangelho

 Após a leitura que antecede o Evangelho, canta-se o Aleluia, conforme exigir o tempo litúrgico
 Na Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no
lecionário
 Aclamar é aplaudir com alegria, então o canto de Aclamação ao Evangelho é uma espécie de
“aplausos”. Para o Senhor que vai nos falar. Para expressar essa alegria podemos bater palmas,
expressando a fé e a alegria em ouvi-lo.
 Feito o comentário ao Evangelho, a assembleia a se põe de pé, para aclamar as palavras de
Jesus.
 O Canto de Aclamação tem como característica distintiva a palavra "Aleluia", um termo hebraico
que significa "louvai o Senhor". Na verdade, estamos felizes em poder ouvir as palavras de
Jesus e estamos saudando-O como fizeram as multidões quando Ele adentrou Jerusalém no
domingo de Ramos.
 A proclamação do Evangelho tem um lugar de destaque na Celebração Eucarística. Por isso o
Evangelho deve ser aclamado pelos fiéis antes de ser proclamado
 A estrofe é quase sempre um versículo da Escritura
 No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto
no lecionário
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Evangelho
 É o ponto alto da liturgia da palavra
 Persignação: A mente a acolha , a boca a proclame e o coração a sinta e a viva .
 O diácono, e na falta deste o padre, proclama em um lugar mais elevado, para ser visto e ouvido
por toda a Assembléia, que deve estar em pé, numa atitude de expectativa para ouvir a
Mensagem.
 “Bem-aventurado os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 11,28)
 Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote ou o
diácono (depende de quem for ler o texto), incensará a Bíblia e, logo a seguir, iniciará a leitura do
texto
 O sacerdote ou diácono, em sinal de veneração à Palavra de Deus, beija a Bíblia (rezando em
silêncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados") e todo o
povo pode voltar a se sentar.
 As leituras dominicais são repetidas a cada três anos, de modo que se formem ciclos trienais:
Ano A (Mateus); Ano B (Marcos); Ano C (Lucas). O Evangelho segundo João é reservado às
festas e alguns domingos da Quaresma e do Tempo Comum
 Nos dias de semana, no intervalo de um ano, lemos praticamente todo o Evangelho.
 Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem
 O sacerdote ou diácono faz o sinal da cruz sobre o Lecionário ou Evangeliário e também, sobre
a testa, sobre a boca e sobre o peito (neste caso, rezando em silêncio: "Pelo sinal da Santa
Cruz, livre-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos"); e cada fiel se persigna com três
sinais da cruz, um sobre a testa, um sobre a boca e um sobre o peito, pedindo a Deus que
purifique os nossos pensamentos, as palavras que brotarão das nossas bocas, e o nosso
coração. Não é necessário fazer o quarto sinal da cruz no final.
 Para se dar mais destaque ao anuncio da Palavra de Jesus, é bom que dois ministros ou acólitos
segurem uma vela em cada lado do Ambão onde o diácono (ou o sacerdote) se faz a
proclamação do Evangelho
 Para que a Palavra nos guie no que pensamos, dizemos e fazemos, marcamos com a cruz
(persignação):
o A testa = mente
o A boca = palavras
o O peito = sentimentos

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Homilia

 É obrigatória aos domingos e festas de preceito, não podendo ser omitida, salvo por motivo
grave
 Após a homilia convém observar um breve tempo de silêncio
 Os próprios Apóstolos, depois de ouvirem as parábolas, pediam a Jesus que lhes explicasse o
que elas queriam dizer. Assim também é o Povo de Deus, que precisa de alguém que lhes
explique as Escrituras,
 A homilia é obrigatória aos domingos e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias, ela também
é recomendável, mas não obrigatória
 A Homilia (que significa conversa familiar) é feita pelo Bispo, Padre ou pelo Diácono. Diferente
do sermão ou de outra forma de pregação, ela tem o objetivo de relacionar o texto com a vida
dos fieis
 As homilias devem se basear nas Escrituras do dia, esclarecendo as passagens obscuras e
indicando aplicações práticas para a vida.

