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AULA 02 – Teoria da firma (parte I): Produção

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA


Fatores de produção e conceitos básicos 02
Função de produção 04
Curto X longo prazo 10
Produção no curto prazo 11
Produção no longo prazo 20
Funções de produção e isoquantas – casos especiais 31
Rendimentos de escala 34
Grau de homogeneidade da função de produção 37
Lista de questões apresentadas na aula 44
Gabarito 47

Olá caros(as) amigos(as),

Como estão os estudos? As aulas estão um pouco aprofundadas,


não é verdade? Pois é, concordo com vocês! Mas lembro-lhes que nossas
aulas são apenas o reflexo daquilo que é exigido pelo CESPE. Como vocês
devem ter percebido, por meio das listas de exercícios da última aula, o
CESPE é capaz de elaborar questões extremamente fáceis, mas também
elabora questões bem difíceis, em algumas vezes. Devemos estar
preparados para as duas situações.

Havendo qualquer dúvida, é só me mandar e-mail! Na aula de hoje,


veremos a teoria da produção e alguns temas relacionados aos fatores
de produção. Em alguns pontos, a aula será bastante parecida com a
aula passada. Você vai perceber que, aos poucos, o acúmulo gradual de
conhecimento vai potencializando o seu aprendizado. Fique certo disto!

E aí, todos prontos? Então, aos estudos!

1. TEORIA DA PRODUÇÃO

Nesta aula, estudaremos a teoria da produção em três etapas.


Primeiro, teremos algumas noções básicas sobre fatores de produção,
função de produção e a diferenciação de curto e longo prazo (itens 1.1,
1.2 e 1.3). Passadas tais noções, dividiremos o estudo da produção em
curto prazo (item 1.4) e longo prazo (1.5).

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1.1. OS FATORES DE PRODUÇÃO E ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS

Para produzir os bens e serviços de que a sociedade dispõe para o


seu consumo, as firmas utilizam vários recursos ou insumos. Elas utilizam
matéria-prima, mão-de-obra, máquinas, ferramentas, tecnologia, etc. O
conjunto destes recursos que as empresas utilizam na produção é
chamado de fatores de produção. Dentro do nosso estudo, temos,
principalmente, três destes fatores de produção:

! Capital;
! Mão-de-obra e
! Tecnologia.

Capital, em Economia, tem o conceito um pouco diferente do que


estamos acostumados em nosso dia-a-dia. Nas nossas vidas, quando
ouvimos a palavra capital, quase que imediatamente fazemos a
associação a dinheiro. No entanto, economicamente, Capital quer dizer,
além de dinheiro, o conjunto de bens de que as empresas dispõem para
produzir. Assim, o estoque de capital de uma fábrica de automóveis será
o conjunto das instalações, máquinas, ferramentas, computadores,
material de escritório, enfim, tudo o que é utilizado na produção. O
estoque de capital de um curso para concursos públicos compreende as
salas de aula, as carteiras, mesas, quadro-negro, projetor multimídia,
sistema de som, etc. Quanto mais estoque de capital (ou bens de capital)
tiver a economia, maior será a sua produção. O capital é representado
pela letra (K).

Mão-de-obra é o próprio trabalho. É representada pela letra (L),


devido ao termo em inglês: Labour.

Tecnologia significa o estudo da técnica. Em Economia, ela


representa a forma como a sociedade vai utilizar os recursos existentes
(capital e mão-de-obra) na produção de bens e serviços. Dependendo da
tecnologia, sociedades com pouca mão-de-obra e capital podem, de fato,
ser mais produtivas e gerar mais bem-estar à sua população que outras
com mais mão-de-obra e capital disponíveis. Em nosso curso, seguindo o
que é utilizado nos manuais de Economia, utilizaremos o fator de
produção tecnologia como uma variável constante, ou seja, que não
muda.

Conceitos básicos:

Quando falamos em produção, é comum pensarmos em uma série


coisas (as empresas, os consumidores, os produtos, os fatores ou
recursos de produção, a tecnologia, etc). Pois bem, em primeiro lugar,

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devemos definir produção, para, depois, falarmos de outros conceitos que
a ela sejam subjacentes.

Segundo o prof. Vasconcellos1, "Produção é o processo pelo


qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em
produtos ou serviços para a venda no mercado." Em muitos textos,
também podemos encontrar o termo "produção" significando
simplesmente a quantidade de bens que foram produzidos. Neste sentido,
o prof. Besanko2 conceitua Produção desta forma: "Bem ou serviço
produzido por uma empresa." Ainda há outras definições encontradas em
outras bibliografias. Não obstante, para questões teóricas de concursos,
prefira o primeiro conceito, em negrito.

O processo de produção, isto é, o processo pelo qual uma firma


transforma os fatores de produção (principalmente, mão de obra e
capital) em bens pode seguir vários caminhos. Ao escolher um processo
de produção, a firma levará em conta a sua eficiência. Esta eficiência
pode ser avaliada pelo ponto de vista tecnológico ou pelo ponto de vista
econômico. Seguem as diferenças (segundo o prof. Vasconcellos):

- Eficiência técnica (ou tecnológica): ocorre entre dois ou mais


processos de produção, é aquele processo que permite produzir uma
mesma quantidade de produto, utilizando menor quantidade física de
fatores de produção;

- Eficiência econômica: ocorre entre dois ou mais processos de


produção, é aquele processo que permite produzir uma mesma
quantidade de produto, com menor custo de produção.

Em Economia, nós consideramos a eficiência tecnológica um dado


pré-determinado. Ou seja, é uma variável que não cabe à análise
econômica, é mais pertinente à área de engenharia. Isto quer dizer que,
em Teoria da Produção, ao analisarmos o processo de produção, assume-
se, implicitamente, que já temos eficiência técnica.

Vale a pena ainda ressaltar que tecnologia não se confunde com


processo de produção, apesar da diferença entre os dois conceitos ser
muito pequena. O processo de produção é a técnica por meio da qual um
ou mais produtos serão obtidos pela utilização de determinadas
quantidades de fatores de produção. Ou seja, diz respeito a diferentes
possibilidades de combinações entre os fatores de produção, para
produzir uma dada quantidade de um bem.

Por outro lado, a tecnologia é um conceito mais amplo. Ela é um


conjunto, um inventário de processos de produção. Geralmente, existe
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mais de uma maneira de se produzir uma determinada mercadoria,
abrangendo desde uma grande quantidade de mão de obra e
relativamente poucos equipamentos (pouco capital) até pouca mão de
obra e uma grande quantidade de capital. A tecnologia, portanto,
especifica todas as possibilidades técnicas pelas quais os fatores de
produção podem ser transformados em produto. Este conjunto de
possibilidades (conjunto de processos de produção) significa a própria
tecnologia. Entendemos, assim, que a tecnologia significa um
conjunto de processos de produção.

Por fim, também é importante definirmos outro importante


conceito. É o conceito de função de produção. Nós vimos que a produção
é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção
adquiridos em produtos ou serviços para a venda. A função de
produção é a relação técnica (pode ser um gráfico, uma equação
matemática, ou uma tabela) que indica a quantidade máxima que
se pode obter de um produto, a partir da utilização de uma
determinada quantidade de fatores de produção, dada a
tecnologia existente ou dado o "estado da arte" (estado da
arte=tecnologia).

Falemos um pouco mais sobre a função de produção:

1.2. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃOΒ

No item anterior, vimos que, para produzir os bens e serviços que


são ofertados à sociedade, as firmas utilizam os chamados fatores de
produção. Dentre estes fatores de produção, aqueles mais relevantes
para o estudo econômico são: a mão-de-obra (L) e o capital (K). São
estes dois fatores que utilizaremos em nossas análises da teoria.

Em grande parte dos livros e questões de prova, as funções de


produção também são representadas pelas variáveis L e K (trabalho e
capital). No entanto, é importante que fique claro que isto é apenas uma
convenção. Assim, caso você encontre uma questão de prova que fale
que a produção é função dos fatores de produção 1 e 2, ou A e B; isto
não deve ser motivo para que você se confunda. As mesmas conclusões
que serão observadas para L e K valem também para A e B, 1 e 2, X1 e
X2, etc.

Outra observação que temos a fazer se refere ao fato de os fatores


de produção também podem ser chamados de insumos de produção, em
alusão ao fato de que é a partir deles que se origina a produção, como se

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Β
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fossem insumos (e, na verdade, são!). Assim: fatores de produção =
insumos de produção.

Desta forma, a produção da firma é função da mão-de-obra e do


capital existentes. Algebricamente, isto que eu acabei de dizer é
representado desta maneira:

Q= ! (L, K) ou

Y= ! (L, K)

(Q) é a quantidade de produção e muitas vezes também pode ser


representado por (Y). (L) é a quantidade de mão-de-obra. (K) é a

quantidade de capital. ! significa “uma função de” e é empregado para


representar que há uma relação de dependência entre a produção (Q) e
os fatores de produção (L) e (K).
Nota ! se eu dissesse que a produção (Q) é função dos fatores X1 e X2,
teríamos, algebricamente: Q = f (X1, X2).

Se a firma deseja alterar a sua produção (Q), ela terá que, ou


alterar o estoque de capital (K), ou alterar a quantidade de mão-de-obra
(L), ou alterar os dois, (K) e (L). Obviamente, isto tudo porque (Q) é
função de (K) e (L): Q = f (K, L)

Aqui, lembro-lhes que estamos desconsiderando a tecnologia. Ou


melhor: estamos, na verdade, supondo que ela seja constante. Caso
contrário, poderíamos, por exemplo, aumentar a produção (Q) com o
desenvolvimento de novas tecnologias, sem precisar alterar o capital ou a
mão-de-obra. A partir de agora, quando falarmos em mudanças, ora no
capital, ora na mão-de-obra, lembre sempre que estamos considerando a
tecnologia constante.

Apesar de sabermos que a produção (Q) é função do capital (K) e


da mão-de-obra (L), ainda falta uma equação que nos mostre esta
relação de forma algébrica, matemática. Existe uma função que expressa
matematicamente esta relação de dependência entre produção e os
fatores de produção mão-de-obra e capital. Esta função é conhecida como
função de produção Cobb-Douglas e tem o formato abaixo:

Q = A.Kα.Lβ

Q é a produção. A é o parâmetro que mede a tecnologia,


considerada por nós como sendo constante. K é o capital. L é a mão-de-
obra. α e β são números positivos.

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Na aula passada, em teoria do consumidor, nós vimos que, em
questões de prova, a função Cobb-Douglas era amplamente utilizada
pelos livros e pelas bancas de concurso para retratar a utilidade dos
consumidores. Aqui, na teoria da produção, a mesma situação é válida.
As bancas de concurso e livros em geral utilizam a função Cobb-Douglas
para descrever como se dá a produção das firmas.

Aqui no nosso estudo, como estamos supondo uma tecnologia


constante, veremos somente as consequências de alterações no K e no L
para a produção. De fato, a maioria dos textos e questões de prova,
utilizam o parâmetro tecnológico sendo igual a 1, de forma que a função
de produção Cobb-Douglas será Q=Ka.Lb.

