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Teoria Neomalthusiana
“Parece ser uma das leis inevitáveis da natureza que alguns seres humanos
sofrem de pobreza. Estas são as pessoas que, na grande loteria da vida,
fracassaram. População, quando não controlada, cresce em razão
geométrica. Recursos de subsistência, crescem em progressão aritmética.”
Teoria Neomalthusiana
PAUL SAMUELSON
(1915 - 2009)
Joseph Schumpeter
(1883 - 1950)
Grupos e influências[
CARL MENGER
LEÓN WALRAS
Marie-Ésprit-Léon Walras (Évreux, 16 de Dezembro de 1834 —
Clarens, 5 de Janeiro de 1910) foi um economista e matemático francês,
conhecido como o criador da Teoria do Equilíbrio Geral. Também
descreveu o processo de tâtonnement ("tateio", do verbo "tatear", em
português), segundo o qual determinado mercado pode atingir o equilíbrio,
tendo em conta que o equilíbrio geral, conforme delimitado pela
matemática, pode não ser possível.
ALFRED MARSHALL
Marshall cresceu no subúrbio londrino de Clapham e foi educado na
Merchant Taylor's School onde demonstrou aptidão para a matemática.
Apesar de ter demonstrado interesse em tornar-se ministro da Igreja
anglicana, sua trajetória bem sucedida na Universidade de Cambridge o
levou a tomar a decisão de seguir uma carreira acadêmica. Tornou-se
professor em 1868, especializando-se em economia política. Ele desejava
melhorar o rigor matemático da teoria econômica e transformá-la numa
disciplina mais científica. No anos 1870, ele escreveu um pequeno número
de trabalhos sobre o comércio internacional e os problemas do
protecionismo. Em 1879, muitos destes textos foram compilados em uma
obra intitulada A Teoria Pura do Comércio Exterior e A Teoria Pura dos
Valores Domésticos (The Pure Theory of Foreign Trade: The Pure Theory
of Domestic Values). No mesmo ano, publicou em conjunto com sua
mulher, Mary Payley Marshall, a Economia da Indústria (The Economics
of Industry).
Em Cambridge, Alfred fora professor de economia política de Mary
Payley, uma das primeiras mulheres inglesas a alcançar o grau
universitário. Os dois casaram-se em 1877, forçando Marshall a abandonar
seu posto em Cambridge em razão das regras daquela universidade sobre o
celibato. Ele tornou-se diretor do University College, em Bristol,
lecionando novamente sobre economia política. Aperfeiçoou seu Economia
da Indústria e o publicou em 1879 como um manual para uso dos
estudantes de economia; sua aparência simples apioava-se sobre
fundamentos teóricos sofisticados. Marshall alcançou certa fama com seu
trabalho e, após a morte de William Jevons em 1881, tornou-se o mais
influente economista britânico de seu tempo.
Em dezembro de 1884, após a morte de Henry Fawcett, Marshall retornou
a Cambridge, como professor de economia política. Ali, ele procurou criar
um novo tripos para a economia, o que só conseguiu em 1903. Até então, a
economia era ensinada sob os triposes de Ciências Morais e Históricas, que
não propiciavam a Marshall o tipo de estudante - ativo e especializado -
que ele desejava.
Marshall começou a trabalhar em sua obra seminal, os Princípios de
Economia (Principles of Economics), em 1881 e consumiu boa parte da
década seguinte trabalhando em seu tratado. O seu plano para a obra
gradualmente se estendeu para uma compilação em dois volumes de todo o
pensamento econômico; o primeiro volume foi publicado em 1890 sendo
aclamado mundialmente, o que o colocou entre os principais economistas
de seu tempo.
Nas duas décadas seguintes, ele trabalhou para completar o segundo
volume dos Princípios, que deveria tratar do comércio internacional,
do dinheiro, das flutuações comerciais, dos impostos e do coletivismo. Mas
sua atenção obstinada aos detalhes e seu perfeccionismo o impediram de
dar conta do fôlego da obra. O segundo volume nunca foi completado e
muitas outras obras de menor vulto nas quais ele começara a trabalhar - por
exemplo, um memorando sobre política comercial para o ministro inglês
das finanças (o Chancellor of the Exchequer) na década de 1890 - foram
deixadas incompletas pela mesma razão.
Seus problemas de saúde foram se agravando gradualmente a partir dos
anos 1880. Em 1908 ele se aposentou da universidade. Ele esperava
continuar trabalhando em seus Princípios, mas sua saúde continuou a
deteriorar e o projeto continuou a crescer a cada nova investigação. A
explosão da Primeira Guerra Mundial em 1914 o impeliu a revisar suas
análises da economia internacional. Em 1919, aos 77 anos de idade, ele
publicou Indústria e Comércio (Industry and Trade). Esta obra era um
tratado mais empírico que os Princípios e, por esta razão, não alcançou
tantos elogios de economistas teóricos quanto aquele. Em 1923, ele
publicou Moeda, Crédito e Comércio (Money, Credit, and Commerce) um
amplo amálgama de ideias econômicas anteriores, inéditas ou já
publicadas, estendendo-se a quase meio século.
Marshall faleceu em sua casa, Balliol Croft, em Cambridge (Inglaterra) aos
81 anos de idade.
De 1890 a 1924 ele foi o fundador respeitado da profissão econômica. Seus
alunos em Cambridge tornaram-se figuras proeminentes na economia,
como John Maynard Keynes e Arthur Cecil Pigou. Seu mais importante
legado foi criar para os futuros economistas uma profissão respeitada,
acadêmica e científica, dando o tom daquela área pelo restante do século
XX.
Contribuições teóricas[
A economia de Marshall pode ser entendida como uma continuação do
trabalho de John Stuart Mill, Adam Smith, e David Ricardo. Ele minimizou
a importância da contribuição de outros economistas a sua obra, tais
como Vilfredo Pareto e Jules Dupuit, e só com relutância reconheceu a
influência de William Stanley Jevons.
O método de Marshall, o qual influenciou boa parte dos economistas
ingleses posteriores, consistia em utilizar a Matemática aplicada como
meio de investigação e análise de fenômenos econômicos, e o raciocínio
lógico e as aplicações práticas (isto é, a aplicação a partir de fatos reais)
como meio de exposição desses mesmos fenômenos. Assim, considera-se
que seu método analítico-matemático foi uma de suas maiores
contribuições para a moderna Ciência Econômica.
A introdução do elemento tempo, por Marshall, na teoria
econômica conseguiu unir as duas mais fortes e antônimas teorias, de sua
época, sobre o valor.
Segundo a Economia Política Clássica, o valor é agregado pelo trabalho no
processo de produção; é, por conseguinte, o custo de produção. Por outro
lado, a Escola Marginalista entendia o valor de uma mercadoria através da
capacidade da mesma em satisfazer necessidades humanas, sendo definida
pela utilidade marginal.
Com a introdução do fator tempo, na distinção entre longos períodos e
curtos períodos, Marshall conseguiu determinar a importância tanto
do custo de produção (para longos períodos) como da utilidade
marginal (para curtos períodos), na formação do valor das mercadorias.
