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LU Í S A C A R VA L H O

LUÍSA CAGICA CARVALHO. Professora auxiliar no departamento de Ciências Sociais e de


Gestão na Universidade Aberta, Lisboa onde é responsável pela Unidade Curricular de
Princípios de Economia e leciona outras Unidades Curriculares na área da Economia e
Gestão. Doutora em Gestão pela Universidade de Évora, Mestre em Economia pelo ISEG,
Portugal. Professora convidada da Universidade de São Paulo – Brasil onde leciona e é
corresponsável pela disciplina de Empreendedorismo e Inovação no Programa de

MICROECONOMIA

MICROECONOMIA e MACROECONOMIA
Doutoramento em Administração. Investigadora do Centro de Estudos de Formação
Avançada em Gestão e Economia (CEFAGE) da Universidade de Évora. É autora de livros,
capítulos de livros e diversos artigos em revistas nacionais e internacionais e membro de
diversos projetos de investigação nacionais e internacionais. Integra diversas comissões
científicas de conferências, jornais e revistas cientificas nacionais e internacionais.

e
O objetivo deste livro é o de constituir um suporte a disciplinas de economia
introdutória aplicada em contexto empresarial. Será útil em cursos de licencia-
MACROECONOMIA
tura em gestão e engenharia ou noutros graus de ensino onde a economia seja
abordada numa perspetiva empresarial; a sua utilização com vantagens esten-
de-se também a cursos de pós graduação, de MBA e a outros cursos breves Conceitos económicos fundamentais
orientados para a profissionalização e para o mercado.
Ao longo do texto são apresentados conceitos e teorias acompanhados com para a gestão das organizações
exemplos reais de modo a tornar mais fácil a compreensão de como a economia
pode ser usada para interpretar a envolvente e ser um suporte às tomadas de
decisão no domínio das organizações.
Com propósitos pedagógicos, esta obra recorre a uma linguagem simples,
facilmente compreensível e apresentando no final de cada capítulo pequenos
2ª Edição
sumários recapitulativos e um conjunto de questões de aplicação prática que Revista e Melhorada
permitirão consolidar e aferir da apreensão dos conhecimentos transmitidos.
Para os estudantes e profissionais das diversas áreas de gestão que necessi-
tem de aprofundar a sua literacia económica, este é um livro a que poderão
recorrer para aperfeiçoar os seus conhecimentos e melhorar a sua capacidade de
análise e decisão.

442
ISBN 978-972-618-773-8

MICROECONOMIA
9 789726 187738

e
MACROECONOMIA
Conceitos económicos fundamentais
para a gestão das organizações

E D I ÇÕ E S S Í L A B O
Ao João, ao Delmar, aos meus pais,
e aos meus alunos.
MICROECONOMIA
E MACROECONOMIA
Conceitos económicos fundamentais
para a gestão das organizações

LUÍSA MARGARIDA CAGICA CARVALHO

EDIÇÕES SÍLABO
É expressamente proibido reproduzir, no todo ou em parte, sob qualquer
forma ou meio, NOMEADAMENTE FOTOCÓPIA, esta obra. As transgressões
serão passíveis das penalizações previstas na legislação em vigor.

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www.silabo.pt

Editor: Manuel Robalo

FICHA TÉCNICA:
Título: Microeconomia e Macroeconomia
– Conceitos económicos fundamentais para a gestão das organizações
Autora: Luísa Margarida Cagica Carvalho
© Edições Sílabo, Lda.
Capa: Pedro Mota
1ª Edição – Lisboa, novembro de 2012
2ª Edição – Lisboa, outubro de 2014
Impressão e acabamentos: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda.
Depósito Legal: 383197/14
ISBN: 978-972-618-773-8

EDIÇÕES SÍLABO, LDA.


R. Cidade de Manchester, 2
1170-100 Lisboa
Tel.: 218130345
Fax: 218166719
e-mail: silabo@silabo.pt
www.silabo.pt
Índice

Índice de caixas, figuras e tabelas 13

Prefácio à 2ª edição 19

Prefácio para os estudantes 21

Prefácio para os professores 23

PARTE I
ECONOMIA E NEGÓCIOS

Capítulo 1 – Ambiente empresarial


1.1. Âmbito da economia empresarial 27
1.2. Dimensões do ambiente empresarial 29
1.3. Estrutura industrial 31

Capítulo 2 – Economia e mundo empresarial


2.1. Microeconomia e macroeconomia 35
2.2. O problema da escassez: uma perspetiva microeconómica 38
2.3. A fronteira de possibilidades de produção e os custos de oportunidade 40
2.4. Apêndice ao Capítulo 2 – Análise de gráficos 45
PARTE II
MERCADOS E NEGÓCIOS