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Profissão de fé

 Ao rezar o Credo, os fieis respondem à palavra de Deus anunciada da Sagrada Escritura e


explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé através de fórmula aprovada para
o uso litúrgico, recordar e professar os grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua celebração
na Eucaristia
 Crer em Deus é confiar nele
 É como um juramento público
 Há dois textos diferentes para a Profissão de Fé: o Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno-
Constantinopolitano.
o O primeiro vem do tempo dos Apóstolos. É um resumo das verdades de fé professada
pelos primeiros cristãos. É também mais curto e mais recitado nas missas no Brasil
o No Brasil, o Símbolo Niceno-Constantinopolitano é recitado apenas em alguns
domingos, geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus.
 Definição de Profissão de Fé: Declaração pública que alguém faz das suas crenças e dogmas
religiosos: a conduta de cada crente é a sua verdadeira profissão de fé.
 O Credo é professado nos domingos e solenidades
 Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo
 Como disse a grande e já falecida Dorothy Sayers, o drama está no dogma, pois aqui
proclamamos doutrinas pelas quais os cristãos do Império Romano foram presos e executados.
 No séc.IV,o Império quase explodiu em guerra civil por causa das doutrinas da divindade de
Jesus e sua união com o Pai.
 Coube aos gdes Concílios de Nicéia(325) e Constantinopla(381)- com o empenho de algumas
das maiores inteligências e almas da história eclesiástica - dar à crença católica básica essa
formulação definitiva, embora a maioria das diretrizes do Credo já fossem de uso comum pelo
menos desde o séc.III

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Oração da comunidade (Oração dos fiéis)

 As intenções são pelas necessidades da Igreja, pelos poderes públicos, pela salvação de todo o
mundo, pelos que sofrem e pela comunidade local
 Outras podem ser agregadas de acordo com a ocasião (matrimônio, exéquias etc.)
 Durante a Oração dos Fiéis, todos ficam de pé a posição própria do orante e como rezavam os
primeiros cristãos
 Cabe ao sacerdote introduzir esta oração por meio de uma breve exortação e concluindo com
uma suplica

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LITURGIA EUCARÍSTICA

 É a parte central da missa


 A Igreja dispôs toda a celebração eucarística de modo a corresponder às palavras e gestos de
Cristo: na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles
elementos que Cristo tomou em suas mãos; na oração eucarística, rendem-se graças a Deus por
toda a obra da salvação e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo; pala fração do pão
e pela comunhão os fieis, embora muitos, recebem o Corpo e o Sangue do Senhor de um só pão
e de um só cálice, do mesmo modo como os apóstolos, das mãos do próprio Cristo
 É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia
o pois afinal de contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma:
temos a mesa - mais propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e
o vinho, ou seja, o alimento sólido e líquido presentes em qualquer Ceia. Tudo
conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que Cristo instituiu a eucaristia.
 Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de
maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um
milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o
milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho
(matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja,
a substância agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor
Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho Procissão das oferendas
 O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas
estabelecidas
 Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, como rito de purificação
 O ato de levar ao altar as ofertas significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem
que trabalha
 O dinheiro para o ofertório é a nossa oferta para a conservação e manutenção da casa de Deus
 Após colocar o cálice sobre o corporal, o padre inclina-se diante do altar e reza em voz baixa:
“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de
tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus!” Essa oração é tirada do Livro de
Daniel
 O incenso significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça
 Antigamente a comunidade levava para o altar ofertas como alimentos e outros objetos que
poderiam sujar as mãos do padre, que, por isso, lavava as mãos. Hoje, além da purificação das
mãos, há também o sentido da purificação espiritual. Ao lavar as mãos, o padre reza em voz
baixa: “Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.” (Sl 50,4)
 esta parte da Missa é apenas uma apresentação dos dons que serão ofertados junto com o
Cristo durante a consagração.
 Já nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas costumavam
deixar alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres.
 Aqui, o que importa não é a quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como Cristo, nos
darmos pelo próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de celebrar a
eucaristia para nos tornarmos eucaristia.
 Durante o canto (ou sem ele) o presidente apresenta ao Pai do Céu as ofertas do pão e do
vinho, frutos da terra e do trabalho humano.
 O missal ainda diz que o “sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a
cruz e o próprio altar. Deste modo se pretende significar que a oblação e oração da Igreja se
elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus… Depostas as oblatas sobre o altar e
realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os Féis a orar juntamente consigo e recita
a oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a
Oração eucarística”.
 Na Igreja primitiva, os fiéis realmente assavam o pão e faziam o vinho para a celebração;no
ofertório, eles os apresentavam.(Em algumas Igrejas orientais, o pão e o vinho ainda são
produzidos pelos paroquianos).
 Tudo que temos vai ao altar para ser santificado em Cristo.
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Oração sobre as Ofertas