O debate de distritos industriais é lançado pelo autor no final do século
XIX mostrando as vantagens que, sobretudo, as pequenas empresas têm
quando se aglomeram em um território onde ocorre, devido à cooperação,
economias internas e externas
Knut Wicksell
Teorias
Economia[
Pareto introduziu o conceito de ótimo de Pareto e ajudou o
desenvolvimento da microeconomia com a ideia de curva de indiferença.
A partir de então, tal princípio de análise, conhecido com Lei de Pareto,
tem sido estendido a outras áreas e atividades, tais como a industrial e
a comercial, sendo mais amplamente aplicado a partir da segunda metade
do século XX.
Ver artigo principal: Eficiência de Pareto
Sociologia[
Na sociologia, Pareto contribuiu para a elevação desta disciplina ao estatuto
de ciência. Sua recusa em atribuir um caráter utilitário à ciência, mas antes
apontar para sua busca pela verdade independentemente de sua utilidade, o
faz distinguir como objeto da sociologia as ações não lógicas,
diferentemente do objeto da economia como sendo as ações lógicas.
A utilidade é o objeto das ações, enquanto que o da ciência é a verdade ao
que Pareto se propõe a estudar de forma lógica ações não lógicas, que,
segundo ele, são as mais comuns entre os seres humanos. O homem para
Vilfredo Pareto não é um ser racional, mas um ser que raciocina tão
somente. Frequentemente este homem tenta atribuir justificativas
pretensamente lógicas para suas ações ilógicas deixando-se levar pelos
sentimentos.
A relação entre ciência e ação para Pareto se dá diretamente com as ações
lógicas, uma vez que estas, ao se definirem pela coincidência entre a
relação objetiva e subjetiva entre meios e fins (tal relação é verdadeira
tanto objetivamente, constatada pelos fatos, quanto subjetivamente,
presente na consciência humana, que conhece os fatos), está pautada pelo
conhecimento das regularidades entre uma causa X e um efeito Y. No
entanto, a ciência é limitada, ela conhece parte dos fatos e está em
constante desenvolvimento, por isso, as ações baseadas nos conhecimentos
produzidos por ela serem raras sendo mais frequentes as ações não lógicas,
que não conhecem a verdade dos fatos, mas que são baseadas nas intuições
e emoções dos indivíduos e grupos.
Há, mesmo assim, probabilidades de sucesso nestas ações: aqueles que
agem motivados por um ideal podem produzir efeitos objetivos na
realidade, ainda que no curso de sua ação tenham que modificá-la para
adaptá-la às circunstâncias até então desconhecidas.
É preciso, no entanto, ressaltar que a ciência não pode resolver os
problemas impostos pela ação. Aquela não pode indicar quais os melhores
fins para esta, pode somente indicar os meios mais eficazes para atingi-los
uma vez escolhidos. A ciência, portanto, não se propõe a efetuar juízos de
valor a respeito das ações individuais ou da organização social, não poderá
solucionar seus problemas. Poderá sim criticá-los enquanto não lógicos, ou
seja, pautados numa relação falsa, não objetiva, entre meios e fins. Karl
Popper o considerou o "teórico do fascismo".
IRVING FISHER
Irving Fisher
Irving Fisher
Nascimento 27 de
fevereiro de 1867
Nova Iorque, Estados
Unidos
Morte 29 de
abril de 1947 (80 anos)
Nova Iorque, Estados
Unidos
Ideias pessoais
O público leigo talvez conheça Fisher mais por sua campanha pela
saúde e pela eugenia. Em 1898, ele descobriu ter tuberculose, a
doença que matou seu pai. Após três anos em sanatórios, Fisher
retornou ao trabalho com ainda mais energia e com uma segunda
vocação como um ativista da saúde. Ele defendeu
o vegetarianismo e os exercícios físicos, evitando carne vermelha e
escrevendo How to Live: Rules for Healthful Living Based on
Modern Science, um campeão de vendas nos Estados Unidos.
Em 1912, ele também se tornou um membro do conselho científico
da Eugenics Record Office e serviu como secretário da American
Eugenics Society.
Fisher também foi um forte crente na hoje ridicularizada pela teoria
da "sepse focal" do físico Henry Cotton, que acreditava que
os transtornos mentais era atribuídos a materiais infecciosos que
residiam nas raízes dos dentes, reentrâncias dos intestinos, e outros
lugares no corpo humano, sendo que a remoção cirúrgica desse
material infeccioso curaria a desordem mental do paciente. Fisher
acreditava nessas teorias tão profundamente que, quando sua
filha Margaret Fisher foi diagnosticada com esquizofrenia, ela teve
inúmeras seções de seu intestino e seu cólon removidos no hospital
do Dr. Cotton, posteriormente resultando na morte de sua filha.[12]
Fisher também foi um defensor fervoroso da proibição do álcool nos
Estados Unidos, e escreveu três livros pequenos argumentando que a
proibição justificava-se por razões de saúde pública e higiene, bem
como de produtividade e eficiência econômica, e deveria portanto
ser rigorosamente aplicada pelo governo dos Estados Unidos.[13]
Von BAWERK
Eugen Böhm Ritter von Bawerk, conhecido como Eugen von Böhm-
Bawerk (Brno, Morávia, 12 de fevereiro de 1851[1] — Viena, 27 de
agosto de 1914) foi um economista austríaco que fez importantes
contribuições para o desenvolvimento da chamada Escola Austríaca de
Economia.
Nascido Eugen Böhm, seu nome foi mudado para Eugen Böhm Ritter von
Bawerk, em 1854, quando seu pai foi elevado a cavaleiro (Ritter,
em alemão). Entretanto, normalmente assinava Eugen von Böhm-Bawerk
ou Eugen Böhm-Bawerk. Estudou direito na Universidade de Viena, onde
leu o livro Princípios de Economia, de Carl Menger. Embora nunca tenha
sido aluno de Menger, ele rapidamente tornou-se um partidário de suas
teorias. Joseph Schumpeter disse que Böhm-Bawerk "era tão
completamente entusiasmado discípulo de Menger que dificilmente é
necessário procurar outras influências". Durante o período na Universidade
de Viena, Böhm-Bawerk tornou-se amigo de Friedrich von Wieser, quem
mais tarde foi também seu cunhado.
Após completar seus estudos, entrou no ministério das finanças austríaco.
Böhm-Bawerk passou boa parte da década de 1880 na Universidade de
Innsbruck (1881-1889). Durante esse tempo publicou os primeiros dois (em
um total de três) volumes de sua magnum opus, Capital e Juro (Capital
and Interest). Em 1889 foi chamado a Viena pelo ministério das finanças
para esboçar uma proposta para a reforma tributária. O sistema austríaco
naquele momento tributava de forma pesada a produção, especialmente
durante a guerra, fornecendo desincentivos maciços ao investimento. A
proposta de Böhm-Bawerk sugeria um moderno imposto de renda, o qual
foi logo aprovado e teve grande sucesso nos anos seguintes.