Vejamos, agora, um pouco mais sobre esta função de produção


Cobb-Douglas, ora apresentada:

Paul Douglas foi professor de Economia e senador nos EUA entre as


décadas de 40 a 60. Em seus estudos, Douglas notou que, à medida que
a produção da economia crescia, a renda dos trabalhadores (proprietários
do “L”) e a renda dos proprietários do capital (proprietários do “K”)
cresciam na mesma proporção. Em outras palavras, se a produção da
economia, digamos, dobrasse, a remuneração dos trabalhadores e dos
proprietários do capital também dobrava.

Assim, Douglas perguntou a Charles Cobb, um matemático, se


haveria alguma equação ou função de produção capaz de garantir esta
propriedade ora descoberta. Daí, surgiu a função de produção Cobb-
Douglas, em homenagem ao matemático e ao economista,
respectivamente.

No entanto, para que a propriedade descoberta por Douglas fosse


respeitada, seria necessário que (α+β), a soma dos expoentes, fosse igual
a 1.

Veja, como exemplo, a função de produção abaixo, em que temos


(α + β)=1:

Q = 2. (K)0,5. (L)0,5

Agora, vamos calcular a produção considerando um estoque de


capital (K) de 9 máquinas e uma quantidade de mão-de-obra (L) de 4
trabalhadores:
!
Q = 2. (9)0,5. (4)0,5 ! Não esqueça que X0,5 é o mesmo que ! ! ou !
Q = 2. 3. 2 = 12 ! Produção = 12

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Vamos, agora, quadruplicar o estoque de capital e a quantidade de
trabalhadores:

Q = 2. (4.9)0,5.(4.4)0,5
Q = 2. !∀ . !∀
Q = 2. 6. 4 = 48 ! Veja que 48 é o quádruplo de 12

Note que, ao quadruplicarmos o capital e a mão-de-obra, também


quadruplicamos a produção. Isto só foi possível porque (α+β)=1.

! Nota: para que a produção quadruplique, é necessário que


quadrupliquemos os dois fatores de produção: a mão-de-obra e o capital.
Se quadruplicarmos somente um dos fatores, a alteração na produção
não será na mesma proporção.

Em Economia, quando há esta situação, dizemos que a função de


produção apresenta rendimentos constantes de escala. Em outras
palavras, se capital e mão-de-obra forem aumentados na mesma
proporção, então a produção também aumenta nessa mesma proporção.
Algebricamente, isto é traduzido da seguinte maneira:

z.Q = A. (z.K)α. (z.L)β

ou

F(z.K, z.L) = A. (z.K)α. (z.L)β

Agora, o que aconteceria caso (α + β)≠1? Teríamos duas situações:


(α + β)<1 ou (α + β)>1

Veja as duas funções de produção abaixo:

Q1 = 2. (K)1. (L)1 ! (α + β) = 2 > 1


Q2 = 2. (K0,5). (L0,25) ! (α + β) = 0,75 < 1

Considerando um estoque de capital de 4 máquinas e 81


trabalhadores, calculemos as respectivas produções:

Q1 = 2. (K). (L) = 2. 4. 81 = 648


Q2 = 2. (K0,5). (L0,25) = 2. !. !∀ = 2. 2. 3 = 12
!

Vamos, agora, dobrar o estoque de capital e trabalhadores nas duas


funções de produção:

Q1 = 2. (2.K). (2.L) = 2. 8. 162 = 2592


! Veja que 2592 é mais que o dobro de 648.

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Q2 = 2. (2.K)0,5. (2.L)0,25 = 2. !. !∀# = 20
!

! Veja que 20 é menos que o dobro de 12.

Em Q1, onde (α + β)>1, quando dobramos o capital e a mão-de-


obra, a produção quadruplicou (2592 / 648 = 4). Em Q2, onde (α + β)<1,
quando dobramos o capital e a mão-de-obra, a produção menos que
dobrou (20 / 12 = 1,67). A partir destes dados, podemos tirar as
seguintes conclusões acerca deste da função de produção Cobb-Douglas:

Se (α+β)=1, temos rendimentos constante


de escala. Isto significa que se aumentarmos K
e L em determinada proporção, Q aumentará
nesta mesma proporção.
Se (α+β)>1, temos rendimentos crescentes
de escala (ou economias de escala). Neste
caso, aumentos de K e L em determinada
proporção provocam aumentos de Q numa
proporção maior.
Se (α+β)<1, temos rendimentos
decrescentes de escala (ou deseconomias de
escala). Aqui, aumentos de K e L em
determinada proporção provocam aumentos de
Q numa proporção menor.

" Nota: tais observações do quadro acima, só valem para funções do


tipo Cobb-Douglas, com o formato: Q = A. Kα. Lβ. Observe que a
função Cobb-Douglas é multiplicativa, não há soma nem subtração.
Veja, abaixo, alguns exemplos de funções do tipo Cobb-Douglas:

# Q = 2.K (aqui L=1)


# Q = 4.L (aqui K=1)
# Q = ½.K1/2.L3

Veja, agora, exemplos de funções que não são do tipo Cobb-Douglas:

# Q=K+L
# Q = K1/3 – K1/2 + L.K

Aqui na nossa abordagem da função de produção foi dada especial


atenção à função do tipo Cobb-Douglas. Devemos isto ao fato de ela ser
condizente com dados reais de várias economias e ser um bom começo
acerca de como ocorre a produção de bens e serviços da economia ou a
distribuição da produção entre capital e mão-de-obra. Além disto, e, é
claro, principalmente, muitas questões de prova em seus enunciados
apresentam esta função como representativa da produção, seja de uma
firma individual ou da economia de um país.

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Nas questões do CESPE, a banca na
maioria das vezes não informa se a
função de produção é ou não é Cobb-
Douglas. Neste caso, nós devemos
supor que ela seja Cobb-Douglas, pois
esta é a regra geral.

Agora, façamos algumas questões de prova:

01. (CESPE/Unb – Analista Legislativo – Câmara dos Deputados –


2002) - Se a função de produção de serviços administrativos da
Câmara dos Deputados apresentar rendimentos constantes de
escala, então, mesmo dobrando-se o número de servidores
administrativos, de máquinas e de computadores não será
possível alterar a produção de tais serviços.

COMENTÁRIOS:
Rendimentos constantes de escala é a situação em que uma variação, ao
mesmo tempo, de todos os fatores de produção (que são os insumos
utilizados no processo de produção) leva a uma idêntica variação da
produção. Dessa forma, por exemplo, se dobrarmos o número de fatores
de produção (de servidores administrativos, de máquinas e de
computadores), a produção de serviços administrativos também dobrará,
caso haja rendimentos constantes de escala.

GABARITO: ERRADO

02. (CESPE/Unb - Controlador de Recursos Municipais – PMV/ES -


2008) - O fato de que construir e operar uma fábrica capaz de
produzir diariamente 2.500 automóveis não exige 2,5 vezes mais
trabalho, talento empresarial, equipamentos e espaço físico do
que o necessário para produzir 1.000 automóveis explica-se pela
existência de retornos crescentes de escala na indústria
automobilística.

COMENTÁRIOS:
Se tivermos uma fábrica com alguma quantidade de fatores de produção
e que produza 1000 unidades; e, adicionalmente, para multiplicar essa
produção por 2,5 (2500 unidades), não seja necessário 2,5 vezes mais
fatores de produção, então, isto é consistente com a existência com
retornos crescentes de escala.

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Ou seja, podemos multiplicar a produção por 2,5 (1000 " 2500) e isto
não exige que multipliquemos os fatores de produção por 2,5. Portanto,
correta a assertiva.

Se houvesse essa exigência de multiplicar os fatores de produção por 2,5


para que a produção também fosse multiplicada por 2,5; isto seria
consistente com a existência de rendimentos constantes de escala.

E se houvesse a exigência de multiplicar os fatores de produção por um


número maior que 2,5 para que a produção fosse multiplicada por 2,5;
isto seria consistente com a existência de rendimentos decrescentes de
escala.

GABARITO: CERTO

1.3. CURTO PRAZO x LONGO PRAZO

Sem delongas, seguem as definições:

O curto prazo é definido como um período de tempo em que


um dos fatores de produção (capital ou mão-de-obra) permanece
fixo, constante, inalterado. Por exemplo, uma situação em que o fator de
produção capital seja fixo e o fator de produção mão-de-obra seja
variável será considerada curto prazo.

O longo prazo é o período de tempo em que os dois fatores


de produção são variáveis.

Observe que esta distinção é meramente conceitual e não guarda


qualquer relação com o tempo transcorrido no calendário. Por exemplo, o
dono de uma fábrica de sapatos pode demorar 10 anos até renovar o seu
capital (estoque de máquinas). Deste modo, este período de 10 anos
significa curto prazo para esta fábrica.

Em contraste, para um banco comercial que, diariamente, aumenta


o seu estoque de capital (abertura de agências, caixas eletrônicos, etc) e
varia o seu estoque de mão-de-obra (contrata e demite trabalhadores),
dois dias já podem significar longo prazo, pois ele provavelmente varia o
capital e a mão-de-obra neste período.

Veja que, no economês, curto prazo pode significar bastante tempo


e longo prazo pode significar pouco tempo. Isto é, o tempo não importa, o
importante é saber se apenas um ou os dois fatores de produção variam.

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1.4. PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO (apenas um insumo variável)

Falar em produção no curto prazo significa falar em produção com


apenas um fator de produção variável.

Geralmente o estudo do curto prazo é considerado levando-se em


conta que apenas o fator de produção mão-de-obra seja variável,
enquanto o fator de produção capital será fixo. Desta forma,
conseguiremos analisar as implicações de mudanças na produção
provocadas somente por alterações em somente um dos insumos de
produção, no caso, o insumo mão-de-obra.

Quando o capital (K) é fixo, mas o trabalho (L) é variável, a única


maneira de a empresa aumentar a produção é aumentando o insumo
trabalho (considerando a tecnologia constante). Em outras palavras, para
produzir mais é condição obrigatória adquirir mais quantidades do insumo
mão-de-obra (ou seja, adquirir mais trabalhadores).

Ao decidir adquirir mais trabalhadores, a firma tem de comparar o


benefício que obterá em relação ao custo. Às vezes, ela olhará para o
benefício e o custo em perspectiva incremental. Isto é, ela procurará
saber o quanto de produção adicional ela ganhará com a contratação de
um trabalhador adicional.

Às vezes, ela fará comparações na média. Isto é, ela tentará


observar se a contratação de um trabalhador adicional aumenta, por
exemplo, a produção média por trabalhador.

