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subversões iconográficas
[Jorge Molder, Francesca Woodman e Janaina Tschäpe]
Marginalia poderia ser um subtítulo conveniente para esta comunicação. Segundo se lê nos
termos introdutórios a essa publicação: “…são escritos com a distância suficiente, a fim que o
espírito do leitor seja descarregado de um pensamento, seja este ligeiro, naïf ou trivial,
todavia, um pensamento e não algo que pudesse sê-lo, com o auxílio do tempo e de
circunstâncias mais favoráveis.”2 Edgar A.Poe assinala a incapacidade de qualquer leitor (no
relativo à respectiva “velocidade” do acto de ler), se procedesse a uma leitura em voz alta -
quanto diminuição significativa da extensão e quantidade do seu acto; consciencializando, por
oposição, a amplitude de recepção do “lido” (espécie de “vécu”), quando “lemos para nós
próprios”…Poder-se-ia transpor esta argumentação no relacionável às artes visuais: ou seja, a
diferença incontornável entre o que seja olhar as fotografias em acto directo e em acto
intermediado (publicadas em uma qualquer edição impressa ou olhadas no ecrã de um
computador…e salvaguardas as diferenças entre estes dois últimos actos).
No rosto, o olhar destaca-se, quer pela sua opacidade, pelo ocultamento absoluto ou parcial,
quer pela translucidez de onde parece submergir. O olhar interpela pelo espanto, pela ameaça
latente, pela dilaceração, promovendo emoções, desígnios que cativam o corpo próprio,
organizando numa perspectiva de incidência quase aérea (construtivista, dir-se-ia…) O olhar
residindo no rosto é suportado por um busto “invertido” ou cativado no reflexo sub-
camuflado com esgar…
Todos os enunciados visuais centrados nesse olhar, que promotor da acuidade do auto-retrato,
correspondem, em toda a sua expansão mítico-simbólica, a tópicos qualificativos
(estereótipos) banalizados na narrativa e na poesia de Poe, como acima se assinalou,
3
Edgar Allan Poe, “Silêncio” – O.C., p.143
conformada num imaginário romanticista que preanuncia o “ultra-romantismo”, o
“decadentismo”, tanto quanto o “simbolismo” – tanto quanto o designado por “goticismo”.
Em derradeira instância atinge um estádio quase extremo de máscara mortuária como em
Pinocchio (2009). A fotografia regista o molde de gesso do rosto próprio, uma espécie de
doppelganger. Igualmente as mãos são presentificadas em moldes, também à semelhança de
certa tradição de cativação para a eternidade do indivíduo humano e pessoal…Assim, através
deste (auto)retrato-máscara, se consumam as distintas acepções do rosto nas suas imagens
fotográficas. As máscaras significam, quiçá, a “perda do rosto” (individuado para o holista ou
vice-versa?), numa acepção antropológica, para agregação de um dividendo ontológico (?),
quase ascendendo a “teleologização”?
Num outro direccionamento cúmplice, analisando as inúmeras e rigorosas Séries de Molder, o
corpo próprio torna-se objecto de culto, de pregnância: Linha do tempo (2000) e Curtas
metragens (2000). Vê-se a identidade em fuga (de e) no tempo (ocorrem as argumentações
enriquecedoras de Sto. Agostinho nas Confissões e de Bergson em Matière et Mémoire).
Identidade em fuga no tempo é visibilizada, provando que é possível cumprir a
complementaridade da noção que Poe, precisamente, assinalava como incompleta: o tempo
apenas entendido - que “se dá”/”se torna” - enquanto súmula, sucessão de eventos. O tempo é
consignado por externalização na sucessão de corpo(s) do mesmo em movimentos que,
supostamente, definiriam (à semelhança) o espaço – na sua amplitude e configuração de área.