Então tornou-se ministro das finanças austríaco em 1895. Serviu
brevemente, e novamente em uma outra ocasião, embora uma terceira vez
ele tenha permanecido no cargo de 1900 até 1904. Como ministro das
finanças ele lutou continuamente pela estrita manutenção do padrão
ouro legalmente fixado e um orçamento equilibrado. Em 1902 ele eliminou
o subsídio ao açúcar, o qual tinha sido uma característica do Império
Austríaco por quase dois séculos. Renunciou finalmente em 1904, quando
as crescentes demandas fiscais do exército ameaçaram desequilibrar o
orçamento.
Ele escreveu extensivas críticas ao pensamento econômico de Karl
Marx nas décadas de 1880 e 1890, e vários proeminentes marxistas —
incluindo Rudolf Hilferding— estiveram em seu seminário em 1905-06.
Ele voltou a lecionar em 1904, com uma cadeira na Universidade de Viena.
Ele ensinou muitos estudantes, entre eles Joseph Schumpeter, Ludwig von
Mises e Henryk Grossman. Böhm-Bawerk morreu em 1914.
JOHN HICKS
John Richard Hicks
Nascimento 8 de abril de 1904
Leamington Spa
Morte 20 de
maio de 1989 (85 anos)
Blockley
Nacionalidade Britânico
Prêmios Nobel de
Economia (1972)
Campo(s) Economia
Friedrich Hayek
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Friedrich Hayek
Nascimento 8 de maio de 1899
Viena, Cisleitânia, Áustria-
Hungria
Morte 23 de
março de 1992 (92 anos)
Friburgo em
Brisgóvia, Baden-
Württemberg, Alemanha
Nacionalidade Austríaco
Britânico
Influências
Lista[Expandir]
Influenciados
Lista[Expandir]
Prêmios Nobel de
Economia (1974), Prêmio
Hanns Martin
Schleyer (1984), Medalha
Presidencial da
Liberdade (1991)
Escola/tradição Escola Austríaca
Principais Economia, Filosofia
interesses Social, Filosofia
Política, Filosofia da
mente, Epistemologia
Ideias notáveis Ordem
espontânea, Conhecimento
disperso, Competição como
processo de
descoberta, Sinal de
preço, Demarquia, Crítica
ao cientificismo, Socialismo
e Nazismo como formas de
totalitarismo, Desestatização
do dinheiro, Modelo Hayek-
Hebb da mente
Assinatura
Primeiros anos
Friedrich von Hayek nasceu em 8 de Maio de 1889, em Viena. Seu
pai, August von Hayek, foi um renomado botânico e um notável médico.
Descendendo de uma família nobre, Hayek teve uma boa educação. Em
1919, porém, em razão de a Áustria banir os títulos de nobreza de seus
cidadãos, sua família teve de retirar a etiqueta “von” do nome. O pai de
Hayek deu sequência à tradição escolar da família, comprometendo-se com
a botânica e escrevendo vários tratados sobre o assunto. A tradição familiar
de estudos sobre as ciências biológicas influenciou bastante seus estudos
posteriores.
Hayek era primo-segundo do renomado filósofo Ludwig Wittgenstein, e
disse que provavelmente foi uma das primeiras pessoas a terem lido o
‘Tractatus Logico-Philosophicus’, a obra inovadora de Wittgesntein.
Quando criança, seu pai sugeriu que ele lesse as obras de Hugo de Vries,
juntamente com os trabalhos filosóficos de Ludwig Feuerbach. Durante
seus anos escolares, Hayek ficou muito impressionado com as palestras
sobre a ética aristotélica de um de seus tutores. Em 1917, foi para um
regimento de artilharia no exército Áustro-Húngaro, e lutou bravamente na
fronteira da Itália, perdendo parte da audição de sua orelha esquerda. Conta
David Gordon que Hayek, em suas aulas, costumava brincar com isso,
dizendo que era uma coincidência histórica ele ter perdido parte da audição
da orelha esquerda, enquanto Karl Marx havia perdido parte da audição da
orelha direita.[11] Depois da Primeira Guerra, Hayek trabalhou o resto da
vida buscando uma carreira acadêmica com o propósito principal de
impedir as situações que causaram a guerra.
Educação
Hayek tinha uma ânsia por conseguir conhecimento, e, durante seus anos
na Universidade de Viena, estudou extensivamente filosofia, psicologia e
economia, e recebeu doutorados em direito e ciência política. Entre seus
colegas de universidade, estavam pessoas que se tornariam proeminentes
economistas, como Fritz Machlup, Gottfried von Haberler e Oskar
Morgenstern. Durante o tempo em que a universidade permaneceu fechada,
Hayek se matriculou no Constantin von Monakow's Institute of Brain
Anatomy. Nesse tempo, ele usou bastante de seu tempo manchando células
cerebrais para estudá-las. O tempo gasto no Laboratório de Monakow deu
vazão à sua profunda curiosidade pelo trabalho de Ernst Mach, motivando
seu primeiro projeto acadêmico, na área de psicologia, o qual foi publicado
mais tarde sob o título de The Sensory Order (1952). Em seu último ano na
Universidade de Viena, o trabalho de Carl Menger sobre a estratégia
explanatória das ciências sociais, juntamente com a presença de Friedrich
Wieser na sala de tutorial, o influenciou permanentemente. Sob a tutela de
Wieser, Hayek recebeu mais um doutorado, dessa vez em economia.[12] Em
1923, foi para Nova York e, na New York University, inscreveu-se para o
programa de P.h.D, embora ele tivesse de retornar a Viena por falta de
dinheiro. Depois desse retorno a Viena, Hayek começou a focar seus
estudos na economia.
Casamento
Hayek se casou com Helen Berta Maria von Fritsch em Agosto de 1926.
Ela era secretária do escritório de serviço civil do governo da Áustria. Eles
tiveram duas crianças. Divorciaram-se, porém, em julho de 1950, e Hayek
se juntou a Helene Bitterlich.
Influência de Ludwig von Mises
Em Viena, ele trabalhou junto a Mises, um economista que, à época, era
conhecido principalmente por sua teoria monetária. Mises
escreveu Socialism, obra que Hayek admitiu, posteriormente, ter tido uma
ampla influência em seu pensamento. Segundo ele, Socialism (obra de
1922) fez com que ele abandonasse o pensamento socialista que tinha na
época. Na mesma época, Hayek, junto com seus colegas Felix
Kaufmann, Fritz Machlup, Alfred Schutz e Gottfried Haberler, passou a
frequentar o seminário privado de Ludwig von Mises.
Por recomendação de Wieser, quando voltou dos EUA, ele foi contratado
por Mises como diretor do Instituto Austríaco de Ciclos Econômicos.
Mises queria alguém que tivesse formação na área jurídica e entendesse de
economia. Para Wieser, Hayek tinha as duas virtudes, e foi, dessa maneira,
aceito no instituto. Por influência da Teoria Austríaca dos Ciclos
Econômicos, defendida na época por Mises, Hayek escreveu o
livro Monetary Theory and the Trade Cycle, em 1929.
