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países como os Estados Unidos mem que revolucionou o p e n sa
da América ou a África do Sul, mento negro, pois, com toda a
sem contar a colonização que es evidência, estávamos longe das
tava nos seus últimos anos. leis cientificas. E por isso que o
cientista senegalês retrucou di
zendo que “agora não bastava só
III - A África, b erço da
ser negro da cabeça aos pés e ter
civilização?
cabelos crespos para ser negro!”.
Champollion-Figeac era o irmão
P a ra falar dos traços físi de Campollion o jovem - o p ri
cos do negro, os argum entos de m eiro c ie n tis ta o c id ental que
um cientista ocidental tão “sério” conseguiu decifrar os hieróglifos
como Champollion-Figeac s u s —, m as ele usou e sta fa ç an h a
tentavam, entre outros, não sem p ara contornar um a realidade da
provocar o sorriso brincalhão de época: os traços negros dos a n ti
Cheikh Anta Diop, que “[...] es gos egípcios.
tas duas qualidades físicas (os
Estes seres selvagens que
cabelos crespos e a pele negra)
eram capturados no mato para
não são suficientes para carac
serem a b arro ta d o s como gado
terizar a raça negra L.].”12
n a s c a r a v e la s com d e stin o à
De fato, nesta iniciativa América, “estes homens com os
tão laboriosa quanto desespera rostos sombrios”, segundo a ex
da, Champollion-Figeac queria pressão favorita dos racistas -
s u s te n ta r os resultados de um ig n o ra d o s e h u m ilh a d o s , são
c ie n tis ta fran cês de boa-fé, o aqueles que deram ao mundo as
C om te [ t r a t a - s e de A u g u s to bases da c iv iliz a ç ã o .
Comte] de Volney (1757-1820), In a c r e d itá v e l! I n a d m is s ív e l!
que tinha observados nos coptas Q uem acred ita ria n isso ?
- o povo de onde se originaram Champollion não foi o único, in
os faraós - os mesmos traços da felizmente, nesta tarefa de te n
célebre esfinge d esco berta no ta r provar cientificamente a in
Egito. “[...] A colonização de ferioridade intelectual e cultural
Volney, relativa à origem antiga dos negros.
da população egípcia, é forçada
Os fatos relembrados e as
e inadmissível”, diria a rb itra ri
provas trazidas por Cheikh Anta
amente Champollion sem a rg u
Diop não deixam nenhum a d ú
mentos. “Este Champollion to r
vida de que são os negros que ex-
nou-se daltônico”, pensou o ho
p an d iram a civilização nos ou Neste contexto, não seria
tros povos do mundo, primeiro um a surpresa ver o mundo cien
através da N úbia - atu al Sudão tífico ocidental perder a cabeça
- (em torno de 6000 a.C.), e de e ficar im potente diante da a n tí
pois no Egito (em torno de 4000 tese das suas teorias, trazida por
a.C.), portanto muitos milênios um jovem negro. O c ie n t is ta
antes da Grécia em torno de 2000 Cheikh A nta Diop (matemático,
a.C.) e mais tarde em Roma em físico, químico, egiptólogo, histo
torno de 700 a.C.). riador, lingüista, além de des
tru ir as teses mais “sólidas” que
Não satisfeito, Comte de
Gobineau, idealizador do nazis pretendiam que a civilização vi
esse do m undo ocidental. Diop
mo no estado bruto, com o seu
provou que todos os homens são
pseudocientificismo, queria ex
plicar o porquê da superioridade iguais, q u a lq u e r que seja su a
raça, e, por conseqüência, a colo
da raça branca sobre os negros e
nização e, pior, a escravidão não
os o u tr o s 13. U m a c ele b rid a d e
podem servir p a ra ju stificar a
como Pierre Larousse, num a das
suas teses sobre a arte africana, sup eriorid ad e da ra ç a branca.
afirma de forma peremptória que Pois, além da dívida moral devi
“o cérebro dos africanos tem o da aos n eg ro s e longe de um
apagão do passado, é necessário
mesmo desenvolvimento que o
cérebro do macaco, um outro ele reescrever a verdadeira história
da humanidade.