A partir das duas perspectivas apresentadas acima, devemos, neste


momento, apresentar dois conceitos muito importantes:

" Produto marginal da mão-de-obra (PmgL): é o volume de


produção adicional gerado (∆Q) ao se acrescentar 1 trabalhador
(quando ∆L=1). A palavra “marginal” em Economês pode ser
pensada como “incremental”, “à margem de” e sempre significa o
volume adicional sobre alguma coisa gerada pelo acréscimo de uma
outra coisa. Algebricamente, este conceito é representado assim:

!∀
!∀#∃ !
!∀

" Produto médio da mão-de-obra (PmeL): o PmeL é a produção


por trabalhador. Basta dividir a produção total pela quantidade de
trabalhadores. Algebricamente, temos:

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!∀#∃ ! ! !! !!!
!

A fim de facilitar a visualização do nosso estudo, veja a tabela 1,


abaixo, para uma determinada firma:

Produção no curto prazo (só um insumo variável: a mão-de-obra)


Quantidade de Quantidade Produto Produto
Produção
trabalhadores de capital médio Marginal
(Q)
(L) (K) (Q/L) (∆Q/∆L)
0 10 0 0 -
1 10 10 10 10
2 10 30 15 20
3 10 60 20 30
4 10 80 20 20
5 10 95 19 15
6 10 108 18 13
7 10 112 16 4
8 10 112 14 0
9 10 108 12 -4
10 10 100 10 -8
Tabela retirada da obra “Microeconomia”, Pindyck & Rubinfeld, 6ª. Edição.

Na primeira coluna, temos o número de trabalhadores, que varia de


unidade em unidade. Na segunda coluna, temos o estoque de capital que
é fixo, já que estamos trabalhando no curto prazo (apenas o insumo
trabalho varia). Na terceira coluna temos a produção total. Esta produção
total é apresentada em forma de unidades produzidas. Veja que não
estamos falando em Receita (a receita é o número de unidades
produzidas multiplicado pelo preço. Pelo menos por enquanto, esqueça o
preço). A quarta coluna apresenta os produtos médios, que é a produção
total dividida pelo número de trabalhadores empregados. Por último, a
quinta coluna apresenta a produção adicional em virtude da contratação
de 1 trabalhador adicional, o produto marginal da mão-de-obra.

Analisando os dados fornecidos pela tabela, observa-se que a


introdução do 1º trabalhador na produção fez com que esta aumentasse
de 0 para 10, portanto, um acréscimo de 10. Com a utilização de 2
trabalhadores, a produção muda de 10 para 30, um acréscimo de 20
unidades na produção. Com 3 trabalhadores, o acréscimo é de 30 (a
produção passa de 30 para 60). O acréscimo na produção pode ser
acompanhado na quinta coluna, pelo produto marginal da mão-de-obra.

Até esse momento, em que proporção capital/trabalhador era


grande, os acréscimos na produção eram crescentes. A partir do 4º
trabalhador, a produção aumenta a taxas decrescentes (ou seja, a

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!
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produção continua aumentando, porém os acréscimos na produção são
decrescentes), porque a quantidade de capital (máquinas, terra,
ferramentas, etc) que cada trabalhador tem para trabalhar é cada vez
menor. Esta redução relativa da proporção do capital em relação à mão-
de-obra atinge seu ápice quando é contratado o 9º trabalhador, que
passa a atrapalhar os outros em vez de ajudar, devido à limitação da
quantidade de capital existente. Em decorrência, a partir do 9º
trabalhador (inclusive), contratações adicionais terão o efeito de diminuir
a produção em vez de aumentar.

Mas... Por que isto ocorre?

Isto ocorre devido à lei dos rendimentos marginais


decrescentes, que estatui: à medida que aumentamos o uso de
determinado fator de produção, mantendo-se os outros insumos de
produção constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional
resultante começa a decrescer.

" Nota 1: a lei dos rendimentos marginais decrescentes também pode


ser chamada de lei da produtividade marginal decrescente ou ainda
lei das proporções variáveis. Veja que a análise aqui é bastante
semelhante àquela realizada na aula 01, onde estatuímos a lei da
utilidade marginal decrescente (à medida que se aumenta o
consumo, a utilidade adicional ou a utilidade marginal começa a
decrescer, indicando que a utilidade marginal é decrescente).

A lógica desta lei é a seguinte: quando há poucos trabalhadores,


dada uma quantidade de capital existente, pequenos incrementos na
quantidade de mão-de-obra geram substanciais aumentos no volume de
produção. Entretanto, quando mais e mais trabalhadores são contratados,
entra em cena a lei dos rendimentos marginais decrescentes. Quando
houver funcionários em demasia, alguns se tornarão menos eficientes e o
produto marginal da mão-de-obra apresentará uma queda. Dito de outra
maneira: à medida que aumentamos a quantidade de trabalhadores, e
não aumentamos o capital (máquinas, espaço físico, instalações, etc),
aqueles começam a “bater cabeça” entre si e a atrapalhar uns aos outros.

" Nota 2: é importante não confundir a lei dos rendimentos


marginais decrescentes com alterações na qualidade da mão-de-
obra. Em nossa análise, presumimos que as unidades do insumo
trabalho são homogêneas, possuem a mesma qualidade; assim, os
rendimentos decrescentes resultam de limitações no uso do capital,
que se mantém inalterado, e não do fato de que os últimos
trabalhadores contratados são piores que os primeiros. Também
não confunda rendimentos decrescentes com retornos negativos. A
lei dos rendimentos decrescentes descreve um produto marginal

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!
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declinante, mas não necessariamente um produto marginal
negativo.

Vejamos abaixo o gráfico da produção em função da quantidade de


trabalhadores, de acordo com os dados da tabela 1:

Produção
(Q)
B
112

Produção total
A
60

Quantidade de
0 3 8 trabalhadores
(L)

Até a utilização do 3º trabalhador (inclusive), a produção aumenta a


taxas crescentes. Quando isto acontece, a concavidade da curva é voltada
para dentro (para a esquerda), conforme vemos no segmento que vai do
ponto 0 ao ponto A da curva. Isto porque neste trecho (de 0 a 3
trabalhadores) o produto marginal da mão-de-obra é crescente, como
vimos na tabela 1. Uma vez que a inclinação da curva de produção é dada
pela sua derivada (inclinação=dQ/dL=PmgL), nós sabemos que se a
inclinação é crescente de L=0 até L=3, isto só é possível porque o PmgL
(inclinação da curva de produção) é crescente de L=0 até L=3, uma vez
que a inclinação da curva de produção é dada pelo produto marginal do
fator de produção variável.

A partir do ponto A, à medida que aumentamos o número de


trabalhadores, entra em ação a lei dos rendimentos marginais
decrescentes. Assim, a produção continua a aumentar, porém a taxas
decrescentes entre os pontos A e B. Como ela aumenta a taxas
decrescentes neste trecho, a concavidade é voltada para fora (para a
direita). Isto acontece porque, do ponto A ao B, o produto marginal da
mão-de-obra é decrescente, porém, preste bem atenção, apesar do PmgL
(produto marginal da mão-de-obra) ser decrescente, ele ainda é positivo.
Ou seja, aumentos na quantidade de trabalhadores ainda geram aumento
da produção.

A contratação do 8º trabalhador (ponto B) não gera nenhum


acréscimo na produção. O produto marginal da mão-de-obra neste trecho
é nulo, é igual a 0. Desta forma, concluímos que quando o PmgL=0, a

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!
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produção é máxima. Isto é facilmente visualizável através do cotejo
entre a tabela e a figura.

A produção é máxima quando o


produto marginal do fator variável é
nulo.

QMÁX " quando PmgL=0

A partir do 8º trabalhador, ao aumentarmos a quantidade de


trabalhadores, caminhamos para a direita do ponto B. O PmgL continua
decrescendo devido a lei dos rendimentos marginais decrescentes.

Como no ponto B o produto marginal da mão-de-obra é igual a


ZERO e, a partir deste, ele continua decrescendo quando se contrata mais
trabalhadores, o PmgL começará a assumir valores negativos. Desta
forma, a partir do 8º trabalhador (linha tracejada do gráfico), se a firma
continuar contratando mão-de-obra, a produção irá cair, pois cada
trabalhador adicional causa diminuição na produção.

Isto tudo acontece, vou repetir, porque o fator de produção capital


é considerado fixo, estamos, portanto, no curto prazo. Desta forma, vale
a lei dos rendimentos marginais decrescentes. À medida que aumentamos
a quantidade de mão-de-obra, o capital permanecendo fixo, cada
trabalhador adicional tende a contribuir cada vez menos para a produção
total. Isto (o outro fator de produção permanecer fixo) é a condição
fundamental para tudo o que foi dito acima.

Vejamos agora outro gráfico. Desta vez, vamos representar os


produtos médio e marginal da mão-de-obra em função da quantidade de
trabalhadores. O gráfico está de acordo com os dados da tabela 1:

Produção por
trabalhador
A
30 Produto Marginal (PmgL)

B
20
Produto Médio (PmeL)

10

C
Quantidade de
0 3 4 8 10 trabalhadores
(L)

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!
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Tanto a curva do produto marginal da mão-de-obra como a curva


do produto médio da mão-de-obra são crescentes no início, atingem um
máximo e, em seguida, passam a decrescer. O valor máximo de PmgL é
de 30 unidades, quando são empregados 3 trabalhadores. O valor
máximo de PmeL é de 20 unidades, quando 4 trabalhadores são
utilizados. Confira também na tabela 1.

Diante da tabela, dos conceitos e dos dois gráficos apresentados


podemos apresentar como válidas as seguintes relações:

a) A produção total cresce enquanto o PmgL é positivo ! veja


na tabela 1: o PmgL é positivo até L=8, no trecho de L=0 a L=8,
a produção total cresce. A partir de L=9, o PmgL é negativo, e a
produção total começa a decair.

b) A produção total decresce enquanto o PmgL é negativo !


é a negação da afirmativa a).

c) Quanto o PmgL=0, a produção total é máxima ! veja na


tabela 1 e no gráfico da figura 1: o PmgL é nulo quando L=8.
Exatamente para esta quantidade de trabalhadores temos a
produção máxima.

d) Enquanto o PmgL for maior que PmeL, este último é


crescente ! isto acontece pois a produção adicional gerada por
um trabalhador causa alterações na produção média. Assim, se a
produção adicional de um novo trabalhador é maior que a
produção média, ela vai puxar a produção média para cima. Esta
relação pode ser visualizada na figura 2. Observe que até o
ponto B, o PmgL é maior que PmeL. Neste trecho, o PmeL é
crescente, até o ponto em que PmgL e PmeL se igualam.

e) Quando PmgL e PmeL forem iguais, PmeL é máximo !


ponto B da figura 2.

f) Enquanto o PmgL for menor que PmeL, este último é


decrescente ! isto acontece pois, neste caso, a produção
adicional gerada por um trabalhador adicional é menor que a
produção média. Logo, a produção adicional deste novo
trabalhador vai puxar a produção média para baixo. Isto pode
ser visualizado na figura 2. Observe que, caminhando para a
direita a partir do ponto B, o PmgL é sempre menor que o PmeL.
Da mesma forma, PmeL é decrescente.

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!
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Bem pessoal, tentem fazer um esforço para entender o formato das
curvas apresentadas nas figuras 1 e 2, de modo que o entendimento das
relações acima apresentadas irá se tornar mais fácil (ou menos difícil).