Na London School of Economics
Em 1931, ele foi convidado por Lionel Robbins a apresentar quatro
palestras sobre economia monetária na Inglaterra, na London School of
Economics and Political Science (LSE). Devido às palestras, ele foi
nomeado para a universidade como ‘Tooke Professor of Economic Science
and Statistics’, cargo no qual permaneceu até 1950, naturalizando-se
britânico em 1938. Logo após entrar na LSE, Hayek se envolveu em um
debate com John Maynard Keynes, da Cambridge University, depois de ter
escrito uma extensa crítica ao livro A Treatise on Money (1930),
de Keynes; este replicou seu ataque criticando seu livro Prices and
Production(1931). Ambos os economistas foram criticados por outros
economistas, e isso os fez repensarem sobre suas próprias teorias. Keynes
concluiu sua autocrítica primeiro, publicando, em 1936, aquela que tornaria
sua obra mais conhecida, The General Theory of Employment, Interest and
Money. Já o livro de Hayek, The Pure Theory of Capital, foi aparecer
apenas em 1941, e teve uma repercussão muito menor do que a obra de
Keynes.
Em meados da década de 1930, ele também travou intenso debate com
outros economistas sobre o socialismo, i.e, sobre a viabilidade de um
sistema em que há a coletivização dos meios de produção. Tal debate
começou a ter mais notoriedade com Mises, que, no artigo Economic
Calculation in a Socialist Commomwealth (1920), afirma que, num sistema
no qual falta o mercado para meios de produção, não há, para os mesmos,
sistema de preços nem cálculo econômico racional.[20] No decorrer desse
debate houve a diferenciação da abordagem da Escola Austríaca em relação
às escolas neoclássicas.[21] No mesmo debate, Hayek desenvolveu suas
teses sobre a relação entre o uso e dispersão do conhecimento e o sistema
econômico. Segundo ele, o conhecimento de circunstâncias particulares, do
qual o sistema econômico depende para alocação de recursos, está na
maioria das vezes disperso na sociedade, tornando crucial a
descentralização de seu uso.[22][23] Esses trabalhos foram apresentados no
London Economic Club em 1936.
Durante os anos da Segunda Guerra, a LSE transferiu-se para Cambridge.
Nessa época, Hayek começou a criticar algumas doutrinas que ele rotulou
como "cientificismo", no sentido de tentativa de imitação do método
das ciências naturais (especificamente a física) pelas ciências sociais. Em
1944, publicou seu livro mais conhecido, The Road to Serfdom (O
Caminho da Servidão), no qual dedica-se a mostrar o risco representado
pelo planejamento econômico centralizado para a liberdade, entre vários
outros pontos que amplia e aprofunda em outras obras. No mesmo ano,
Hayek é eleito fellow na British Academy.
Pós-Guerra: Chicago e a Mont Pèlerin Society
Em 1950, ele deixou a LSE para participar do Comitê sobre o Pensamento
Social, na Universidade de Chicago. Seu primeiro curso foi um seminário
sobre filosofia da ciência, do qual participou a maioria dos mais renomados
cientistas da Universidade, incluindo Sewall Wright, Enrico Fermi e Leó
Szilárd. Após a Segunda Guerra Mundial, Hayek escreveu um trabalho
sobre a psicologia baseado em seus estudos na área quando na
Universidade de Viena, chamado The Sensory Order: An Inquiry into the
Foundations of Theoretical Psychology (1952). Nesse livro, Hayek teoriza
sobre o mecanismo de plasticidade cerebral e da organização
nos neurônios no cérebro de forma espontânea, sendo o cérebro um sistema
complexo. Segundo Steven Pinker, sua teoria que viria a antecipar muitos
desenvolvimentos futuros na psicologia. Além do mais, o mesmo despertou
certa atenção nas áreas de ciência cognitiva, ciência
computacional, neurociência, ciência comportamental e psicologia
[24][25][26][27]
evolutiva.
No mesmo ano, sua obra The Counter Revolution of Science (1952) foi
publicada. Nela, Hayek explica seus trabalhos sobre o "abuso da razão" e o
"cientificismo".
Em 1947, ele se reuniu com 39 eruditos de 10 países diferentes, em Mont
Pèlerin, nos Alpes Suíços. Esse foi o começo da Mont Pèlerin Society,
organização fundada com o objetivo de reunir intelectuais alinhados aos
princípios liberais em todo o mundo. Entre esses intelectuais,
estavam Lionel Robbins, Ludwig von Mises, Milton Friedman, Fritz
Machlup, Frank Knight, George Stigler, Walter Eucken, Aaron
Director, Michael Polanyi e o filósofo austríaco Karl Popper. Quanto à sua
relação com Popper, Hayek o ajudou a ir para a LSE e a publicar seu
livro A Sociedade Aberta e Seus Inimigos (1945).[28] Os dois permaneceram
amigos para o resto da vida, e ambos fizeram dedicatórias de livros entre
si.[29]
Hayek permaneceu em Chicago por 12 anos. Lá, ele escreve artigos sobre
vários assuntos, como filosofia política, história das ideias e metodologia
das ciências sociais. Aspectos dessa ampla gama de assuntos foram
mostrados em seu livro The Constitution of Liberty (1960) e em sua
coletânea de artigos Studies in Philosophy, Politics and Economics (1967).
Saída de Chicago, nobel e últimos anos
Em 1962, ele deixa a Universidade de Chicago e vai para a Universidade
de Friburgo em Breisgau, na Alemanha Ocidental. Lá ele permaneceu até
1968, quando aceitou o cargo de professor honorário na Universidade de
Salzburg, na Áustria.
Hayek ganhou o prêmio Nobel de economia em 1974, "por seu trabalho
pioneiro na teoria da moeda e flutuações econômicas e pela análise
penetrante da interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e
institucionais", o qual, ironicamente, foi dividido com um de seus maiores
rivais ideológicos, o economista social-democrata Gunnar Myrdal. Hayek
foi um pouco polêmico no banquete de gala do prêmio, dizendo: "... se
tivesse sido consultado sobre o estabelecimento ou não de um Prêmio
Nobel de economia, eu certamente teria sido decididamente contrário."
Porque, segundo ele, "o Prêmio Nobel confere a um indivíduo uma
autoridade que, em economia, nenhum homem deve possuir."[30] O Nobel
fez com que Hayek se revigorasse intelectualmente, voltando de forma
mais consistente à produção intelectual.[31]
Hayek retornou a Friburgo em 1977, e finalizou seu trabalho de três
volumes Law, Legislation and Liberty,[32] [33] uma obra de suas obras mais
abrangentes e importantes.