Capítulo 3 – Funcionamento dos mercados


3.1. Mercados livres 51
3.2. Porque é que não deixamos funcionar livremente o mercado? 52
3.3. Procura 54
3.4. Oferta 63
3.5. Equilíbrio: oferta e procura 68
3.6. Situações de desequilíbrio devidas à intervenção do governo 70

Capítulo 4 – Elasticidades e preços


4.1. Elasticidade preço da procura 75
4.1.1. A importância da elasticidade preço da procura
nas decisões empresariais 81

4.2. Elasticidade cruzada da procura 82


4.3. Elasticidade rendimento da procura 83
4.4. Elasticidade preço da oferta 85

PARTE III
ANÁLISE NA PERSPETIVA DA PROCURA

Capítulo 5 – Procura e consumidor


5.1. Teoria da utilidade marginal 90
5.2. O nível ótimo do consumidor 92
5.3. Utilidade marginal e curva da procura de um bem 93
5.4. Procura em condições de risco e de incerteza 94
5.4.1. Diminuição da utilidade marginal do rendimento
e atitudes perante a tomada de risco 95
5.4.2. Seguros: uma forma de minimizar os riscos 96
5.5. Análise da procura do consumidor 97
5.6. As preferências do consumidor e as curvas de indiferença 98
5.7. Alterações nas características reais ou percebidas dos produtos 104

Capítulo 6 – Procura e empresa


6.1. A importância de conhecer a procura 107
6.2. Métodos de recolha de dados sobre o comportamento do consumidor 108
6.3. Estimação da função procura 110

Capítulo 7 – Produtos e marketing


7.1. Diferenciação de produtos 113
7.2. Segmentação do mercado 115
7.3. Marketing do produto 116
7.4. Estratégia de marketing 116
7.5. Marketing mix 118

PARTE IV
ANÁLISE NA PERSPETIVA DA OFERTA E DOS MERCADOS

Capítulo 8 – Custos de produção


8.1. Significado de custos 125
8.2. Alterações na produção no curto prazo e no longo prazo 126
8.2.1. Produção no curto prazo: a lei dos rendimentos decrescentes 127
8.2.2. Função de produção de curto prazo: produto total,
médio e marginal 127
8.2.3. Custos no curto prazo 129
8.2.4. Produção no longo prazo 130
8.2.5. O progresso tecnológico e o mapa de isoquantas 134
8.2.6. Combinação ótima de fatores 136
8.2.7. Custos no longo prazo 137

8.3. Apêndice ao Capítulo 8 – Representação matemática da função custos 140


Capítulo 9 – Receitas e lucros
9.1. Receitas 141
9.2. Curvas da receita em situações em que o preço não é afetado
pelo nível de produção da empresa 142
9.3. Curvas da receita em situações em que o preço é afetado
pelo nível de produção da empresa 144
9.4. Maximização do lucro 145

Capítulo 10 – Mercados
10.1. Concorrência perfeita 151
10.1.1. Equilibro de curto prazo 152
10.1.2. Equilíbrio de longo prazo 154
10.1.3. Concorrência perfeita e bem-estar social 156

10.2. Monopólio 157


10.2.1. Equilíbrio em monopólio 159
10.2.2. Comparação entre o mercado de concorrência perfeita
e o mercado de monopólio 160

10.3. Concorrência monopolística 161


10.3.1. Equilíbrio no curto prazo 162
10.3.2. Equilíbrio no longo prazo 162

10.4. Oligopólio 164


10.4.1. Competição e colusão 165
10.4.2. Equilíbrio num oligopólio em conluio 165
10.4.3. Equilíbrio num oligopólio sem conluio: teoria de jogos 166
10.4.4. Equilíbrio num oligopólio sem conluio: curva da procura quebrada 169

Capítulo 11 – Mercado de trabalho e salários


11.1. Mercados de trabalho perfeitamente concorrenciais 173
11.2. Procura de trabalho: teoria da produtividade marginal 177
11.3. Nível de maximização do lucro empresarial do trabalho 179
11.4. Salários e lucros em concorrência perfeita 181
11.5. Empresas com poder no mercado de trabalho 182
11.6. Salários mínimos 182
PARTE V
AMBIENTE MACROECONÓMICO

Capítulo 12 – Ambiente macroeconómico e economia global


12.1. Economia global: análise económica relevante de suporte à empresa 190
12.2. Indicadores agregados de avaliação global de um país 192
12.3. Medição do produto nacional: alguns conceitos de contabilidade nacional 193
12.4. Problemas com a medição do PIB 197
12.5. Desenvolvimento económico e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 199

