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REGIMENTO INTERNO ESQUEMATIZADO – TRE-RJ

Professor Gilcimar Rodrigues

SUMÁRIO

1) Noções Gerais.........................................................................................4

2) Estrutura do Poder Judiciário.....................................................................6

3) Da Justiça Eleitoral..................................................................................7

4) Estrutura da Justiça Eleitoral.....................................................................8

5) Do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro......................................... 10

Questões de Concurso................................................................................ 23

Gabarito................................................................................................... 28

Questões Comentadas................................................................................ 29

Exercícios para Fixação.............................................................................. 31

Gabarito .................................................................................................. 33

Questões Comentadas................................................................................ 34

Simulado.................................................................................................. 38

Gabarito................................................................................................... 39

Questões Comentadas................................................................................ 40

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Professor Gilcimar Rodrigues

GILCIMAR RODRIGUES

Mestrando em Direito pela UCB – Universidade Católica de Brasília, na


linha de pesquisa Direito, Ciências, Instituições e Desenvolvimento.
Pós-graduado em Docência de Ensino Superior; possui graduação em
Direito pela UDF – Centro Universitário do Distrito Federal. Atualmente
é professor em diversos cursos preparatórios para concurso público;
servidor público efetivo do Conselho Nacional do Ministério Público;
e colaborador na assessoria de Gabinete de Procurador de Justiça do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Tem experiência na
área de Direito, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente
nos seguintes temas: Ministério Público, setor público, contrato admi-
nistrativo, licitação pública, regimento interno e concurso público.

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO


RIO DE JANEIRO – ESQUEMATIZADO

Olá, amigos e amigas! Estamos disponibilizando o Regimento Interno do Tribu-

nal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro Esquematizado para auxiliar no

seu estudo de reta final para o concurso!

É um material complementar com o objetivo de destacar os principais pontos do

Regimento Interno. Nisso, vamos esquematizar os artigos exigidos pelo edital, que

contemplam a organização do TRE do Rio de Janeiro. É salutar compreender todos

os aspectos dos órgãos, como a composição, os nomes, as escolhas, as eleições etc.

Então, você tem excelentes razões para se dedicar ao concurso do TRE-RJ, e

este trabalho auxiliará na sua conquista.

Muito bem. Depois dessas breves considerações sobre o concurso do TRE, va-

mos em frente! Começaremos com as noções básicas e gerais do Poder Judiciário;

após, analisaremos a Justiça Eleitoral, os aspectos do TRE, os principais artigos do

Regimento Interno, muitos esquemas e, para fechar com chave de ouro, teremos

exercícios para fixação de conteúdo!

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1) NOÇÕES GERAIS

O Poder Judiciário é consagrado expressamente pela Carta Magna como um

poder autônomo e independente. Além disso, a Constituição Republicana intitulou

a independência dos Poderes como cláusula pétrea. Em linhas gerais, ao Poder

Judiciário cabe exercer funções típicas e atípicas para contemplar suas atribuições

previstas na Constituição Federal.

Na função típica, o Judiciário é responsável por dirimir eventuais conflitos entre

indivíduos. Obviamente, essa previsão não se resume às funções típicas do Poder

Judiciário, tendo em vista que há diversas funções típicas, como ser guardião do

ordenamento jurídico na aplicação do bom direito, sendo a última voz na obtenção

dos resultados democráticos de uma sociedade.

Não se consegue conceituar um verdadeiro Estado democrático de direito sem

a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente para que exerça sua

função de guardião das leis1.

O objetivo do presente material não é esgotar as clássicas funções típicas do

Poder Judiciário, mas apenas sedimentar uma definição simples para compreender

os aspectos do Regimento Interno dos Tribunais.

Em suma, compete ao Poder Judiciário exercer, tipicamente, a função jurisdicio-

nal do Estado: dirimir definitivamente eventuais conflitos de interesses resistidos

ou não de uma determinada sociedade, com a devida imparcialidade, impessoali-

dade e equidade entre as partes.

Na lição de Arruda Alvim, “podemos, assim, afirmar que a função jurisdicional é

aquela realizada pelo Poder Judiciário, tendo em vista aplicar a lei a uma hipótese

controvertida mediante processo regular, produzindo, afinal, coisa julgada, com o

que substitui, definitivamente, a atividade e vontade das partes”.

1
Moraes, Alexandre de. Direito Constitucional – 24 Ed. São Paulo; 2009; pág. 501.

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No âmbito das funções atípicas, o Poder Judiciário reveste-se de atribuições não

comuns, normalmente pertencentes a funções de outros Poderes. Essas funções

atípicas do Poder Judiciário são de natureza administrativa e legislativa. Ou seja,

para o Poder Judiciário se organizar internamente, faz-se necessária a utilização de

funções atípicas de cunho administrativo ou legislativo.

As funções atípicas administrativas são, por exemplo, o procedimento adminis-

trativo para a nomeação dos aprovados no concurso específico do Poder Judiciário

ou, ainda, as licitações públicas para a contratação de empresa na prestação de

serviço ao Poder Judiciário ou no fornecimento de bens ou materiais às unidades

jurisdicionais.

O art. 96, inciso I e suas alíneas, da Constituição Federal destaca alguns exem-

plos da função atípica administrativa do Poder Judiciário.