Um aspecto polêmico do pensamento de Hayek é ilustrado quando, após
uma visita ao Chile do governo de Pinochet, que havia derrubado o
governo socialista de Allende, Hayek disse, em uma carta para o The
Times (1978): "Eu não fui capaz de encontrar uma única pessoa, mesmo no
tão caluniado Chile, que não concordou que a liberdade pessoal estava
muito maior sob Pinochet do que sob Allende".[34][35] Segundo Hayek, a
democracia deve ser considerada como um meio, não como um fim em si
mesmo.[36] Liberalismo é diferente de democracia, sendo que o contrário de
liberalismo é totalitarismo, enquanto o de democracia é autoritarismo.[37]
Com a deterioração de sua saúde, o filósofo William Bartley III editou e
encarregou-se de publicar sua última obra, The Fatal Conceit: The Errors
of Socialism (em português, A Arrogância Fatal: Os Erros do
Socialismo[38]), em 1988. Essa obra fala sobre alguns tópicos que haviam
sido desenvolvidos a partir do Posfácio do último volume de Law,
Legislation and Liberty. Há, embora, algumas suspeitas de que partes dela
foram escritas por William Bartley, em razão da debilitada saúde de
Hayek.[39][40]
Hayek faleceu em 1992, com 92 anos de idade, chegando a ter visto
a queda da União Soviética e a reunificação da Alemanha.[33]
Principais ideias
Quando na Universidade de Viena, Hayek se dedica à observação de
células neurais, e desenvolve um pequeno rascunho desse trabalho. Mais
tarde, depois de revisões e ampliações, o livro The Sensory Order: An
Inquiry into The Foundations of Theoretical Psychology (1952), viria a
ser publicado. Nele, Hayek argumenta sobre a tese que viria a se chamar
"conexionismo", em que a mente é vista como um sistema adaptativo.
Segundo Pinker, essa tese antecipou vários trabalhos posteriores em teoria
da mente e psicologia.[41]
Nas décadas de 1920 e 1930, Hayek publica uma grande quantidade de
trabalhos sobre os ciclos econômicos, teoria dos preços e teoria do capital.
Ele amplia a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos, desenvolvida
inicialmente por Mises. Segundo Hayek, a principal causa dos ciclos
econômicos começa a partir de uma sinalização de taxa de juros enganosa
(geralmente, juros muito baixos). Por não se constituir da taxa que se
formaria em um livre mercado, ela não transmite informações cruciais que
deveriam orientar as ações dos agentes econômicos. Investimentos que,
nesse momento, parecem corretos, serão vistos como má-alocações de
recursos no futuro, sendo a recessão a fase de recuperação desses erros
alocativos. Essas questões geraram intensos debates com John Maynard
Keynes, o que fez com que Hayek publicasse, posteriormente, o livro The
Pure Theory of Capital (1941), e John Maynard Keynes The General
Theory of Employment, Interest and Money. Os trabalhos de Hayek nessa
época viriam a ser um dos maiores responsáveis para que ele ganhasse
o Prêmio Nobel de economia em 1974.[42]
Hayek edita Colletivist Economic Planning, obra na qual ele traduz o
artigo Economic Calculation in the Socialist Commomwealth do alemão
para o inglês, introduzindo as ideias de Mises nos países de língua inglesa.
Na obra há artigos contra e a favor da viabilidade de um sistema socialista,
e Hayek escreve uma introdução e uma conclusão. Na década de 1930, ele
escreve teses que dizem respeito ao uso e transmissão do conhecimento na
sociedade e no sistema econômico, que tiveram como inspiração suas
ideias desenvolvidas no debate sobre o cálculo econômico sob o
socialismo. Nesses artigos, publicados posteriormente em Individualism
and Economic Order (1948), ele enfatiza a função dos preços como
transmissores de conhecimento, e do mercado como um sistema que
economiza informação.[43] Nessa coletânea, está presente um de seus
artigos mais famosos, The Use of Knowledge in Society.[44] Em outros
textos da mesma coletânea, ele começa a desenvolver a ideia de que o
principal papel do empresário é descobrir informações em constante
mudança que são relevantes para o processo produtivo e se adaptar a elas,
transmitindo essa informação via preços a todo o mercado, de forma que
este se adapte a esse conhecimento adquirido.[45] Em Economics and
Knowledge, ele critica a ideia de que a economia é uma ciência puramente
a priori. Segundo ele, quando passamos da análise de um único indivíduo
para a análise de processos sociais, é preciso adicionar hipóteses sobre
como o conhecimento é adquirido, como os indivíduos formam
expectativas e como aprendem com suas experiências – o que não é
derivado a priori e é, ao menos em princípio, passível de
falsificação.[46][47] A priori seria apenas a lógica da ação individual, a forma
como se dá a escolha dos indivíduos, baseada numa estrutura de meios e
fins. Qualquer teoria econômica que dá como certa, implícita ou
explicitamente, a existência de uma tendência ao equilíbrio já deve
pressupor essas hipóteses sobre o aprendizado dos agentes.[48][49]
No que viria a ser seu livro mais famoso, O Caminho da Servidão, Hayek
diz que o planejamento central feito pelo Estado resulta em totalitarismo e
opressão. O controle da economia (os meios para nossos fins), acaba
deixando o indivíduo numa situação de escravidão e dependência em
relação a quem realiza o planejamento.[50] Nesse sentido, o socialismo
soviético e o nazifascismo se assemelhariam.[51] O planejamento central
necessariamente viola o Estado de Direito e a igualdade perante à lei,
porque o uso da coerção seria arbitrário e deveria fazer distinção de
indivíduo para indivíduo.[52] O planejamento também é anti-democrático,
porque a necessidade de decisões rápidas sobre onde, quanto e a quem
alocar os recursos impossibilitaria que as ações do Estado fossem regidas
pelo consenso da maioria.[53] Esse livro viria a influenciar uma ampla
geração de liberais e mudar as ideias da época para serem menos favoráveis
ao socialismo soviético.
Em Capitalism and the Historians, ele edita e escreve a introdução de um
livro em que há participação de vários autores, e que tem por objetivo
refutar alguns mitos acerca do capitalismo; em específico, aquele que diz
que a Revolução Industrial causou a diminuição da qualidade de vida na
Inglaterra.[54] Em The Counter-Revolution of Science ele faz uma crítica
ao que ele chamou de "scientism" (cientificismo), que é a tentativa de
aplicar os princípios das ciências naturais (a física, em específico), às
ciências sociais.[55] Ele faz tanto uma exposição teórica dos princípios das
duas ciências, quanto uma análise histórica da tendência
criticada.[56]Segundo ele, isso foi indiretamente responsável pelas propostas
de controle econômico da vida social.[57]
Em The Constitution of Liberty (1960),[58] Hayek procura escrever um
tratado que reintroduza as ideias liberais para o seu tempo.[59] Quando
escrevendo-o, Hayek procurou que fosse sua obra mais ambiciosa. Na
primeira seção, ele define liberdade, mostra suas vantagens e discute sua
relação com conceitos como "responsabilidade" e "decisão da maioria". Na
segunda seção, ele escreve a história do liberalismo e do conceito de Estado
de Direito, ou império da lei, mostrando a relação entre as duas ideias, que
muitas vezes se confundiam. Ele ainda faz críticas ao positivismo jurídico.