Jorge.Molder.“curtas.metragens.linha.tempo”.2000
“Linha do tempo
Um homem procura esboçar uma ombreira de porta. Não é bem um desenho aquilo que vai fazendo, é mais
como se quisesse tornar precisa uma indicação urgente da qual poderia depender a sua sobrevivência, ou
apenas uma memória. Não deixa transparecer qualquer atitude desesperada, mas antes alguma coisa entre a
concentração e o devaneio. Percorre alguns locais certamente ligados ao seu passado.
Outro homem percorre incessantemente uma casa como se procurasse alguma coisa, alguma coisa que está
mais dentro dele do que na casa, que se percebe já não ser habitada.” (Jorge Molder)
O corpo próprio do artista discorre nos corredores de uma casa, alertando-nos para os valores
simbólicos, arquetípicos de que Poe soube povoar as suas criações: casa como cenário, casa
como substância, casa como conceito…; casa onde a sombra, onde a silhueta de Jorge Molder
vagueia.
“…Ser minha fala a música de um sonho.
E enquanto não vier brusco ruído
Quebrar o teu deleite adormecido,
Nossas mentes e almas…Ó, Senhor!...
Em tudo se hão-de unir, meu grande amor.”4
A deambulação remete para a afirmatividade das imagens psíquicas que Poe já soube
diferenciar das imagens mentais reunidas, talvez, sob a entrega das imagens memória…No
espaço arquitectónico exerce-se a quase dissolução do corpo – O Pequeno Mundo (2001). A
casa apropria-se do protagonista. Essa acção é consequência do processo deambulatório que
propicia uma pertença quase indistinta a nível percepcional (e ontológica) entre um
(protagonista/corpo) e outra (casa/arquitectura): paredes, corredores, portas... absorvem o ser
pessoal na assunção celebrada sobre o seu “invólucro”, esse “eu-pele” que Didier Anzieu
soube designar.
4
Edgar Allan Poe, “Serenata”, Obra Poética (Completa), p. 209
5
Edgar Allan Poe, “Tamarlão”, Obra Poética (Completa), pp. 57-58
2. Francesca Woodman:
6
Edgar Allan Poe, “ Espíritos dos Mortos”, Obra Poética (Completa), p. 65
A artista-persona enreda-se em cenários naturais, trabalhados por recurso a trucagens,
montagens e demais procedimentos técnicos, assimilando-se e enfatizando a sua presença. De
forma equívoca, a sua figura submerge entre arvoredos, ocultada sobre tecidos ou mais,
recorrentemente, dissolve-se em paredes internas à casa. Numa fotografia emblemática o seu
corpo (que é mais um vestígio do que uma afirmação) atravessa uma lápide – atravessando
reinos inconciliáveis…aparentemente. Woodman movimenta-se entre mundos: diurno e
nocturno, consciência e inconsciência, vida e morte…Se atendendo à nomenclatura
cinematográfica de André Gide em Orpheu, Woodman vive na Zone…Esse espaço onde a
memória garante que se vivifica sempre e sempre, onde a realidade é a crença ansiada, onde a
ilusão domina e confunde…espécie de caverna platónica…
Em House #4, a figura feminina atravessa-se entre a parede e o umbral de uma lareira,
evocando um elemento primordial ausente – o fogo. Numa assunção simbólica complexa e
potencializadora de intensa dualidade, o plano inclinado acentua a dramática prisão. O corpo
tende sempre para uma dissolução visual, contrariando a impenetrabilidade dos materiais.