Além disso, o Poder Judiciário também desempenha funções atípicas legislati-

vas. No momento em que o Judiciário edita normas gerais e abstratas para dispor

sobre o funcionamento dos seus órgãos internos e o procedimento para julgar

processos ou recursos, desempenha função atípica de legislar. Isto é, quando os

tribunais elaboram seus regimentos internos, tem-se uma norma geral e abstrata.

Portanto, cabe ao Poder Judiciário, mediante a função atípica de legislar, elabo-

rar seus regimentos internos. Essa é a previsão do art. 96, I, alínea ‘a’, da Consti-

tuição Federal:

Art. 96. Compete privativamente:


I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observân-
cia das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos.

Nesse plumo, é competência de cada Tribunal, seja superior, estadual ou fede-

ral, elaborar seu Regimento Interno. É nesse instante que surge minha particular

crítica aos textos regimentais dos Tribunais. Como vimos, não é função corriqueira

ou normal do Poder Judiciário elaborar textos normativos e abstratos, sendo sua

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função estritamente atípica. Por essa razão, os textos dos regimentos internos não

possuem a devida técnica legislativa na formulação dos dispositivos dessas normas.

É normal encontrar em textos de regimentos internos de tribunais uma elevada

informação com assuntos diversos em apenas 1 (um) artigo, tornando o caput por

demais extenso e de difícil compreensão. Ainda, os magistrados, no momento de

editar as normas, tendem a usar um arcabouço jurídico de palavras não tão usuais

para incrementar suas ideias. Isso é um grande problema para aquele que precisa

manusear os regimentos internos, pois esbarra em informação truncada ou com

raciocínio difícil de absorver numa primeira leitura.

Esquema:

2) ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

A Constituição Federal, em seu art. 92, elenca os órgãos do Poder Judiciário.

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;

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III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;


IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Em forma de esquema, temos os seguintes órgãos com função jurisdicional:

3) DA JUSTIÇA ELEITORAL

Em análise breve do histórico da Justiça Eleitoral, no ano de 1932, com o Decre-

to n. 21.076, criou-se o Tribunal Superior da Justiça Eleitoral, com sede de inaugu-

ração no centro do Rio de Janeiro.

Com a Constituição do Estado Novo, outorgada por Getúlio Vargas, houve a

extinção da estrutura da Justiça Eleitoral. O retorno da Justiça Eleitoral ocorreu

apenas no ano de 1945 com a criação do Tribunal Superior Eleitoral, com a meta

de combater eventuais fraudes e zelar pelo livre exercício de votar e ser votado.2

Com a Carta Magna contemporânea, a Justiça Eleitoral tornou-se uma justiça

federal especializada, com atribuições e competências técnicas bem sedimentadas

no contexto jurídico.

2
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Doutrinariamente, entende-se que a competência da Justiça Eleitoral é temática

e absoluta, pois a sua atuação está condicionada em razão da matéria: eleições e

suas variáveis (registro de candidatura, diplomação etc.).

4) ESTRUTURA DA JUSTIÇA ELEITORAL

Atualmente, a estrutura da Justiça Eleitoral comporta quatro níveis de atuação:

juntas eleitorais, juízes eleitorais, tribunais regionais eleitorais e Tribunal Superior

Eleitoral.

Os integrantes da Justiça Eleitoral, em atenção à imparcialidade, possuem ga-

rantias para o exercício de suas funções e serão inamovíveis.

A peculiaridade da Justiça Eleitoral é que os seus integrantes contemplam man-

dato de 2 (dois) anos, passível de recondução, para comandar a justiça especia-

lizada. A razão é afastar possíveis ingerências políticas externas nos Tribunais da

Justiça Eleitoral.

Na primeira instância, fazem parte os Juízes Eleitorais, que são Juízes de Direito

Estaduais nomeados para exercerem um mandato de 2 (dois) anos, podendo ser

reconduzidos apenas 1 (uma) vez.

Conforme o Código Eleitoral, no art. 36, as juntas eleitorais compõem-se de um

Juiz de Direito e dois a quatro cidadãos de notória idoneidade.

Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente,
e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.

De acordo com o Código Eleitoral, as Juntas Eleitorais terão as seguintes com-

petências:

Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;


I – apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a
sua jurisdição.

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II – resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da


contagem e da apuração;
III – expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;
IV – expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

Já a segunda instância é composta pelos Tribunais Regionais Eleitorais, que são

órgãos colegiados formados por Juízes do Tribunal. Em cada Estado haverá 1 (um)

Tribunal Regional Eleitoral com a seguinte composição:

Por fim, na estrutura da Justiça Eleitoral, há o Tribunal Superior Eleitoral, órgão

colegiado, com competências originárias e recursais previstas na Constituição Fe-

deral, no Código Eleitoral e na legislação eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral é sediado em Brasília, na Praça dos Tribunais Su-

periores, e segue a seguinte composição:

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Esquema da estrutura da Justiça Eleitoral:

5) DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

Regimento Interno – informações gerais

A proposta do presente material é traduzir a leitura dos artigos do Regimento

Interno do TRE-RJ por intermédio de esquemas. Ou seja, a didática será disposta

da seguinte forma: colocar-se-ão os principais artigos do Regimento Interno e,

logo após, os esquemas contendo as ideias importantes do dispositivo, alocados

de forma organizada para formar um desenho estrutural da ideia central. Por fim,

colocaremos exercícios para fixar o conteúdo.