 Então o padre coloca a hóstia (de trigo puro, não fermentado) sobre o corporal e prepara o vinho
para oferecê-lo do mesmo modo. Antes, ele põe um pouco de água no vinho e diz: “Pelo mistério
desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou
assumir a nossa humanidade.”
 mistura da água no vinho (puro, de uva) simboliza a união da natureza humana com a divina.
Nós (água), na Missa, nos unimos a Cristo (vinho) para formar um só Corpo com Ele. Em
seguida, o Presidente eleva o cálice e diz: “Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho
que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos
apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação!”
 E a água? Durante a apresentação das oferendas, o sacerdote mergulha algumas gotas de água
no vinho. E O porquê disso? Sabemos que no tempo de Jesus os judeus bebiam vinho diluído
em um pouco de água, e certamente Cristo também devia fazê-lo, pois era verdadeiramente
homem. Por outro lado, a água quando misturada ao vinho adquire a cor e o sabor deste. Ora,
as gotas de água representam a humanidade que se transforma quando diluída em Cristo.
 Feita a apresentação das ofertas, o celebrante principal lava as mãos, pedindo a Deus que o
purifique de todos os pecados para que possa participar do santo sacrifício do altar
 A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus
 Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E
assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na
Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos, essa
purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus
 Toda a assembleia sentada. O vinho, segundo a Sagrada Escritura, lembra a Redenção pelo
sangue e de modo particular a Paixão de Cristo, ao passo que a água traz a mente o povo de
Deus salvo das águas e o novo povo de Deus nascido das águas do Batismo. Assim como as
gotas de água colocadas no vinho somem totalmente, são assumidas pelo vinho, transformadas,
por assim dizer, em vinho, no Sacrifício da Missa nós devemos entrar em Cristo, Identificar-nos
com Ele, fazer-nos um com Ele.
 O sacerdote faz a ligação explícita enquanto derrama a agua e o vinho nos cálices: "Pelo
mistério desta agua e deste vinho possamos participar sa dinvindade de Cristo, que se dignou
assumir a nossa humanidade".
 Essa mistura é símbolo magnífico que indica a união das naturezas divina e humana de Cristo, o
sangue e a agua que saíram de seu lado na cruz e a união de nossas dádivas perfeita que o
Senhor faz de si mesmo.
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Orai Irmãos e Irmãs

 O sacerdote intercede por toda a Assembléia, que deve responder ativamente. Assim, o padre
se volta ao povo e pede: “Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai
Todo-Poderoso!” Ao que a Assembléia responde: “Receba o Senhor por tuas mãos este
sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.”