Capítulo 13 – Oferta e procura agregadas


13.1. Procura agregada 203
13.2. Oferta agregada 206
13.3. Equilíbrio macroeconómico 208

Capítulo 14 – Ciclos económicos, inflação e desemprego


14.1. Crescimento económico e ciclo económico 214
14.2. Inflação 215
14.3. Desemprego 217

PARTE VI
POLÍTICAS MACROECONÓMICAS

Capítulo 15 – Políticas macroeconómicas:


enquadramento e políticas do lado da procura
15.1. Teorias económicas: um olhar sobre o passado para melhor
compreender o presente 223
15.2. Políticas económicas 227
15.3. Política orçamental 230
15.4. O orçamento 233
15.5. Política monetária 236
15.6. Política monetária ou orçamental: qual a melhor opção? 243
Capítulo 16 – Políticas macroeconómicas do lado da oferta
16.1. Políticas da oferta orientadas para o mercado 249
16.2. Política regional e urbana 252
16.2.1. Política regional da União Europeia 257
16.3. Política industrial 259

Bibliografia 263
Índice de caixas, figuras e tabelas

 CAIXAS

Caixa 1.1. Como avaliar fatores externos? Uma metodologia de gestão 30


Caixa 1.2. Setor têxtil português 30
Caixa 2.1. Índice de Preços no Consumidor 37
Caixa 2.2. Fatores de produção e função de produção 39
Caixa 2.3. Eficiência e ineficiência 42
Caixa 2.4. Escolha e especialização 43
Caixa 3.1. Tipos de economias 52
Caixa 3.2. Bens públicos 53
Caixa 3.3. O conflito entre eficiência e equidade 53
Caixa 3.4. Externalidades 54
Caixa 3.5. Pode haver procura negativa? 56
Caixa 3.6. O que significa a oferta negativa? 66
Caixa 3.7. Desequilíbrios de mercado: escassez e excedente 68
Caixa 4.1. Marcas próprias 80
Caixa 5.1. Paradoxo do valor: a água e o diamante 94
Caixa 5.2. Risco e incerteza 95
Caixa 5.3. O caso do bem Giffen 104
Caixa 10.1. Concorrência perfeita e economias de escala 156
Caixa 10.2. Guerra de preços 168
Caixa 11.1. O caso dos cafés de New Jersey 184
Caixa 12.1. Economia paralela subiu para 26,7% do PIB e representa
mais de metade do empréstimo da troika 197
Caixa 12.2. A economia paralela é boa ou má para a economia formal? 198
Caixa 12.3. IDH cresce 18% em 20 anos 200
Caixa 12.4. Portugal desce três lugares no desenvolvimento humano 201
Caixa 14.1. Hiperinflação: o caso da Alemanha após a primeira guerra mundial 216
Caixa 14.2. Portugal é o terceiro país da OCDE onde o desemprego estrutural
mais aumentou 219
Caixa 15.1. Biografia de John Maynard Keynes 224
Caixa 15.2. Biografia de Milton Friedman 226
Caixa 15.3. As recomendações da OCDE para a economia portuguesa 235
Caixa 15.4. A adesão ao euro 236
Caixa 16.1. Efeito multiplicador regional 253
Caixa 16.2. Congestionamento urbano 254
Caixa 16.3. Desequilíbrios entre o interior e litoral português 255
Caixa 16.4. Desenvolvimento urbano na UE 256
Caixa 16.5. Uma política industrial europeia para a era da globalização 260

