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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SEC – 8ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO


ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA AUGUSTO RUSCHI
DECRETO Nº 33.417 PORTARIAS N° 5314 E Nº 00606
RUA DR. PAULO DA SILVA E SOUZA, S/N – COHAB SANTA MARTA –- Santa Maria - RS
http://eearuschi.blogspot.com e-mail:eearuschi@yahoo.com.br
Fone : (055) 3212-1144 3212-1206

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2014
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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO

Estado: Rio Grande do Sul

Secretaria de Educação: 8ª CRE – Santa Maria

Escola: Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi

Endereço: Rua: Dr. Paulo da Silva e Souza, s/n

Bairro: Juscelino Kubitschek

Identificação da Escola: 12400

Telefones: 3212 1144 e 3212 1206

Fax: 3212 1144

Email: geral@escolaaugustoruschi.com.br

pedagógica@escolaaugustoruschi.com.br

(Supervisão)

ATOS LEGAIS:

• Portaria de Autorização de Funcionamento de 1º grau nº 5314 de 05/05/1986 / DO de


28/05/86

• Decreto de Transformação nº 33487 de 15/01/90

• Portaria de Autorização de Funcionamento de 2º Grau nº 606 de 28/03/90 – DO


25/03/91

APRESENTAÇÃO
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O Projeto Político Pedagógico da Escola Augusto Ruschi foi pautado após intensa
reflexão e discussão sobre a finalidade da escola em nossa comunidade.

Nesse sentido faz-se necessário buscar responder as seguintes questões:


O trabalho pedagógico desenvolvido na escola vai ao encontro: de que mundo se quer
viver? Que aluno se quer formar? Para que sociedade? E eu, enquanto membro da
comunidade da Escola Augusto Ruschi, o que posso fazer para transformar as relações
na escola?

Por isso buscar-se-á desenvolver atividades integradas e críticas da realidade na


qual a escola está inserida dando um significado maior para as aprendizagens.

A proposta foi desenvolvida após o diagnóstico do levantamento desta população


discussões junto com a direção, professores, alunos, funcionários e a comunidade
escolar, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96.

Entendemos este como uma ação intencional e o resultado de um trabalho


coletivo, que busca metas comuns que intervenham na realidade escolar. Traduzimos a
vontade de mudar, analisamos o que tínhamos de concreto e “trabalhamos” as utopias,
avaliamos o que foi feito e projetamos mudanças.

Nesse sentido, prevemos todas as atividades da escola do pedagógico ao


administrativo, construindo uma escola democrática capaz de contemplar vontades da
comunidade onde está inserida.

Como processo, ele está em contínua construção, avaliação e reelaboração.

HISTÓRICO DO PPP

O Estado do Rio Grande do Sul, através do processo de construção da


Constituinte Escolar, buscou a construção de uma escola pública de qualidade social, por
meio da democracia, do conhecimento, do acesso e da gestão.

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi participou ativamente do


processo Constituinte Escolar, promovendo fóruns com a participação dos segmentos da
comunidade escolar, analisando a realidade da escola, valorizando os avanços e
buscando alternativas para superar as dificuldades. Destes fóruns surgiram as primeiras
linhas que, trabalhadas a partir dos encontros promovidos pela 8ª Coordenadoria
Regional de Educação (Santa Maria – RS) e da fundamentação teórica sugerida,
culminaram neste documento.

As temáticas aprofundadas durante a Constituinte Escolar e posterior a ela foram:

• Educação: democracia e participação;


• Construção social do conhecimento;
• Política Publica e Educação;
• Concepção de Educação e Desenvolvimento;
• Ética;
• Gestão Democrática;
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• Diversidade;
• Comprometimento e Flexibilidade;
• Pluralidade;
• Articulação;
• Qualidade Pedagógica.
• Entre outras
Tendo em vista que o Projeto Político Pedagógico data de 2001 e 2003 e a partir
da gestão de 2007, faz-se necessário avaliar e reelaborar o PPP que representa a busca
da superação do caráter centralizador da escola, sendo que a autonomia assegura mais
participação da comunidade e mais qualidade para a educação.

Assim, flexibilidade e descentralização de ações devem ser sinônimas de


responsabilidades compartilhadas em todos os níveis.

Nesta caminhada, importante considerar que o Projeto Político Pedagógico é uma


declaração de intenções e a expressão do desejável, onde o Regimento Escolar é a
diretriz orientadora.

Portanto, a importância da Equipe Diretiva está em promover a consonância entre


teoria e prática, articulando Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, os Planos de
Estudos, Calendário Escolar e os Planos de Trabalho do Professor.

O êxito do trabalho integrado na escola, atenta ao comprometimento da equipe


diretiva, como mobilizadora da participação de todos os segmentos da Comunidade
Escolar com vista às qualidades do processo educativo.

A metodologia utilizada para a avaliação do Projeto Político Pedagógico fez-se


através de encontros, reuniões, trabalhos em grupos, reflexões e análise partindo de
questões como:

Enquanto educador idealiza-se um aluno que, seja sujeito na construção do


conhecimento tornando-o um verdadeiro cidadão. Por isso, busca-se realizar uma ação
pedagógica que contribua para a inclusão social do aluno.

Quais as ações necessárias por parte do poder público e da sociedade para


atingir esses propósitos?

De que forma, as diretrizes curriculares, os temas transversais, as leis, pareceres


e os programas institucionalizados podem contribuir nesta inclusão?

Nos atuais planos de estudos como se pode aprofundar e compreender a


extensão dos conteúdos a metodologia e a avaliação?

Algumas questões foram priorizadas como reflexão para a comunidade escolar:

• O comprometimento da escola e da família:


• Melhor qualificação;
• A falta de espaço para criar vínculos;
• A inclusão;
• A reprovação;
• A metodologia;
• A formação Continuada;
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Para sanarmos estas questões algumas medidas foram tomadas e como ponto de
partida destacamos palavras-chaves: ética, gestão democrática, diversidade,
comprometimento, conhecimento da realidade local, flexibilidade, coletivo, pluralidade,
participação, articulação e qualidade pedagógica.

Para 2011 iniciou-se o processo de Pesquisa Socioantropológica para buscar


conhecer a realidade e trabalhar a demanda local no cotidiano das práticas pedagógicas.

Em 2012 o Complexo temático, elencado a partir da pesquisa socioantropológica


foi: Educação para a cultura da Paz. Repensando a escola numa proposta integrada.

Em 2013 o complexo temático definido a partir da pesquisa socioantropológica


foi: Aprendizagens e comunicação no exercício da cidadania.

A pesquisa consolida-se como prática pedagógica na escola. Em 2014 houve uma


nova versão da pesquisa socioantropológica para aproximar o trabalho realizado na
escola da comunidade e seu entorno. Após a visita e a sistematização dos dados optou-
se por ter como fio condutor das atividades pedagógicas da escola dos anos iniciais ao
Ensino Médio: O Meu Valor, O Teu Valor e os Nossos Valores. Reflexão e Ação.