Recorrendo a adereços do imaginário pessoal, quanto do colectivo, para acentuar a pseudo-
ocultação da sua pessoa, extravasa o “gosto” pelo gótico – campas, emparedamento, espelho-
cego…voltando-se para dentro da parede como se de uma estrada de luz se tratara…
House #4, Providence, Rhode Island, 1976 From Angel Series, Roma,1977-1978
7
Edgar Allan Poe, “Tamerlão”, Obra Poética (Completa), p. 53
Francesca Woodman transportou no Poem about 14 hands high8, os reinos de fantasia e de
realidade, cujos intermediários são as mãos (também as luvas), a pele da pele numa escrita de
reverso. O corpo é apresentado em distintas acepções ôntico-visuais:
a) corpo envolto em papel – Then at that point I did not need to translate the notes; they went
directly to my hands.(Francesca Woodman – Providence – 1976, texto e fotografia);
b) corpo que olha a sua silhueta carbonizada – Providence/Rhode Island, 1976 (fotografia);
c) corpo enjaulado no aquário e no espelho – Space 2,1975-1978;
d) corpo diluído entre o papel de forrar a parede e a própria parede – almas, carbonizações…;
e) corpo desajustado de focagem com efectividade do espelho que reflecte paredes; moldura
de espelho com dissipação da pessoa (etérea), espécie de alma;
f) elevação do corpo como anjo na moldura, no umbral de uma porta que é transição de
mundos, passagem entre Eros e Thanatos; asas-lençol (sem corpo de anjo) cuja figura as
ladeia…poética da (não)matéria…
8
Cf. Poem about 14 hands high:
“i am apprehensive. it is like when/ i played the piano. first i learned to/ read music and then at one point i/ no
longer needed to translate the notes:/ they went directly to my hands. After a/ while i stopped playing and when i
started again i found i could not/ play. i could not play by/ instinct and i had forgotten how
to read music.”
9
Edgar Allan Poe, “Israfel”, Op.cit., p.111
10
Edgar Allan Poe, “À Minha Mãe”, Op.cit., p.185
A coincidência trágica entre os conteúdos iconográficos das suas fotografias e as
circunstâncias biográficas converteram Woodman numa figura paradigmática, enfatizada em
inúmeros gender studies focados no seu caos particular. Cartografou a identidade pessoal num
(não)lugar onde a vida era morte e seu reverso. O corpo, porventura, um peso excessivo –
uma carga imaginária “patológica”, metáfora pungente – corporaliza-se no desejo de aparição,
circunstância e condição de uma transitoriedade deliberada, demarcando-se do tempo/duração
imposto e propugnando – em derradeira instância – o termo de vida que decidiu:
“Eu não fui, desde a infância
Como outros eram…não olhei
O que outros viam…não busquei
Na mesma fonte as minhas ânsias…
Não foi do mesmo poço que tirei
Minha amargura…meu coração
Não entoou, em coro, hinos de louvor…
E tudo o que eu amei, amei em solidão…”11
3. Janaina Tschäpe:
“…To give form and narrative to the trance of art making, to portray not a dream world, but the sensation of being in one
and to allow the viewer to temporarily embody the mind of the artist when everything is still at play is my main objective
through a indiscriminatingly ample repertoire of multi- media and multi-disciplinary attitudes.”- Janaina Tschäpe, 2004
11
Edgar Allan Poe, “Só”, Op.cit., p.199
matriciais. Os lugares multiplicam-se, desdobram-se em consonância com a
personagem/autora que, prioritariamente, neles transita mais do que reside. Todavia a sua
presença pode determinar-se por uma recorrência de maior duração ou pela fugacidade que
deixa vestígios complexos e polissémicos. Assim, os lugares do seu imaginário(s) confirmam
a sua radicação nas “estruturas antropológicas”, seguindo Gilbert Durand. Todavia, não
somente o conceito de imaginário alimenta a produção da artista, quanto nalguns casos,
assume relevo o caminho do fantasmático; noutros destacam-se efabulações e ainda devaneios
por onde deambulam ou se fixam figuras mutantes e/ou transfiguradas – Blood Sea (2004),
Lacrima Corpus (2004) que se suspeita sejam a própria autora. Tschäpe converte-se em seres
híbridos versus corpo/fantasma – The Moat and the Moon (2003), zoomorfos Acqua Viva
(2003) ou ectoplasmáticos – After the Rain (2003), tanto quanto a sua persona/corpo se
coloca/estabelece, aderindo ao chão em 100 pequenas mortes – 100 Little Deaths.