 FIGURAS

Figura 1.1. Âmbito do estudo da economia empresarial 28


Figura 2.1. Circuito económico: fluxo real e fluxo monetário 38
Figura 2.2. Fronteira de possibilidades de produção 41
Figura 2.3. Custo de oportunidade e custos crescentes 42
Figura A2.1. Relação positiva entre duas variáveis 45
Figura A2.2. Relação negativa entre duas variáveis 46
Figura A2.3. Declive positivo 47
Figura A2.4. Declive negativo 47
Figura A2.5. Cálculo da área do retângulo 48
Figura A2.6. Cálculo da área do triângulo 48
Figura 3.1. Curva da procura de gelados 55
Figura 3.2. Deslocação da curva da procura: bens substitutos
no mercado da Pepsi-Cola 57
Figura 3.3. Deslocação da curva da procura: bens complementares
no mercado dos jogos para consolas 58
Figura 3.4. Deslocação da curva da procura: redução do rendimento
no caso de um bem normal 59
Figura 3.5. Deslocação da curva da procura: alteração de gostos no mercado dos CD 60
Figura 3.6. Deslocação da curva da procura: o caso da publicidade 61
Figura 3.7. Deslocação da curva da procura: expectativas de redução de preços 62
Figura 3.8. Curva da oferta gelados 65
Figura 3.9. Deslocação da curva da oferta: aumento do preço
do fator produtivo trabalho 67
Figura 3.10. Deslocação da curva da oferta: nova tecnologia 68
Figura 3.11. Equilíbrio de mercado 69
Figura 3.12. Preço máximo ou teto 71
Figura 3.13. Preço mínimo ou garantido 72
Figura 4.1. Curva da procura: um exemplo de procura rígida ou inelástica 76
Figura 4.2. Curva da procura: um exemplo de procura elástica 77
Figura 5.1. Utilidade total 91
Figura 5.2. Utilidade marginal 92
Figura 5.3. Mapa de curvas de indiferença 99
Figura 5.4. Preferências extremas com bens substitutos perfeitos 99
Figura 5.5. Preferências extremas com bens complementares perfeitos 100
Figura 5.6. Restrição orçamental 101
Figura 5.7. Alterações no preço dos bens (com redução no consumo do bem Y) 102
Figura 5.8. Alterações no preço dos bens (com aumento no consumo do bem Y) 103
Figura 7.1. Matriz de Ansoff 117
Figura 7.2. Dimensões do marketing mix 118
Figura 8.1. Mapa de isoquantas 134
Figura 8.2. A decisão ótima da empresa 135
Figura 8.3. Custo médio de longo prazo: economias de escala (a); deseconomias de
escala (b) e custos constantes (c) 138
Figura 8.4. Curva de custo médio de longo prazo 138
Figura 9.1. Receita média e receita marginal de uma empresa tomadora de preço 143
Figura 9.2. Determinação da quantidade ótima 146
Figura 10.1. Equilíbrio de curto prazo no mercado e numa empresa individual 152
Figura 10.2. Minimização de perdas em concorrência perfeita (curto prazo) 154
Figura 10.3. Equilíbrio no longo prazo em concorrência perfeita 155
Figura 10.4. Equilíbrio numa empresa monopolista 160
Figura 10.5. Concorrência monopolística no curto e longo prazo 163
Figura 10.6. Comparação entre o equilíbrio de longo prazo no mercado
de concorrência perfeita e de concorrência monopolística 164
Figura 10.7. Teoria de jogos: dilema do prisioneiro 167
Figura 10.8. Curva da procura quebrada em oligopólio 170
Figura 11.1. Mercado de trabalho perfeitamente concorrencial 174
Figura 11.2. Desutilidade marginal e oferta de horas de trabalho 176
Figura 11.3. Inflexão da curva de oferta de trabalho 177
Figura 11.4. Maximização do nível de emprego 178
Figura 11.5. Derivação da curva da procura de trabalho da empresa 180
Figura 11.6. Salários e excedente da empresa sobre os gastos salariais 181
Figura 11.7. Sindicato monopolista face a produtores em concorrência perfeita 183
Figura 11.8. Monopsónio 184
Figura 12.1. A teia da economia global 191
Figura 13.1. Procura agregada e inflação 204
Figura 13.2. Procura agregada, inflação e gastos públicos 205
Figura 13.3. Oferta agregada com pleno emprego 206
Figura 13.4. Oferta agregada sem pleno emprego 207
Figura 13.5. Equilíbrio macroeconómico 208
Figura 13.6. Deslocação da curva da procura agregada com aumento da inflação 209
Figura 13.7. Deslocação da curva da procura agregada com recessão 210
Figura 13.8. Deslocação para a direita da curva da oferta agregada 210
Figura 13.9. Deslocação para a esquerda da curva da oferta agregada 211
Figura 15.1. Fins de política económica 228
Figura 15.2. Grupos e política económica 228
Figura 15.3. Instrumentos de política monetária 238
Figura 15.4. Sistema monetário 239
Figura 15.5. Política monetária 240
Figura 15.6. Mecanismo de transmissão 240
Figura 15.7. Mecanismos de transmissão: operações de mercado aberto 241
Figura 15.8. Efeitos de curto prazo da alteração no stock de moeda 241
Figura 15.9. Efeitos de longo prazo da alteração no stock de moeda 242
Figura 15.10. Keynesianos e monetaristas 243
Figura 15.11. Políticas monetária e orçamental 244
Figura 15.12. Eficácia relativa das políticas monetária e orçamental 244
Figura 15.13. Variáveis com impacto na procura agregada 245
Figura 16.1. Redistribuição dos fundos estruturais regionais 258

 TABELAS

Tabela 1.1. CAE – Rev. 3 a 2 dígitos 32


Tabela 1.2. Dimensão empresarial, criação de emprego e valor acrescentado
em Portugal e na UE 34
Tabela 2.1. FPP da Ecolândia 41
Tabela 3.1. Procura de gelados 55
Tabela 3.2. Fatores que causam deslocações da curva da procura 63
Tabela 3.3. Oferta de gelados 64
Tabela 3.4. Fatores que causam deslocações da curva da oferta 67
Tabela 3.5. Oferta e procura de gelados 69
Tabela 4.1. Relação entre elasticidade preço da procura e receitas totais 81
Tabela 4.2. Elasticidade cruzada da procura 82
Tabela 4.3. Elasticidade rendimento da procura 84
Tabela 5.1. Utilidade total e marginal 91
Tabela 8.1. Produção da quinta Verde Vinho (pipas de 550 litros) 128
Tabela 9.1. Receitas de uma empresa tomadora de preço 143
Tabela 9.2. Cálculo do lucro total e do lucro marginal 145
Tabela 9.3. Características dos mercados 150
Tabela 15.1. Exemplos de quantificação de metas de política económica 229
Tabela 16.1. Peso do estado no países da UE 251
Prefácio à 2ª edição