CONCEPÇÕES

DE PESSOA

Cidadão consciente, capaz de agir, pensar, com autonomia articulando-se na


sociedade com responsabilidade e acreditando nas suas potencialidades.

DE SOCIEDADE

A sociedade deve relacionar-se de forma que possibilite a efetiva participação de


todos valorizando todo o conhecimento construído e proporcionando a inclusão social e a
valorização da vida e efetivando-se assim a democracia.

DE EDUCAÇÃO

A educação deverá partir do conhecimento adquirido pelo aluno e ser


contextualizada com a realidade da comunidade escolar permitindo que este seja
reflexivo, analítico e exerça sua cidadania com humanização.

DE INCLUSÃO ESCOLAR

O espaço escolar deve ser acolhedor para todos, no qual, o processo de


aprendizagem seja colaborativo, contínuo e valorize as diferenças humanas, através do
respeito às diferentes culturas, políticas, etnias, credos, deficiências físicas e mentais
com práticas escolares inclusivas a fim de combater a exclusão educacional e social e
responder à diversidade de estilos e ritmos de aprendizagem existentes.
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OBJETIVO DA ESCOLA

A escola em consonância com a filosofia educacional e de acordo com a


legislação vigente tem por objetivos:

GERAL

• A compreensão dos direitos e deveres das pessoas, cidadão, do estado, da família e


dos demais grupos que compõem a sociedade.

• O exercício consciente da cidadania mediante sua integração ao contexto geográfio-


sócio-econômico-cultural;

• A condenação a qualquer tratamento desigual, por motivo de convicção filosófica,


política ou religiosa, bem como a qualquer preconceito de classe ou de raça.

• O desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na obra do


bem comum.

• A sensibilização e mobilização visando a uma tomada de consciência e a uma conduta


responsável em relação ao ambiente;

• Oportunizar espaços de formação para educadores, na perspectiva de sujeitos críticos e


de investigação permanente da realidade social, objetivando a qualificação da ação
pedagógica e o resgate da cidadania.

• Construção, reconstrução e socialização dos conhecimentos acumulados na


humanidade.

OBJETIVO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

A formação básica do cidadão visando o desenvolvimento da capacidade de


aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,


das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade, primando pelas relações que
preservem o ambiente em que vivemos;

O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição


de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores, o fortalecimento dos
vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que
assenta a vida social.

OBJETIVO ENSINO MÉDIO

Oferecer ao aluno oportunidades ao desenvolvimento das habilidades e


competências, preparando-o para atividade intelectual, independente e autônoma, para o
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exercício da cidadania e para o ingresso digno no mundo do trabalho, através de uma


visão voltada ao meio ambiente, família e valores. A partir de 2012 sob a orientação da
proposta curricular para o Ensino Médio Politécnico.

HISTÓRICO DA ESCOLA

Apresentação

São vinte e cinco anos promovendo a educação na comunidade da Zona Oeste de


Santa Maria. São vinte e cinco anos acompanhando o crescimento a comunidade do Bairro
Juscelino Kubitschek.

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi, nos seus vinte e cinco anos
de existência, olha para trás e relembra, com orgulho, a trajetória de lutas e vitórias em prol
do desenvolvimento de Santa Maria.

Assim, procurando preservar a história desta instituição estadual, através das


memórias das pessoas que atuaram e atuam na construção e perpetuação do seu Projeto
Pedagógico, ilustrado por fotos e reportagens publicadas em periódicos locais e regionais,
o presente Histórico objetiva preservar e divulgar esse patrimônio educacional e cultural
que alicerça o ensino em Santa Maria e Região. Para tal, aconteceram entrevistas, releitura
do Histórico da Escola produzido em tempos remotos e coleta de materiais escritos e
fotográficos para análise.

Um pouco da comunidade...

A comunidade escolar pertence aos Bairros Juscelino Kubitschek e Nova Santa


Marta, mas a Escola atende estudantes de toda a região oeste de Santa Maria.

Em 7 de Dezembro de 1991 ocorre a Ocupação da Fazenda Santa Marta no distrito


da Sede. Surge, a partir daí, o que vem a ser hoje o bairro Nova Santa Marta. Uma de
suas Unidades Residenciais, a Vila 7 de Dezembro homenageia a data, havendo, inclusive,
uma linha de ônibus do Centro de Santa Maria até o bairro com este nome.

A Fazenda Santa Marta tinha 1126 hectares, e, em 1979, o governo do estado


desapropriou a área, e:

 782 hectares foram para a Companhia de Desenvolvimento Industrial e Comercial


do Rio Grande do Sul (Cedic), e, desses:
o 300 hectares foram para o Distrito Industrial de Santa Maria - hoje,
Unidade Residencial do bairro Agroindustrial.
o 482 hectares foram para a Secretaria Estadual da Agricultura.

 343,70 hectares foram para a Companhia de Habitação do Estado (CoHab), e,


desses:
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o 38,70 hectares foram usados para a implantação do loteamento Nucleo


Habitacional Santa Marta (Cohab Santa Marta) - hoje, Unidade Residencial
do bairro Juscelino Kubitschek.
o até 7 de dezembro de 1991, quando começou a ocupação o Estado
apenas utilizava a area do Distrito industrial e o conjunto da Cohab
Santa Marta.

Quanto a infra-estrutura, a água só chegou ao local no final de 2002, e luz em 2003,


e, em 2006 o asfaltamento da Avenida Mallmann Filho.

O bairro surgiu oficialmente em 2006 de área até então sem-bairro e mais uma
pequena parte do Juscelino Kubitschek, e, é oficialmente denominada de bairro Nova
Santa Marta. Até então, a região, segundo o IBGE, cerca de 34 mil habitantes - não
pertenciam a bairro algum. Limita-se com os bairros: Agro-Industrial, Caturrita, Juscelino
Kubitschek, Passo D´Areia.

O bairro Jucelino Kubitschek já existia oficialmente em 1986 e não teve nenhuma


mudança significativa em seu território em 2006 - quando da reconfiguração dos bairros do
distrito da Sede[1]. E, é muito conhecido pela sua principal Unidade Residencial: Cohab
Santa Marta. Limita-se com os bairros: Agroindustrial, Noal, Nova Santa Marta, Passo D
´Areia, Patronato,Pinheiro Machado, Renascença, São João.

As Coahb(s) – Companhia de Habitação – foram criadas para atender a necessidade


de moradia a um valor acessível as pessoas de baixa renda. O Núcleo Habitacional Santa
Marta compõe o quadro de construções, neste estilo, desenvolvidas nos anos 70 e 80 na
cidade de Santa Maria.