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Corações ao Alto (Prefácio)

 O Prefácio é um hino de “abertura”, que nos introduz no Mistério Eucarístico. Nele, o padre
convida o povo a elevar seus corações a Deus e proclamar a santidade de Deus, dando-lhe
graças. No Prefácio, o Presidente sempre reza de braços abertos
 O trecho seguinte do Prefácio compreende algumas palavras próprias, dependendo do Tempo
Litúrgico ou da festa que se celebra.
 O final do Prefácio é sempre igual. Termina com o cântico: “Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus
do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem
em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” O “Santo” é tirado de Is 6,3. A repetição, dizendo 3
vezes “Santo” significa o máximo de santidade, “Santíssimo”. Às vezes, quando o “Santo” é
cantado, mudam-se algumas palavras, mas o sentido deve ser o mesmo. O Santo deveria ser
sempre cantado.
 Agora, depois de elevar as dádivas, o sacerdote nos convida: "Corações ao alto". Esta imagem é
poderosa e se encontra nas liturgias cristãs do mundo todo, desde os tempos primitivos.
 Erguemos o coração para o céu.Nas palavras do Apocalíse (veja Ap 1,10;4,1-2), somos
arrebatados pelo Espírito - para o céu. De agora em diante, dizemos, veremos a realidade com a
fé, não com os olhos.
 Então, o que vemos nesse céu? Reconhecemos que à nossa volta toda estão os anjos e santos.
Cantamos o cãnticos que, de acordo com muitos relatos, os anjos e santos proclamam diante do
trono celeste (Ap 4,8;Is 6,2-3).

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Ação de Graças

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Santo

 Aclamação pela qual toda a assembleia, unindo-se aos anjos, louva a Deus
 É a primeira grande aclamação da assembleia a Deus Pai em Jesus Cristo. O correto é que seja
sempre cantado, levando-se em conta a maior fidelidade possível à letra da oração original.
 O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta
Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade,
embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do
Senhor.
 Não podemos perder o sentido original da grande aclamação a Deus, dizendo Três vezes
“Santo”.
 Nós cantamos/rezamos o cântico que os serafins proclamaram diante do trono celeste (Is 6,3).

1No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito elevado; as
franjas de seu manto enchiam o templo. 2 Os serafins se mantinham junto dele. Cada um
deles tinha seis asas; com um par (de asas) velavam a face; com outro cobriam os pés; e,
com o terceiro, voavam. 3 Suas vozes se revezavam e diziam: Santo, santo, santo é o
Senhor Deus do universo! A terra inteira proclama a sua glória! 4 A este brado as portas
estremeceram em seus gonzos e a casa, encheu-se de fumo.
 É o reforço de expressão para significar o máximo da Santidade. Faz parte integrante da Oração
Eucarística.
 Existem ao menos três elementos fundamentais:
o 1 – A santidade de Deus – Santo, Santo, Santo, Senhor Deus...
o 2 – A majestade de Deus – O céu e a terá proclamam a vossa glória
o 3 – A imanência de Deus – Bendito o que vem em nome do Senhor...

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Epiclese

 A Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para que os dons
oferecidos pelo ser humano sejam consagrados e que a hóstia imaculada se torne a salvação
daqueles que vão recebê-la em comunhão.
 Momentos antes da Consagração, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Pai
que os santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Toda invocação do Espírito Santo é feita
de pé.
 onde o sacerdote invoca o poder do Espírito Santo sobre as oferendas
 Epiclese. É qdo o sacerdote coloca as mãos sobre sa dádivas e invoca o Espírito Santo. É um
poderoso encontro com o céu, mais suntuosamente apreciado no Oriente.

