Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Isso que dizer que todos os trabalhadores regidos pela CLT têm direito a um intervalo
semanal pago pelo empregador. Há, no entanto, diferentes fatores que influenciam no
cálculo, como a jornada diária, o contrato de trabalho e o pagamento como mensalista ou
como horista.
Mesmo sendo uma legislação antiga, ainda hoje existem dúvidas de vários empregadores
— como é o salário, por exemplo — por ela não ser tão clara e simples. Além disso,
quando o trabalhador faz horas extras, ocorre o reflexo do DSR sobre elas, que é uma
conta um pouco mais complexa.
Mas não se preocupe com nenhum desses cálculos. Nós vamos explicá-los agora da
forma mais simples possível, focando no empregado doméstico. Acompanhe!
Quero Testar
Lembrando aqui que as horas extras têm adicional mínimo de 50% sobre o valor da hora.
Portanto, é importante o contratante, especialmente o empregador doméstico, pesar se
vale a pena realmente requisitar que o empregado estenda o expediente.
Além disso, nesse caso, junto às horas adicionais de trabalho, o doméstico também
recebe o DSR que incide sobre elas — cálculo que mostraremos mais adiante.
O salário é calculado com a multiplicação do valor remunerado por hora pelo número de
horas trabalhadas. Já o descanso é relativo ao número de domingos e feriados que o mês
teve. Então, calcula-se:
Imagine, por exemplo, um empregado que teve quatro domingos de folga no mês, a
jornada contratual semanal é de 20 horas e o funcionário recebe R$ 6 por hora. Nesse
caso, 4 x (20/6) x 6, portanto o seu DSR é de R$ 80,00. Esse resultado é somado ao valor
das horas trabalhadas e chega-se à remuneração do mês.
Considera-se habitual a prática de hora extra quando elas ocorrem mais que duas vezes
por semana, por, pelo menos, duas semanas no mês. Esse cálculo pode ser feito de duas
formas. Vamos mostrá-las, utilizando a hipótese de dez horas extras que valem R$ 9 cada,
gerando um total de R$ 90. Você pode:
dividir o valor referente ao número de horas adicionais a pagar (R$ 90, de acordo com
o nosso exemplo) pelos dias úteis do mês (25): 90 ÷ 25 = 3,60;
multiplicar o resultado acima pelos domingos e feriados do mês (geralmente são 5):
3,60 x 5 = R$ 18. Esse é o DSR.
Ou
dividir o número de horas extras feitas (10, seguindo o nosso exemplo) pelos dias
úteis (lembrando que sábado é considerado dia útil): 10 ÷ 25 = 0,4;
multiplicar o resultado anterior pelos domingos e feriados do mês (geralmente são 5):
0,4 x 5 = 2;
multiplicar o segundo resultado pelo valor da hora extra para, finalmente, chegarmos
ao DSR: 2 x 9 = R$ 18.
Importante lembrar que a prática de horas extras habituais gera reflexos não só no DSR
como também nas demais parcelas trabalhistas, como férias, décimo terceiro e Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É uma prática que deve ser evitada, já que o custo
pode ser muito alto para o empregador.
Diferentes categorias podem ter diferentes divisores de DSR, então é necessário dedicar
especial atenção nisso. No caso dos mensalistas, em que o valor já está embutido no
salário, o cálculo da falta ou das horas de atraso deve ser igual a 1/6 do DSR. Assim, um
empregado que recebe R$60,00 por DSR semanal teria ali seu desconto em R$10,00.
Já para os empregados horistas, os dias de falta ou atraso são horas não trabalhadas, ou
seja, não entram no computo geral do salário. Isso, consequentemente, já gera o
desconto.
O DSR, como vimos, é algo que já faz parte da legislação brasileira há mais de meio
século, mas nem por isso é totalmente claro para os empregadores. É preciso considerar,
atentamente, ele e outros acréscimos existentes na remuneração, para não aumentar o
seu custo e também se precaver contra repercussões negativas.
E então, ficou claro para você como funciona o DSR e o seu cálculo? Se você tiver mais
alguma dúvida sobre o descanso semanal remunerado, fala para a gente nos comentários!
Blog Lalabee
calcular
descanso semanal remunerado
DSR
COMPARTILHAR