Localização

A Escola existe como instituição de ensino desde 1980, e funcionou como anexo
da Escola Estadual Padre Caetano. Ela surgiu para satisfazer a condição de que nenhum
Núcleo Habitacional poderia ser criado sem a existência de uma escola para atender a
comunidade que ali estava se instalando: Núcleo Habitacional COHAB Santa Marta.
A partir do ano de 1982 as aulas foram transferidas para o Salão Comunitário no
local do atual Posto de Saúde Santa Marta. Entretanto, a administração continuava sob a
tutela da Escola Estadual Padre Caetano. Todas as reuniões e determinações
administrativas aconteciam no Pe Caetano.

1983 foi marcado pelo funcionamento da Escola em dois pavilhões pequenos. Um


pavilhão onde estavam as salas de aula e um pavilhão onde se situava a secretaria, direção,
supervisão e cozinha.

Os prédios definitivos e que sustentam o trabalho pedagógico até hoje foram


entregues em 05 de maio de 1986, sendo a escolaridade abrangente de Pré-escola a 8ª série.

Porém, o então Governador Jair Soares agendou a visita à Santa Maria somente em
05 de janeiro de 1987 do mesmo ano quando, em solenidade, assinou a entrega dos novos
prédios.
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Essa construção seguiu o estilo de um projeto americano chamado NORIE, em


homenagem ao engenheiro que o criou, e era usada para presídios americanos, isto se
observa nos prédios bem afastados, quase sem comunicação e a parte administrativa
centralizada e distante dos prédios onde funcionam as salas de aula. Também se observam
paredes muito resistentes com filas duplas de tijolos, desnecessárias para um
estabelecimento onde funcionaria uma escola. Esse tipo de construção não permite
alterações na estrutura.

A implementação do Ensino Médio só ocorreu em 1990 quando foi autorizado pelo


Conselho Estadual de Educação, passando a ser o único ensino, neste nível, na zona oeste
da cidade. Passou a se chamar Escola Estadual de 1º e 2º graus Augusto Ruschi.

Enfim, a Escola ocupa uma área de 8.497,50 m², onde se encontram atualmente dez
blocos identificados pelas letras do alfabeto. Além dos prédios, sua área disponível é de
15.750,25 m² para a prática de educação física, ajardinamento, horta, recreação e
estacionamento.

Denominações

A escolha do nome da Escola ocorreu através de Assembléia Geral, onde houve


participação de pais, alunos, professores e funcionários.

Surgiram três nomes para concorrer: Getulio Vargas, Princesa Isabel e Augusto
Ruschi. Foi escolhido o nome de Augusto Ruschi, devido aos relevantes trabalhos
prestados na preservação do Meio Ambiente, além de ter sido o maior pesquisador do
mundo em orquídeas e beija-flores.

Augusto Ruschi: patrono da Ecologia no Brasil

Augusto Ruschi (Santa Teresa, 12 de dezembro de 1915 —


Vitória, 3 de junho de 1986) foi um agrônomo, ecologista e
naturalista brasileiro. É o Patrono da Ecologia no Brasil[1] e um
dos ícones mundiais da proteção ao meio ambiente.O interesse
pelo estudo de insetos e outros animais,[2] desde a infância,
permitiu que conhecesse a fundo diversos ramos da biologia.
Quando adulto, tornou-se professor titular da UFRJ e pesquisador
do Museu Nacional, com vasta produção técnico-científica.
Ajudou no combate a pragas na agricultura, na implantação de
diversas reservas ecológicas brasileiras, como o Parque Nacional
do Caparaó, e na divulgação científica acerca da natureza,
produzindo cerca de 450 trabalhos científicos, 22 livros e um
grande acervo sobre a Mata Atlântica. Montou 2 instituições
científicas (a saber, o Museu de Biologia Professor Mello Leitão e
a Estação Biologia Marinha Ruschi) e também colaborou na
elaboração da Fundação Brasileira de Conservação da Natureza
(FBCN). (WIKIPÉDIA,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Ruschi).
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Dedicou-se às descobertas, defesa e estudo das espécies brasileiras, além da visão


ecológica baseada na preservação, consagrando-o mundialmente.

Na primeira metade do século XX, Augusto Ruschi realizou excursões pelo Brasil e
polemizou com personalidades acadêmicas, políticas e empresariais muitas questões
relevantes sobre a importância de se pensar o homem e a natureza numa relação respeitosa
e sustentável. Pioneiro do manejo sustentável das florestas tropicais, da agroecologia, do
controle biológico de doenças tropicais e zoonose e das denúncias sobre o perigo dos
agrotóxicos. Lutou e trabalhou incansavelmente afim de que se tomassem as medidas de
contenção da poluição e da destruição - que ainda perduram - mas que muito depois do
alerta do pioneiro passam a ser encaradas como prioridades.

Diretores

Desde sua fundação, a Escola contou com as seguintes direções:

1ª) Zilah Monteblanco Corrêa – 15/05/86 a outubro de 1988.

2ª) Vera Maria da Rocha – out/88 a dez/88

3ª) Leoneide Maria De Gregori – dez/88 a dez/ 91

4ª) Eunice Alves Corrêa – jan/91 a jul/94

5ª) Imara Souza Soares (interventora) – ago/94 a dez/94.

6ª) Eunice Alves Corrêa – jan/95 a dez/95.

7ª) Leoneide Maria De Gregori – dez/95 a dez/97.

8ª) Leoneide Maria de Gregori – dez/97 a dez/99.

9ª) Inah Huffel – dez/99 a dez/2001.

10ª Leoneide Maria de Gregori – jan/2002 a jun/2003

11ª) Anelise Stoever Bassotto – jul/2003 a dez/2003.

12ª) Luiz Carlos da Silva Farias – jan/ 2004 a dez/2006

13ª) Danclar Jesus Rossato – jan/2007 a dez/2010

14ª) Danclar Jesus Rossato- atual diretor

Episódio do “Cadeado”

Devido a implementação do Calendário Rotativo idealizado pela Secretaria de


Educação do Rio Grande do Sul, 1994, Governo Alceu Collares, senhora Neusa Canabarro,
os professores e funcionários esboçaram seu descontentamento com a proposta e
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procuraram trabalhar independente das imposições deste na sociedade rio-grandense. O


semestre letivo deveria iniciar em setembro deste ano, mas a Diretora, senhora Eunice
Correa, juntamente com os demais professores, funcionários e integrantes da Equipe
Diretiva, mantiveram o inicio das aulas para agosto, numa alusão ao desejo de manter o
Calendário Escolar conforme planejado.

A escola trabalhou normal pela parte da manhã. Ao chegar, para o turno da tarde, no
portão da Escola, a Diretora foi interpelada por integrantes da Brigada Militar do RS que a
impediram de entrar e confiscaram as chaves. Na época o Coordenador Regional de
Educação, que mantinha o título de Delegado de Educação, era o senhor Enio Tonini. O
CEPERS, sob a coordenação do professor Budó, interviu junto à 8ª CRE a favor da Escola.