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Consagração do pão e vinho

 Neste momento a Assembléia se ajoelha, ou mesmo de pé (normalmente aqueles que por algum
problema não podem ajoelhar-se) porém em posição de adoração (cabeça baixa, em posição de
reverência).
 Após a consagração do pão, o padre levanta a hóstia à vista da Assembleia. A seguir, genuflecte
para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento
 Novamente, o padre genuflecte para adorar o Cristo presente após a consagração do vinho
 Durante as palavras de Consagração é que há a transubstanciação a transformação das
espécies no Corpo Eucarístico. Nessa hora, o silêncio deve ser total não deve haver nem mesmo
fundo musical.
 Lembremos que na missa o padre age “in persona Christi”, ou seja, em lugar da pessoa de
Cristo. É como se Jesus estivesse pessoalmente presidindo a Celebração
 A Assembleia, levanta-se no mesmo momento em que o padre (logo depois da consagração do
vinho ele genuflectiu e se levantou) e responde: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”
 Há outras formas de resposta. O que é importante é que todos respondam com fé! O Mistério só
é aceito por quem crê! Assim, as palavras do celebrante soam como que um “desafio à fé”: “Eis o
Mistério da fé!”.
 Nesse momento o mistério do amor do Pai é renovado em nós
 Todos adoram em silêncio,
 Anamnese (memorial) - Recordação da bem-aventurada paixão, morte e ressurreição de Cristo.
 O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar
 Ajoelhar é sinal de adoração, humildade e penitência, e se por
 motivos sérios não se puder ajoelhar, fica-se de pé e faz-se uma profunda inclinação
(reverência) nas duas vezes que o presidente fizer a genuflexão – Neste momento não se deve
permanecer de cabeça baixa
 Após este momento o padre diz Eis o mistério da Fé, aqui a indicação é que todos permaneçam
de pé.
 Cristo Jesus ordenou os apóstolos e seus sucessores para celebrarem a missa, qdo disse:
"Fazei isto..em memória de mim"(ICor 11,25).Observe que lhes ordenou:fazei isto e não
"escrevei isto" ou "lede isto".

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Orações pela igreja
 Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus
 Assim, na Missa, dentre as orações pela Igreja, a primeira é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano,
pelas suas grandes responsabilidades. Pedimos também pelos evangelizadores e
evangelizados, pela conversão dos pagãos e pela perseverança dos cristãos.
 Oramos também pelos falecidos um ato de caridade. Na Bíblia há um elogio a Judas Macabeu
pela sua intercessão e oferecimento de um “sacrifício expiatório pelos que havia morrido, a fim
de que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mac 12,45-46).
 Finalmente pedimos por nós como “povo santo e pecador”, para que estejamos um dia reunidos
com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem- aventurados no céu, para louvarmos e
bendizermos a Deus. A oração termina “por Jesus Cristo nosso Senhor”,
 A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão
é ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por
eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que para
julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como
"povo santo e pecador".

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Por Cristo, com Cristo e em Cristo

 Rezada somente pelo sacerdote, é confirmada pela assembleia, com um solene 'amém'.
 Esse é o verdadeiro ofertório, pois é o próprio Cristo que oferece e é oferecido
 É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai. Ele é o nosso Pontífice, isto é, a
nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jo 14,6)
 Por isso, encerra-se a Oração Eucarística proclamando: Padre: “Por Cristo, com Cristo e em
Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória,
agora e para sempre!”. Depois disso a Assembleia responde o chamado GRANDE AMÉM, que é
o principal de toda a missa! Devia ser festivamente dito ou cantado com uma profunda devoção
pois é o Amém Síntese da Missa.
 Esse até de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente levanta a hóstia e o cálice
 É o assentimento total da assembleia litúrgica a tudo o que foi pronunciado ministerialmente pelo
presidente da celebração durante a Oração Eucarística

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RITO DA COMUNHÃO

Pai nosso

 Começa a preparação para a Comunhão Eucarística. É a síntese do Evangelho. Para bem rezá-
lo, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. É uma oração de sentido
comunitário que, mesmo rezada só, deve-se proferi-la em intenção de todos
 Dentro da missa, o Pai Nosso não tem o AMÉM final. A oração do Pai Nosso se estende até o
final da oração que o sacerdote reza a seguir, pedindo a Deus que nos livre de todos os males.
 Porque só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz.
Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus
é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
 Sac.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa
misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto,
vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.
 O “Amém” do Pai Nosso, dentro da missa é substituído pela oração: “Vosso é o reino, o poder e
a glória para sempre!”, que é dito logo após a oração anterior.
 É o desfecho natural da oração eucarística. Uma vez que unidos a Cristo e por ele reconciliados
com Deus, nada mais oportuno do que dizer: Pai nosso...
 Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante
 Em seu clássico ensaio a respeito do Pai-nosso, o biblista padre Raymond Brown demonstrou
que esta era a admirável crença dos cristãos primitivos: "Há, então, boa razão para ligar o maná
veterotestamentário e o pão eucarístico neotestamentário com a súplica...Desse modo, ao pedir
ao Pai:'O pão nosso de cada dia nos dai hoje', a comunidade empregava palavras diretamente
ligadas à Eucaristia. E por isso, nossa liturgia romana não está lo
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Rito da Paz

