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Do sagrado à museologia

Sagrado

Moisés recebe as tábuas da lei.


Schedel, Hartmann (1440-1514) - Liber Chronicarum [Crónica de Nuremberg].
Miguel Wohlgemuth, Guillermo Pleydenwurff, Albert Durer (?), il. e grav. Nuremberg: Anton
Koberger, 1493, fl. 75v.

O Senhor disse a Moisés:


“Fixarás ao povo um limite em redor e dir-lhe-ás: Livrai-vos de subir o monte ou tocar na sua base. Se alguém
tocar nele, será punido com a morte.”
Ex 19, 12
Sagrado

Moisés e a consagração do altar.


Bíblia de Utreque. Alexander Master, iluminador. C. 1430. Fl. 75v.
Koninklijke Bibliotheek, Den Haag, manuscrito KB, 78 D 38 I

O Senhor disse a Moisés:


“Ungirás com o óleo a tenda de reunião e a arca da aliança, a mesa e seus acessórios, o candelabro e seus
acessórios, o altar dos perfumes, o altar dos holocaustos e todos os seus utensílios, e a bacia com seu pedestal.
Depois que os tiveres consagrado, eles tornar-se-ão objectos santíssimos, e tudo o que os tocar será
consagrado.”
Ex. 30, 26-29
Sagrado

Moisés e a consagração do altar.


Bíblia de Utreque. Alexander Master, iluminador. C. 1430. Fl. 75v.
Koninklijke Bibliotheek, Den Haag, manuscrito KB, 78 D 38 I

relativo ou inerente a Deus


que foi objecto de consagração, que se sagrou
Sagrado, adj.
do lat. sacratus, part. pas. do v. sacrare, consagrar que inspira ou deve inspirar profundo respeito e veneração absoluta
que não pode ser infringido e é inviolável
Cfr. HOUAISS, António [dir.] – Dicionário Houaiss da língua portuguesa
aquilo em que se não deve tocar ou mexer
Sagrado

Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de


pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus
discípulos, dizendo:
“Tomai, comei: Isto é o meu corpo.”
Mt 26, 26

Comunhão dos Apóstolos.


Les Très Riches Heures du duc de Berry.
Irmãos Limbourg (Herman, Jean, Paul), iluminadores.
1412-16. Fl. 189v.
Chantilly, Musée Condé, mss. 65.
Sagrado

Cálice e patena
Século XVIII.
Lisboa, Tesouro da Sé.

Missa miraculosa
Simone Martini, século XIV.
Assis, Basílica de S. Francisco.
Tesouros eclesiásticos medievais
Tesouro da catedral de Saint-Denis, Paris.

FÉLIBIEN, Dom Michel – Histoire de l’abbaye royale de Saint-Denis.


Grav. de Simonneau e Guérard. Paris: Chez F. Leonard, 1706. , pl. III.
Gabinetes de curiosidades

Gabinete de Curiosidades
Frans Francken, 1620-25. Viena, Museu Kunsthistorisches
Gabinetes de curiosidades

O museu “he hum labyrinto de encantos em que a rezão se acha e a alma se illustra, e a Religião triunfa.”
[Frei José de São Lourenço do Valle, atrib. a]
Oração do Muzeo [Dita a 15 de Março de 1791 em Beja], fl. 4v.

B.P.E., Manizola, Cod. 75, Nº 19.


Museologia oitocentista
Exposição, Vaticano, 1888.

La Mostra Vaticana: álbum illustrato dei doni offerti a Sua Santità Leone XIII.
Roma: Gustavo Bianchi e Comp. Editori, 1888, p. 124.
Museologia oitocentista: museus nacionais
Exposição de Arte Ornamental, Lisboa, 1882.

O occidente: revista illustrada de Portugal e estrangeiro.


Ed. com. António das Mercês Lisboa: Lallement Frères. Ano 5, vol. V, n.º 116 (11 de Março de 1882), p. 57.
Museus regionais
Museu de Aveiro, 1911.

Arte. Porto: [s.n.] 1912, Julho, n.º 91, p. 55.


Musealização de tesouros eclesiásticos
Museu da Sé de Coimbra.

Arte. Porto: [s.n.] 1911, Janeiro, n.º 73, p. 2.


Musealização de tesouros eclesiásticos
Museu da Sé de Coimbra, c. de 1890.

Sé Velha, Coimbra, 2005.


Museologia eclesiástica nos finais do século XX
Tesouro da Sé, Lisboa, 1890.

LOURENÇO, Manuel Alves – Sé de Lisboa: Tesouro. Lisboa: Cabido da Sé, 1996, p . 27.
Museologia de iniciativa eclesiástica nos finais do século XX
Tesouro da Sé, Lisboa, 1890.

LOURENÇO, Manuel Alves – Sé de Lisboa: Tesouro. Lisboa: Cabido da Sé, 1996, p . 49.
Musealização de objectos religiosos

Museus com colecções de arte sacra Tesouros eclesiásticos Museus de temática religiosa

Museu Nacional de Arte Antiga  Tesouro da Sé  Museu do Patriarcado


Descodificar. Comunicar. Reutilizar.
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
“4.2. Interpretação dos elementos expostos
“Os museus devem velar para que toda a informação disponibilizada
seja, não apenas fundamentada e exacta, mas também que reflicta
de forma adequada as crenças dos grupos representados.

“4.3. Exposição de objectos «sensíveis»


“Os restos humanos e os objectos sagrados devem ser apresentados
segundo as normas profissionais, tendo em conta, sempre que
conhecidos, os interesses e crenças das comunidades e grupos
étnicos ou religiosos de origem, com a maior sensibilidade e respeito
pela dignidade humana de todos os povos.”

ICOM – Code de déontologie pour les musées, 2004, s/p.


Capela das Albertas, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
Museu da Consolata, Fátima, 1991.

Museu da Consolata, Fátima, 2005.


Exposição 500 Anos das Misericórdias, Lisboa, 2000.

Fotos: Arquivo da Mediateca Intercultural, Lisboa, 2000.


Exposição Encontro de Culturas, Lisboa, 1994.

Fichas de
comentário

Textos
informativos

Ampliações
fotográficas

Fotos: Mário Soares, 1994.


Igreja de S. Francisco, Évora.

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