Na terceira seção, ele busca traçar os limites da atividade estatal na
economia com base nos princípios do liberalismo clássico discutidos nas
duas outras seções, princípios esses que não geram como conclusão,
necessariamente, a fórmula do laissez-faire.[60][61]
Um dos motivos de Hayek enfatizar a importância do Estado de Direito (ou
Rule of Law, Império da Lei) parte de suas ideias sobre o conhecimento, de
que a descentralização leva em conta uma quantidade maior de
conhecimento. Um Estado cujas ações coercitivas se baseiam em leis
gerais, igualmente aplicáveis a todos, que não distinguem de indivíduo para
indivíduo, proporciona a melhor estrutura na qual as pessoas podem usar
seus próprios conhecimentos para seus próprios fins. Um Estado
centralizador e planejador, ao contrário, e que portanto não respeita o Rule
of Law, dificulta o planejamento descentralizado e a utilização do
conhecimento amplamente disperso na sociedade. Além disso, uma
sociedade (ou indivíduo) constantemente à mercê da vontade arbitrária de
alguém, em oposição a regras claras e fixas, não pode se dizer livre no
sentido próprio do termo. A lei verdadeira é, no mesmo sentido de Locke
ou Kant, a restrição da liberdade (absoluta) de alguns para garantir a
liberdade de todos.[62] [63]
Na década posterior à publicação do livro, ele desenvolve estudos sobre a
ordem espontânea, e desenvolve teses que relacionam as ordens
espontâneas da natureza e da sociedade. Muitas dessas ideias foram
emprestadas do estudo da cibernética.[64] Com influência das ideias de seu
amigo Popper, ele trabalha sobre a epistemologia e o estudo de fenômenos
complexos, tendo por artigo mais notável nessa área The Theory of
Complex Phenomena. Ele argumenta que, em fenômenos complexos, é
possível apenas a previsão do padrão ou princípio de funcionamento do
fenômeno, e nunca as características específicas que se apresentarão. Um
exemplo notável disso é a teoria da evolução, em que não é possível a
previsão de, por exemplo, qual espécie irá surgir, mas apenas o princípio de
como se dará esse processo de surgimento.[65]Isso se aplica também à
própria economia: as variáveis são tão grandes que é basicamente
impossível fazer uma previsão de quais serão os preços em dada
situação.[66]
Posteriormente, ele publica um grande tratado sobre direito e liberalismo,
chamado Law, Legislation and Liberty, que viria a ser um complemento às
ideias desenvolvidas em The Constitution of Liberty.[67] Publicado em três
volumes separados, os principais diferenciais do livro foram: o tratamento
do papel do juiz numa sociedade livre, do sistema de commom law e a
ênfase na ordem espontânea em oposição à ordem planejada (no volume
1);[68] a crítica às modernas concepções de justiça social (no volume 2);[69] e
a apresentação de um sistema de governo apelidado por ele
de demarquia, em que a democracia só existiria respeitando os princípios
do Estado de Direito (no volume 3).[70] Hayek vê nas democracias
contemporâneas o problema da centralização e da degeneração do direito.
Para ele, o constitucionalismo liberal, da forma como foi interpretado,
falhou. Ele propõe uma democracia limitada na qual a divisão dos poderes
tornaria quase impossível desrespeitar o Estado de Direito, ou seja, as
normas de justa conduta nomos que garantem a liberdade em
sociedade.[71][72] Em relação à justiça social, Hayek diz que ela é uma
expressão vazia de sentido. Justiça é um atributo de conduta individual, e
nenhuma regra geral sobre o comportamento humano é capaz de levar a um
padrão de distribuição de recursos pré-definido. Além disso, não há
critérios objetivos para se dizer que um padrão de distribuição de recursos é
mais "justo" que outro padrão.[73] No primeiro volume, ele também discorre
sobre a importância de se ater a princípios na defesa da liberdade.[74]
Em The Denationalization of Money (1976),[75] Hayek desenvolve o
argumento de que o fim do monopólio do Estado sobre a moeda – i.e, a
possibilidade de cunhagem e uso de moedas privadas – seria mais
vantajoso que o nosso sistema atual, sendo também uma forma de evitar
a inflação.[76][77] Neste sentido, defendia o modelo de free banking, (sistema
bancário livre de quaisquer regulametações).[75]
Em The Fatal Conceit (1988), publicado quando Hayek já estava com
saúde debilitada, há a exposição de algumas ideias sobre evolução social ou
cultural. As regras morais e a cultura seriam resultado de um processo
evolucionário que se dá, principalmente, por aprendizado de práticas
sociais por imitação, e posteriormente seleção do grupo com práticas
sociais mais capazes de levá-lo à prosperidade e aumento do número de
indivíduos.[78][79] A linguagem, a cultura, a moral, o direito, o comércio, a
propriedade privada, etc, todos seriam exemplos de instituições que
resultaram da evolução de práticas sociais, que não acontece por decisão
das pessoas diretamente a construírem tais instituições, sendo elas
resultados não planejados ou não desenhados, porém que usam de um
conhecimento que nenhum indivíduo sozinho é capaz de centralizar.[80] A
"arrogância fatal" seria tentar desenhar essas instituições sem se dar conta
da limitação do nosso conhecimento.[81]
Bibliografia
Biografia
Ludwig von Mises nasceu em Lemberg, no Império Austro-
Húngaro (hoje Lviv na Ucrânia), filho de pais judeus. O seu pai trabalhava
como engenheiro na cidade, e como descendentes de famílias de grande
fortuna (seu bisavô paterno inclusive havia recebido de Francisco José I o
título de edler) o jovem Ludwig e seu irmão Richard, que deixou
contribuições na área de engenharia mecânica, tiveram uma infância
confortável e que lhes proporcionou uma esmerada educação. Assim, aos
doze anos, Ludwig falava fluentemente alemão, polonês e francês, lia
em latim, e entendia o ucraniano.[5]
Quando Ludwig e Richard ainda eram pequenos, sua família voltou
para Viena, onde tinha raízes. Em 1900, Mises frequentou a Universidade
de Viena, sendo influenciado pelos trabalhos de Carl Menger.
Entre 1904 e 1914 Mises assistiu às aulas do economista austríaco Eugen
von Boehm-Bawerk, tendo concluído seu doutorado em 1906.
“ O único fato sobre a Rússia sob o regime soviético com que todas
as pessoas concordam é: que a qualidade de vida do povo Russo é
muito menor do que a do povo no pais que é universalmente
considerado como o paradigma do capitalismo, os Estados Unidos.
Se fôssemos considerar o regime soviético um experimento
científico, poderíamos dizer que a experiência demonstrou
claramente a superioridade do capitalismo e a inferioridade do ”
socialismo.[18]
Karl Marx
Influências
Algumas das principais leituras e estudos feitos por Marx são:[46]
Marx em 1867.
