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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

JULIANA DO NASCIMENTO ZANELATO


LUAN ALVES DA SILVA
MARIA CAROLINA DONA PETERLE

EXPERIMENTO A4
COLISÕES

VITÓRIA-ES
2017
OBJETIVO

O momento linear de um corpo, que se comporta como uma partícula, é definido como
uma grandeza vetorial, através da equação: p = m.v, nota-se que o momento linear
depende da massa (m) e da velocidade do corpo (v). E tende a permanecer constante a
não ser que uma força atue sobre a partícula, uma possível forma de alterar esse
momento linear é através da colisão, assunto abordado nesse relatório.
Os tipos de colisões analisados neste relatório são: a colisão quando uma das
partículas está em repouso, situação na qual se espera que após a colisão a velocidade
da partícula seja menor e que a partícula que estava em repouso ganhe uma
velocidade, e por ser elástica é esperado também que haja conservação de energia e
de momento linear.
O outro tipo de colisão analisada é a colisão inelástica na qual os corpos após a colisão
ficam grudados havendo apenas conservação de momento linear.
O experimento realizado tem como objetivo estudar os tipos de colisões elásticas e
inelásticas, verificar os princípios da conservação de momento linear e da conservação
da energia.
METODOLOGIA

Primeiramente montamos o carrinho 1 e o carrinho 2 com as devidas massas


acopláveis e os suportes necessários. E ajustamos os dois sensores com certa
distância entre eles.
Então foi medida as massas do carrinho 1 obtendo (332,96 ± 0,01) g e do carrinho 2
obtendo (823,53± 0,01) g.
Foram colocadas sobre os carrinhos cercas ativadoras que serviram para marcar o
tempo entre cada “bloqueio” contido nela. Também configurou-se a interface gráfica do
equipamento para que fosse possível medir corretamente esse tempo.
Foi realizada a colisão elástica. Para isso, os dois carrinhos foram posicionados sobre o
trilho. O carrinho 2, a certa distância do 1 e em repouso. Acionou-se então uma chave
que impulsionava o carrinho 1 e então ocorreu a colisão elástica entre os dois carros.
Foi medido tanto na ida quanto na volta, para o carrinho 1, os tempos de passagem de
cada bloqueio da cerca ativadora no primeiro sensor. Foi temporizado também o tempo
de cada bloqueio da cerca para o carrinho 2, no segundo sensor.
Para a colisão inelástica foi realizado um processo muito parecido, mas nesse caso
acoplou-se aos carrinhos um material que fizesse com que eles ficassem juntos após a
colisão. Mediu-se os tempos de cada bloqueio da cerca ativadora do carrinho 1
passando na ida pelo sensor 1 e depois foi temporizado o tempo dos bloqueios da
cerca ativadora para os carrinhos acoplados, passando pelo sensor 2. Os tempos
medidos foram anotados nas tabelas da folha de dados.
ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÃO

 COLISÃO ELÁSTICA

Tabela 1: Tempo de passagem pelo sensor S1 para o carrinho 1.


Ida Volta
n tn (s) vn (m/s) tn (s) vn (m/s)
1 0,118 0,52542372 0,201 0,089552238
2 0,085 0,211764705 0,195 0,092307692
3 0,083 0,216867469 0,196 0,091836734
4 0,084 0,214285714 0,199 0,090452261
5 0,083 0,216867469 0,196 0,091836734
6 0,083 0,216867469 0,195 0,092307692
7 0,084 0,214285714 0,198 0,09090909
8 0,084 0,214285714 0,200 0,09
9 0,083 0,216867469 0,197 0,091370558
10 0,083 0,216867469 0,191 0,094240837

Tabela 2: Tempo de passagem pelo sensor S2 para o carrinho 2.


n tn (s) vn (m/s)
1 0,236 0,076271186
2 0,203 0,08866995
3 0,201 0,089552238
4 0,202 0,08910891
5 0,201 0,089552238
6 0,201 0,089552238
7 0,202 0,08910891
8 0,202 0,08910891
9 0,201 0,089552238
10 0,201 0,089552238

Cálculo da velocidade:
A cerca ativadora possui bloqueios a cada 18 mm e, por isso, a velocidade em cada
intervalo pode ser calculada dividindo o comprimento de cada bloqueio pelo tempo de
passagem de cada um, que vou medido em laboratório, ou seja:
vn= 0,018
tn
Onde:
vn = velocidade em cada intervalo
tn = tempo medido em laboratório

Efetuando os cálculos, obtemos os valores digitados nas tabelas.