Os estudantes, impedidos de entrarem no pátio da Escola, foram distribuídos em


três ambientes: na capela da comunidade, na casa de uma mãe de aluno (dona Eni) em
frente à escola e no salão da Brigada Militar no Parque Pinheiro Machado.

Os professores corriam de um lugar pra outro a fim de atenderam as turmas


espalhadas.

Com a deposição do senhor Enio Tonini, assume a 8ª CRE, em setembro de 1994,


8ª Delegacia de Educação, a professora Magda Beatriz Raupp Motta recebendo os
professores da escola que chegaram lá foram em protesto pela situação.

A Direção da Escola composta pelas professoras Eunice Correa, Maria Helena Félix
Fernandes, Fátima Maria Santini, Terezinha Soares e Carmem Machado tiveram o seu
afastamento e determinação de cumprimento de horário na sede da 8.ª CRE (01 a
15/09/94).

A Escola, neste período, esteve sob a intervenção da senhora Imara Souza Soares.

Como manifestação a situação da intervenção foi confeccionada camisetas com


cadeado e o uso de um cartão retangular ao peito escrito “Faltam... dias”. Cansada do
protesto, dentro da Delegacia de Educação, das cinco professoras do Augusto Ruschi, a
coordenadora distribuiu-as em escolas diferentes, bem ao extremo uma da outra. As
professoras se negaram e o senhor Budó, juridicamente, requisitou a volta das professoras
a escola de origem, ou seja, Augusto Ruschi. Não foi concedido e toda a Escola foi para o
Fórum. O juiz Lugo, após piquete montado na entrada do Fórum, por dias seguidos,
resolveu conceder o retorno das professoras. A 8.ª CRE teve que recolocar as professoras
na Escola Augusto Ruschi.

Em repúdio a situação de intervenção, os professores cumpriam seu horário e


ignoravam a direção (diretora e vice) de interventoras. No final do ano letivo de 1994 as
interventoras entregaram os cargos na 8.ª CRE, sendo feita a entrega das chaves da Escola
a professora Eunice Correa. Segundo relato da própria professora, com a entrega das
chaves da escola, ficou claro que esta instituição é da comunidade escolar.

Projetos
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A Escola está inserida em projetos institucionais ligados a Instituições de Ensino


Superior localizadas em Santa Maria. Mas isso não é novidade.

Em 1992 a Escola foi indicada, na época, pela 8ª Delegacia de Educação de Santa


Maria para integrar o Projeto de Educação Ambiental do Pró-Guaíba, como escola-pólo,
devido a sua infra-estrutura escolar e às experiências já realizadas na área de educação
ambiental. É a única escola da região com tal denominação em virtudes de projetos
executados desde 1989.

Em 1996 a escola promoveu a 1ª ação como escola pólo com o plantio de 400
mudas de árvores ornamentais na comunidade escolar. Paralela a esta ação, os
coordenadores formaram uma comissão de professores com o objetivo de identificar
possíveis pontos de entrada, nos conteúdos vigentes, de dimensão ambiental nos currículos
de 1º e 2º graus. Surgiram dificuldades, no momento que se observaram diferentes
entendimentos sobre a expressão “educação ambiental” apresentadas pelos professores e
coordenadores do projeto.

Atualmente, conta-se com o Programa Escola Aberta para a Cidadania, o Programa


Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e o Programa Mais Educação, do
MEC. Ainda, o Jornal da Escola, a Rádio Escola, o Xadrez entre outros contribuem para a
agilização curricular integrando estudantes e seus familiares e contando com a contribuição
das forças vivas da cidade e região

Premiações

Como premiação máxima, a Escola foi agraciada com o Prêmio de Referência em


Gestão Escolar, fase estadual, nos anos de 2009 e 2013.

ATO SITUACIONAL

O Brasil, bem como os outros países da América Latina, tem refletido na educação
a conjuntura que atravessa o mundo atual. Diferentes fatores contribuem para isso: a crise
financeira mundial, a globalização, a degradação dos valores éticos e morais, entre outros.

Ao iniciar um novo século, três grandes desafios são lançados: superar as


desigualdades sociais intoleráveis, pois quanto maior a iniquidade de uma sociedade, pior é
o seu desempenho econômico; inserir-nos, sem nos descaracterizarmos no processo de
globalização emergente, já que este processo não pode ser desconsiderado; aumentar os
níveis de participação da população na reconstrução da sociedade.

Nesse contexto, a educação assume um papel inédito e relevante como ponta de


lança para a prosperidade econômica, a justiça social, a equidade e ampliação da
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democracia. E, na escola, como local privilegiado onde se dá a educação, precisa se


reconstruir.

Para tanto, é fundamental uma aproximação entre a escola e a sociedade. É


imprescindível um trabalho em consonância, onde o estabelecimento de ensino conheça as
reais dificuldades enfrentadas pela sua comunidade e, a partir daí, desenvolva um trabalho
onde o educando possa melhorar o ambiente onde vive. Com isso, ele será um agente
transformador, que usa o conhecimento adquirido como mola propulsora para a
modificação social.

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi foi fundada no ano de 1980.
Está localizada na zona oeste de nossa cidade e tem, em seu corpo discente,
aproximadamente dois mil alunos. O quadro de trabalhadores em educação é formado por
115 professores e 30 funcionários. Possui um privilegiado espaço físico, uma estrutura
ampla e moderna, com recursos materiais diversos para o desenvolvimento do trabalho
educacional.

A população alvo de nossa escola são os filhos de trabalhadores, pessoas que lutam
pela dignidade de sua família e do seu meio. Há como em todos os outros lugares,
problemas de infra estrutura, saneamento básico, desemprego, violência, drogas...

O fazer pedagógico da escola está alicerçado na Educação Ambiental, Família e


valores, sendo trabalhada como conhecimento integrado à totalidade do currículo escolar,
buscando qualidade de vida e cidadania e, por meio de práticas educativas, busca-se
recuperar e preservar o ambiente.

Com relação aos recursos didáticos, a escola procura atender as necessidades,


buscando favorecer a atuação do professor e a permanência do aluno na escola. No entanto,
sentimos o reflexo da crise em que se encontra a educação brasileira: profissionais
desmotivados, currículos com a necessidade de serem alicerçados nos valores das classes
dominantes, alunos com pouca motivação para os estudos.

Frente a esta realidade a Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi visa,
por meio de um projeto coletivo, construir sua identidade. Iniciamos uma caminhada onde,
na busca dos valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que
permitam ao aluno atuar no meio em que vive melhorando sua qualidade de vida.

ATO CONCEITUAL

Os novos tempos têm exigido um novo redimensionamento da educação.