Creio que a melhor forma de assimilar este assunto é através da


visualização mental dos gráficos. Guardando-os na cabeça tudo fica mais
fácil. Assim, aconselho a ler as relações várias vezes, sempre
acompanhando nas figuras, de forma que aquelas “entrem” na cabeça
através da imagem dos gráficos.

É muito importante ressaltar que este processo de produção no


curto prazo é a regra geral: inicialmente, temos um produto marginal
crescente para pequenas quantidades de emprego do fator variável;
depois, na faixa relevante de emprego do fator variável, temos um
produto marginal decrescente. Assim, mesmo que uma tecnologia de
produção obedeça à lei dos rendimentos marginais decrescentes, nós
podemos entender que isso não será válido inequivocamente para
qualquer quantidade de emprego (qualquer valor de L) do fator
variável. Em algum nível de L, podemos muito bem ter rendimento
marginal crescente.

" Nota 4: Da mesma maneira que foram conceituados o produto


marginal da mão-de-obra (PmgL) e o produto médio da mão-de-
obra (PmeL), podemos derivar, usando o mesmo raciocínio, dois
conceitos semelhantes, desta vez, envolvendo o insumo Capital (K):

Produto marginal do capital (PmgK): é o acréscimo na produção


(∆Q) ocasionado pelo acréscimo de uma unidade de capital (quando
∆K=1). Algebricamente:

!∀
!∀#∃ !
!∀

Produto médio do capital (PmeK): é a produção total dividida


pelo estoque de capital. Algebricamente:

PmeK = Q.K-1

Finalizando este tópico, ressalto que as conclusões observadas para


L e K são também válidas para outras representações dos fatores de
produção. Assim, se tivermos uma função de produção (Q) com os
insumos/fatores de produção X1 e X2 (em vez de K e L), logicamente,
teremos também que: PmgX1=∆Q/∆X1, PmgX2=∆Q/∆X2, PmeX1=Q/X1,
PmeX2=Q/X2. Considerando, por exemplo, que X1 seja fixo e X2 seja
variável, QMÁX " quando PmgX2=0. Note que as conclusões são
rigorosamente as mesmas vistas para os fatores K e L, mudamos apenas
as nomenclaturas das variáveis. Portanto, não se assuste ao se deparar
com questões que tragam outras variáveis que não sejam K e L.

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03. (CESPE/Unb – Analista Legislativo - Câmara dos Deputados -


2002) - De acordo com a lei dos rendimentos decrescentes,
quando o emprego aumenta, a produtividade marginal do
trabalho diminui não porque os trabalhadores adicionais sejam
mais ineficientes, mas porque mais trabalhadores estão sendo
usados em relação aos demais fatores produtivos.

COMENTÁRIOS:
É exatamente o que está escrito na nota 2 do item 1.4. Ao contratar mais
trabalhadores (aumento de emprego), a produtividade marginal da mão-
de-obra (ou produtividade marginal do trabalho) diminui porque os
outros fatores de produção ficam fixos. Nesse sentido, a lei dos
rendimentos marginais decrescentes estatui que o acréscimo na
produção decorrente da contratação de trabalhadores adicionais será
cada vez menor (decrescente).

GABARITO: CERTO

04. (CESPE/Unb - Petrobras – Economista – 2007) - De acordo


com a lei dos rendimentos decrescentes, quando o emprego
aumenta, a produtividade marginal do trabalho diminui, não
porque os trabalhadores adicionais sejam mais ineficientes, mas
porque mais trabalhadores estão sendo usados em relação aos
demais fatores produtivos.

COMENTÁRIOS:
Idêntica à questão 03. Coloquei apenas para que vocês vejam que a
banca simplesmente repetiu a questão já utilizada em outro concurso que
foi realizado cinco anos antes! Ou seja: treine a resolução das questões e
a forma de pensar da banca!

GABARITO: CERTO

05. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2009) - O crescimento da produtividade
média do trabalho, mantendo-se constante os demais insumos, é
incompatível com a existência de uma produtividade marginal
superior ao produto médio.

COMENTÁRIOS:
Enquanto a produtividade média do trabalho é crescente, o produto

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marginal do trabalho será superior ao produto médio. Veja a figura 02
para confirmar.

GABARITO: ERRADO

06. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro - Ciências


Econômicas - SEGER/ES – 2009) - A lei dos rendimentos
decrescentes exclui a possibilidade de, no processo produtivo, a
produtividade marginal de determinado insumo ser crescente.

COMENTÁRIOS:
A regra geral no processo produtivo é o fator de produção variável
apresentar rendimentos marginais decrescentes. No entanto,
principalmente quando a quantidade do fator de produção é bastante
baixa, pode acontecer de ele apresentar rendimentos marginais
crescentes. Analisando as figuras 1 e 2 da aula, isto acontece do ponto 0
ao ponto A. Nestes trechos, o aumento do fator de produção mão-de-
obra apresenta produto marginal crescente. Após o ponto A (depois que
temos mais de 3 trabalhadores), aí entra em ação a lei dos rendimentos
marginais decrescentes, que é a regra geral.

Vale ressaltar que o erro da assertiva está no fato de ela excluir a


possibilidade de haver produtividade marginal crescente, o que não é
verdade, pois essa possibilidade existe. Ou seja, temos o seguinte: a
regra geral (situação comum) é a ocorrência de produtividade marginal
decrescente, mas pode haver trechos da curva do PmgL onde a
produtividade marginal seja crescente.

GABARITO: ERRADO

07. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas - TCE/AC - 2008) - A produtividade marginal atinge
seu ponto máximo quando o produto médio é crescente.

COMENTÁRIOS:
A assertiva está correta.

Observando a figura 2, vemos que quando o produto marginal atinge o


máximo (ponto A), o produto médio está crescendo.

GABARITO: CERTO

08. (CESPE/Unb – Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - A lei dos


rendimentos decrescentes, aplicada ao fator trabalho, implica que
a produtividade marginal do trabalhado se reduz, caso o aumento
do emprego se faça mantendo-se os demais insumos inalterados.

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COMENTÁRIOS:
É exatamente a definição da lei dos rendimentos decrescentes.

GABARITO: CERTO

1.5. PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO (dois insumos variáveis)

Até o presente momento em nosso estudo, trabalhamos com a


hipótese do curto prazo (apenas um dos insumos varia). A partir de
agora, levaremos em conta também a variação do insumo capital.

Conforme sabemos, a produção da firma (Q) é função dos fatores


de produção capital (K) e mão-de-obra (L). Neste tópico, analisaremos
alguns importantes aspectos levando em conta mudanças nestes dois
fatores de produção e, para isto, teremos de aprender alguns novos
conceitos bem como recorrer à análise gráfica.

1.5.1. Isoquantas

Na figura 5, temos um diagrama (espaço dos insumos) que contém


os dois fatores de produção que determinam a produção: capital e mão-
de-obra. No eixo das abscissas (eixo horizontal) temos a quantidade de
mão-de-obra expressa em quantidade de trabalhadores. No eixo das
ordenadas, temos a quantidade de capital expressa em unidades físicas
(número de máquinas).

Considere a curva convexa Q1=100. Ao longo desta curva, cada


combinação de mão-de-obra (L) e capital (K) produz 100 unidades de
produção. Em outras palavras, as combinações de capital e mão-de-obra
nos pontos A (LA, KA), ponto B (LB, KB) e ponto C (LC, KC) geram as
mesmas 100 unidades de produção. Como todos os pontos ao longo da
curva Q1=100 geram a mesma produção, essa curva é chamada de
isoquanta (iso=igual; quanta=quantidade).

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Capital
(unidades físicas)

A
KA E

D
B Q3=200
KB
Q2=150
C
KC Q1=100
Mão-de-obra
LA LB LC (trabalhadores)

Além da isoquanta Q1=100, são mostradas na figura as isoquantas


Q2=150 e Q3=200. Por estarem mais altas que a isoquanta Q1, estas
isoquantas representam níveis mais altos de produção. Logo, isoquantas
mais altas indicam níveis maiores de produção. Isto pode ser comprovado
quando mantemos, por exemplo, a mão-de-obra constante em LC. Ao
mesmo nível de mão-de-obra (LC), isoquantas mais altas estão
relacionadas a maiores quantidades de capital, indicando assim maior
produção à mesma quantidade de mão-de-obra.

As isoquantas são bastante semelhantes às curvas de indiferença.


Como vimos no nosso último encontro, a curva de indiferença descreve as
diferentes cestas de consumo exatamente suficientes para produzir um
determinado nível de utilidade. As isoquantas, por outro lado, mostram as
cestas de quantidades de fatores de produção suficientes para produzir
um determinado nível de produção.

Como já sabemos bastante sobre as curvas de indiferença, não será


difícil entender como funcionam as isoquantas.

1.5.1.1. Inclinação, convexidade e a taxa marginal de substituição técnica


(TMgST) das isoquantas

Vejamos agora o que determina a inclinação e a convexidade destas


isoquantas. Observe a figura 6:

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Capital
(unidades físicas)

A
KA
!∀#
A inclinação da isoquanta
!∃# B em todos os pontos é dada
KB por !K/!L.
!∀#
!∃# C
KC
!∀#
!∃# D
KD
!∀# E
KE !∃#

Mão-de-obra
LA LB LC LD LE (trabalhadores)

Em primeiro lugar, fazendo uma breve revisão de álgebra, devemos


ter em mente que a inclinação de uma curva em gráfico é variável, isto é,
muda ao longo da curva. A inclinação será dada pela tangente à curva em
cada ponto designado. Por exemplo, no ponto A, a inclinação é dada pela
tangente exatamente naquele ponto. A tangente (cateto oposto/cateto
adjacente), por sua vez, em cada ponto, é igual ∆K/∆L.

Observe que quando nos movemos do ponto A para o ponto B, a


diminuição do capital (∆K=KB-KA) foi compensada por um aumento na
mão-de-obra (∆L=LB-LA), para que nos mantivéssemos no mesmo nível
de produção (mesma isoquanta). Quando nos movemos do ponto B para
o C, ocorre a mesma coisa, só que, desta vez, precisamos de mais mão-
de-obra (∆L=LC-LB) para compensar uma perda até menor de capital
(∆K=KC-KB). Do ponto C para o D, ocorre o mesmo fenômeno. Do ponto D
para o ponto E, precisamos de um grande aumento de mão-de-obra para
compensar uma pequena perda de capital, de forma que ∆K/∆L será um
número bem pequeno (veja que do ponto A ao B, ∆K/∆L é um número
mais alto que o ∆K/∆L do ponto D ao E).