 Oração dita somente pelo sacerdote


 A saudação entre os fiéis há de ser sóbria e apenas aos que lhe estão mais próximos
 A paz é um dom de Deus, que só ele pode dar: “Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz. Não a
dou como o mundo a dá.” (Jo 14,27)
 Uma vez reconciliados em Cristo, pedimos que a paz se estenda a todas as pessoas, presentes
ou não, para que possam viver em plenitude o mistério de Cristo. Pede-se também a Paz para a
Igreja, para que, desse modo, possa continuar sua missão. Esta oração é rezada somente pelo
sacerdote.
 Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja
rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos
esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas casas.
 A oração pela paz (Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos, Eu vos deixo a paz... )
é uma oração presidencial, que só o celebrantes faz, pois ele age in Persona Christi – na Pessoa
de Cristo.
 Nesse gesto antigo, cumprimos a ordem de Jesus para nos reconciliar com nosso irmão antes de
nos aproximar do altar (veja Mt 5,24).

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Fração do pão

 O sacerdote coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a unidade do Corpo e do
Sangue do Senhor
 Ao fim da saudação entre os fiéis, o celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho
dela dentro do cálice com vinho consagrado. Esse ato tem o sinal da fraternidade, da repartição
do pão, como Jesus o fez para seus discípulos na Ceia, além do reconhecimento de Cristo, por
parte dos discípulos de Emaús, ao partir o pão em sua casa.
 Neste momento o padre mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo
presente por inteiro nas duas espécies
 O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que
representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão

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Cordeiro de Deus

 Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma [só] palavra e
serei salvo” (Mt 8,8)
 Logo após, o Presidente põe um pedaço da Hóstia no cálice e reza em voz baixa: “Esta união do
Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida
eterna!”
 Embora no Ato Penitencial todos já se tenham purificado, ao aproximar-se do momento da
Comunhão os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma
vez, dizendo:
 Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os
fIéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez

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Comunhão

 Sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e
Sangue de Cristo
 A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e
convida-os ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as
palavras prescritas do Evangelho
 Terminado o “Cordeiro de Deus”, o Presidente levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à
Assembleia, dizendo: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo! ” Pelo sangue de Cristo fomos salvos. Jesus é o nosso Libertador.
Dele nos aproximamos com alegria. Daí o Presidente nos convidar à comunhão, dizendo “Felizes
os convidados”. Ao que o povo responde: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha
morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.” Essa resposta é tirada da resposta do oficial
romano, o centurião, dada a Jesus (cf. Mt 8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar. É por
bondade de Jesus que Ele vem a nós. Por isso, na aproximamos da Comunhão com fé e
humildade.
 Após dizer “Felizes os convidados…”, com a resposta da comunidade, o padre reza em voz
baixa: “Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.”
 Aqueles que por um motivo ou outro não comungam, por não se encontrarem devidamente
preparados (estado de graça santificante) é importante que façam desse momento também um
momento de encontro com o Cristo, no que chamamos de Comunhão Espiritual
 Não se deve comungar andando
 Nunca é permitido colocar a mão do fiel a hóstia já molhada no cálice
 O Canto começa quando o sacerdote comunga, prolongando-se oportunamente, enquanto os
fieis recebem o Corpo de Cristo.
 No tempo de Jesus, a palavra (Koinonia,em grego) era usada com mais frequência para definir
um laço de família. Com a comunhão, renovamos nossos laços com a família eterna, a Família
que é Deus e com a família de Deus na terra, a Igreja.

