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Como calcular o descanso

semanal remunerado (DSR) do


empregado doméstico?
ESOCIAL, LALABEE, PEC DAS DOMÉSTICAS 13 COMMENTS
O descanso semanal remunerado (DSR) foi assegurado pela Consolidação de Leis do
Trabalho (CLT) desde sua a promulgação, em 1943, e foi regulamentado com mais
especificações pela Lei 605 de 1949. Nesta nova resolução foi detalhada a forma de
remuneração e o seu cálculo.

O benefício trata-se do direito de um intervalo de 24 horas consecutivas por semana,


devidamente remunerado e preferencialmente aos domingos, exceto em casos de
necessidade imperiosa do trabalho.

Isso que dizer que todos os trabalhadores regidos pela CLT têm direito a um intervalo
semanal pago pelo empregador. Há, no entanto, diferentes fatores que influenciam no
cálculo, como a jornada diária, o contrato de trabalho e o pagamento como mensalista ou
como horista.

Mesmo sendo uma legislação antiga, ainda hoje existem dúvidas de vários empregadores
— como é o salário, por exemplo — por ela não ser tão clara e simples. Além disso,
quando o trabalhador faz horas extras, ocorre o reflexo do DSR sobre elas, que é uma
conta um pouco mais complexa.

Mas não se preocupe com nenhum desses cálculos. Nós vamos explicá-los agora da
forma mais simples possível, focando no empregado doméstico. Acompanhe!

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DSR para mensalistas


O mais simples dos cálculos do DSR é o de empregados mensalistas, uma vez que eles já
têm o salário fixado com o descanso semanal incluso. Por exemplo, se a remuneração
acordada é de R$ 1.500 por mês, o descanso semanal remunerado está dentro desse
valor.

Então, caso o empregado trabalhe também em algum domingo ou além de seu


expediente, ele tem o direito de receber horas extras. É importante frisar que a execução
de tarefas profissionais no DSR pode gerar um acréscimo de 100% no valor da hora de
trabalho.
Mas como saber o valor da hora de um mensalista? Basta dividir o salário pela base de
220 horas para uma jornada de 44 horas semanais ou 200 horas para uma jornada de 40
horas semanais, conforme manda a CLT. Existem outras jornadas com outros divisores,
devendo-se atentar caso a caso.

Lembrando aqui que as horas extras têm adicional mínimo de 50% sobre o valor da hora.
Portanto, é importante o contratante, especialmente o empregador doméstico, pesar se
vale a pena realmente requisitar que o empregado estenda o expediente.

Além disso, nesse caso, junto às horas adicionais de trabalho, o doméstico também
recebe o DSR que incide sobre elas — cálculo que mostraremos mais adiante.

DSR para horistas


No caso dos empregados que recebem por hora, a legislação exige que tanto a
remuneração quanto o DSR sejam apurados todo mês. Nessa situação, embora não seja
tão simples como para o mensalista, a conta é fácil e rápida.

O salário é calculado com a multiplicação do valor remunerado por hora pelo número de
horas trabalhadas. Já o descanso é relativo ao número de domingos e feriados que o mês
teve. Então, calcula-se:

 multiplica-se o número de folgas e feriados no período de apuração pela jornada


contratual semanal dividida por 6;
 multiplica-se as horas de descanso, que é o resultado da conta acima, pelo valor da
hora remunerada.

Imagine, por exemplo, um empregado que teve quatro domingos de folga no mês, a
jornada contratual semanal é de 20 horas e o funcionário recebe R$ 6 por hora. Nesse
caso, 4 x (20/6) x 6, portanto o seu DSR é de R$ 80,00. Esse resultado é somado ao valor
das horas trabalhadas e chega-se à remuneração do mês.

As informações detalhadas estão presentes no Manual do Empregador Doméstico,


disponibilizado pelo governo federal.

Como dissemos, é fácil e rápido fazer o cálculo!

Cálculo do DSR sobre horas extras


As horas extras, quando habituais, geram reflexo de DSR — sendo o empregado
doméstico mensalista ou horista.

Considera-se habitual a prática de hora extra quando elas ocorrem mais que duas vezes
por semana, por, pelo menos, duas semanas no mês. Esse cálculo pode ser feito de duas
formas. Vamos mostrá-las, utilizando a hipótese de dez horas extras que valem R$ 9 cada,
gerando um total de R$ 90. Você pode:

 dividir o valor referente ao número de horas adicionais a pagar (R$ 90, de acordo com
o nosso exemplo) pelos dias úteis do mês (25): 90 ÷ 25 = 3,60;
 multiplicar o resultado acima pelos domingos e feriados do mês (geralmente são 5):
3,60 x 5 = R$ 18. Esse é o DSR.
Ou

 dividir o número de horas extras feitas (10, seguindo o nosso exemplo) pelos dias
úteis (lembrando que sábado é considerado dia útil): 10 ÷ 25 = 0,4;
 multiplicar o resultado anterior pelos domingos e feriados do mês (geralmente são 5):
0,4 x 5 = 2;
 multiplicar o segundo resultado pelo valor da hora extra para, finalmente, chegarmos
ao DSR: 2 x 9 = R$ 18.

De qualquer forma, o resultado será o mesmo. Portanto, é possível escolher o mais


simples para você ou utilizar ambos para ter certeza de que a apuração está correta.

Importante lembrar que a prática de horas extras habituais gera reflexos não só no DSR
como também nas demais parcelas trabalhistas, como férias, décimo terceiro e Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É uma prática que deve ser evitada, já que o custo
pode ser muito alto para o empregador.

Descontos no descanso semanal


remunerado
As faltas e atrasos podem gerar descontos no DSR. Quando um empregado falta, o dia
não trabalhado, automaticamente, incide sobre o descanso semanal remunerado. Quase
sempre o cálculo é simples, por lidar diretamente com os divisores e depender do número
de faltas ou horas de atraso.

Diferentes categorias podem ter diferentes divisores de DSR, então é necessário dedicar
especial atenção nisso. No caso dos mensalistas, em que o valor já está embutido no
salário, o cálculo da falta ou das horas de atraso deve ser igual a 1/6 do DSR. Assim, um
empregado que recebe R$60,00 por DSR semanal teria ali seu desconto em R$10,00.

Já para os empregados horistas, os dias de falta ou atraso são horas não trabalhadas, ou
seja, não entram no computo geral do salário. Isso, consequentemente, já gera o
desconto.

É muito importante que o empregador mantenha as suas obrigações trabalhistas em dia, a


fim de evitar problemas e dores de cabeça no futuro, como, por exemplo, em ações
judiciais.

O DSR, como vimos, é algo que já faz parte da legislação brasileira há mais de meio
século, mas nem por isso é totalmente claro para os empregadores. É preciso considerar,
atentamente, ele e outros acréscimos existentes na remuneração, para não aumentar o
seu custo e também se precaver contra repercussões negativas.

O avanço tecnológico tem sido um grande auxílio para os empregadores. A evolução


permite que os cálculos sejam feitos de forma automática e prática.

E então, ficou claro para você como funciona o DSR e o seu cálculo? Se você tiver mais
alguma dúvida sobre o descanso semanal remunerado, fala para a gente nos comentários!
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