No ponto A da isoquanta, onde a curva é bastante acentuada ou


vertical (inclinação elevada; ∆K/∆L elevado), um declínio dado no capital
pode ser acompanhado por um modesto aumento na mão-de-obra. No
ponto E, a curva da isoquanta é relativamente plana (inclinação baixa;
∆K/∆L baixo). Essa inclinação mais plana significa que um mesmo declínio
no capital requer um aumento bem maior na mão-de-obra para que a
produção fique constante. O declínio no capital permitido por um aumento
dado na mão-de-obra a fim de que a produção mantenha-se constante é

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!
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chamado de taxa marginal de substituição técnica4 (TMgST) entre
mão-de-obra e capital. Algebricamente, a TMgST pode ser definida
como:

TMgSTL,K = ∆K " com a produção (Q) constante


∆L

A TMgST mede o intercâmbio entre dois fatores de produção (no


nosso caso ou exemplo, ela mede o intercâmbio entre o capital e a mão-
de-obra). Ela mede a taxa à qual as empresas devem substituir um
insumo (fator de produção) por outro para manter constante a produção.

A TMgST será sempre negativa. Isto porque o numerador ∆K (KFINAL


– KINICIAL) é sempre negativo quando caminhamos da esquerda para a
direita na curva. Se caminharmos da direita para a esquerda, o ∆L (LFINAL
– LINICIAL) será sempre negativo. Assim, a TMgST é negativa.

Perceba também que a TMgST é decrescente. Do ponto A ao B,


temos uma TMgST certamente maior, em valor absoluto, que 1 (∆K >
∆L). Do ponto D ao E, entretanto, temos um TMgST certamente menor,
em valor absoluto, que 1 (∆K < ∆L).

Isto acontece porque, quando o capital é intensivamente


empregado (ponto A), os poucos trabalhadores remanescentes efetuam
trabalhos mais difíceis e importantes. Neste ponto é necessário muito
capital para substituir um trabalhador. Quando a mão-de-obra é
intensiva, e o capital não é muito prevalecente (ponto E), qualquer capital
adicional substituirá muita mão-de-obra. A regra é a seguinte: o que
temos em muita quantidade será pouco valorizado e o que temos em
pouca quantidade será mais valorizado. Desta feita, quando temos muito
capital e pouca mão-de-obra, é normal que demos mais valor à mão-de-
obra (entregamos bastante capital em troca de pouca mão-de-obra –
ponto A da figura 06). Quando temos muita mão-de-obra e pouco capital,
ocorrerá o contrário (entregamos bastante mão-de-obra em troca de
pouco capital – ponto E da figura 06).

Outro ponto não menos importante é notarmos que a TMgST


(∆K/∆L) é o termo que define a inclinação da isoquanta (veja o
apontamento na figura 6). Assim, como TMgST é decrescente, a
inclinação também será. Veja que, no ponto A, a inclinação da isoquanta
é bastante alta (mais vertical), já no ponto E, a inclinação é bastante
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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baixa (mais horizontal). Assim, por conseguinte, em A, a TMgST é alta, e,
em B, a TMgST é baixa, indicando que ela decresce ao caminharmos para
a direita (ela decresce em valores absolutos, isto é, se não considerarmos
o sinal negativo que a TmgST possui).

Assim como a curva de indiferença, a isoquanta é uma curva


convexa, mas fique atento: quando falamos que a isoquanta ou a curva
de indiferença é convexa, estamos falando que a convexidade é voltada
para a origem do gráfico. Caso você se depare com alguma questão de
prova falando que as isoquantas são côncavas para cima, você deve
considerar tal assertiva correta. Na verdade, a questão está falando que a
concavidade (buraco) da curva é para cima. Ora, se a concavidade é para
cima, obrigatoriamente, a convexidade será voltada para baixo, indicando
que a afirmação é correta. Só houve mudança do referencial adotado.
Por fim, é bom que você saiba que, em algumas obras, é usado
também outro termo para se referir à taxa marginal de substituição
técnica: taxa técnica de substituição (TTN).

1.5.2. Linhas de isocustos

A linha de isocustos é uma reta sobre a qual os custos da firma são


constantes para diversas combinações de capital e mão-de-obra. Suponha
uma firma que pague aos seus funcionários o salário de $10 e tenha
unidades de capital no valor de $20. O custo do trabalhador é, portanto,
W=10 (usa-se W devido ao termo em inglês Wage=salário) e o custo do
capital é C=20. Veja as linhas de isocustos abaixo, supondo custos totais
da firma nos valores de $1000, $1500 e $2000:

Capital
(unidades físicas)

C Custos=$2000
100
Custos=$1500
B
75
Custos=$1000

A
50
X
KX

Y
KY
A’ B’ C’ Mão-de-obra
LX LY 150 (trabalhadores)
100 200
Linhas de isocustos (W=10 por trabalhador; preço do capital (C)=20).

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A linha AA’ representa custos totais de $1000. Isto significa que


qualquer combinação de capital e mão-de-obra que esteja sob esta linha
representará custos totais de $1000 para a firma. No ponto A’, a firma
poderia contratar 100 trabalhadores ($1000/10) e incorrer em custos
totais de $1000 se não utilizasse capital. No ponto A, a firma pode utilizar
50 unidades de capital ($1000/20) a custo total de $1000 se não utilizar
mão-de-obra. Nos pontos X e Y temos outras combinações de mão-de-
obra e capital que geram os mesmos $1000 de custos totais.

Da mesma forma, a linha BB’ representa todas as combinações de


capital e mão-de-obra que geram custos totais de $1500. A linha CC’,
todas as combinações de capital e mão-de-obra que geram custos totais
de $2000. Veja que quanto mais alta a linha de isocustos, mais altos
serão os custos totais da firma. Quanto mais baixa, menores serão os
custos totais.

Bem, acredito que já tenha ficado claro o conceito de linhas de


isocustos, certo?! Agora vamos nos ater à sua inclinação. Como ela é
determinada? Todas as linhas de isocustos possuem uma equação que as
representa. Esta equação possui o seguinte formato:

CT = W.L + C.K

CT é o custo total. L é quantidade de trabalhadores (quantidade do


insumo/fator mão-de-obra). W é o salário (preço/custo do fator/insumo
mão-de-obra). C é o custo da unidade do fator/insumo capital. K é a
quantidade de capital. Vejamos quais as equações das linhas de isocustos
AA’, BB’, CC’:

Isocustos AA’: 1000 = 10L + 20K ! 20k = 1000 – 10L ! K = 50 – ½.L


Isocustos BB’: 1500 = 10L + 20K ! 20K = 1500 – 10L ! K = 75 – ½.L
Isocustos CC’: 2000 = 10L + 20K ! 20K = 2000 – 10L ! K = 100 – ½.L

Veja que a única diferença entre as equações são os termos 50, 75


e 100. Estes termos são chamados de interceptos da linha de isocustos.
São nestes pontos que a linha de isocustos intercepta o gráfico no eixo Y
(eixo onde está o capital), daí o nome “intercepto”. Veja que as linhas
AA’, BB’ e CC’ interceptam o eixo do capital em 50, 75 e 100,
respectivamente.

Observe que, em todas as equações das linhas de isocustos, o


termo que multiplica a variável L (variável do eixo X) é -½ ou -0,5. Este

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termo, -½, significa a inclinação da linha de isocustos. Observe que todas
as linhas de isocustos do nosso gráfico possuem a mesma inclinação.
Desta forma, o termo que multiplica o L nas equações deve ser igual para
todas elas. Assim, vem o mais importante: é este termo que determina a
inclinação da linha de isocustos e ele é igual à divisão do custo da mão-
de-obra (W) pelo custo do capital (C).

Daí, podemos concluir que a inclinação da linha de isocustos é


dada por -W/C (é a razão entre os preços dos fatores de
produção). Como em nosso exemplo, os fatores de produção são mão-
de-obra e capital, e o preço da mão-de-obra é $10 e o preço do capital é
$20, a inclinação será -$10/$20 = -½.

1.5.3. Ótimo (equilíbrio) da firma no longo prazo

Supondo um nível de produção Q1 da firma, ela maximizará seus


lucros quando, a este nível de produção, minimizar os custos totais.
Assim, a condição de maximização de lucros, a este nível de produção
que está sendo suposto, acontecerá quando a isoquanta que contém este
nível de produção Q1 tocar a linha de isocustos mais baixa possível. Veja
a figura 8:

Capital
(unidades físicas)
Q1

C Custos=$2000
100
Y
Custos=$1500
B
75
Custos=$1000

A
50 X
ISOQUANTA Q1

Z Q1

A’ B’ C’ Mão-de-obra
(horas)
100 150 200
Linhas de isocustos (W=10; preço do capital (C)=20) e isoquanta Q1.

Ao nível de produção Q1, a firma maximizará os lucros no ponto X,


que é o ponto em que a isoquanta Q1 raspa, toca ou tangencia a linha de
isocustos BB’. Veja que nos pontos Y e Z, ao mesmo nível de produção

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(mesma isoquanta), os custos totais são de $2000. Por outro lado,
mantendo o nível de produção, não é possível produzir Q1 a custos totais
de $1000, pois a isoquanta Q1 não toca a linha de isocustos de $1000,
sendo impossível produzir Q1 a custos de $1000.

Isso quer dizer que, dada uma isoquanta Q1, a firma atinge seu
ótimo ou ponto de equilíbrio quando esta isoquanta tangencia a linha de
isocustos mais baixa (menores custos totais). Ao mesmo tempo, dada
uma linha de isocustos qualquer, a firma atinge seu ótimo ou ponto de
equilíbrio quando esta linha de isocustos tangencia a isoquanta mais alta
possível (maior produção).

Bem, já entendemos que o ponto X é o ponto onde a firma produz


Q1 ao menor custo possível, certo?! Agora, precisamos determinar esta
condição de forma algébrica, matemática, pois é assim que é cobrada em
provas.

No ponto X, a inclinação da isoquanta é igual à inclinação da linha


de isocustos. Assim, basta igualarmos os termos que determinam a
inclinação de ambas. Esta igualdade nos dará o ótimo da firma supondo o
nível de produção Q1 e os preços da mão-de-obra e capital $10 e $20,
respectivamente:

Inclinação da ISOQUANTA

TMgSTL,K = ∆K = W " ótimo da firma


∆L C
Inclinação da LINHA DE ISOCUSTOS

Mas veja que podemos manipular o ∆K/∆L, de forma que, ainda


assim, manteremos a igualdade:
PmgL

PmgK
∆K = ∆K/∆Q = ∆K . ∆Q = ∆Q . ∆K = ∆Q / ∆Q
∆L ∆L/∆Q ∆Q ∆L ∆L ∆Q ∆L ∆K

Ao invés de multiplicarmos,
invertemos a fração e a operação
(multiplicação por divisão).

Concluímos então que TMgST (∆K/∆L) é a razão entre as


produtividades marginais dos fatores de produção (no nosso caso, é
a razão entre a produtividade marginal da mão-de-obra e do capital,

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PmgL=PmgK). Isto porque ∆Q/∆L é o produto marginal da mão-de-obra
(PmgL) e ∆Q/∆K é o produto marginal do capital (PmgK).