O Regimento Interno do TRE-RJ é dividido em 10 títulos, contendo, no total, 167

artigos. No edital, cobram 9 títulos, no total de 147 artigos. Então é o regimento

praticamente inteiro, salvo 20 artigos.

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Do Tribunal. Da Organização do Tribunal Art. 1° ao 19


Da Ordem do Serviço no Tribunal Art. 33 ao 77
Do Processo no Tribunal Art. 78 ao 110
Dos Juízes Eleitorais Art. 111 ao 135
Do Registro dos Órgãos Diretivos Art. 136 ao 137
Das Eleições Art. 138
Da Multa Administrativa Eleitoral Art. 139 ao 144
Das Custas Processuais, do Preparo, das
Certidões e das Despesas na Reprodu- Art. 145 ao 147
ção de Documentos
Das Disposições Gerais e Transitórias Art. 155 ao 167

O presente material apresentará os artigos esquematizados do título I, que se


refere à organização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Da Organização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

Art. 1º Este Regimento dispõe sobre a composição, a competência e o funcio-


namento do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, e regula a instrução e o
julgamento dos processos e recursos que lhe são atribuídos pela Constituição da

República e a legislação eleitoral.

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Art. 2º O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – TRE-RJ –, com sede na


Capital e jurisdição em todo Estado, compõe-se de sete membros titulares assim
escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto, de:
a) dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado;
b) dois juízes, pelo Tribunal de Justiça, dentre os juízes de Direito.
II – mediante indicação do Tribunal Regional Federal da segunda região, de um
Juiz Federal;
III – mediante nomeação do Presidente da República de dois juízes dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de

Justiça do Estado.

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§ 1º Os substitutos dos membros titulares do Tribunal serão escolhidos pelo

mesmo processo e em número igual para cada categoria (Código Eleitoral, art. 15).

§ 2º Não podem integrar o Tribunal cônjuges, companheiros ou pessoas que te-

nham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, excluindo-se,

neste caso, quem tiver sido escolhido por último.

§ 3º O cônjuge, o companheiro ou o parente consanguíneo ou afim, até o se-

gundo grau, de candidato a cargo eletivo, estadual ou federal, estará impedido de

servir como Juiz no Tribunal, desde a escolha do candidato em convenção partidá-

ria até a apuração final da eleição.

§ 4º O cônjuge, o companheiro ou o parente consanguíneo ou afim, até o se-

gundo grau, de candidato a cargo eletivo municipal estará impedido de manifestar-

-se nos processos relativos ao respectivo município.

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§ 5º O advogado nomeado juiz efetivo ou substituto na Justiça Eleitoral não

pode exercer a advocacia no âmbito da Justiça Eleitoral.

Art. 3º O Tribunal elegerá, em votação secreta, para a sua Presidência um dos

dois desembargadores estaduais efetivos, para mandato de 2 (dois) anos ou até

o término do biênio, proibida a reeleição. Caberá ao outro a Vice-Presidência e o

exercício das atribuições de Corregedor Regional Eleitoral, cumulativamente.

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§ 1º É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes

da eleição.

§ 2º Vagando, no curso do mandato, o cargo de Presidente, assumirá o Vice-

-Presidente até a posse do novo membro elegível, devendo convocar eleição no

prazo máximo de trinta dias, contados da posse do outro Desembargador.

§ 3º Havendo empate na votação, considerar-se-á eleito o magistrado mais an-

tigo no Tribunal Regional Eleitoral e, se igual a antiguidade, o mais idoso.

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§ 4º A eleição do Presidente realizar-se-á em sessão especial convocada por

edital publicado no Diário da Justiça Eleitoral, com antecedência mínima de 5 (cin-

co) dias.

Art. 4º Os membros do Tribunal e seus substitutos, salvo por justa causa, exer-

cerão os mandatos obrigatoriamente por 2 (dois) anos, a contar da data da posse,

e, facultativamente, por mais um biênio, desde que reconduzidos pelo mesmo pro-

cesso da investidura inicial.

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§ 1º Compete ao Tribunal a apreciação da justa causa para dispensa da função


eleitoral antes do transcurso do primeiro biênio.
§ 2º O biênio será contado ininterruptamente, sem o desconto dos afastamen-
tos decorrentes de férias ou licenças, ressalvada a hipótese de impedimento previs-
ta no artigo 2º, parágrafo 3º, que acarretará a prorrogação do exercício pelo tempo
que tiver durado o afastamento.
§ 3º Se o membro do Tribunal com direito à prorrogação de biênio, na forma
prevista no parágrafo anterior, ocupar a Presidência ou a Vice-Presidência do Tri-
bunal, também terá seu mandato nesses cargos prorrogado pelo mesmo período
do afastamento.

Art. 5º Nenhum membro efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma


classe ou em classe diversa, após servir por 2 (dois) biênios consecutivos, salvo se
transcorridos 2 (dois) anos do término do segundo biênio.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, consideram-se também consecutivos 2 (dois)


biênios quando entre eles houver interrupção inferior a 2 (dois) anos.
Art. 6º As regras do artigo 5º aplicam-se ao membro substituto enquanto nessa

categoria.