100 Little Deaths, Sarraceno, 2000 100 Little Deaths, Rocha's House, 2000
12
Edgar Allan Poe, “O País das Fadas”, Op.Cit., p.103
Nesta série, desenvolvida entre 1998 e 2002, a sua presentificação possui algo de “sagrado”
(quase religioso) ao estender-se no solo – terra, água…- evocando despojamento, aceitação e,
sobretudo absoluto domínio e conhecimento de si. Na assunção do antropomórfico, explora o
perigo, o horror e o medo – nas suas dimensões fantasmática e real – do artista perante a
falha, a ausência. O corpo jacente é um tema frequente na iconografia ocidental, conotado
com motivações e contextos religiosos e teológicos. Aqui, o corpo jacente, ventre em terra
convoca o mito da fertilidade, realidade simbólica da mulher. A heterogeneidade de lugares
recebe esse corpo jacente, em espaços interiores e exteriores, percorrendo uma diversidade de
geografias, devidamente nominadas. O corpo é uma espécie de espelho de um Atlas,
subjacente o conhecimento do mundo e estimulando a viagem ao além-mundo.
13
Edgar Allan Poe, “Um sonho”, Op.Cit., p.73
14
Edgar Allan Poe, “O Lago”, Op.Cit., p.78
Os excertos de paisagem natural (ou intervencionada pelo humano) acolhem a celebração de
Tschäpe, em estradas sinuosas que se distendem, em plataformas de vegetação, dirigindo-se
quase em espiral para o conhecimento auto-gnósico: orla da praia, águas paradas de um rio ou
lago, áreas de terra batida e arvoredo, berma de estrada ou ponte, vales cavados…
A quietude da figura, como que descida ou pousada, não possui peso, nem é gerida pela
gravidade. O seu hieratismo é antes uma suspensão colocada e decidida a sua demora, a sua
delonga. Uma figura única confere-nos a noção de espaço, comprovando-se quanto Poe tinha
razão ao aperceber-se que mais do que o acumulo de objectos e coisas poderiam definir uma
área, torná-la mensurável – em termos perceptivos…
Em 100 Little Deaths, Tschäpe encena situações, proporciona enredos, estimula o nosso
imaginário particular a enredar-se com os estereótipos do mistério, mais do que do hermético
ou esotérico. Tampouco confere o primado ao mítico e as simbologias que impõe são bastante
conclusivas, contrariamente ao que mais frequente as caracteriza. Ao escolher-se a si mesma
como protagonista que atravessa cartografias, assinala lugares efectivos por onde passa ou
fixa. Como se referiu, os lugares são denominados, ao contrário de outros lugares presentes
em diversas Séries da artista, que se assumem como “terra-de-ninguém” ou não-lugares
quase…
Janaina Tschäpe, sendo figura única de seus “tableaux presque vivants”, segura um tempo que
transpõe a noção de sucessão pois radica num tempo sem cronometria objectiva…apenas
experiencial – quer da parte da artista, quer por parte dos receptores (do público). A natureza,
na sua dimensão cosmogónica, acolhe tempo e espaço, transcendendo-os e prometendo-lhes
transcendência. Aí, os territórios do imaginário ganhem um dimensionamento credível, pela
força semântica que exalam quanto o reverso, consequente da projecção ekfrástica dos
fragmentos poéticos de E.A.Poe.