Cálculo da velocidade média:


A velocidade média será calculada a partir da fórmula:
Vméd = ∑vn
n
Onde:
Vméd = velocidade média
vn = velocidade em cada intervalo
n = quantidade de intervalos analisados

Efetuando os cálculos, temos:


Vméd car1 (ida)= 0,209150156 m/s
Vméd car1 (volta)= 0,091481383 m/s
Vméd car2 (ida)= 0,088002905 m/s

Cálculo do desvio padrão:


O desvio padrão é um método para calcular a incerteza. Porém foi instruído pelo
professor efetuar o cálculo da incerteza pelo método a seguir:
Incerteza = ∑ vn’
n
Onde:
vn’ = vn – Vméd
vn = velocidade em cada intervalo
Vméd = velocidade média
n = quantidade de intervalos analisados

Efetuando os cálculos, temos:


In car1 (ida)= 0,011321555 = 0,01
In car1 (volta)= 0,00077620334 = 0,0008
In car2 (ida)= 0,0023463444 = 0,002

Portanto as velocidades médias com suas incertezas serão:


Vméd car1 (ida)= ( 0,21 ± 0,01 ) m/s
Vméd car1 (volta)= ( 0,0915 ± 0,0008 ) m/s
Vméd car2 (ida)= ( 0,088 ± 0,002 ) m/s

Cálculo do momento linear:


O momento linear será calculado a partir da fórmula:
P = m. Vméd
Onde:
P = momento linear
m = massa do carrinho
Vméd = velocidade média

Efetuando os cálculos, temos:


Pantes car1 = ( 0,070± 0,003 ) N.s
Pantes car2 = 0 N.s (Porque ele estava em repouso inicialmente)
Papós car1 = (0,0305 ± 0,0003) N.s
Papós car2 = ( 0,072 ± 0,002 ) N.s

Cálculo da energia cinética:


A energia cinética será calculada a partir da fórmula:

E = m. Vméd 2
2
Onde:
E = energia cinética
m = massa do carrinho
Vméd = velocidade média

Efetuando os cálculos, temos:


Eantes car1 = ( 0,0073 ± 0,0007 ) J
Eantes car2 = 0 J (Porque ele estava em repouso inicialmente)
Eapós car1 = ( 0,0014 ± 0,0005 ) J
Eapós car2 = ( 0,003 ± 0,003) J

Variação de momento linear e sua incerteza:


O momento linear inicial é igual ao momento linear do carro 1 antes da colisão,
Então: Pi = (0,070 ± 0,0003) N.s
O momento linear final é igual a subtração do momento do carro 2 e carro 1 após a
colisão.
Então: Pf = (Papós car2) – (Papós car1 ) = ( 0,042 ± 0,002 ) N.s
Logo:
∆P = Pf – Pi = ( - 0,028 ± 0,005 ) N.s
De acordo com o valor obtido de ∆P foi possível observar que houve conservação do
momento linear (∆P próximo de zero). Em condições perfeitas ∆P seria igual a zero,
porém não houve esta condição nesta experiência.

Variação da energia cinética e sua incerteza:


A energia cinética antes da colisão é igual a energia cinética do carro 1 antes da
colisão,
Então: Ei = ( 0,0073 ± 0,0007 ) J
A energia cinética depois da colisão é igual a soma da energia cinética do carro 1 após
a colisão mais a energia cinética do carro 2 após a colisão.
Então: Ef = (Eapós car1) + (Eapós car2 ) = ( 0,004 ± 0,004 ) J
Logo:
∆E = Ef - Ei = ( - 0,003 ± 0,005 ) J

Analisando a variação da energia cinética encontrada foi possível comprovar a


existência de conservação de energia, pois ∆K está muito próximo de zero.

Quando os dois carrinhos possuem a mesma massa:


Quando o carrinho 1 colide com o carrinho 2 (que está em repouso incialmente), ele
transmite toda sua energia para o carrinho 2, perdendo assim sua velocidade e ficando
parado.