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Art. 7º Não podem participar do Tribunal os Presidentes e os Vice-Presidentes


de Tribunais, assim como os Corregedores.

Art. 8º Até 20 (vinte) dias antes do término do biênio de membro da classe de


magistrado, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o
Presidente do Tribunal oficiará ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal Regional Fede-
ral, conforme o caso, para a escolha do novo membro.
Art. 9º Até 90 (noventa) dias antes do término do biênio de membro da classe
dos advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso,
o Presidente do Tribunal oficiará ao Tribunal de Justiça para a indicação da lista

tríplice que será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral.

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Art. 10. Os membros tomarão posse perante o Tribunal, podendo os substitu-

tos tomar posse perante o Presidente, obrigando-se uns e outros por compromisso

formal.

§ 1º Em ambos os casos, o prazo para a posse é de até 30 (trinta) dias a partir

da escolha.

§ 2º Quando a recondução operar-se antes do término do biênio, não haverá

necessidade de nova posse, que será exigida, apenas, se houver interrupção do

exercício. Naquela hipótese, será suficiente a anotação no termo da investidura

inicial.

Art. 11. Os membros afastados por motivo de licença ou férias de suas funções

na Justiça Comum Estadual ou Federal ficarão, automaticamente, afastados da

Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando o período de recesso

coincidir com a realização de eleição, totalização da votação ou encerramento de

alistamento.

Parágrafo único. O magistrado afastado pelos motivos constantes deste artigo

comunicará ao Presidente do Tribunal Regional Eleitoral o seu afastamento da Jus-

tiça Comum Estadual ou Federal, devendo o Presidente convocar o substituto para

integrar o Tribunal, obedecida a ordem de antiguidade.

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Art. 12. O juiz de direito, membro do Tribunal, que for convocado para exercer

a função de substituto de desembargador no Tribunal de Justiça, será afastado au-

tomaticamente da função eleitoral.

Art. 13. Nos casos de vacância do cargo, o Presidente convocará obrigatoria-

mente o substituto da mesma classe, obedecida a ordem de antiguidade.

Parágrafo único. Se o membro substituto convocado se afastar, o Presidente

convocará o outro substituto da mesma classe para compor o Tribunal.

Art. 14. O Tribunal delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a pre-

sença mínima de quatro dos seus membros, além do Presidente.

§ 1º Nas ausências ou impedimentos eventuais de membro efetivo será convo-

cado o respectivo substituto, segundo a ordem de antiguidade no Tribunal.

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§ 2º Regulam a antiguidade no Tribunal, sucessivamente: a posse; a nomeação

ou eleição; a idade.

§ 3º As decisões do Tribunal sobre quaisquer ações que importem cassação de

registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser

tomadas com a presença de todos os seus membros.

Art. 15. Os juízes do Tribunal serão licenciados da seguinte forma:

I – os magistrados, automaticamente, pelo prazo da licença obtida na Justiça

Comum Estadual ou Federal;

II – pelo próprio Tribunal, os da classe de advogado e os magistrados afastados

da Justiça Comum para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral.

Art. 16. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o magistrado que se

aposentar ou terminar o biênio.

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Art. 17. Funcionará, junto ao Tribunal, um Procurador Regional Eleitoral, com

as atribuições definidas em lei e neste Regimento. O Procurador Regional Eleitoral,

juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral,

dentre os Procuradores Regionais da República no Estado, para o mandato de 2

(dois) anos.

Parágrafo único. Nas faltas ou impedimentos do Procurador Regional, funciona-

rá o seu substituto.

Art. 18. O Tribunal terá o tratamento de “egrégio” e os seus membros e o Pro-

curador Regional o de “excelência”.

Parágrafo único. Os membros titulares, enquanto estiverem em exercício no

Tribunal, têm o título de “Desembargador Eleitoral”.

Art. 19. Os membros do Tribunal, os das juntas eleitorais e os juízes eleitorais,

no exercício de suas funções, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (FCC/TRE-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) De acordo

com a disciplina constitucional a respeito da Justiça Eleitoral,

a) os membros dos tribunais eleitorais não gozam da garantia da inamovibilidade,

uma vez que não podem atuar nessa função por mais de dois biênios consecutivos.

b) decisão de Tribunal Regional Eleitoral que denegue habeas corpus, mandado

de segurança, habeas data ou mandado de injunção poderá ser objeto de recurso

ordinário perante o Superior Tribunal de Justiça.

c) são órgãos da Justiça Eleitoral o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior

Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.

d) decisão proferida por Tribunal Regional Eleitoral que interprete a lei de modo

divergente de dois ou mais tribunais eleitorais não é passível de ser impugnada

mediante recurso.

e) decisão de Tribunal Regional Eleitoral que versar sobre inelegibilidade para car-

go político é passível de ser impugnada mediante recurso.

2. (CESPE/TRE-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) A Constitui-

ção Federal de 1988 estabelece que os tribunais regionais eleitorais sejam com-

postos por dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade

moral indicados pelo

a) Tribunal de Justiça.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) presidente do Supremo Tribunal Federal.

d) Tribunal Superior Eleitoral.

e) presidente da República.