Estimados(as) leitores(as):
Eis que chegamos à 2ª edição deste livro. Pretendeu-se que esta edição introdu-
zisse melhoramentos e afinações relativamente à 1ªedição. Porém, a estrutura e a
abordagem inicial da obra mantêm-se cumprindo os objetivos inerentes à sua con-
ceção.
Os temas económicos continuam atuais e na ordem do dia, por bons ou por
maus motivos todos nós precisamos de compreender melhor como funcionam os
mercados, de entender termos e conceitos económicos que integram o nosso quoti-
diano e de tentar interpretar a realidade global que entra diariamente nas nossas
casas através dos media.
Neste contexto, os futuros gestores e todos os aqueles que trabalham com
temas desta natureza têm de dispor de conhecimentos e de ferramentas adequadas
para que possam tomar decisões informadas e conscientes.
Reitero os votos de boas leituras e até breve.

Sesimbra, 25 de setembro de 2014


Prefácio para os estudantes

Estimados estudantes:
Se estudam economia no âmbito de um curso de gestão ou de engenharia este
livro foi escrito para vós. Esta obra pretende cobrir a maioria dos princípios económi-
cos fundamentais, em particular os que se aplicam ao mundo dos negócios.
Ao longo do livro tentam-se incluir exemplos reais e explicam-se alguns concei-
tos e teorias que aparecem em caixas ao longo do texto, sempre com o intuito de
vos ajudar a compreender como é que a economia pode ser usada para interpretar a
envolvente e como suporte à tomada de decisões no domínio das organizações.
Espero assim que este livro vos ajude a entender a economia de uma forma inte-
ressante e aplicada à realidade empresarial. E, contribua para melhorar o conheci-
mento sobre um conjunto de fatores que afetam as decisões e resultados empresa-
riais. Neste sentido, o objetivo principal deste livro é o de tornar uma disciplina por
vezes considerada complexa, teórica e difícil, mais apelativa e simples de com-
preender, com grande aplicação e ligação com o mundo real dos negócios pensando
particularmente nos futuros gestores.
Muitos de vós no final do curso trabalharão nas diversas áreas da gestão, outros
até já desempenham tarefas nesses domínios e necessitam de aprofundar os
conhecimentos nesta área, e nesse contexto por diversas vezes ser-vos-á funda-
mental o domínio da literacia económica.
Tentei escrever o livro num estilo de escrita simples que favoreça uma rápida
compreensão. No final de cada capítulo são apresentados pequenos sumários, que
podem ser úteis para a síntese da matéria de estudo. Cada capítulo apresenta ainda
um conjunto de questões de aplicação consoante a sua natureza que permitem
recapitular a matéria e aferir os conhecimentos.
Desejo, sinceramente que apreciem o livro, e, sobretudo que vos seja útil quer no
processo de aprendizagem quer em termos de livro de apoio à gestão na vossa
prática profissional.
Desejo-vos boa sorte e boas leituras... Bem-vindos a bordo e boa viagem!
Prefácio para os professores

Estimados colegas:
O objetivo deste livro é o de constituir o suporte a uma disciplina de economia
introdutória aplicada ao ambiente empresarial. O livro foi estruturado para apoiar
principalmente os cursos de licenciatura em gestão e engenharia ou noutros graus
de ensino onde a economia seja abordada numa perspetiva empresarial. Pode ainda
ser aplicável a estudantes que estudem economia em cursos de pós graduação, de
MBA e noutros cursos breves voltados para a profissionalização e para o mercado.
O livro tem dezasseis capítulos e divide-se em seis partes temáticas dedicadas a
temas de microeconomia e de macroeconomia de acordo com as abordagens inclu-
sas em cada capítulo. Cada capítulo tem uma dimensão pensada à sua aplicação
em sala de aula, terminando com sumários e questões de revisão.