100 Little Deaths, (Arco Natural) 1998
“Vales sem fundo, infindas vagas,
Bosques vastos, onde cavas,
Cujas formas se sepultam
Nos orvalhos que as ocultam,
Montes eternos que avultam
Sobre oceanos sem costas;
Mares revoltos num tumulto
Contra os céus em fogo postos;
Lagos largos de águas extensas,
Águas quedas…mortas…densas…
Águas geladas pela neve
Onde ondula o lírio breve.”15
Coda:
15
Edgar Allan Poe, “O País dos Sonhos”, Op.Cit., p.149
alegrias estéticas, apenas vislumbradas, entrevistas, através do poema em si. O poema será
uma estrutura linguística onde a alma irradia, por entre rimas, palavras, frases,
consubstancializando a beleza e predispondo, com frequência, ao sublime. Atenda-se à
argumentação de Poe, quando refere que o “sentido poético” é “elevação”…, não antes
“estimulação da alma”, onde se reencontra. Eis os territórios do psíquico, cujos elementos
conceptuais analisa: alma, espírito, sopro…Alma é entendida como distinta do corpo, dele se
destacando, prestes a elevar-se em direcção à eternidade. Alma e espírito são dois modos que
associados ao sopro (enquanto hálito que, ao nível das vias respiratórias, implica mudanças,
trocas com o ar exterior) propiciam a junção do mental com o físico, do consciente ao
inconsciente. Como assinala Poe, respiramos inconscientemente, mesmo quando dormimos,
estando o sopro nos limites. A alma (através do sopro) toca o mais íntimo do íntimo, velando.
É a fronteira entre o interior e o exterior. Na tradição esotérica, o homem na sua tríplice
condição (corpo, alma, espírito) converge na imagem do carro atrelado + condutor +
carro/veículo…
Nas suas reflexões, à semelhança dos conteúdos poéticos, E.A. Poe aborda os fenómenos que
qualifica, denomina mais incisivamente de “psíquicos” do que de “intelectuais”,
estabelecendo-lhes a distinção (em termos epistemológicos). Menciona o que se sabe serem as
imagens hipnagógicas…as “impressões psíquicas” expondo que, por vezes, estas se
transferem para a memória, ficando assim disponíveis para a consciência…em toda a sua
densidade pulsional (diríamos). Em Marginalia (1849) reafirma o “psíquico” como oposto a
mental e em Princípio Poético, associa-o à alma. O valor do poema centrar-se-ia, na
capacidade e proporção de elevação e estimulação que, por necessidade psíquica, é efémera.
Os textos de E.A.Poe anunciam e corporalizam, já muito aprofundadamente mesmo nalguns
aspectos, uma tarefa de conquista gnoseológica, incidindo em territórios que então se
pressentiam mais do que estruturavam rigorosamente. Através de uma consciência pessoal, os
campos informulados e anónimos adquiriram, progressivamente, uma consistência reflexiva
inquestionável.
Em termos iconográficos o mundo estético estudado por Poe, reuniu conhecimentos
pluridisciplinares que seriam explorados posteriormente por diferentes autores, como se sabe.
A estética da vertigem, das bi-polaridades, das oposicionalidades, as dualidades…avançando
para uma capacitação hermenêutica por parte do espectador/leitor.
No caso dos três artistas aqui propostos enquanto externalizando conceito e reflexões
constitutivas do pensamento e criação de E.A.Poe, mais se poderia estender, particularizando
detalhes essenciais e peculiaridades ínfimas. Concluindo, assinalo:
Janaina Tschäpe - Nightmare, 2001, vídeo, 3min52s
Janaina Tschäpe, em Nightmare, rende homenagem, sendo uma simulação de “filme mudo”,
onde as transfigurações do corpo e distorções da voz questionam os limites da vida, morte,
sonho e da ficção poética.
“Olhai! A morte ergueu seu alto trono
Numa estranha cidade ao abandono,
Lá longe, onde o Sol morre com langor,
E os bons e os maus, e os piores e os melhores,
Desfrutam nessa terra, o eterno sono.”16
16
Edgar Allan Poe, “A Cidade no Mar”, Op.Cit., p 115
17
Edgar Allan Poe, “Serenata”, Op.Cit., p.209
Jorge Molder, considerando a sabedoria extrema de si, explora a obra visual como poema
metafísico, dominando as ambiguidades e afirmando as interpretações projectadas pelos seus
receptores.
Ficam as palavras do autor e as imagens e pensamentos dos 3 artistas, num processo que
apenas agora se inicia.