As relações de poder, o avanço tecnológico, a globalização do mercado, entre os


fatores, estão transformando o comportamento da sociedade.
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A exclusão social é um sinal de alerta para a comunidade, pois ela desencadeia uma
série de desajustes. A educação é uma das formas de minimizar esta problemática, desde
que atenda as necessidades da comunidade na qual está inserida.

Educadores comprometidos com sua tarefa têm direcionado seus debates para a
verdadeira função da escola. Com o fortalecimento dos movimentos sociais, mais se
evidencia que a escola tem por função educativa global: formar cidadãos atualizados,
capazes de participar politicamente, usufruindo daquilo que o homem histórico produziu,
mas ao mesmo tempo dando sua contribuição criadora e transformando a sociedade.
Buscando a atualização histórico-cultural dos indivíduos, a superação do estado geral de
injustiça social e a conquista do bem viver.

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi é uma instituição pública a


serviço de uma comunidade que busca uma transformação. Seu compromisso é com a
educação inclusiva, onde o conhecimento precisa estar associado a experiências que devem
satisfazer, ao mesmo tempo, os interesses dos alunos e as exigências sociais; de forma que
o saber escolar sirva como base para a transformação do espaço onde o educando vive.

Dentre os desafios que o projeto político pedagógico traz estão a ampliação das
oportunidades educacionais, o resgate de valores positivos ao convívio social, difusão dos
conhecimentos e sua reelaboração crítica, aprimoramento da prática escolar visando a
elevação cultural e cientifica das diversas camadas.

Baseada nos Princípios e Diretrizes para a Educação Pública Estadual do Rio


Grande do Sul, a escola buscará efetivar a construção do conhecimento como processo de
transformação da realidade, mediado pelo contexto histórico-social, tornando-o capaz de
participar do processo de reestruturação da sociedade, cultivando os valores de preservação
e valorização da vida.

ATO OPERACIONAL

Ao tomar conhecimento da realidade onde atua o educando deste estabelecimento e,


sabedor de que a escola é o lugar, por excelência, onde o processo de construção do
conhecimento se dá de forma sistematizada, busca-se alternativas que propiciem a
qualificação do ensino e o combate a mecanismos de exclusão.

Repensar a escola gerou conflitos de ideias. O ato de alterar a rotina desacomoda e


amedronta. As tentativas de mudança buscam a inovação, ainda que, a princípio, tenham
implicado em conhecer processos e significados, refletir e programar sobre velhas práticas
com vistas ao novo.

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi tem o seu fazer diário, salvo
exceções, baseado em prescrições pedagógicas que viraram senso comum, tendo os
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currículos permeados por valores das classes dominantes, acentuando as diferenças sociais,
elevando os índices de evasão e repetência. Nosso desafio é mudar este rumo, com práticas
educativas que oportunizam o aluno a interagir, pesquisar, relacionar o conhecimento com
a realidade, o que tem facilitado a aprendizagem e oportunizado o desenvolvimento do
aluno cidadão.

Para consolidar a nossa prática pedagógica, busca-se uma interação através de


programas, projetos, parcerias, formação continuada e melhorias na infraestrutura.

METODOLOGIA

A metodologia é pautada através de reflexão da realidade oportunizando ao aluno a


sua auto organização que possibilite a construção da sua autonomia através do
autoconhecimento, (re)leitura de mundo, ressignificando sua vida e do meio em que vive,
em aulas dialógicas, de produção e interação com o grupo.

A escola busca pautar o trabalho pedagógico com base numa tendência dialética e
interacionista, que democratize o conhecimento e esteja fundamentada em valores
humanistas, entre os quais: solidariedade, justiça social, honestidade, responsabilidade e
respeito às diferenças, como condição social do conhecimento. A tendência pedagógica
histórico crítica dos conteúdos é a que mais se aproxima deste ideal.

Os primeiros anos do E.F (Ensino Fundamental) têm sua metodologia embasada na


prática lúdica, como brincadeiras e jogos cooperativos e ou competitivos direcionados ao
convívio social e a elaboração de conhecimentos relativos à faixa etária.

O trabalho pedagógico de toda a escola é planejado a partir de um tema gerador-


Complexo temático, elencado conforme a demanda da comunidade escolar (pesquisa
socioantropológica e projetos pedagógicos), em encontros semanais entre professores,
Serviços de Apoio Pedagógico e Orientação Educacional, bem como aprimoramento
através dos Encontros de Formação Continuada. Nestes momentos, busca-se interligar os
conhecimentos das diferentes áreas, a fim de mediar à aprendizagem, proporcionando ao
educando fazer uma leitura e releitura de mundo. Os educadores buscam construir seus
planejamentos em consonância com o Projeto Pedagógico da Escola de uma forma
interdisciplinar.

CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar é feito anualmente, seguindo as orientações da Secretaria


Estadual de Educação e em consonância com a legislação vigente. Nele estão previstos os
dias letivos, feriados (municipais, estaduais e federais), divisão de trimestres e períodos de
Exames Finais, bem como os dias de formação continuada para todos os segmentos da
16

comunidade escolar. O mesmo é constituído coletivamente e aprovado pela comunidade


em assembléia, Conselho Escolar e homologado pela mantenedora.

EVENTOS E ATIVIDADES EXTRACLASSE

Como integração da escola e comunidade elenca-se eventos e atividades extraclasse


tais como: caminhada temática, Ato público, gincanas, semana da criança, datas
comemorativas e festivas da escola, cultos ecumênicos, jogos da integração, rústica,
olimpíada da matemática e pesquisa socioantropológica.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Incentivar a comunidade a participar das decisões da vida escolar conhecendo suas


potencialidades e limitações

Fortalecer a Escola como espaço público, aberto às discussões dos interesses e


necessidades da comunidade da qual está inserida.

Promover plenárias trimestrais envolvendo os quatro segmentos da comunidade escolar, a


fim de debater questões que favoreçam o bom andamento da Escola.

Escola aberta: Trabalho em parceria com UNIFRA. Empreendedorismo.

FORMAÇÃO DOS SEGMENTOS DA ESCOLA - CONTINUADA

Estando a escola comprometida com a educação, julga-se necessário investir na


formação continuada de seus segmentos, para que o propósito almejado seja atingido com
eficiência.

A escola proporciona no decorrer do ano letivo um momento específico de


formação continuada para professores e funcionários bem como no cotidiano através de
reuniões, seções de estudo, reflexão, palestras, atualizando o corpo docente, discente e
comunidade escolar.

AVALIAÇÃO E EXAMES FINAIS

Ainda que busquemos uma escola democrática, a avaliação é o ponto que mais
evidencia a dificuldade de avanços. A escola ainda adota uma avaliação classificatória,
onde a análise qualitativa (interpretação do grau de entendimento pelo aluno de uma tarefa
17

a ser realizada) seja superior ao quantitativo (juízo de valor obtido pelo aluno quanto ao
nível de conhecimento, competência e habilidades).