Sesimbra, 30 de agosto de 2012


PARTE I

ECONOMIA
E NEGÓCIOS
Capítulo 1

Ambiente empresarial

1.1. Âmbito da economia empresarial

Este livro pretende ser uma obra de apoio a todos os que têm interesse pelos
temas da economia aplicada à gestão das organizações, procurando enquadrar os
conceitos económicos numa perspetiva de aplicação empresarial, podendo ser uma
ferramenta útil particularmente para os futuros gestores. Em termos genéricos, este
livro pretende abordar os aspetos relacionados com o estudo das organizações,
principalmente, as organizações com fins lucrativos ou empresas, ambientes onde
operam, decisões e seus impactos sobre os clientes, sobre os concorrentes e sobre
o mercado em geral.
Este capítulo, começa por levantar algumas questões fundamentais para todos
os que tenham necessidade ou apenas curiosidade em aprofundar os seus conheci-
mentos sobre estas temáticas, tais como: O que é a economia? Qual é o seu obje-
tivo? E qual é o seu objeto de estudo?
Na verdade, no que concerne às empresas importa estudar, fundamentalmente
três vertentes:
• Influência do ambiente externo sobre as empresas;
• Decisões internas da empresa;
• Resultados sobre terceiros das decisões empresariais.
28 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

Figura 1.1. Âmbito do estudo da economia empresarial

No que respeita à influência dos fatores externos sobre o seu processo de deci-
são, incluem-se todos os aspetos que a empresa não consegue controlar direta-
mente, como por exemplo, o custo da eletricidade, dos combustíveis, das matérias-
-primas, etc. mas também aos custos e/ou benefícios diretos e indiretos que advêm
da localização da empresa, das condições financeiras do país onde opera, das
características e dimensão do mercado, e, até, da fase do ciclo económico.
Considerando o ambiente que a rodeia e influência, nomeadamente: a concor-
rência, os mercados onde opera entre outros fatores, a empresa toma um conjunto
de decisões internas, como o preço, as matérias-primas a utilizar, a forma de distri-
buir o produto, os investimentos a realizar, o marketing, a política de contratação de
pessoal, entre outros, em suma, a forma mais eficiente de afetar os recursos para
produzir uma determinada quantidade de bens ou serviços.
No que respeita aos efeitos das suas decisões sobre terceiros, quando uma
empresa decide levar a cabo uma determinada política de preço ou a internacionali-
zação para um determinado mercado, a sua atuação tem efeitos sobre as outras
empresas, os consumidores, as intervenções públicas, etc., ou seja, sobre os agen-
tes externos à empresa.
Os três fatores apontados como objeto de estudo da economia empresarial per-
mitem evidenciar a diferença entre esta perspetiva e uma abordagem mais genérica
da economia, que considera como objeto de estudo a forma como os agentes eco-
nómicos (famílias, empresas e governo) afetam recursos escassos mediante esco-
lhas efetuados no quadro de um determinado sistema económico.
AMBIENTE EMPRESARIAL 29

1.2. Dimensões do ambiente empresarial

No âmbito do ambiente empresarial poderemos identificar, pelo menos, quatro


dimensões: ambiente político e legal; ambiente tecnológico; ambiente económico e
ambiente sociocultural. De seguida, procede-se à análise de cada um desses
ambientes:
1. Ambiente político e legal. As ações das empresas são diretamente determina-
das pelo quadro legal do país e pelo setor onde se inserem. As decisões polí-
ticas podem gerar ambientes mais ou menos favoráveis aos negócios e ao
comércio. A título de exemplo, veja-se a dificuldade em surgirem novos negó-
cios sustentáveis em países politicamente instáveis, ou como as mudanças
constantes na legislação dos países podem determinar opções de deslocali-
zação para outros mercados, ou inibirem as empresas de investirem em
determinados projetos;
2. Ambiente tecnológico. É aceite como fundamental o papel da tecnologia nas
sociedades atuais. Fatores como o maior acesso à tecnologia (em termos de
transferência de tecnologia gerada em universidades e centros de investiga-
ção para o mercado), os territórios que favorecem a difusão tecnológica e
onde a inovação é fator chave, fomentam o crescimento sustentado de longo
prazo das empresas;
3. Ambiente sócio cultural. Os aspetos sócio culturais que incluem a sociedade
como um todo, em termos das suas preferências, comportamentos, normas,
padrões de consumo, poder de compra, níveis de qualificações, entre outros,
influenciam a atuação das empresas. Atualmente, os aspetos de natureza
ética e a responsabilidade social empresarial têm impactos sobre as decisões
das empresas e sobre a sua imagem e credibilidade no mercado;
4. Ambiente económico. Pode ser considerado em diversas dimensões
nomeadamente aspetos locais e regionais, nacionais e internacionais que
influenciam as empresas. Poderemos assim dividir estes fatores em microe-
conómicos e macroeconómicos. Considerando-se como fatores microeconó-
micos aqueles que são específicos de uma empresa que opera no mercado,
sabendo-se que os mercados são pautados pela competitividade, tais como,
os aumentos dos custos, a alteração dos gostos dos consumidores, etc. O
ambiente macroeconómico, refere-se a aspetos nacionais e internacionais
que afetam as empresas, respetivamente, alterações na taxa de juro, na taxa
de câmbio e nos impostos.
30 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