mento que comprova o seu lado
anim al e sua fraqueza intelec
tual”. E prossegue afirmando que IV - O s te s te m u n h o s d o s s á b io s
“o cérebro dos negros é menor, gregos
mais leve e menos volumoso que
o cérebro do branco, e como em
N u m a b u s c a lógica,
toda a série animal, a inteligên
Cheikh A nta Diop trouxe os te s
cia tem uma ligação direta com
te m u n h o s dos a n tig o s gregos
as dimensões do cérebro, do n ú
Heródoto, Estrabo, Deodoro da
mero e da profundeza”. Outros
Sicília, etc..., esses mesmos que
“a f r i c a n i s t a s ”, como M au rice
são testem unhos oculares da ci
Delafosse, S u r e t C anale, etc.,
vilização egípcia. Querendo ex
mesmo sendo mais cautelosos e
plicar o fenômeno das in u n d a
m a is m o d e ra d o s do que
ções do Nilo, Heródoto, conside
Gobineau ou Larousse, negaram
rado o pai da historiografia, es
a evidência que Comte descrevia.
creverá em relação ao Egito que provarão que foi atribuída, por
“[...] a terceira razão vem do fato engano, aos gregos a p a te rn id a
de que o calor do lugar torna as de das descobertas do Egito a n
pessoas pretas L..]”14. O mesmo tigo. C heikh A n ta Diop revela
Heródoto prosseguirá, p a ra s u que u m a p e r s o n a g e m como
blinhar a origem egípcia na base Estrabo não hesitou em tr a ta r
grega, afirmando: “[...] E q u a n P itá g o ra s como “v u l g a r
do eles acrescentam que esta si plagiador”....
lhueta era negra, Heródoto nos Cheikh A nta Diop susten
faz e n ten d e r que esta mulher, ta sua tese sobre os fu ndam en
isto é, C leóp atra, e ra egípcia tos lingüísticos, então científicos,
[...]." O sábio grego diria o m es fazendo a demonstração do p a
mo em relação aos h a b itan tes de rentesco genético entre o Egito
Colchide nos arredores do atu al antigo e as línguas negro-africa-
M ar Negro, perto da Turquia, n a s 17, colocando o acento sobre
pois queria sublinhar a sua ori vários ritos, tradições, religiões
gem egípcia. “[...] Os egípcios e costumes negros que sobrevi
pensam que estes povos são des veram além do Egito antigo. Bus-
cendentes de um a parte das tro car-se-ão, sem sucesso, os m es
pas de Sésostris.15 Eu os exam i mos traços no Ocidente... Melhor
no com base em dois critérios: o ainda, são os argumentos forne
primeiro é que eles são negros e cidos pelos próprios egípcios, que
que eles têm cabelos crespos se representavam como negros,
U . ”1B isso reforçado por novas técnicas
Outros cientistas gregos de pesquisa, tais como o carbono
14 p a ra a datação, mas também
da a n tig u id a d e , E strab o ,
P i t á g o r a s , T a le s, E u c lid e s , a química, a antropologia, a a r
queologia, a paleontologia.
Deodoro, cuja maioria iniciou-se
no Egito, confirmarão os te s te Alguns ideólogos ociden
munhos de Heródoto. Mesmo que tais vão te n ta r elaborar uma n e
a lgu ns o m ita m a inform ação, b u lo s a te o r i a da c iv iliz a ç ã o
notadam ente Platão, sobre a fon ham ita ou camita, perdendo de
te dos seus conhecimentos (reco vista a referência ao Cam (um
nhecendo todos sua iniciação no dos filhos de Noé, o patriarca da
Egito em todas as áreas das ci Bíblia), um a personagem que foi
ências da época deles!), os p ap i amaldiçoada, segundo esses m es
ros redigidos pelos sacerdotes mos ideólogos. Segundo a Bíblia,
negros que resistiram ao tempo Cam seria o primeiro negro... Os
ham itas seriam, segundo os de origem da civilização, pois ele
fensores da “civilização branca”, está presente no primeiro país ci
um a ramificação desta civiliza vilizado do mundo.”18
ção ocidental que eles queriam
U m a das m anobras mais
ap resen tar como precursora da
grotesca por parte dos cientistas
civilização h um ana. Em outros
ocidentais foi, sem som bra de
termos, num momento em que o
dúvida, a criação de todas as p e
conceito de civilização não exis
ças do crânio de um “hom em ”,
tia no espírito dos ocidentais, os
para reforçar a tese da raça b ra n
ham itas tinham colocado as b a
ca.
ses da civilização nos negros...
antes de desaparecerem.