 COLISÃO INELÁSTICA

Tabela 3: Tempo de passagem pelo sensor S1 para o carrinho 1.


Carrinho 1
n tn (s) vn (m/s)
1 0,102 0,176
2 0,083 0,217
3 0,082 0,220
4 0,084 0,214
5 0,083 0,217
6 0,082 0,220
7 0,083 0,217
8 0,084 0,214
9 0,083 0,217
10 0,082 0,220

Tabela 4: Tempo de passagem pelo sensor S2 para os carrinhos acoplados.


Carrinhos acoplados
n tn (s) vn (m/s)
1 0,299 0,060
2 0,306 0,059
3 0,304 0,059
4 0,298 0,060
5 0,290 0,062
6 0,283 0,064
7 0,280 0,064
8 0,274 0,066
9 0,266 0,068
10 0,256 0,070

Cálculo da velocidade:
A cerca ativadora possui bloqueios a cada 18 mm e, por isso, a velocidade em cada
intervalo pode ser calculada dividindo o comprimento de cada bloqueio pelo tempo de
passagem de cada um, que vou medido em laboratório, ou seja:
vn= 0,018
tn
Onde:
vn = velocidade em cada intervalo
tn = tempo medido em laboratório

Efetuando os cálculos, obtemos os valores digitados nas tabelas.

Cálculo da velocidade média:


A velocidade média será calculada a partir da fórmula:
Vméd = ∑vn
n
Onde:
Vméd = velocidade média
vn = velocidade em cada intervalo
n = quantidade de intervalos analisados

Efetuando os cálculos, temos:


Vméd car1 (ida)= 0,2132 m/s
Vméd caraclopados = 0,0632 m/s

Cálculo do desvio padrão:


O desvio padrão é um método para calcular a incerteza. Porém foi instruído pelo
professor efetuar o cálculo da incerteza pelo método a seguir:
Incerteza = ∑ vn’
n
Onde:
vn’ = vn – Vméd
vn = velocidade em cada intervalo
Vméd = velocidade média
n = quantidade de intervalos analisados
Efetuando os cálculos, temos:
In car1 (ida)= 0,0076 = 0,008
In caraclopados = 0,0032 = 0,003

Portanto as velocidades médias com suas incertezas serão:


Vméd car1 (ida)= ( 0,213 ± 0,008 ) m/s
Vméd caraclopados = ( 0,063 ± 0,003 ) m/s

Cálculo do momento linear:


O momento linear será calculado a partir da fórmula:
P = m. Vméd
Onde:
P = momento linear
m = massa do carrinho
Vméd = velocidade média

Efetuando os cálculos, temos:


Pantes car1 = ( 0,020 ± 0,003 ) N.s
Pantes car2 = 0 N.s (Porque ele estava em repouso inicialmente)
Papós caraclopados = (0,073 ± 0,003) N.s

Cálculo da energia cinética:


A energia cinética não será conservada

Variação de momento linear e sua incerteza:


O momento linear inicial é igual ao momento linear do carro 1 antes da colisão,
Então: Pi = ( 0,020 ± 0,003 ) N.s
O momento linear final é igual ao momento dos carros acoplados.
Então: Pf = ( 0,073 ± 0,003 ) N.s
Logo:
∆P = Pf - Pi = ( 0,053 ± 0,006 ) N.s
De acordo com o valor obtido de ∆P foi possível observar que houve conservação do
momento linear (∆P próximo de zero).

CONCLUSÃO

A partir desse experimento foi possível observar que a colisão elástica não obteve
totalmente o resultado esperado a respeito da conservação de energia, pois em teoria
devia haver a conservação de energia cinética, entretanto ao calcularmos a sua
variação percebemos que o resultado obtido não é tão próximo de zero. Além disso, foi
possível confirmar a existência da conservação do momento linear tanto para a colisão
elástica quanto para a colisão inelástica (para a inelástica colisão não há conservação
de energia). Os experimentos realizados não correspondem 100% aos cálculos teóricos
devido a diversos fatores que influenciam na imprecisão do experimento como as
próprias condições dos aparelhos de medidas, reflexo do operador entre outros erros
acidentais que influenciaram nos resultados.

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