Caixa 1.1. Como avaliar fatores externos? Uma metodologia de gestão

A análise PEST derivada das iniciais em inglês «Polítical, Economic, Social and
Tecnological» é utilizada pelas empresas para auditarem quais as influências
ambientais que afetam a empresa de modo a estabelecerem uma estratégia futura

Caixa 1.2. Setor têxtil português

O setor têxtil e do vestuário assume uma dimensão extremamente relevante, quer


no seio da estrutura industrial portuguesa, quer ao nível global. A produção de
têxteis e de vestuário é, atualmente, a maior fonte mundial de emprego industrial,
estando presente quer em países desenvolvidos, quer em países ainda em vias de
desenvolvimento. As fronteiras nacionais assumem um papel cada vez menos
relevante para este setor, disperso ao longo do globo, levando a que os produtos
da fileira sejam, crescentemente, produtos globais, sujeitos a uma procura cada
vez mais homogénea, sobretudo ao nível dos gostos e desejos dos consumidores.
As tecnologias de informação e comunicação aceleram a dispersão global dos
gostos e modas, provocando o desenvolvimento de um ciclo cada vez mais rápido
na disseminação das preferências dos consumidores. Paralelamente, os proces-
sos de produção e de distribuição são crescentemente interligados, provocando a
existência de uma cadeia global que abrange desde a produção das matérias-
-primas até à distribuição dos produtos finais aos consumidores.
Os desenvolvimentos a nível económico e social no final do século XX colocaram,
assim, um setor como o têxtil e vestuário, no centro da arena global, processo
esse provocado por inúmeros fatores, dos quais se destacam: crescimento eco-
nómico: as fases de maior crescimento económico acarretam, usualmente, uma
maior abertura ao comércio, proporcionando e beneficiando os processos de
deslocalização da produção, do investimento direto no exterior e, logicamente, um
maior crescimento dos fluxos mundiais de comércio; estratégias de industrializa-
ção em países com economias baseadas em recursos naturais, o problema da
deterioração permanente dos termos de troca para as economias baseadas na
exportação de recursos naturais conduziu a um aprofundamento das políticas
industriais ativas, com o objetivo de desenvolvimento de setores económicos,
exportadores, menos sujeitos a essa deterioração. As reduzidas barreiras à
entrada no setor têxtil e do vestuário fomentaram um forte investimento neste
setor, alargando o leque de países produtores e exportadores de têxteis e vestuá-
rio a nível mundial; novas tecnologias de comunicação: o desenvolvimento das
tecnologias de comunicação permite que as empresas beneficiem de um modo
AMBIENTE EMPRESARIAL 31

crescente das vantagens comparativas específicas de cada país, facilitando a


deslocalização da produção, o desenvolvimento de processos de subcontratação,
entre outros. As melhorias ao nível das comunicações e da logística tornam mais
lucrativa a atividade industrial descentralizada, bem como a especialização cres-
cente; redução dos custos de transporte: a par do desenvolvimento das tecnolo-
gias de comunicação, a redução dos custos de transporte é um dos fatores que
mais apoiou o crescimento do setor têxtil e do vestuário em localizações alternati-
vas, permitindo um forte aumento das trocas internacionais; enquadramento legal
e política comercial: a disseminação de políticas mais favoráveis a um aumento da
eficiência económica conduziu a uma pressão cada vez mais forte a favor da
redução das barreiras e obstáculos ao comércio internacional. A tendência para
políticas comerciais de cariz mais liberal, a criação de mecanismos como o tráfego
de aperfeiçoamento passivo e o desenvolvimento de zonas de comércio livre
fomentaram a troca de produtos do setor entre regiões e países geograficamente
distantes e com diferentes níveis de desenvolvimento e dotação fatorial.

Fonte: IAPMEI, http://www.iapmei.pt/resources/download/coop/siscoop_estudos_caso.pdf

1.3. Estrutura industrial

Um dos aspetos que mais influência o desempenho das empresas é o setor onde
estas se integram. O setor diz respeito ao grupo de empresas que produzem bens
ou serviços similares. As empresas consoante o que produzem podem enquadrar-se no:
• Setor primário – inclui as atividades da agricultura, pescas e indústria extrativa;

• Setor secundário – compreende a indústria e a construção;

• Setor terciário – abarca os serviços, tais como: financeiros, comerciais, trans-


portes, hotelaria entre outros.

Atualmente, os países mais desenvolvidos da OCDE1 fruto do processo de


desindustrialização refletem o aumento do peso do setor serviços para a criação de
riqueza (PIB2) e para a geração de emprego.