Marx empreendeu um minucioso estudo de grande parte da teoria
econômica ocidental, desde escritos da Grécia antiga até obras que lhe
eram contemporâneas. As contribuições que julgou mais fecundas foram as
elaboradas por dois economistas políticos britânicos: Adam Smith e David
Ricardo (tendo predileção especial por Ricardo, a quem chamava de "o
maior dos economistas clássicos"). Na obra deste último, Marx encontrou
conceitos – então bastante utilizados no debate britânico – que, após
fecunda revisão e re-elaboração, adotou em definitivo, como os
de valor, divisão social do trabalho, acumulação primitiva e mais-valia. A
avaliação do grau de influência da obra de Ricardo sobre Marx é bastante
desigual. Estudiosos pertencentes à tradição neo-ricardiana tendem a
considerar que existem poucas diferenças cruciais entre o pensamento
econômico de um e outro; já estudiosos ligados à tradição marxista tendem
a delimitar diferenças fundamentais entre eles.[56][48][57] Apesar de Marx ter
sido influenciado pelo utilitarismo radical de Jeremy Bentham na área
econômica, ele admite que a sociedade possa dedicar parte de seu tempo a
atividades não produtivas depois de que ela tenha atingido seus objetivos
econômicos.[58]
Colaboração de Engels
Friedrich Engels exerceu significativa influência sobre as reflexões
intelectuais de Marx, principalmente no início da associação entre ambos,
período em que dirigiu a atenção de Marx para a economia Política e a
história econômica da Europa. Após a morte deste, Engels tornou-se não só
o organizador dos muitos manuscritos incompletos e/ou inéditos legados,
mas também o primeiro intérprete e sistematizador das ideias de Marx.
Engels igualmente se ocupou, desde bem antes do falecimento de seu
amigo, de redigir exposições em termos populares das ideias de Marx,
visando facilitar sua difusão.[59]
A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades
capitalistas, mas é uma crítica que não se limita a teoria em si: Marx se
posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre
pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais
(categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma
totalidade complexa.[60]
O marxismo constitui-se como a concepção materialista da História, longe
de qualquer tipo de determinismo, mas compreendendo a predominância da
materialidade sobre a ideia, sendo esta possível somente com o
desenvolvimento daquela, e a compreensão das coisas em seu movimento,
em sua inter-determinação, que é a dialética. Portanto, não é possível
entender os conceitos marxianos — como forças produtivas ou capital —
sem levar em conta o processo histórico, pois não são conceitos abstratos e
sim uma abstração do real, tendo como pressuposto que o real é
movimento.[61]
Karl Marx compreende o trabalho como atividade fundante da
humanidade.[62][63] E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana,
se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social. Sendo os
homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e
suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade.
Esta compreensão e concepção do homem é radicalmente revolucionária
em todos os sentidos, pois é a partir dela que Marx irá identificar
a alienação do trabalho como a alienação fundante das demais. E com esta
base filosófica é que Marx compreende todas as demais ciências, tendo sua
compreensão do real influenciado cada dia mais a ciência por sua
consistência.[64]
Metodologia
Segundo Marx, Hegel e seus seguidores criaram uma dialética mistificada,
que buscava explicar a história mundial a partir da economia [65] e como
auto-desenvolvimento da Ideia absoluta.
Já os economistas clássicos naturalizavam e desistoricizaram o modo de
produção capitalista, concebendo a dominação de classe burguesa como
uma ordem natural das relações econômicas, a partir de um conceito
abstrato de indivíduo, homo economicus. Por isso, os economistas clássicos
recorriam a "robsonadas", isto é, narrativas de trocas de produtos entre
caçadores e pescadores primitivos, para ilustrar as suas teorias econômicas.
Marx atribuía essa mistificação ao fetichismo da mercadoria, e não a uma
intenção consciente.[66]
Em oposição aos filósofos idealistas e aos economistas clássicos, Marx
propunha a investigação do desenvolvimento histórico das formas de
produção e reprodução social, partindo do concreto para o abstrato e do
abstrato para o concreto[67]
Classes sociais
Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se
extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção.
Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada, sendo a classe
dominante aquela que mantém poder sobre os meios de produção e a classe
dominada a que se sujeita a dominante para obter os bens produzidos. O
Estado aparece para representar os interesses da classe dominante[68] e cria,
para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses
aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o
desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas,
religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos
proprietários dos meios de produção.
Crítica da religião
Marx cerca de um ano antes de sua morte, em 1882.
Recepção da obra
Durante a vida de Marx, suas ideias receberam pouca atenção de outros
estudiosos. Talvez o maior interesse tenha se verificado na Rússia, onde,
em 1872, foi publicada a primeira tradução do Tomo I de O Capital.
Na Alemanha, a teoria de Marx foi ignorada durante bastante tempo, até
que, em 1879, Adolph Wagner, um alemão estudioso da economia política,
comentou o trabalho de Marx ao longo de uma obra intitulada Allgemeine
oder theoretische Volkswirthschaftslehre. A partir de então, os escritos de
Marx começaram a atrair cada vez mais atenção.
Ao final do século XIX, o principal local de debate da teoria de Marx era
o Partido Social-Democrata da Alemanha. Contudo, nos primeiros anos
após sua morte, sua teoria obteve crescente influência intelectual e política
sobre os movimentos operários e, em menor proporção, sobre os círculos
acadêmicos ligados às ciências humanas – notadamente na Universidade de
Viena e na Universidade de Roma, primeiras instituições acadêmicas a
oferecerem cursos voltados para o estudo de Marx.
Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado
de Kant, Nietzsche e Hegel um de seus grandes representantes. Foi um dos
maiores (para muitos, o maior) pensadores de todos os tempos, tendo uma
produção teórica com a extensão e densidade de um Aristóteles, de quem
era um admirador. Marx criticou ferozmente o sistema
filosófico idealista de Hegel. Enquanto que, para Hegel, "da realidade se
faz filosofia", para Marx, a filosofia precisa incidir sobre a realidade. Para
transformar o mundo, é necessário vincular o pensamento à prática
revolucionária, união conceitualizada como práxis: união entre teoria e
prática.
Legado
Estatueta de Marx e Engels. Parte do Fórum Marx-Engels em Berlim-
Mitte.
As ideias de Marx tiveram um profundo impacto na política mundial e
pensamento intelectual. Os seguidores de Marx vêm debatendo entre si
sobre como interpretar seus escritos e aplicar seus conceitos para o mundo
moderno. O legado do pensamento de Marx tornou-se objeto de
contestação entre inúmeras tendências, cada uma se vendo como a
intérprete mais precisa de Marx. Na esfera política, estas tendências
incluem o leninismo, marxismo-
leninismo, trotskismo, maoísmo, luxemburguismo e o marxismo libertário.
Várias correntes também se desenvolveram no marxismo acadêmico,
muitas vezes sob influência de outros pontos de vista, resultando
no marxismo estruturalista, marxismo histórico, fenomenológica
marxista, marxismo analítico e marxismo hegeliano.