Podemos reescrever assim a condição de equilíbrio (ótimo), dada


uma produção Q1 e os preços do capital e mão-de-obra C e W:

Custo marginal da mão-de-obra ou


simplesmente: preço da mão-de-
obra
PmgL = W
PmgK C Custo marginal do capital ou
simplesmente: preço do capital

Nota: fique atento, pois temos os produtos marginais e preços de


um fator de produção na mesma linha. Por exemplo, observe que nos
numeradores, temos produto marginal e preço da mão-de-obra. No
denominador, o mesmo, só que em relação ao capital. Isto porque
∆K/∆L=PmgL/PmgK. Ou seja, na hora que nós manipulamos
algebricamente a TmgST (∆K/∆L), ocorre a mesma mudança que nós
vimos na estudo da teoria do consumidor. No lado esquerdo da equação,
temos K do lado de cima. No lado direito da equação da TmgST, temos o
L do lado de cima (PmgL/PmgK).

W é o preço do insumo mão-de-obra ou, ainda, pode ser


denominado o custo marginal5 da mão-de-obra (acréscimo no custo total
decorrente da aquisição de mais uma unidade de mão-de-obra), enquanto
C é o preço do capital ou, ainda, o custo marginal do capital (acréscimo
no custo total decorrente da aquisição de mais uma unidade de capital).

Assim, temos que, dada uma produção Q1 e os preços da mão-de-


obra (W) e do capital (C), a firma minimizará o custo de produção
quando ela utilizar capital e mão-de-obra até o ponto em que seus
custos marginais relativos6 sejam apenas iguais às suas
produtividades marginais relativas. Ou ainda, de modo mais
simples, podemos dizer que a firma atinge o equilíbrio quando a
razão entre as produtividades marginais de mão-de-obra e capital
seja igual à razão de seus preços.

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ATENÇÃO: a condição acima exposta é a condição de equilíbrio (ótimo)
da firma no longo prazo. Isto significa que, dado um nível de produção, a
firma minimiza os custos (e maximiza os lucros) quando a isoquanta toca
a linha de isocustos mais baixa. Nós dizemos que esta tangência é
condição necessária7 para a minimização de custos e maximização de
lucros.

09. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2007) - As


isoquantas, que mostram as diferentes combinações fatoriais que
asseguram um determinado nível de produção, não se podem
cruzar.

COMENTÁRIOS:
As isoquantas têm as mesmas características básicas das curvas de
indiferença, quais sejam: não podem se cruzar (premissa da
transitividade), têm a sua inclinação negativa dada pela TmgS, são
convexas em relação à origem e as curvas mais altas são preferíveis.

GABARITO: CERTO

10. (CESPE/Unb - Especialista em Regulação de Serviços de


Transportes Quaviários – ANTAQ – 2009) - Uma das
características das isoquantas na teoria da produção é que elas
devem ser curvas côncavas em relação à origem dos eixos
cartesianos.

COMENTÁRIOS:
As isoquantas, assim como as curvas de indiferença, devem ser
convexas em relação à origem e côncavas para cima.

GABARITO: ERRADO

11. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC - 2008) - A minimização do custo de
produção ocorre quando a taxa marginal de substituição técnica
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para os diferentes fatores for inferior ao preço relativo desses
fatores.

COMENTÁRIOS:
A minimização do custo (ótimo da firma) ocorre quando a taxa marginal
de substituição técnica para os diferentes fatores for igual ao preço
relativo desses fatores.

GABARITO: ERRADO

12. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) -


Aumentos nas taxas de juros, se repassados ao custo de
utilização do capital, deslocam, paralelamente, as linhas de
isocustos das empresas e conduzem à redução no uso desse
insumo.

COMENTÁRIOS:
Se os aumentos nas taxas de juros forem repassados ao custo do capital,
então, haverá alteração do preço do capital. Isto provocará alteração da
inclinação da linha de isocusto, tendo em vista que a inclinação desta é
igual à razão dos preços dos insumos. Se o preço de um insumo muda,
então, há alteração da inclinação.

GABARITO: ERRADO

13. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - A


minimização dos custos requer que a inclinação da linha de
isocusto seja igual à inclinação da isoquanta, garantindo, assim, a
igualdade entre a taxa marginal de substituição técnica entre os
insumos e o preço relativo desses insumos.

COMENTÁRIOS:
Perfeita! Apenas acrescento que minimização de custos pressupõe
também o ótimo da firma e a maximização de lucros.

GABARITO: CERTO

14. (CESPE/Unb - IJSN/ES – 2011) - A escolha dos fatores de


produção que minimizam seus custos pode ser determinada ao se
encontrar o ponto na isoquanta que está associado à curva de
isocusto mais baixa.

COMENTÁRIOS:
Moleza, não! Certa.

GABARITO: CERTO

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1.5.4. FUNÇÕES DE PRODUÇÃO E ISOQUANTAS NOS CASOS


ESPECIAIS

No item 1.2, nós estudamos o principal tipo de função de produção:


a função Cobb-Douglas. Já no item 1.5.1, nós vimos como são as
isoquantas. No entanto, as isoquantas que nós estudamos (inclinação
decrescente, determinada pela TMgST, convexa, etc) representam o caso
geral, o caso comum.

Da mesma maneira que ocorre na teoria do consumidor, o caso


geral destas isoquantas comuns (convexas, inclinação
negativa/decrescente, etc) acontece quando elas são oriundas de funções
de produção Cobb-Douglas. Assim, quando temos funções de produção
Cobb-Douglas, as isoquantas serão obrigatoriamente naquele formato
convencional que aprendemos.

Entretanto, nós temos dois casos especiais em que o caso geral não
se aplica: função de produção de proporções fixas e de insumos
substitutos perfeitos.

1.5.4.1. Proporções fixas (fatores de produção são complementos


perfeitos)

Suponha que uma firma funerária que presta serviços a um


cemitério tenha como produto a “fabricação” de buracos, sendo que a
única forma de produzir um buraco é com o emprego de dois insumos de
produção: homem (mão-de-obra) e pá (capital). Para produzir (fazer um
buraco), é necessário um homem e uma pá. Pás extras não têm
serventia, já que o homem só usa uma pá para cavar o buraco. Ao
mesmo tempo, homens extras também não têm serventia, uma vez que
eles só podem cavar se houver pás suficientes (uma para cada homem).

Deste modo, o número de buracos que se pode obter será o valor


mínimo entre o total de homens e o total de pás. Neste caso, a função de
produção será:

Q (K, L) = mín {K, L}

Esta função de produção se aplica no caso dos insumos de produção


serem complementos perfeitos (também é conhecida por função de
produção de Leontief). Isto é, quando, para produzir, a firma deve

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combinar os insumos em proporções fixas (ressalto que não necessita ser
na proporção de 1 para 1).

Outro exemplo: um show de televisão envolve determinada


quantidade de capital (máquinas, câmeras, etc) e de mão-de-obra
(atores, diretores, cinegrafistas). Para aumentar o número de shows, a
firma deve aumentar proporcionalmente todos os insumos de produção.
Não adiantará nada construir novos estúdios e comprar equipamento se
não houver contratação de mais mão-de-obra. Ao mesmo tempo, não
adiantará contratar mais mão-de-obra, se não houver ampliação da
quantidade de capital.

Segue o formato das isoquantas quando os fatores de produção são


complementos perfeitos (temos a função de produção de proporções
fixas, onde acréscimos apenas de trabalho, ou apenas de capital, não
aumentam a produção):

capital
Quando os dois fatores de
produção são complementos
perfeitos, a firma deverá
aumentar a quantidade dos
insumos em proporções
fixas, caso queira aumentar
a produção. Neste caso, as
isoquantas terão o formato
de um L.

Mão-de-obra

Nota ! se os insumos não forem complementares perfeitos (forem,


por exemplo, complementares imperfeitos, onde a complementaridade
não é perfeita), as isoquantas tenderão ao formato convencional
(convexas, inclinação decrescente).

Se uma questão de prova lhe der uma situação em que você tenha
que montar uma função de produção de Leontief, tenha em mente que,
dentro das “{ }”, você deve colocar o valor unitário de cada fator de
produção citado pela questão.

Por exemplo, se uma questão de prova falar que, para produzir um


show musical, a firma necessita utilizar conjuntamente os seguintes
fatores de produção: 06 caixas de som acústicas, 03 DJs e 02 cantores.
Esse show musical pode ser representado pela seguinte função de
produção de proporções fixas:

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Q = mín {Cx/6, DJ/3, Ct/2}

Onde Cx é o número de caixas de som, DJ é o número de DJs e Ct é


o número de cantores. Veja que nós dividimos (não se deve multiplicar!)
os insumos de produção pelos números mínimos de quantidades de que
necessitamos. Por exemplo, se você tiver 24 caixas de som, 06 DJs e 02
cantores, quantos shows musicais poderá fazer? Há caixas de som
suficientes para 4 shows (4=24/6), DJs suficientes para 2 shows (2=6/3)
e cantores suficientes para 1 show (1=2/2), portanto, você poderia fazer
01 show, que foi o valor mínimo encontrado.

1.5.4.2. Fatores de produção substitutos perfeitos

Suponha que uma firma de venda de tickets (ingressos) em


estádios de futebol tenha a possibilidade de usar guichês convencionais
com atendentes (mão-de-obra) recebendo o dinheiro e entregando o
ingresso, ou ainda utilizar máquinas (capital) que façam a mesma coisa
(recebam o dinheiro e entreguem o ingresso).

Neste caso, os insumos de produção são perfeitamente substituíveis


dentro do processo de produção da firma. Para vender os ingressos, essa
firma poderá contratar vários trabalhadores (adquirir o fator de produção
mão-de-obra) ou ainda comprar várias máquinas de venda (adquirir o
fator de produção capital). Neste caso, a produção desta firma dependerá
da quantidade total dos fatores de produção, não importando se haverá
mais capital ou mais mão-de-obra. Assim, a função de produção terá o
seguinte formato:

Q (K, L) = a.K + b.L

Onde K e L são os fatores de produção e a e b são constantes


positivas. Para este tipo de função de produção, a TMgST será constante.
Como a TMgST é a própria inclinação da isoquanta, então, temos,
obrigatoriamente, que a inclinação da isoquanta será constante. Ou seja,
a isoquanta será uma reta:

<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!55!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
! 2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
!
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(6∆!

capital

Quando os dois fatores de produção


são substitutos perfeitos, a TMgST é
constante e as isoquantas serão
linhas retas.

trabalho

Nota ! se os insumos não forem substitutos perfeitos (forem, por


exemplo, substitutos imperfeitos, onde a substituição não é perfeita), as
isoquantas tenderão ao formato convencional (convexas, inclinação
decrescente).

• Se os fatores de produção são utilizados


conjuntamente (proporção fixa), as
isoquantas são em formato de “L”.

• Se os fatores de produção são


substitutos (usa-se um, ou usa-se o
outro), as isoquantas são retas
paralelas, com TMgST constante.

1.6. RENDIMENTOS DE ESCALA

No item 1.2, nós tivemos alguma noção sobre o que são


rendimentos de escala. Agora é hora de melhorarmos esse entendimento:

Rendimentos de escala: referem-se à proporção de aumento do


produto quando os insumos aumentam proporcionalmente entre si.