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Pós comunhão

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Ação de Graças

 Após a Comunhão do povo, convém haver alguns momentos de silêncio para interiorização da
Palavra de Deus e ação de graças. Pode-se também recitar algum salmo ou cantar algum canto
de ação de graças. Não é o momento de dar avisos ou prestar homenagens a alguém. A Ação
de Graças é de toda a Assembleia e não apenas dos cantores ou de algum solista.
 Toda a celebração Eucaristia consiste numa ação de graças, mas este é o momento oportuno
para agradecer em silêncio ou com um canto de louvor. Nunca compreenderemos plenamente o
que Deus fez por nós e nunca conseguiremos agradecer de modo perfeito. Por isso, de todo o
coração, devemos adorar o Senhor que está agora também nos corações dos fiéis.

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Ritos Finais – Oração Após a Comunhão

 Esta oração liga-se ainda a liturgia eucarística, e é o seu fechamento, pedindo a Deus as graças
necessárias para se viver no dia-a-dia tudo que se manifestou perante a assembléia durante a
celebração

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Benção Final

 Solene, dada pelo Presidente. Antes da bênção, o Presidente da Celebração saúda a


Assembléia, dizendo: “O Senhor esteja convosco!” E todos respondem: “Ele está no meio de
nós.”
 Nesta hora, se a comunidade estiver sentada, deve levantar-se. Aí vem a bênção, que pode ser
com uma fórmula simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula é: “Abençoe-vos Deus Todo-
 Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo!” E todos respondem “Amém!”
 Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a Assembléia e todos devem inclinar a cabeça.
 É muito importante a bênção de Deus dada solenemente na Missa! Essa bênção é para cada
pessoa presente! É preciso valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no final da
Missa.
 A Missa termina com a bênção! Em seguida, vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma
felicidade ter participado da Missa
 Todos devem esperar o sacerdote sair do altar para depois se retirarem
 Passando a despedida para o latim ela soa da seguinte forma: “Ite, Missa est”. Traduzindo-se
para o português, soa algo como “Ide, tendes uma bênção e uma missão a cumprir”, pois em
latim, missa significa missão ou demissão, como também pode significar bênção. Nesse sentido,
eucaristia significa bênção, o que não deixa de ser uma realidade, já que através da doação de
seu Filho, Deus abençoa toda a humanidade. De posse desta boa-graça dada pelo Pai, os
cristãos são re-enviados ao mundo para que se tornem eucaristia, fonte de bênçãos para o
próximo. Desse modo a Missa reassume todo seu significado.
 No início marcamos nosso corpo com o sinal-da-cruz e com a presença da Trindade. Na bênção
final, é a própria Trindade que nos abençoa e acompanha pela vida.
 Em ocasiões especiais há formulários próprios de bênção solene (advento, natal, páscoa,
festas...).
 Toda a assembleia de pé. Parte própria do celebrante. Aqui se faz uma leve inclinação para
receber a benção

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 Há, no mundo inteiro, vários outros ritos eucarísticos reconhecidos pela santa Igreja,
que se mantiveram por sua antiguidade e fidelidade à doutrina católica: o rito
ambrosiano, celebrado em Milão, o moçárabe, em partes da Espanha, o melquita, o
maronita, o braguense, a sagrada liturgia de São João Crisóstomo.
 O domingo é o dia, por excelência, da assembleia litúrgica em que os fiéis se reúnem
para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da Paixão,
Ressurreição e Glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus, que os ‘regenerou
para a viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos. (1167)
 Um referencial é a palavra do Papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil. A
homilia em Aparecida, em 5 de julho de 1980, nos ajuda a discernir o verdadeiro do
falso nessa matéria: “Qual é a missão da Igreja, se não a de fazer nascer o Cristo no
coração dos fiéis?
 Deus é o próprio ato de amar. Ele é o amor acontecendo, e a liturgia é a atualização
dessa verdade na vida das pessoas. Ir à Missa é tomar posse da parte que nos cabe.