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3. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) O cor-

regedor de um tribunal regional eleitoral (TRE), ao analisar o regimento interno

desse órgão, verificou que diversos dispositivos estavam em desacordo com as

normas estabelecidas pela Constituição Federal de 1988 (CF) e que, por essa razão,

seria necessário elaborar um novo regimento.

Tendo em vista os preceitos estabelecidos na CF, nessa situação hipotética, a com-

petência privativa para a elaboração do novo regimento interno do TRE será do

a) Tribunal Superior Eleitoral, em decorrência da hierarquia constitucional sobre o TRE.

b) referido TRE, que deverá observar as normas de processo e as garantias proces-

suais das partes ao elaborar a referida peça normativa.

c) Supremo Tribunal Federal, em razão de sua hierarquia constitucional sobre o TRE.

d) Superior Tribunal de Justiça, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal

cuida exclusivamente de questões constitucionais.

e) Congresso Nacional, por ser o órgão responsável pelo processo legislativo, que

cria e edita normativas.

4. (CESPE/TRE-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) Segun-

do a CF, são órgãos da justiça eleitoral

a) as zonas eleitorais.

b) os cartórios eleitorais.

c) os juízes eleitorais.

d) os colégios eleitorais.

e) as mesas eleitorais.

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5. (CONSULPLAN/TRE-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO/2015) Na

composição dos Tribunais Regionais Eleitorais são designados magistrados origi-

nários da Justiça Federal Comum que podem ser juízes que integram os Tribunais

Regionais Federais nos locais de sede desses órgãos ou juízes de primeiro grau. Em

qualquer situação, o órgão do Poder Judiciário responsável pela escolha do magis-

trado federal a integrar a Corte Eleitoral será o:

a) Tribunal Regional Federal.

b) Tribunal Regional Eleitoral.

c) Tribunal Superior Eleitoral.

d) Superior Tribunal de Justiça.

6. (CONSULPLAN/TRE-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO/2015) A Jus-

tiça Eleitoral tem uma peculiar organização no texto constitucional federal, sendo

uma das ramificações da Justiça da União, embora os Tribunais Regionais Eleitorais

tenham coordenação realizada por magistrados que têm origem na Justiça dos

Estados e que compõem a presidência e a vice-presidência desses órgãos. Nos ter-

mos da Constituição Federal, são considerados órgãos da Justiça Eleitoral:

a) Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais

b) Juízes Eleitorais e Comarcas Eleitorais.

c) Tribunal Superior do Trabalho e Municípios Eleitorais.

d) Tribunais Regionais Eleitorais e Circunscrições Eleitorais.

7. (FCC/TRE-RR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) O Tribu-

nal Regional Eleitoral, nos termos da Constituição da República, será composto por

Desembargadores do Tribunal de Justiça, Juízes de Direito, Juiz do Tribunal Regio-

nal Federal e Advogados.

A escolha de tais integrantes compete ao

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a) Tribunal Superior Eleitoral, com posterior nomeação pelo Presidente da República.

b) Tribunal de Justiça do Estado, quanto aos Desembargadores e Juízes de Direito,

e ao Tribunal Regional Federal, quanto a seu Juiz, independentemente de aprova-

ção pelo Tribunal Superior Eleitoral ou pelo Presidente da República.

c) Presidente da República, quanto aos Advogados, após a elaboração de lista sêx-

tupla pelo Tribunal Regional Federal.

d) Tribunal de Justiça do Estado, quanto aos Desembargadores e Juízes de Direito,

sujeitando-se tais escolhas à aprovação do Presidente da República.

e) Conselho Nacional de Justiça, quanto aos Magistrados, e ao Presidente da Repú-

blica, quanto aos Advogados.

8. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) De

acordo com a Constituição Federal de 1988, os órgãos da justiça eleitoral são: o

Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais, os juízes eleitorais e as

juntas eleitorais.

9. (FCC/TRT – 16ª REGIÃO/MA – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-

VA/2014) De acordo com a Constituição Federal, haverá um Tribunal Regional Elei-

toral na capital de cada Estado e no Distrito Federal, composto de sete membros.

Na sua composição, quatro de seus sete membros serão nomeados mediante elei-

ção pelo voto secreto, sendo

a) dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça e dois juízes federais,

dentre juízes federais, escolhidos pelo Tribunal Regional Federal da respectiva região.

b) três juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça e um juiz, dentre

juízes de direito, escolhido pelo Tribunal de Justiça.

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c) dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça e dois juízes, den-


tre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça.
d) três juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça e um juiz federal,
dentre juízes federais, escolhido pelo Tribunal Regional Federal da respectiva região.
e) dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça, um juiz, dentre
juízes de direito escolhido pelo Tribunal de Justiça, e um juiz federal, dentre juízes
federais, escolhido pelo Tribunal Regional Federal da respectiva região.

10. (FCC/TRE-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Considere as


seguintes situações hipotéticas:
I – Hortência é desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.
II – Marcos é juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.
III – Luiza é juíza federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
IV – Joana é advogada especialista em Direito Público, com cinco obras publica-
das e dezenas de artigos publicados.
De acordo com a Constituição Federal, poderão compor o Tribunal Regional Eleitoral
do Estado de Rondônia, mediante eleição e pelo voto secreto
a) Hortência e Marcos, apenas.
b) Hortência, Marcos, Luiza e Joana.
c) Hortência e Luiza, apenas.
d) Luiza e Joana, apenas.
e) Hortência, Marcos e Luiza, apenas.