Pode haver três casos (em todos eles, vamos supor que estamos
dobrando ao mesmo tempo todos os fatores de produção):

! Rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala):


se a produção cresce mais do que o dobro quando se dobram todos

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!
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!
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(6∆!
os insumos, então há rendimentos crescentes de escala. Neste
caso, vale a pena aumentar a quantidade dos fatores de produção e
operar em escala maior (isto é, operar com grande quantidade de
fatores de produção – grandes empresas). Quando temos
rendimentos crescentes de escala, é mais vantajoso ter uma grande
empresa produzindo do que ter muitas empresas pequenas. É o
caso da prestação de serviços de utilidade pública, por exemplo
(companhias de energia elétrica, gás, saneamento, etc).

! Rendimentos constantes de escala (ou retornos constantes


de escala): se a produção dobra quando se dobram todos os
insumos, então há rendimentos constantes de escala. Neste caso, é
indiferente aumentar a quantidade dos fatores de produção e operar
em escala maior ou aumentar o número de empresas operando em
escala menor. Ou seja, o tamanho da empresa não influencia a
produtividade dos insumos. É o caso das agências de viagem, por
exemplo.

! Rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de


escala): se a produção aumenta em menos que o dobro quando se
dobram os insumos, então há rendimentos decrescentes de escala.
A existência de rendimentos decrescentes está ligada a problemas
de administração e coordenação das tarefas dentro de uma
empresa. É uma situação em que há alguma falha na coordenação
das atividades de produção, caso contrário não teríamos essa
situação em que aumentamos proporcionalmente todos os insumos,
mas a produção aumenta em proporção menor. Como a existência
de rendimentos decrescentes está ligada a problemas de
administração e coordenação, é mais comum que ocorra em
empresas com operações em grande escala, onde é mais provável
que ocorram tais problemas.

Os rendimentos de escala variam substancialmente entre as


empresas e até mesmo entre os setores de produção. Por exemplo,
empresas do tipo indústria têm maior probabilidade de apresentar
rendimentos crescentes de escala (economias de escala) do que empresas
do setor de serviços, pois a atividade industrial exige vultosos
investimentos em equipamentos (capital). Assim, na indústria, a compra
de uma máquina moderna (aumento do fator de produção capital) junto
com o aumento de mão-de-obra pode aumentar bastante a produção da
firma.

Por outro lado, as empresas do setor de serviços geralmente


operam com rendimentos de escala menores que as indústrias. Assim,
para aquelas, trabalhar com poucos insumos de produção (poucos
trabalhadores e máquinas) pode ser tão eficiente quanto trabalhar com
muitos fatores de produção.

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Podemos inferir algumas conclusões a partir da disposição das


isoquantas:

capital

30
20 30
20
10 10
trabalho
Se, à medida que aumentamos a
Se, à medida que aumentamos a produção em proporções iguais, o
produção em proporções iguais, o espaço entre as isoquantas diminui,
espaço entre as isoquantas é igual, então, temos rendimentos crescentes
então, temos rendimentos constantes de escala. No caso acima,
de escala. No caso acima, aumentamos a produção de 10 em 10
aumentamos a produção de 10 em 10 e o espaço entre as isoquantas
e o espaço entre as isoquantas é diminuiu, indicando que esta
igual, indicando que o aumento dos produção aumentou por intermédio
insumos trabalho e capital também foi de um aumento em menor proporção
proporcional. dos insumos capital e trabalho.

capital Se, à medida que aumentamos a


produção em proporções iguais, o
espaço entre as isoquantas
aumenta, então temos rendimentos
decrescentes de escala. Ao lado,
aumentamos a produção de 10 em
10 e o espaço entre as isoquantas
30 aumentou, indicando que a
produção aumentou por
intermédio de um aumento em
maior nível dos insumos capital e
20 trabalho.
10
trabalho

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1.7. O GRAU DE HOMOGENEIDADE DAS FUNÇÕES DE
PRODUÇÃO

Em primeiro lugar, não vou me ater ao fato do que é ou não é, do


ponto de vista matemático, uma função homogênea. Apenas tenha em
mente que as funções de produção abarcadas nas questões de concurso
são homogêneas, ok?! Mesma que a questão não diga nada, as funções
de produção são sempre homogêneas. Aliás, de fato, tal informação não
muda em nada a nossa análise.

Apenas estou trazendo à luz tal fato para que você não estranhe
caso apareça algum enunciado de questão dizendo que a função é
homogênea. Muitos podem se assustar e achar que isso (a função ser
homogênea) é uma exceção ou um caso diferente. Fique tranquilo, isso
não muda em nada o que estudamos nesta aula.

Este item consta de nossa aula porque algumas bancas, às vezes,


nos pedem para informar, a partir da função de produção, se a produção
apresenta rendimentos constantes, crescentes ou decrescentes de escala.
Para tirarmos alguma conclusão sobre os rendimentos de escala,
devemos saber o grau de homogeneidade da função de produção.
Assim, teremos o seguinte:

GRAU DE HOMOGENEIDADE SITUAÇÃO


ENTRE GRAU 0 E 1 Rendimentos DECRESCENTES
GRAU 1 Rendimentos CONSTANTES
GRAU MAIOR QUE 1 Rendimentos CRESCENTES

Tão importante quanto conhecer isso aí acima é saber como


descobrir o grau de homogeneidade das funções de produção. Quando
tivermos funções Cobb-Douglas (Q=Ka.Lb), é bastante fácil; basta
somarmos os expoentes a e b. Por exemplo, veja os graus de
homogeneidade das funções homogêneas de produção abaixo:

$ Q=3KL2 ! grau 3 (a=1 e b=2) ! rendimentos crescentes (economias


de escala)

$ Q=K1/2L1/2 ! grau 1 (a=½ e b=½) ! rendimentos constantes

$ Q=K1/3L1/3 !! grau 0,66 (a=0,33 e b=0,33) ! rendimentos


decrescentes (deseconomias de escala)

Quando a função é do tipo Cobb-Douglas, portanto, tudo é muito


tranquilo. O maior problema reside quando a função não é do tipo Cobb-
Douglas. Nestes casos, existe um bizú. Os retornos de escala estão
relacionados com o aumento da produção em virtude do aumento da
quantidade de insumos. Se dobrarmos a quantidade de insumos e a

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produção mais que dobrar, teremos retornos crescentes de escala. Se, em
vez de dobrarmos a quantidade de insumos, triplicarmos,
quadriplicarmos, ou multiplicarmos por uma constante λ (λ pode assumir
qualquer valor) e a produção (Q) aumentar mais que λ multiplicada por
Q, teremos retornos crescentes. Se a produção aumentar menos que λ
multiplicada Q, teremos retornos decrescentes; se a produção aumentar
no mesmo valor que λ.Q, há rendimentos constantes. Ao mesmo tempo,
ao terminarmos o procedimento, o expoente de λ será o grau de
homogeneidade da função de produção.

Tentemos descobrir o grau de homogeneidade das seguintes


funções:

a) Q=3L + 2K (multiplicaremos todos os insumos por λ)


Q’=3(λL) + 2(λK)
Q’=λ(3L + 2K)
Q’=λQ

A nova produção (Q’) é exatamente a antiga multiplicada por λ.


Logo, conclui-se que há rendimentos constantes de escala, pois
multiplicaram-se os insumos por λ e a produção resultante foi
Qλ. Como o expoente de λ, ao final do procedimento, é igual a 1,
podemos também afirmar que a referida função de produção
possui grau de homogeneidade igual a 01.

b) Q=(2L + 2K)1/2
Q’=[2.(λL) + 2.(λK)]1/2
Q’=[λ.(2L + 2K)]1/2
Q’=[λ1/2.(2L + 2K)1/2]
Q’=λ1/2.(2L + 2K)1/2
Q’=λ1/2.Q

A nova produção (Q’) é exatamente a antiga multiplicada por


λ1/2. Logo, conclui-se que o grau de homogeneidade da função
de produção é ½ (expoente de λ) e temos rendimentos
decrescentes de escala (deseconomias de escala).

c) Q=K2 + L2
Q’=(λK)2 + (λL)2
Q’=λ2(K2 + L2)
Q’=λ2.Q

A nova produção Q’ é exatamente a antiga multiplicada por λ2. O


grau da função é 2 (expoente de λ) e temos rendimentos
crescentes de escala (economias de escala).

d) Q=K2/L2

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Q’=(λK)2/(λL)2
Q’=λ2K2/λ2L2
Q’=λ2-2.K2/L2
Q’=λ0Q
Q’=Q

A nova produção Q’, mesmo após multiplicarmos todos os


insumos por λ, não mudou de valor (Q=Q’). Isto acontece por
que o expoente de λ é igual a 0, ou seja, a função é homogênea
de grau 0. Também, como o grau é menor que 1, temos
rendimentos decrescentes de escala (deseconomias de escala).

Os casos acima, repito, são de funções que não são do tipo Cobb-
Douglas. Se tivermos funções Cobb-Douglas, o procedimento é somar os
expoentes dos insumos e verificar se é igual, menor ou maior que 01.
Caso apareça alguma função que não seja Cobb-Douglas, aí, o melhor é
fazer como postado acima.

Nota: as funções de produção de Leontief, do tipo Q=min{K, L}, de


proporções fixas, são homogêneas de grau um, sempre. Isto quer dizer
que se dobrarmos os fatores de produção, a produção também dobrará.
Logo, todas as funções de produção de Leontief, para insumos
complementos perfeitos, possuem rendimentos constantes de escala.

15. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC -2009) - Caso a fabricação de determinada
mercadoria exija que os insumos sejam combinados em
proporções fixas, então, a função de produção desse bem gera
isoquantas formadas por ângulos retos paralelos.

COMENTÁRIOS:
Quando os insumos devem ser combinados em proporções fixas, as
isoquantas têm o formato de um L, ou seja, formadas por ângulos retos
paralelos. Veja a figura 08.

GABARITO: CERTO

16. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC -2009) - Aumentos salariais, decorrentes
de negociações sindicais bem-sucedidas, elevam os gastos das

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empresas com mão-de-obra, mas não modificam a inclinação da
linha de isocusto.

COMENTÁRIOS:
Aumentos salariais provocam o aumento do preço/custo do fator de
produção mão-de-obra. A inclinação da linha de isocustos é dada pela
razão entre os preços dos fatores de produção (inclinação=-W/C). Se
houver alteração da razão –W/C, então, haverá alteração da inclinação
da linha de isocustos.

GABARITO: ERRADO

17. (CESPE/Unb - Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2008) -


O fato de um supermercado reduzir seus custos administrativos
em decorrência da abertura de uma nova filial é compatível com a
existência de economias internas de escala dentro dessa
empresa.

COMENTÁRIOS:
A existência de rendimentos crescentes de escala (economias de escala)
está intimamente ligado à produção de grandes empresas, onde há
vantagem em operar em grandes escalas (grande quantidade de fatores
de produção). O supermercado é um exemplo deste tipo de negócio,
onde há vantagem em operar em larga escala, uma vez que há
economias de escala.

