Impactos da mudança climática nas fontes energéticas
A produção global de energia será fortemente afetada pelas potenciais e já existentes
mudanças climáticas, segundo estudo da revista “Nature Climate Change”, dada a consequência que estas terão – como a diminuição da vasão dos rios (redução de até sessenta por cento) e derradeira diminuição da produção de eletricidade entre as próximas décadas de 40 e 60. Com a mudança no nível de chuvas (aumento dos períodos de seca, como o que acompanhamos no Brasil entre os anos de 2013 e 2014), haverá menor disponibilidade de água em rios e também elevará as temperaturas das aguas de rios, fazendo com que fontes energéticas como hidrelétricas (prejudicadas pela diminuição da vasão de rios), usinas nucleares e temelétricas (prejudicadas pelo aumento da temperatura da água, por precisarem de agua com temperaturas mais baixas para resfriarem e funcionarem melhor) sejam afetadas. Isto é extremamente preocupante, uma vez que estas fontes enérgicas supracitadas representam noventa e oito por cento da produção mundial de energia elétrica. Para além disto, outras fontes de energia, como os combustíveis para automóveis, também serão afetadas na medida em que, por exemplo haverá menor produção de milho e cana de açúcar causada também pela falta de chuva, fazendo com que haja menor disponibilidade destes insumos para suas respectivas conversões em etanol, afetando tanto a oferta de etanol quanto a oferta de gasolina comercial (a qual utiliza um percentual de etanol em sua composição). As duas abordagens acima, energia elétrica e combustíveis, mostram que os impactos das mudanças climáticas farão com que seja mais difícil a produção destas fontes energéticas, o que pode afetar diretamente os consumidores finais na medida em que pessoas e empresas terão mais custos pelo fato de que a diminuição na oferta gerará um aumento dos preços destes produtos. Por fim, de acordo com a pesquisa que fizemos para a resolução das questões e corroborando com os dados acima, vimos que por volta de 2050 as termoelétricas vão diminuir sua capacidade de geração de energia de 7 a 12% e as hidroelédricas de 1,2 a 3,6%. O que torna o assunto ainda mais preocupante. Algumas saídas para isto, para além das medidas mundiais de busca pela mitigação do impacto de nossas atividades no clima, seriam: a busca pelo aumento da eficiência motriz; a substituição do carvão por centrais de gás mais eficientes; e mudança do sistema de refrigeração de água doce por outro que utilize o ar e a água do mar.