Do ponto de vista acadêmico, a obra de Marx contribuiu para o nascimento
da sociologia moderna. Ele tem sido citado como um dos três mestres da
"escola cínica" do século XIX, ao lado de Friedrich Nietzsche e Sigmund
Freud,[91] e como um dos três principais arquitetos da ciência social
moderna juntamente com Émile Durkheim e Max Weber. Em contraste
com outros filósofos, Marx ofereceu teorias que, muitas vezes, poderiam
ser testadas com o método científico. Tanto Marx quanto Auguste Comte
começaram a desenvolver ideologias cientificamente fundadas durante a
secularização européia e novos desenvolvimentos na filosofia da história e
ciência. Trabalhando na tradição hegeliana, Marx rejeitou o positivismo
sociológico comtiano na tentativa de desenvolver uma ciência da
sociedade. Karl Löwith considerou Marx e Søren Kierkegaard os dois
maiores sucessores filosóficos de Hegel. Na teoria sociológica moderna,
a sociologia marxista é reconhecida como uma das principais perspectivas
clássicas. Isaiah Berlin considera Marx o verdadeiro fundador da sociologia
moderna, "na medida em que qualquer um pode reivindicar o título". Além
da ciência social, ele também teve um legado duradouro na filosofia,
na literatura, nas artes e nas humanidades.
Mapa dos países que se declararam estados socialistas sob uma definição
marxista-leninista ou maoísta entre 1979-1983. Este período marcou a
maior extensão territorial dos Estados socialistas.
Na teoria social, pensadores do século XX e XXI adotaram duas estratégias
principais em resposta a Marx: a primeira, conhecida como marxismo
analítico, tende a reduzi-lo ao seu núcleo analítico, e precisa sacrificar suas
ideias mais interessantes e intrigantes; a segunda, mais comum, dilui as
reivindicações explicativas da teoria social de Marx e enfatiza a
"autonomia relativa" dos aspectos da vida social e econômica, não
diretamente relacionadas com a narrativa central de Marx: a interação entre
o desenvolvimento das forças de produção e a sucessão dos modos de
produção. Nesta segunda estratégia, incluem-se, por exemplo, a
teorização neomarxista — adotada pelos historiadores inspirados na teoria
social de Marx como E. P. Thompson e Eric Hobsbawm — e a linha de
pensamento adotada por pensadores e ativistas como Antonio Gramsci, que
têm procurado entender as oportunidades e as dificuldades da prática
política transformadora vista à luz da teoria social marxista. Gramsci
desenvolveu o conceito de revolução passiva, a qual é definida como
"revolução sem revolução".
Politicamente, o legado de Marx é mais complexo. Ao longo do século XX,
ocorreram revoluções em dezenas de países que se autorotularam de
"marxistas", mais notavelmente a Revolução Russa, que levou à fundação
da URSS. Líderes mundiais como Vladimir Lenin, Mao Zedong,[ Fidel
Castro, Salvador Allende, Josip Tito e Kwame Nkrumah citaram Marx
como uma influência, e suas ideias estão presentes em vários partidos
políticos em todo o mundo, além daqueles onde ocorreram "revoluções
marxistas". As ditaduras brutais associadas com algumas nações marxistas
levaram oponentes políticos a culpar Marx por milhões de mortes, mas a
fidelidade destes líderes, partidos e revoluções à obra de Marx é contestada
e rejeitada por muitos marxistas. Atualmente, é comum distinguir entre o
legado e a influência de Marx especificamente, e o legado e influência de
suas ideias para fins políticos.
Críticas
Memorial de Karl Marx em Moscou, escrito: Proletariados de todo mundo,
uni-vos!
Em A Miséria do Historicismo (1936), Karl Popper discorda de Marx
quanto à história ser regida por leis que, se compreendidas, podem
servir para se antecipar o futuro. Segundo Popper, a história não pode
obedecer a leis e a ideia de "lei histórica" é uma contradição em si
mesma Já em A sociedade aberta e seus inimigos (1945), Popper afirma
que o historicismo conduz necessariamente a uma sociedade "tribal" e
"fechada", com total desprezo pelas liberdades individuais. Popper
considera Marx como "não-científico" também porque sua teoria não é
passível de contestação. Uma teoria científica tem que ser falseável - caso
contrário, é incluída no campo das crenças ou ideologias. Resta saber, é
claro, se afirmações sobre fatos históricos, necessariamente únicos, podem
ser, nos termos de Popper, falseáveis.
Ludwig von Mises, em Ação Humana – um tratado de Economia (1949),
tentou demonstrar a impossibilidade de se organizar uma economia nos
moldes socialistas, pela ausência do sistema de preços, que, segundo ele,
funcionaria como sinalizador aos empreendedores acerca das necessidades
dos consumidores. Aponta, desta forma, que cálculo econômico sem o
equivalente universal (dinheiro) só poderia ser medido pelo tempo de
trabalho. Mises ainda levanta que estatizar todos os produtos acabaria com
o mercado, e na ausência da lei da oferta e da demanda não seria possível
fazer o cálculo de preço. Sem o cálculo de preço, seria inviabilizada
a economia planificada - e consequentemente o socialismo.[118] Mises
também refinou argumentos formulados por Eugen von Böhm-Bawerk na
obra Marxism Unmasked: From Delusion to Destruction.
Raymond Aron em O ópio dos intelectuais (1955), criticou de forma
agressiva os intelectuais seguidores de Marx e condenou a teoria da
revolução e o determinismo histórico.
Eric Voegelin relata em seu livro Reflexões Autobiográficas que, induzido
pela onda de interesse sobre a Revolução Russa de 1917, estudou O
Capital de Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém,
durante seu curso universitário, ao estudar disciplinas de teoria
econômica e história da teoria econômica, aprendera o que estava errado
em Marx. Voegelin afirma que Marx comete uma grave distorção ao
escrever sobre Hegel. Como prova de sua afirmação, cita os editores
dos Frühschiften (Escritos de Juventude) de Karl Marx (Kröner, 1953),
especialmente Siegfried Landshut, que dizem o seguinte sobre o estudo
feito por Marx da Filosofia do Direito de Hegel:
"Ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, se nos é dado falar desta
maneira, Marx transforma todos os conceitos que Hegel concebeu como
predicados da ideia em enunciados sobre fatos".
Marx acreditava que a história humana é regida pela luta de
classes. Para Pitirim Sorokin, a história do mundo não é definida
unicamente pelo conflito entre as classes sociais e, segundo ele:
"A cooperação entre as classes sociais, é um fenômeno ainda mais
universal do que o antagonismo entre elas."
Apesar de dizer que Marx trouxe, em alguns aspectos, um progresso maior
para a sociedade do que figuras como Margaret Thatcher,em Thinkers of
the New Left (1985), Roger Scruton afirma:
"Consideremos as teorias de Karl Marx: desde sua primeira aparição, estas
têm despertado as controvérsias mais vivas e é pouco provável que tenham
permanecido intocadas. O fato, me parece, é que todas as teorias marxistas
já foram refutadas em sua essência: a teoria da história por
Maitland, Weber e Sombart; a teoria do valor por Eugen von Böhm-
Bawerk, Mises, Sraffa e muitos outros; a teoria da consciência
falsa, alienação e luta de classes por um vasto grupo de pensadores, de
Mallock a Sombart e Popper e de Hayek a Aron."
Revendo posições anteriores sobre a ideia de reformismo ontológico, o
historiador marxista Jacob Gorender afirma que o proletariado é
ontologicamente, em si, reformista, e descarta uma teleologia na história,
em sua obra Marxismo sem utopia (1999).