GABARITO: CERTO

18. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC – 2008) - Em funções de produção
caracterizadas pela existência de proporções fixas na utilização
dos insumos, as isoquantas são representadas por linhas retas
paralelas.

COMENTÁRIOS:
Em funções de produção caracterizadas pela existência de proporções
fixas na utilização dos fatores de produção, as isoquantas são
representadas por ângulos retos paralelos (isoquantas em formato de L).
As isoquantas são representadas por linhas retas quando os fatores de
produção são substitutos perfeitos.

GABARITO: ERRADO

19. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências


Econômicas – TCE/AC – 2008) - Caso a sindicalização dos
trabalhadores de determinada indústria se traduza em salários
mais elevados, isso modificará a inclinação da linha de isocusto

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para as firmas que compõem essa indústria.

COMENTÁRIOS:
A inclinação da linha de isocustos é dada pela razão entre os preços dos
fatores de produção. Se o preço de um fator de produção é alterado
(neste caso, há elevação do preço do fator mão-de-obra – salários),
então, há alteração da inclinação da linha de isocustos.

GABARITO: CERTO

20. (CESPE/Unb - Economista – MPU – 2010) - Quando há


rendimentos crescentes de escala as isoquantas situam-se cada
vez mais próximas umas das outras, à medida que os insumos
aumentam.

COMENTÁRIOS:
O espaçamento entre as isoquantas nos permite tirar conclusões acerca
dos rendimentos de escala. Conforme se depreende da figura 11 da aula,
podemos concluir que há rendimentos crescentes de escala quando as
isoquantas situam-se cada vez mais próximas umas das outras.

GABARITO: CERTO

21. (CESPE/Unb - (IJSN/ES – 2010) - Quando há movimento para


baixo ao longo da curva, a isoquanta para insumos substitutos
perfeitos possui taxa marginal de substituição técnica
decrescente.

COMENTÁRIOS:
A isoquanta para insumos substitutos perfeitos possui TMgST constante
(ela é decrescente no caso normal).

GABARITO: E

22. (CESPE/Unb - ANAL. DE MEIO AMB. E RECURSOS HÍD-


CIENCIAS ECONÔMICAS - IEMA/SEAMA - 2007) - Supondo-se
que, na produção de serviços de proteção ao meio ambiente,
funcionários e material de escritório sejam fatores
complementares, então, as isoquantas entre esses dois insumos
são linhas retas paralelas.

COMENTÁRIOS:
Se os fatores de produção (funcionários e material de escritório) são
complementares, então, as isoquantas são em formato de L.

GABARITO: ERRADO

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23. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - Em
resposta ao aumento do custo da mão-de-obra, o uso da
automatização pelas empresas que administram grandes
estacionamentos públicos - como aqueles dos shopping centers e
aeroportos - é consistente com a existência de uma tecnologia
caracterizada por isoquantas em formato de L.

COMENTÁRIOS:
Neste caso, os fatores (mão-de-obra e máquinas) são substitutos, pois as
empresas estão substituindo a mão-de-obra pelas máquinas. Então, as
isoquantas serão retas parelelas.

GABARITO: ERRADO

24. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - A função


de produção dada pela expressão Q = 10(K+L) apresenta
rendimentos crescentes de escala.

COMENTÁRIOS:
Esta função de produção não é Cobb-Douglas (se fosse Cobb-Douglas,
era bem fácil, pois bastaria somar os expoentes e determinar os
rendimentos de escala pelo grau de homogeneidade).

Assim, vamos ter que multiplicar ambos os fatores por “t” e verificar qual
vai ser o valor da nova produção Q´:

Q´ = 10(t.K + t.L)
Q´ = 10t(K + L)
Q´ = t[10(K + L)]
Q´ = tQ

A nova produção (Q’) é exatamente a antiga multiplicada por t. Logo,


conclui-se que há rendimentos constantes de escala, pois
multiplicaram-se os insumos por t e a produção resultante foi Qt. Como o
expoente de t, ao final do procedimento, é igual a 1, podemos também
afirmar que a referida função de produção possui grau de
homogeneidade igual a 01.

GABARITO: ERRADO

25. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) -


Supondo-se que determinada empresa utilize os fatores de
produção em proporções fixas, então, para essa empresa, a taxa
marginal de substituição técnica entre esses insumos é infinita.

COMENTÁRIOS:
Quando as isoquantas são em formato de L, não se determina o valor

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da TMgST. No trecho vertical do L, ela será igual a infinito (pois ∆L=0);
já no trecho horizontal, ela será igual a zero (pois ∆K=0).

Obs: lembre-se de que a TMgST=∆K/∆L

GABARITO: ERRADO

............

Bem pessoal, por hoje é só!

Seguem agora alguns exercícios para treinamento e fixação dos assuntos!

Abraços e bons estudos!

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

01. (CESPE/Unb – Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2002) -


Se a função de produção de serviços administrativos da Câmara dos
Deputados apresentar rendimentos constantes de escala, então, mesmo
dobrando-se o número de servidores administrativos, de máquinas e de
computadores não será possível alterar a produção de tais serviços.

02. (CESPE/Unb - Controlador de Recursos Municipais – PMV/ES - 2008) -


O fato de que construir e operar uma fábrica capaz de produzir
diariamente 2.500 automóveis não exige 2,5 vezes mais trabalho, talento
empresarial, equipamentos e espaço físico do que o necessário para
produzir 1.000 automóveis explica-se pela existência de retornos
crescentes de escala na indústria automobilística.
!
03. (CESPE/Unb – Analista Legislativo - Câmara dos Deputados - 2002) -
De acordo com a lei dos rendimentos decrescentes, quando o emprego
aumenta, a produtividade marginal do trabalho diminui não porque os
trabalhadores adicionais sejam mais ineficientes, mas porque mais
trabalhadores estão sendo usados em relação aos demais fatores
produtivos.

04. (CESPE/Unb - Petrobras – Economista – 2007) - De acordo com a lei


dos rendimentos decrescentes, quando o emprego aumenta, a
produtividade marginal do trabalho diminui, não porque os trabalhadores
adicionais sejam mais ineficientes, mas porque mais trabalhadores estão
sendo usados em relação aos demais fatores produtivos.

05. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2009) - O crescimento da produtividade média do trabalho,
mantendo-se constante os demais insumos, é incompatível com a
existência de uma produtividade marginal superior ao produto médio.

06. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro - Ciências


Econômicas - SEGER/ES – 2009) - A lei dos rendimentos decrescentes
exclui a possibilidade de, no processo produtivo, a produtividade marginal
de determinado insumo ser crescente.

07. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas -


TCE/AC - 2008) - A produtividade marginal atinge seu ponto máximo
quando o produto médio é crescente.

08. (CESPE/Unb – Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - A lei dos


rendimentos decrescentes, aplicada ao fator trabalho, implica que a
produtividade marginal do trabalhado se reduz, caso o aumento do
emprego se faça mantendo-se os demais insumos inalterados.
!

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09. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2007) - As isoquantas, que
mostram as diferentes combinações fatoriais que asseguram um
determinado nível de produção, não se podem cruzar.

10. (CESPE/Unb - Especialista em Regulação de Serviços de Transportes


Quaviários – ANTAQ – 2009) - Uma das características das isoquantas na
teoria da produção é que elas devem ser curvas côncavas em relação à
origem dos eixos cartesianos.

11. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC - 2008) - A minimização do custo de produção ocorre quando a
taxa marginal de substituição técnica para os diferentes fatores for
inferior ao preço relativo desses fatores.

12. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - Aumentos nas


taxas de juros, se repassados ao custo de utilização do capital, deslocam,
paralelamente, as linhas de isocustos das empresas e conduzem à
redução no uso desse insumo.

13. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - A minimização


dos custos requer que a inclinação da linha de isocusto seja igual à
inclinação da isoquanta, garantindo, assim, a igualdade entre a taxa
marginal de substituição técnica entre os insumos e o preço relativo
desses insumos.

14. (CESPE/Unb - IJSN/ES – 2011) - A escolha dos fatores de produção


que minimizam seus custos pode ser determinada ao se encontrar o
ponto na isoquanta que está associado à curva de isocusto mais baixa.
!
15. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –
TCE/AC -2009) - Caso a fabricação de determinada mercadoria exija que
os insumos sejam combinados em proporções fixas, então, a função de
produção desse bem gera isoquantas formadas por ângulos retos
paralelos.

16. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC -2009) - Aumentos salariais, decorrentes de negociações sindicais
bem-sucedidas, elevam os gastos das empresas com mão-de-obra, mas
não modificam a inclinação da linha de isocusto.

17. (CESPE/Unb - Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2008) - O fato


de um supermercado reduzir seus custos administrativos em decorrência
da abertura de uma nova filial é compatível com a existência de
economias internas de escala dentro dessa empresa.

18. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC – 2008) - Em funções de produção caracterizadas pela existência

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!
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(6∆!
de proporções fixas na utilização dos insumos, as isoquantas são
representadas por linhas retas paralelas.

19. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas –


TCE/AC – 2008) - Caso a sindicalização dos trabalhadores de determinada
indústria se traduza em salários mais elevados, isso modificará a
inclinação da linha de isocusto para as firmas que compõem essa
indústria.

20. (CESPE/Unb - Economista – MPU – 2010) - Quando há rendimentos


crescentes de escala as isoquantas situam-se cada vez mais próximas
umas das outras, à medida que os insumos aumentam.

21. (CESPE/Unb - (IJSN/ES – 2010) - Quando há movimento para baixo


ao longo da curva, a isoquanta para insumos substitutos perfeitos possui
taxa marginal de substituição técnica decrescente.

22. (CESPE/Unb - ANAL. DE MEIO AMB. E RECURSOS HÍD-CIENCIAS


ECONÔMICAS - IEMA/SEAMA - 2007) - Supondo-se que, na produção de
serviços de proteção ao meio ambiente, funcionários e material de
escritório sejam fatores complementares, então, as isoquantas entre
esses dois insumos são linhas retas paralelas.

23. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - Em resposta ao


aumento do custo da mão-de-obra, o uso da automatização pelas
empresas que administram grandes estacionamentos públicos - como
aqueles dos shopping centers e aeroportos - é consistente com a
existência de uma tecnologia caracterizada por isoquantas em formato de
L.

24. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - A função de


produção dada pela expressão Q = 10(K+L) apresenta rendimentos
crescentes de escala.

25. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA - 2008) - Supondo-se que


determinada empresa utilize os fatores de produção em proporções fixas,
então, para essa empresa, a taxa marginal de substituição técnica entre
esses insumos é infinita.
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GABARITO
01 E 02 C 03 C 04 C 05 E 06 E 07 C
08 C 09 C 10 E 11 E 12 E 13 C 14 C
15 C 16 E 17 C 18 E 19 C 20 C 21 E
22 E 23 E 24 E 25 E

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