11. (CONSULPLAN/TRE-MG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2013)


Na organização interna dos Tribunais Regionais Eleitorais, atuam magistrados de
diversas origens, sendo que um deles será eleito Presidente do Tribunal. Consoante

as normas constitucionais, tal cargo será ocupado por

a) Juiz de Direito, eleito pelo Tribunal de Justiça.

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b) Juiz Federal, por indicação do Tribunal Federal.

c) Ministro, oriundo do Superior Tribunal de Justiça.

d) Advogado, indicado pelo Presidente da República.

e) Desembargador, dentre os integrantes do Tribunal Eleitoral.

12. (CONSULPLAN/TRE-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Na

organização interna dos Tribunais Regionais Eleitorais atuam magistrados de diver-

sas origens, sendo que um deles será eleito Presidente do Tribunal. Consoante as

normas constitucionais, tal cargo será ocupado por

a) Juiz de Direito, eleito pelo Tribunal de Justiça.

b) Juiz Federal, por indicação do Tribunal Federal.

c) Ministro, oriundo do Superior Tribunal de Justiça.

d) Advogado, indicado pelo Presidente da República.

e) Desembargador, dentre os integrantes do Tribunal Eleitoral.

13. (FCC/TRE-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2012) O Presi-

dente e o Vice-Presidente dos Tribunais Regionais Eleitorais serão escolhidos pelos

membros do Tribunal respectivo, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça

ou juízes de direito que os integram.

GABARITO
1. e

2. a 7. b 12. e

3. b 8. C 13. E

4. c 9. c

5. a 10. e

6. a 11. e

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC/TRE-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) De acordo


com a disciplina constitucional a respeito da Justiça Eleitoral,
a) os membros dos tribunais eleitorais não gozam da garantia da inamovibilidade,
uma vez que não podem atuar nessa função por mais de dois biênios consecutivos.
b) decisão de Tribunal Regional Eleitoral que denegue habeas corpus, mandado
de segurança, habeas data ou mandado de injunção poderá ser objeto de recurso
ordinário perante o Superior Tribunal de Justiça.
c) são órgãos da Justiça Eleitoral o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior
Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
d) decisão proferida por Tribunal Regional Eleitoral que interprete a lei de modo
divergente de dois ou mais tribunais eleitorais não é passível de ser impugnada
mediante recurso.
e) decisão de Tribunal Regional Eleitoral que versar sobre inelegibilidade para car-
go político é passível de ser impugnada mediante recurso.

Letra e.
Art. 121, § 4°, da CF:
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
• I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
• II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais elei-
torais;
• III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições fe-
derais ou estaduais;
• IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais
ou estaduais;
• V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou manda-
do de injunção.

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2. (FCC/TRE-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Considere as

seguintes situações hipotéticas:

I – Hortência é desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

II – Marcos é juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

III – Luiza é juíza federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

IV – Joana é advogada especialista em Direito Público, com cinco obras publica-

das e dezenas de artigos publicados.

De acordo com a Constituição Federal, poderão compor o Tribunal Regional Eleitoral

do Estado de Rondônia, mediante eleição e pelo voto secreto

a) Hortência e Marcos, apenas.

b) Hortência, Marcos, Luiza e Joana.

c) Hortência e Luiza, apenas.

d) Luiza e Joana, apenas.

e) Hortência, Marcos e Luiza, apenas.

Letra e.

Art. 120, § 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça.

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EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO

1. Não podem integrar o Tribunal cônjuges, companheiros ou pessoas que tenham

entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, excluindo-se, neste

caso, quem tiver sido escolhido por último.

2. O cônjuge, o companheiro ou o parente consanguíneo ou afim, até o quarto

grau, de candidato a cargo eletivo, estadual ou federal, estará impedido de servir

como Juiz no Tribunal, desde a escolha do candidato em convenção partidária até

a apuração final da eleição.

3. O cônjuge, o companheiro ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo

grau, de candidato a cargo eletivo municipal estará impedido de manifestar-se nos

processos relativos ao respectivo estado.

4. O Tribunal elegerá, em votação secreta, para a sua Presidência, um dos dois de-

sembargadores estaduais efetivos, para mandato de 2 (dois) anos ou até o término

do biênio, permitida uma reeleição.

5. O Vice-Presidente será eleito dentre os integrantes do Tribunal Regional Eleitoral.

6. A função de Corregedor Regional Eleitoral será exercida de forma cumulativa

com a Vice-Presidência.

7. Vagando, no curso do mandato, o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presi-

dente até a posse do novo membro elegível, devendo convocar eleição no prazo

máximo de trinta dias, contados da posse do outro Desembargador.

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8. Havendo empate na votação para Presidente do TRE, far-se-á nova eleição entre

os mais votados.

9. Nenhum membro efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma classe

ou em classe diversa, após servir por 2 (dois) biênios consecutivos, salvo se trans-

corridos 2 (dois) anos do término do segundo biênio.

10. Podem participar do TRE-RJ os Presidentes e os Vice-Presidentes de Tribunais,

assim como os Corregedores.