V - A n ova a p ro x im a çã o
O obstáculo p rin cip al a
este tipo de masturbação intelec
tual é que em nenhum lugar no Até o seu falecimento em
mundo encontrou-se, pelo menos 1986, Cheikh A n ta Diop sempre
e n tr e os d e fe n so re s da “r a ç a defendeu a tese segundo a qual
branca”, traços de civilização que é o negro que migrou em direção
dominam ao mesmo tempo a ge aos outros continentes p a ra se
ometria, a arquitetura, a a ritm é a d a p ta r a estes locais, em todos
tica, a química, a astronom ia, os estágios da evolução do h o
etc., na época do Egito antigo mem, inclusivo o Homo sapiens
negro e pelo menos dois milêni sapiens (que corresponde ao ho
os depois do surgimento desta ci mem moderno). E assim que as
vilização. Pois, d u ra n te muito outras raças teriam aparecido. O
tempo, o Egito foi o único centro fóssil de Homo sapiens mais a n
intelectual do mundo. tigo da época, segundo Cheikh
A estas teses fantásticas A nta Diop, é um negro (Omo I,
do ham ita “civilizador”, a respos em torno de 150.000 a.C.), e as
ta de Cheikh Anta Diop foi ta m outras descobertas sobre os con
bém fantástica^ “[...] Vê-se então tin e n te s são do tipo negróide
que, dependendo da causa e da (Homem de Grimaldi, etc.).
necessidade, Cam é maldiçoado, A tese de C h eik h A n ta
preto e se torna o ancestral dos Diop não foi d esm en tida pelas
negros. E o caso toda vez que se recentes descobertas. Segundo a
fala das relações sociais contem revista “A História “ de dezem
p o râ n e a s . M as ele é e m b r a n bro de 2004, os pesq uisad ores
quecido toda vez que se busca a acharam em 2003 um novo fós
sil... na Etiópia! A revista indica Conclusão
que o fóssil se apresenta “sob a
forma de centenas de fragm en
Mesmo que o debate este
tos, que são os restos de dois
ja aberto neste estágio da pesqui
adultos e de uma criança sendo
sa, ele não resolve o problema da
atribuídos por Tim White a um
origem da civilização. Querendo
Sapiens: Homo Sapiens Idaltu -
s a n a r todas as dúvidas sobre os
esta últim a palavra significa ‘a n
traços negros de Ramsés II (uma
tigo’ na língua local... Ele foi d a
das m úm ias mais conservadas),
tado de 160.000 anos.” Conclu
apesar das provas trazidas hoje
são: “Eis e ntão o m ais antigo
p e la a r q u e o lo g ia ( p i n t u r a ,
Homo S a p ie n s conhecido nos
estatuetas, língua, etc.), Cheikh
nossos dias.”
A nta Diop revelou na sua obra
Todavia, se a quase to ta
“Civilização e barbárie” que soli
lidade dos cientistas do mundo
citou às autoridades egípcias, por
concordam hoje sobre a origem
ocasião do congresso científico de
a fric a n a do hom em , eles não
1974, alguns milímetros da pele
compartilham as vias escolhidas
do fa ra ó p a r a f a z e r t e s t e s
por Cheikh Anta Diop. U m a p e r
laboratoriais. Ele não teve êxito,
sonalidade científica como o fran
sob a alegação de que não queri
cês Yves Coppens, que fazia p a r
am tocar na integridade física da
te do grupo que descobriu o mais
múmia...
antigo esqueleto de astralopiteco
até os nossos dias (3,2 milhões D urante toda a sua vida,
de anos), é adepto da teoria do o pesquisador senegalês se con
policentrismo. Em outras p a la frontou com este tipo de m ano
vras, o Sr. Coppens tende p a ra a bras. O seu principal objetivo era
teoria que quer dem onstrar que de provar a raça negra dos a n ti
houve um a separação no estágio gos egípcios que fundaram a p ri
do homo erectus (“o homem de meira civilização do mundo.
pé”, an terior ao Homo sapiens
sapiens) e que muito centros h u
manos se desenvolveram em v á Referências bibliográficas
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