(1) Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.


(2) Produto Interno Bruto – somatório dos bens e serviços, em termos monetários, produzidos por
uma economia num ano civil.
32 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

O agrupamento das empresas por setor industrial, por exemplo, indústria têxtil,
indústria química, hotelaria, comércio e distribuição, etc., pode servir vários propósi-
tos e ser útil aos estudos empresariais. Alguma organizações chegam mesmo a
dividir o setor industrial de acordo com a intensidade tecnológica das empresas que
integram. O setor secundário pode subdividir-se em: atividades de alta tecnologia, de
média tecnologia e de baixa tecnologia. E os serviços também têm sido agrupados e
classificados de acordo com vários critérios. Considerando o tipo de tecnologia e de
mercado servido, pode dividir-se o setor serviços em: comércio; transportes e tele-
comunicações; serviços financeiros; hotelaria e turismo e serviços de apoio às
empresas.
As atividades económicas podem ser classificadas de acordo com códigos,
denominados por CAE (Código de Atividades Económicas). Estes códigos podem
subdividir-se em grupos específicos de empresas de acordo com as suas atividades
até aos 5 dígitos, conforme Tabela 1.1.

Tabela 1.1. CAE – Rev. 3 a 2 dígitos

Secção Grupos Designação

A 01 + 02 + 03 Agricultura, produção animal, caça, floresta


e pescas.

B 04, 05, 06, 07, 08, 09 Indústrias extrativas.

C 10 + 11 + 12 + 13 + 14 + 15 + Indústrias transformadoras.
16 + 17 + 18 + 19 + 20 + 21 +
22 + 23 + 24 + 25 + 26 + 27 +
28 + 29 + 30 + 31 + 32 + 33

D 35 Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria


e ar frio.

E 36 + 37 + 38 + 39 Captação, tratamento e distribuição de água;


saneamento, gestão de resíduos
e despoluição.

F 41 + 42 + 43 Construção.

G 45 + 46 + 47 Comércio por grosso e a retalho; reparação


de veículos automóveis e motociclos.

H 49 + 50 + 51 + 52 + 53 Transportes e armazenagens.
LU Í S A C A R VA L H O
LUÍSA CAGICA CARVALHO. Professora auxiliar no departamento de Ciências Sociais e de
Gestão na Universidade Aberta, Lisboa onde é responsável pela Unidade Curricular de
Princípios de Economia e leciona outras Unidades Curriculares na área da Economia e
Gestão. Doutora em Gestão pela Universidade de Évora, Mestre em Economia pelo ISEG,
Portugal. Professora convidada da Universidade de São Paulo – Brasil onde leciona e é
corresponsável pela disciplina de Empreendedorismo e Inovação no Programa de

MICROECONOMIA

MICROECONOMIA e MACROECONOMIA
Doutoramento em Administração. Investigadora do Centro de Estudos de Formação
Avançada em Gestão e Economia (CEFAGE) da Universidade de Évora. É autora de livros,
capítulos de livros e diversos artigos em revistas nacionais e internacionais e membro de
diversos projetos de investigação nacionais e internacionais. Integra diversas comissões
científicas de conferências, jornais e revistas cientificas nacionais e internacionais.

e
O objetivo deste livro é o de constituir um suporte a disciplinas de economia
introdutória aplicada em contexto empresarial. Será útil em cursos de licencia-
MACROECONOMIA
tura em gestão e engenharia ou noutros graus de ensino onde a economia seja
abordada numa perspetiva empresarial; a sua utilização com vantagens esten-
de-se também a cursos de pós graduação, de MBA e a outros cursos breves Conceitos económicos fundamentais
orientados para a profissionalização e para o mercado.
Ao longo do texto são apresentados conceitos e teorias acompanhados com para a gestão das organizações
exemplos reais de modo a tornar mais fácil a compreensão de como a economia
pode ser usada para interpretar a envolvente e ser um suporte às tomadas de
decisão no domínio das organizações.
Com propósitos pedagógicos, esta obra recorre a uma linguagem simples,
facilmente compreensível e apresentando no final de cada capítulo pequenos
2ª Edição
sumários recapitulativos e um conjunto de questões de aplicação prática que Revista e Melhorada
permitirão consolidar e aferir da apreensão dos conhecimentos transmitidos.
Para os estudantes e profissionais das diversas áreas de gestão que necessi-
tem de aprofundar a sua literacia económica, este é um livro a que poderão
recorrer para aperfeiçoar os seus conhecimentos e melhorar a sua capacidade de
análise e decisão.

442
ISBN 978-972-618-773-8

MICROECONOMIA
9 789726 187738

e
MACROECONOMIA
Conceitos económicos fundamentais
para a gestão das organizações

E D I ÇÕ E S S Í L A B O

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