11. Os membros afastados por motivo de licença ou férias de suas funções na

Justiça Comum Estadual ou Federal ficarão, automaticamente, afastados da Justiça

Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando o período de recesso coincidir

com a realização de eleição, totalização da votação ou encerramento de alistamento.

12. O juiz de direito, membro do Tribunal, que for convocado para exercer a função

de substituto de desembargador no Tribunal de Justiça, continuará a exercer as

funções eleitorais.

13. Compete ao TRE-RJ processar e julgar, originariamente, os pedidos de habeas

corpus e de mandados de segurança, independentemente da matéria, contra ato

de autoridade que responde a processo no TRF ou TJ do estado.

14. Compete ao TRE-RJ processar e julgar, originariamente, os pedidos de manda-

do de segurança conta atos do Presidente do TRE, do Corregedor Regional Eleitoral,

do Procurador Regional Eleitoral, dos juízes eleitorais e dos órgãos do Ministério

Público Eleitoral de primeiro grau.

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15. É competência do TRE-RJ processar e julgar, em grau de recurso, os pedidos de

mandado de segurança contra atos administrativos do Tribunal.

16. Compete ao TRE-RJ julgar recursos interpostos dos atos e as decisões proferi-

das pelos juízes e juntas eleitorais.

GABARITO

1. C

2. E

3. E

4. E

5. E

6. C

7. C

8. E

9. C

10. E

11. C

12. E

13. E

14. C

15. E

16. C

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QUESTÕES COMENTADAS

1. Não podem integrar o Tribunal cônjuges, companheiros ou pessoas que tenham


entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, excluindo-se, neste
caso, quem tiver sido escolhido por último.

Certo.
Art. 2° do RITRE/RJ.

2. O cônjuge, o companheiro ou o parente consanguíneo ou afim, até o quarto


grau, de candidato a cargo eletivo, estadual ou federal, estará impedido de servir
como Juiz no Tribunal, desde a escolha do candidato em convenção partidária até
a apuração final da eleição.

Errado.
Art. 2º, § 3°, do RI.

3. O cônjuge, o companheiro ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo


grau, de candidato a cargo eletivo municipal estará impedido de manifestar-se nos
processos relativos ao respectivo estado.

Errado.
Art. 2º, § 4º, do RI.

4. O Tribunal elegerá, em votação secreta, para a sua Presidência, um dos dois de-
sembargadores estaduais efetivos, para mandato de 2 (dois) anos ou até o término
do biênio, permitida uma reeleição.

Errado.
Art. 3° do RI.

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5. O Vice-Presidente será eleito dentre os integrantes do Tribunal Regional Eleitoral.

Errado.
Art. 3° do RI.

6. A função de Corregedor Regional Eleitoral será exercida de forma cumulativa


com a Vice-Presidência.

Certo.
Art. 3°.

7. Vagando, no curso do mandato, o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presi-


dente até a posse do novo membro elegível, devendo convocar eleição no prazo
máximo de trinta dias, contados da posse do outro Desembargador.

Certo.
Art. 3, § 2°, do RI.

8. Havendo empate na votação para Presidente do TRE, far-se-á nova eleição entre
os mais votados.

Errado.
Art. 3° (antiguidade, depois idoso).

9. Nenhum membro efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma classe


ou em classe diversa, após servir por 2 (dois) biênios consecutivos, salvo se trans-
corridos 2 (dois) anos do término do segundo biênio.

Certo.
Art. 5°.

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10. Podem participar do TRE-RJ os Presidentes e os Vice-Presidentes de Tribunais,


assim como os Corregedores.

Errado.
Art. 7°.

11. Os membros afastados por motivo de licença ou férias de suas funções na Justi-
ça Comum Estadual ou Federal ficarão, automaticamente, afastados da Justiça Elei-
toral pelo tempo correspondente, exceto quando o período de recesso coincidir com
a realização de eleição, totalização da votação ou encerramento de alistamento.

Certo.
Art. 11.

12. O juiz de direito, membro do Tribunal, que for convocado para exercer a função
de substituto de desembargador no Tribunal de Justiça, continuará a exercer as
funções eleitorais.

Errado.
Art. 12.

13. Compete ao TRE-RJ processar e julgar, originariamente, os pedidos de habeas


corpus e de mandados de segurança, independentemente da matéria, contra ato
de autoridade que responde a processo no TRF ou TJ do estado.

Errado.
Art. 20, I, a, do RI.

14. Compete ao TRE-RJ processar e julgar, originariamente, os pedidos de manda-


do de segurança conta atos do Presidente do TRE, do Corregedor Regional Eleitoral,
do Procurador Regional Eleitoral, dos juízes eleitorais e dos órgãos do Ministério
Público Eleitoral de primeiro grau.

Certo.
Art. 20, I, d, do RI.

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15. É competência do TRE-RJ processar e julgar, em grau de recurso, os pedidos de


mandado de segurança contra atos administrativos do Tribunal.

Errado.
Art. 20, I, c, do RI.

16. Compete ao TRE-RJ julgar recursos interpostos dos atos e as decisões proferi-
das pelos juízes e juntas eleitorais.

Certo.
Art. 20, II, a, do RI.