A Escola, através das atividades de formação continuada com os segmentos da


comunidade escolar, proporcionará debates, sessões de estudo e plenárias onde o tema
“avaliação” seja a tônica. Buscaremos a construção de práticas avaliativas contínuas,
diagnósticas, investigativas, participativas, democráticas e emancipatórias, que levem em
consideração o aluno como um todo, as diferenças individuais e os diferentes saberes.

No entanto, pequenos avanços são sintomáticos, pois embora sabedores de que o


conhecimento não é mensurável, a nota é o “indicativo” da caminhada do professor e do
aluno dentro do processo ensino aprendizagem. Estabeleceu-se nas discussões que a
avaliação será somatória e cumulativa. A Recuperação Paralela ocorrerá dentro do
trimestre, primando pelo domínio dos pré-requisitos. Tendo em vista a recuperação ser de
lacunas de aprendizagem e não de nota, na medida em que as dificuldades na
aprendizagem forem sendo superada, a nota será uma conseqüência.

Sendo o ano letivo distribuído em 200 (duzentos) dias, a avaliação ocorrerá no


decorrer destes.

Coletivamente, ficou determinado que os dois primeiros trimestres totalizem 60 %


(sessenta) da pontuação do ano letivo e o terceiro encerrará 40% (quarenta) restantes.

O aluno que somar 70 pontos após o terceiro trimestre será promovido para a série
seguinte sem a necessidade de Estudos Adicionais de Recuperação.

Aquele que, por ventura, não atingir esta pontuação necessária, ao findar do ano
letivo será oferecido Exames Finais para superar lacunas de aprendizagem e ser reavaliado.
A pontuação por ele obtida no decorrer do ano letivo, somada a atingida na reavaliação nos
Exames Finais e dividida por dois, deverá resultar em um quociente 50 (cinqüenta). Assim,
conforme determina a LDB n.º 9394/96 o aluno avançará na sua escolarização. De outra
forma, esgotados os mecanismos previstos neste documento, o aluno deverá retomar seus
estudos, no próximo ano letivo, cursando a série em que ele se encontrava no ano anterior.

CONSELHOS DE CLASSE

DIAGNÓSTICO

DO PROCESSO
INTERAÇÃO
DIÁLOGO PROFESSOR, ALUNO,
ESCOLA

SUPERANDO CONSELHO IDENTIFICANDO


DE
DIFICULDADES PROBLEMA
CLASSE
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NOVAS REVENDO
ESTRATÉGIAS ATITUDES E
MÉTODOS
NA BUSCA DE
Etapas
EQUILÍBRIOS

1º momento: SOE, SAP, professor conselheiro e alunos

2º momento: SOE, SAP e professores, pais e alunos

3º momento: SOE, SAP, professores e alunos

PROGRAMAS DA ESCOLA

PROGRAMA DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O trabalho desenvolvido em Educação Ambiental é coordenado por professores que


assessoram seus colegas por meio de subsídios, sessões de estudos e realizam o trabalho e
extensão na comunidade.

PROGRAMA ESCOLA ABERTA - Lei 12.865/07 e regulado pelo Decreto 45.464/08.

O Programa Escola Aberta tem como objetivo o desenvolvimento de uma cultura


para a Paz e de garantia dos direitos humanos para o exercício pleno da cidadania. Visa,
prioritariamente, atingir as comunidades das áreas de vulnerabilidade social, marcadas pela
exclusão, conflitos, desigualdades sociais e, consequentemente, pela violência.

É concebido metodologicamente como um conjunto de atividades pedagógicas,


socioculturais, esportivas, de lazer, pautado nas oficinas planejadas de acordo com as
peculiaridades e necessidades das escolas públicas Estaduais.

OBJETIVOS

• Abrir as escolas nos finais de semana

• Reduzir os índices de violência

• Promover o desenvolvimento de uma cultura para Paz

• Desenvolver atividades pedagógicas, socioculturais, esportivas e de lazer


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• Melhorar a qualidade de ensino

• Priorizar o protagonismo juvenil

• Contribuir para a construção do exercício pleno da cidadania na sociedade gaúcha

• Realizar a integração com as famílias dos alunos e a comunidade

• Proporcionar aos alunos condições justas de disputa na sociedade, tornando-os cidadãos


dignos e felizes, através da participação, da redução da violência e da inclusão social.

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O programa Mais Educação foi criado pela portaria Interministerial nº. 17/2007
aumentando a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades agrupadas em
macro campos.

Este programa foi demarcado inicialmente para atender escolas que apresentem
baixo IDEB (índice de Desenvolvimento na Educação Básica).

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi apresentou no ano de 2009


um IDEB de 4.6, sendo assim contemplada com o Programa Mais Educação, visando
ampliar a possibilidade de ações pedagógicas buscando, como uma das alternativas, elevar
este índice.

Cada ano são revistos os campos trabalhados conforme demanda da comunidade


escolar.

No ano de 2011 os macro campos trabalhados foram:

Cultura e Arte: Danças, Cultura e Lazer: Futebol de salão, Esporte e Lazer: Xadrez
e Recreação, Acompanhamento Pedagógico: Letramento.

Para o desenvolvimento das atividades o Governo Federal repassa recursos para


monitores, materiais de consumo e de apoio, segundo as atividades realizadas e que
contemplam os macros campos trabalhados.

PROGRAMA A PAZ É POSSÍVEL

A questão da violência é uma das preocupações mundiais (UNESCO, 2000) através


de seu manifesto “Por uma cultura de Paz e Não-Violência” e da escola desde há muito
tempo, em função de alguns focos apresentados na comunidade em que a escola está
inserida e para evitar que os mesmos se proliferem.
20

Neste momento surgiu a oportunidade, através de um convite da Promotoria


Pública, da escola para participar da proposta “Procedimentos Restaurativos”.

O Programa A Paz é Possível teve origem a partir de encontros de sensibilização


com o promotor Antônio Augusto Moraes Ramos, no qual abordou temas relacionados à
violência e a comunicação não violenta.

METODOLOGIA

PESQUISA SOCIOANTROPLÓGICA.

Durante o não letivo de 2011 iniciou-se a Investigação da Realidade Escolar a partir


da pesquisa socioantropológica.

Professores Tutores (Conselheiros de Turma) Desempenham o papel de grande


importância no Programa. Estes auxiliam os alunos a conviver de forma harmoniosa e
solidária, proporcionando um clima escolar de qualidade e não-violência – cada professor
tutor, conselheiro, procurará conhecer os problemas enfrentados por seu grupo, ou seja,
quais são os alunos envolvidos em conflitos ou em outros problemas e traçar planos para
poder ajudá-los.