POSIÇÕES DO CORPO

Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a


catequese, pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar
sobre a Palavra que está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e
disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração
sincera a Deus todo poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão
a Ele e à sua vontade
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus

O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é dom de Deus

A palavra "liturgia" é uma palavra da língua grega: LEITURGUIA de leiton-érgon que


significa "ação do povo", "serviço da parte do povo e em favor do povo". Na tradição
cristã, ele quer significar que o povo de Deus torna parte na "obra de Deus". Pela
Liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por
ela, a obra de nossa redenção

Sacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim
temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, pois esta vem de Deus

Sacrifício, então, significa o que é feito sagrado

- Sentado: É uma posição cômoda, uma atitude de ficar à vontade para ouvir e meditar, sem pressa.
- Em pé: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito. Indica a prontidão e disposição para
obedecer.
(Posição de orante)
- De joelhos: Posição de adoração a Deus diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do
pão
e vinho.
- Genuflexão: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na igreja e dela
saímos, se ali existir o Sacrário.
- Inclinação: Inclinar-se diante do Santíssimo Sacramento é sinal de adoração.
- Mãos levantadas: É atitude dos orantes. Significa súplica e entrega a Deus.
- Mãos juntas: Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega da vida.
- Silêncio: O silêncio ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio também é necessário
para
interiorizar e meditar, sem ele a Missa seria como chuva forte e rápida que não penetra na terra.

Não coincide com o ano civil. O Ano Litúrgico começa e termina quatro semanas antes do Natal.

- GENUFLEXÃO É UM GESTO DE ADORAÇÃO. QUANDO ENTRAMOS E SAIMOS DA IGREJA E O


SACRÁRIO FICA ATRÁS DO ALTAR OU NO LUGAR RESERVADO PARA O SACRÁRIO QUE PODE
SER NUM ALTAR LATERAL OU NUMA SALA ESPECIALMENTE PREPARADA PARA O SACRÁRIO

- INCLINAÇÃO DE CABEÇA É UM SINAL DE RESPEITO E ADORAÇÃO. QUANDO O
SACRÁRIO NÃO ESTIVER NO ALTAR, NA CONSAGRAÇÃO DO PÃO E DO VINHO, DIANTE
DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO E AO RECEBER A BENÇÃO SOLENE.

- EM PÉ SIGIFICA A PRONTIDÃO EM OUVIR E ACOLHER A PALAVRA DE DEUS, A


ADORAÇÃO A DEUS E CONVERSAR COM DEUS. ENTRADA DO CELEBRANTE, NA
LEITURA DO EVANGELHO, NA PROFISSÃO DE FÉ, ORAÇÃO DA ASSEMBLÉIA, NA
CONSAGRAÇÃO DO PÃO E DO VINHO E APÓS A RECEBER A SANTA COMUNHA
EUCARÍSTICA.

- MÃOS LEVANTADAS SIGNIFICA SÚPLICA E ENTREGA A DEUS. PAI NOSSO.

- SILÊNCIO É NECESSARIO INTERIORIZAR E MEDITAR SEM ELE A MISSA NÃO PORDUZ


FRUTOS. NAS LEITURAS, APÓS A HOMÍLIA E APÓS A SANTA COMUNHÃO EUCARÍSTICA

Água: É natural. Serve para purificar as mãos do sacerdote e ser colocada no vinho (umas
gotas só), para simbolizar a união da humanidade com a Divindade em Jesus. Também é
usada para purificar o cálice e a âmbula

Velas: Sobre o altar vão duas velas. A chama da vela é o símbolo da fé, que recebemos de
Jesus, “Luz do Mundo”. É sinal de que a Missa só tem sentido para quem vive a fé
Turíbulo: é o objeto utilizado na incensação. Nele é colocado o incenso, uma resina aromática,
sobre a brasa. O incenso, que simboliza a oração elevada a Deus, é depositado no turíbulo,
pelo sacerdote, e guardado na naveta, um pequeno vaso utilizado para o seu transporte

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