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SIMULADO

1. De acordo com o Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Ja-


neiro, analise as assertivas abaixo. Após, assinale a alternativa correta.
I – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – TRE-RJ tem sede na Capital
e jurisdição em todo o Estado.
II – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – TRE-RJ compõe-se de 7
membros titulares.
III – Dentre os integrantes do TRE-RJ, 3 (três) devem ser desembargadores do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
IV – 2 (dois) juízes de Direito, indicados pelo Superior Tribunal de Justiça, com-
põem o TRE-RJ.
V – 1 (um) Juiz Federal, indicado pelo Tribunal Regional Federal, compõe o TRE-RJ.

Com base no Regimento Interno do TRE-RJ, marque a alternativa correta.


a) Apenas os itens I, II e III estão corretos.
b) Apenas os itens II, III, IV e V estão corretos.
c) Apenas os itens I, II, IV e V estão corretos.
d) Apenas os itens I, II e V estão corretos.

2. É Competência do Presidente do Tribunal, salvo


a) dirigir os trabalhos do Tribunal, presidir as sessões de julgamento, propor e
encaminhar as questões, registrar e apurar os votos, proclamar o resultado e subs-
crever a respectiva súmula de julgamento.
b) assinar as resoluções aprovadas pelo Plenário.
c) velar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade dos
serviços eleitorais.
d) decidir os pedidos de suspensão da execução de liminar e de sentença em man-
dado de segurança.

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3. Sobre o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, assinale a

alternativa INCORRETA.

a) O Tribunal elegerá, em votação secreta, para a sua Presidência um dos dois de-

sembargadores estaduais efetivos.

b) O mandato para o cargo de Presidente será de 2 (dois) anos, admitida uma re-

condução.

c) Caberá ao outro a Vice-Presidência e o exercício das atribuições de Corregedor

Regional Eleitoral, cumulativamente.

d) Vagando, no curso do mandato, o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presi-

dente até a posse do novo membro elegível, devendo convocar eleição no prazo

máximo de trinta dias, contados da posse do outro Desembargador.

GABARITO

1. d

2. c

3. b

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QUESTÕES COMENTADAS

1. De acordo com o Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Ja-

neiro, analise as assertivas abaixo. Após, assinale a alternativa correta.

I – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – TRE-RJ tem sede na Capital

e jurisdição em todo o Estado.

II – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – TRE-RJ compõe-se de 7

membros titulares.

III – Dentre os integrantes do TRE-RJ, 3 (três) devem ser desembargadores do

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

IV – 2 (dois) juízes de Direito, indicados pelo Superior Tribunal de Justiça, com-

põem o TRE-RJ.

V – 1 (um) Juiz Federal, indicado pelo Tribunal Regional Federal, compõe o TRE-RJ.

Com base no Regimento Interno do TRE-RJ, marque a alternativa correta.

a) Apenas os itens I, II e III estão corretos.

b) Apenas os itens II, III, IV e V estão corretos.

c) Apenas os itens I, II, IV e V estão corretos.

d) Apenas os itens I, II e V estão corretos.

Letra d.

Apenas os itens I, II e V estão corretos.

I – Certo. A sede do TRE-RJ encontra-se na capital do Estado do Rio de Janeiro, e a

área de jurisdição ou competência do TRE compreende todo o território do Estado

do Rio de Janeiro.

II – Certo. Conforme disposição do art. 2º do Regimento Interno, o TRE-RJ é com-

posto por 7 membros titulares.

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III – Errado. Na estrutura do TRE-RJ, existem, na realidade, 2 Desembargadores do

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

IV – Errado. Na composição do TRE-RJ, existem 2 (dois) juízes de Direito do estado

do Rio de Janeiro indicados pelo Tribunal de Justiça do estado, e não pelo STJ, como

dispõe a alternativa.

V – Certo. 1 Juiz Federal indicado pelo TRF da 2ª Região faz parte da composição

do TRE.

2. É Competência do Presidente do Tribunal, salvo

a) dirigir os trabalhos do Tribunal, presidir as sessões de julgamento, propor e

encaminhar as questões, registrar e apurar os votos, proclamar o resultado e subs-

crever a respectiva súmula de julgamento.

b) assinar as resoluções aprovadas pelo Plenário.

c) velar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade dos

serviços eleitorais.

d) decidir os pedidos de suspensão da execução de liminar e de sentença em man-

dado de segurança.

Letra c.

A única alternativa que não se refere a uma competência do Presidente do TRE-RJ

é a de “velar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade

dos serviços eleitorais”, pois essa é uma das competências do Corregedor do TRE-

-RJ, prevista no art. 30, inciso II, do Regimento Interno.

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3. Sobre o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, assinale a

alternativa INCORRETA.

a) O Tribunal elegerá, em votação secreta, para a sua Presidência um dos dois de-

sembargadores estaduais efetivos.

b) O mandato para o cargo de Presidente será de 2 (dois) anos, admitida uma re-

condução.

c) Caberá ao outro a Vice-Presidência e o exercício das atribuições de Corregedor

Regional Eleitoral, cumulativamente.

d) Vagando, no curso do mandato, o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presi-

dente até a posse do novo membro elegível, devendo convocar eleição no prazo

máximo de trinta dias, contados da posse do outro Desembargador.

Letra b.

A alternativa incorreta em relação ao Presidente do Tribunal é a ‘B’, pois o mandato

do Presidente será de 2 (anos), sendo vedada a recondução, conforme disciplinado

no art. 3º do Regimento Interno.

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