Alunos Solidários: Escolhido pelo professor tutor, conselheiro – Requisitos


essenciais: Que se relacione bem com os colegas e professores e que suas atitudes sejam de
cooperação, tolerância e respeito, especialmente com os colegas que apresentam
dificuldades de convivência.

O programa conta com ações inicias de investigação na área da linguagem e suas


tecnologias, através da motivação, na qual os alunos relatam, em primeiro lugar, sobre a
vida familiar, detectando, assim, as causas que podem estar contribuindo para o
comportamento agressivo e violento do aluno. Em segundo lugar, sobre a vida escolar,
como está a convivência com os companheiros de escola, se são maltratados ou não e, se
forem, com que frequência; quais são as formas que utilizam seus agressores, onde
ocorrem tais fatos; onde está seu agressor e quais os motivos que são origem a tais atitudes.
Enfim, como é a sua vida na escola desde que sai de casa até seu retorno.

PROGRAMA PIBID

Durante o ano letivo, a escola conta com o apoio da UFSM para o desenvolvimento
do programa PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) em
algumas áreas do conhecimento, no qual, o convênio com a Instituição Federal pode
renovado anualmente.
21

LABORATÓRIOS

As salas informatizadas da Escola são segmentos das salas de aula. Neste sentido,
conhecemos estes ambientes por Laboratórios de Informática Educacional- LIEs.

Nos LIEs, a informática é utilizada como um recurso, uma ferramenta para a


construção do conhecimento. As atividades propostas e os recursos oferecidos aos alunos e
professores são pensados de forma a promover a interação presencial ou à distância,
priorizando-se como forma de trabalho os projetos de aprendizagem.

Todas as atividades desenvolvidas nos LIEs devem ser planejadas sobre


determinados temas ou conteúdos didáticos de uma disciplina ou de forma interdisciplinar,
integrando estas mídias na prática pedagógica de forma a qualificar o processo de ensino e
aprendizagem.

BIBLIOTECA

A Biblioteca constitui-se em espaço de estudos, informação, cultura e lazer que tem


por objetivo proporcionar aos indivíduos tornarem-se cidadãos participativos na sociedade
em que estão inseridos, auxiliando na construção de conhecimento integral, capaz de
instrumentalizar e apoiar as ações e práticas pedagógicas.

A coordenação da Biblioteca deverá estar a cargo de um professor ou, se houver


disponibilidade, um Bibliotecário. Na falta deste, um professor e/ou funcionário capacitado
na área de Bibliotecas, com curso ministrado por órgão competente, orientado por um
bacharel Bibliotecário (a).

A Biblioteca deverá contar com recursos humanos de caráter permanente,


capacitado para o bom funcionamento do setor.

Ao coordenador da Biblioteca compete:

• Participar na elaboração do Plano Geral e dos Projetos Políticos Pedagógicos da Escola;

• Participar das reuniões pedagógicas, visando a troca de informações entre os diversos


segmentos;

• Planejar, acompanhar, orientar e efetivar as atividades do setor;

• Distribuir as atividades do setor quando ao horário, manutenção, aquisição e organização


do acervo;
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• Incentivar a capacitação dos recursos humanos em cursos de atualizações e reuniões


promovidas por órgãos relacionados com as atividades do mesmo;

• Orientar o usuário na utilização adequada dos recursos e serviços da Biblioteca;

• Apresentar relatório ou fornecer dados relativos ao serviço sempre que solicitado.

• O funcionamento da Biblioteca é regido por regulamento próprio.

SALA DE AUDIOVISUAL

O Serviço de audiovisual prevê recursos didáticos ao desenvolvimento do currículo


escolar. Presta serviços a toda comunidade escolar. É o espaço que prevê recursos visuais
que facilitem o processo ensino-aprendizagem. Propicia ao educando uma melhor
compreensão do objeto de estudo.

SALA DE AULA DIGITAL

O Laboratório de Informática é o espaço onde, através de projetos coordenados


pelos professores regentes e auxiliados pelos coordenadores do referido setor, é possível
testar idéias ou hipóteses que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao
mesmo tempo em que introduzem diferentes formas de atuação e de interação entre as
pessoas.

Essas novas relações, além de envolverem a racionalidade técnico-operatória e


lógico-formal, ampliam a compreensão sobre aspectos sócio-afetivos e tornam evidentes
fatores pedagógicos, psicólogos, sociólogos e epistemológicos.

LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Espaço reservado à prática pedagógica para o estudo dos conteúdos das ciências da
natureza, da química, da física e da biologia.

SALA MULTIFUNCIONAL

A Escola Inclusiva busca seu espaço desde a Constituição Federal, de 1988, no


Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990, na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, Lei n.º 9.394/96, na Declaração Mundial de Educação para Todos
23

em Jontien na Tailândia e na Declaração de Salamanca em 1994 (Conferência Mundial de


Educação especial), além de muitas outras leis, decretos e portarias, que garantem a todos
direito à educação, colocando da importância das instituições adequarem seus espaços,
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às
necessidades individuais dos educandos.

As transformações e exigências do mundo atual requerem mudanças da escola, para


que a mesma possa oferecer aos seus educando qualidade de ensino a que têm direito.

Nesse sentido, a escola para melhorar seu trabalho em direção a um ensino de


qualidade e inclusivo, propõe repensar e ressignificar este trabalho com a criação e
funcionamento da sala multifuncional, na qual, apresenta-se como um espaço didático
pedagógico para o trabalho com os alunos portadores de necessidades especiais (PNE)
contando com a mantenedora para conseguir uma professora especializada, ou seja, uma
educadora especial para estes atendimentos.

LABORATÓRIO DAS ARTES, EXPRESSÃO E LINGUAGEM

Nesse espaço os alunos participam da produção das diferentes formas de linguagens


e expressão. Trabalham nesse ambiente os docentes das artes, das línguas (português,
inglês e espanhol).

EDUCOMUNICAÇÃO - RÁDIO ESCOLAR

OBJETIVO GERAL

A implantação da Rádio na escola objetiva estimular a criatividade, a autonomia, à


autogestão, a socialização, ampliando assim o universo de conhecimento dos envolvidos,
propiciando novos meios de aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

•Fazer do rádio um instrumento para a consolidação de escolas realmente cidadãs;

• Contribuir para a compreensão de que o rádio é um veículo de comunicação eficiente


para tornar público o trabalho educacional efetivamente realizado em cada unidade escolar;
24

• Investir na formação dos alunos para que consigam comunicar em linguagem mais
assuntos ligados à cultura, saúde, educação, política, assuntos locais respectivos a
comunidade;

• Evidenciar, através dos programas produzidos e apresentados por alunos e professores, a


interdisciplinaridade inerente ao Projeto;

• Desenvolver habilidades e tendências comunicacionais dos participantes;

• Assessorar os profissionais envolvidos no projeto para que se utilizem do rádio como um


instrumento eficaz de ensino;

• Reconhecer os alunos como produtores de cultura, integrando-os aos meios de


comunicação, geralmente ocupados por adultos;

• Exercitar a comunicação oral, aperfeiçoando a objetividade e clareza de exposição do


pensamento;

• Favorecer a convivência e trabalho em grupo, respeitando diferenças, níveis de


conhecimento e ritmos de aprendizagem de cada integrante da equipe.

METODOLOGIA DA EDUCOMUNICAÇÃO

Aproximar as ações educacionais das linguagens midiáticas, como a radiofônica,


passa a ser uma questão importante para a formação cultural. Nesta perspectiva, destaca-se
o conceito de Educação e Comunicação que busca aproximar as tecnologias de
comunicação ao processo de ensino e aprendizagem.

A produção de programa de rádio na escola pode permitir o desenvolvimento de


processos significativos de aprendizagens que envolvem definição de pauta e seleção de
conteúdos, pesquisa, edição e escolha da linguagem adequada ao público-alvo, além de
estimular a fluência leitora oral.

É um trabalho que também promove o protagonismo do aluno e dos educadores,


bem como da comunidade local, em situações de trabalho cooperativo.

Para que o programa de rádio escolar aconteça, faz-se necessária aplicação de


oficinas para o bom emprego da logística das técnicas radiofônicas, bem como o uso dos
aparelhos utilizados na programação.

PROCEDIMENTOS RESTAURATIVOS – A CULTURA DA PAZ – EM PROL DA


NÃO VIOLÊNCIA NA ESCOLA

A Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi inserida no Projeto “A


Escola e os Desafios da Sociedade Contemporânea – A Missão dos Educadores”, realizado
25

em 2010, a partir da Promotoria da Infância e Juventude, juntamente com a 8º CRE e a


SMED, adota estratégias de ações compartilhadas na prevenção de conflitos e
desenvolvimento de uma cultura de não violência, fortalecendo a difusão da cultura de paz.

Nesse momento os profissionais da escola foram capacitados no curso de Formação


em práticas Restaurativa e um grupo menor capacitado para promover os Círculos
Restaurativos. Assim, a Escola implementa Práticas Restaurativas como alternativa para a
solução de conflitos na ESCOLA.

Os procedimentos restaurativos amparados pela Lei Estadual nº 13.474 de 28 de


junho de 2010 e pela Lei Municipal de nº 5427, de 14 de janeiro de 2011, dispõe sobre o
combate da prática de bullying, que traz“... evitando quando possível a punição dos
agressores, privilegia mecanismos alternativos como, por exemplo, os “círculos
restaurativos”, promovendo sua efetiva responsabilização e mudança de comportamento”.

Para esta finalidade a escola propôs a criação de espaços, como Sala da Paz, para
realização de círculos restaurativos, para mediar todo tipo de conflitos, questões de
disciplina ou situações de violência.

O Circulo Restaurativo é a prática utilizada onde o autor e receptor são convidados


a falar sobre o que aconteceu, possam expressar e ouvir o outro e, quando o diálogo for
estabelecido,chegar a um acordo que permita a restauração das relações rompidas evitando
a propagação da violência.

É o encontro com pessoas diretamente envolvidas numa situação de violência ou


conflito no âmbito escolar. Propõe pacificar conflitos gerados por violência pautadas nos
valores fundamentais de esperança, responsabilidade, interconexão, humildade,
participação, respeito, honestidade e empoderamento.

Orientado por um coordenador e co-coordenador segue um roteiro pré-definido,


proporcionando espaço seguro e protegido para as pessoas abordarem o problema.

Os círculos restaurativos possuem três fases:

* Pré-círculo: Preparação (onde se pontua o foco do conflito, se estabelece quem


participará do encontro. Propicia o encontro inicial e preparatório das partes envolvidas
diretamente ou indiretamente no fato). Encontro do coordenador com o autor/
receptor/comunidade (separadamente).

* Círculo restaurativo: Realização (mediante técnicas de comunicação, mediação e


resolução do conflito) É o encontro entre as pessoas diretamente envolvidas numa situação
de violência ou conflito esclarecendo dúvidas e anseios sobre o fato que iniciou o conflito.

* Pós-círculo: Acompanhamento (verifica o cumprimento do acordo e o grau de


restauratividade do procedimento para todos os envolvidos). Encontro de expressão e
avaliação entre os participantes que colaboraram na realização das ações do acordo.

Adaptar o acordo às novas condições (caso não tenha cumprido o acordo)


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Requisitos para realização do círculo:

• Fato encaminhado pelo SOE, SAP, DIREÇÃO para solicitar um circulo restaurativo.

• Seguir roteiro do procedimento restaurativo (registrar todas as etapas do procedimento-


formulário específico)

• Participação voluntária (ambas as partes devem querer participar do encontro)

• Interesse (chegarem a consensos pacificadores, procedimentos com objetivo de promover


a responsabilização)

• Tempo de duração – indeterminado.

• Mobilização de pessoas relacionadas com os envolvidos: participação de familiares,


amigos, representantes da comunidade.

• Coordenador e co-coordenador capacitados (Curso de formação)

• Local Sala da Paz com agendamento prévio.

Estas ações inovadoras promovem uma CULTURA DE PAZ para que os alunos
recebam uma formação cada vez melhor, visando o seu desenvolvimento como cidadão
comprometido com o meio no qual está inserido.

Desejamos uma Escola segura, onde há respeito mútuo e diálogo, todos podem
aprender mais e melhor.

SALÃO

Espaço comum a todos para o desenvolvimento de atividades contempladas nos


planos de estudo e no plano de trabalho, respeitando a um limite de horário e que levem ao
crescimento tanto do aluno como do professor.

XEROX

Ambiente alternativo de apoio ao professor e aluno para auxiliar em suas práticas


de forma consciente e disciplinar.

SALA DE LEITURA

Local de interação de atividades orientadas que levem ao hábito e prazer da leitura


e a busca de novos conhecimentos.
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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Avaliar as práticas das atividades desenvolvidas no transcorrer do ano letivo e


mensurar a distância desse nosso trabalho ao proposto no projeto.

PLANOS DE ESTUDO

Delimitação em tempo, forma e espaço com que os conteúdos são trabalhados na


escola para o desenvolvimento das habilidades e competências pontuando-se como um
orientadores constantes de avaliação com vistas ao aperfeiçoamento e aproveitamento do
aluno e da escola. A partir de 2014 mediante a enquete realizada com os alunos,
especialmente, do Ensino Médio para responder a questão: Qual é o principal motivo de
estar no Ensino Médio na escola. ( ) Conclusão do E.M ( ) PS1, 2 ou 3 ( ) vestibular
( ) Outros. Qual?_________

NORMAS DE CONVIVÊNCIA

Marco orientador e disciplinador de convivência com as diferenças, expressas no


Regimento Escolar.

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