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Criatividade PDF
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rária prevista. Todo o registro do semestre será condensando pelo aluno através de um Sketch
Book.
BONO, Edward de. Criatividade levada a sério; como gerar idéias produtivas através do pen-
samento lateral – uma abordagem passo a passo à criatividade. São Paulo/SP: Pioneira, 1994.
GALVÃO, Marcelo. Criativa mente. Rio de Janeiro/RJ: Qualitymark, 1992.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional; a teoria revolucionária que redefine o que é ser in-
teligente. 68ed. Rio de Janeiro/RJ: Objetiva, 1995.
GOMES, Luiz Vidal Negreiros. Criatividade; projeto < desenho > produto. Santa Maria/RS: s-
CHDs, 2001.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. Lisboa/Portugal: Martins Fontes, 1981.
NACHMANOVITCH, Stephen. Ser criativo; o poder da improvisação na vida e na arte. São Pau-
lo/SP: Summus Editorial, 1993.
NOVAES, Maria Helena. Psicologia da criatividade. 4.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977.
OECH, Roger Von. Um “toc” na cuca; técnicas para quem quer ter mais criatividade na vida.
São Paulo/SP: Cultura, 1995.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 12.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 1997.
TAYLOR, Calvin W. Criatividade: progresso e potencial. 2.ed. São Paulo/SP: IBRASA, 1976.
THOMPSON, Charles. Grande idéia!; como desenvolver e aplicar sua criatividade. São Paulo/SP:
Saraiva, 1995.
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Se a gente for vasculhar por definições do que venha a ser criatividade, facilmente encontraremos
citações que vão desde abordagens psicológicas até o pragmatismo dos dicionários. Entre tantas,
cada uma puxando pra sua área de atuação ou seu contexto específico, é bem complicado se che-
gar qual delas seria a mais correta ou a mais completa.
Criar. v. 1. Tr. dir. Dar existência a, tirar do nada. 2. Tr. dir. Dar origem a; formar, gerar. 3. Tr.
dir. Imaginar, inventar, produzir, suscitar. 4. Tr. dir. Estabelecer, fundar, instituir. 5. Tr. dir. Come-
çar a ter; adquirir. 6. Tr. dir. Alimentar, sustentar (uma criança). 7. Tr. dir. Educar. 8. Pron. Cres-
cer, desenvolver-se. 9. Tr. dir. Exercer a pecuária, como atividade econômica.
Complicado não???
Será que é isso mesmo que a gente busca aqui??? Acho que não!!!
Ser criativo é uma qualidade essencial para qualquer profissional, em qualquer ramo de atividade,
porém, em algumas profissões essa característica parece ser mais evidente, assim com no Dese-
nho Industrial.
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Solucionar problemas projetuais é, sem a menor dúvida, um ofício eminentemente criativo. É uma
atitude humana e racional, que nem todos os avanços tecnológicos juntos podem substituir.
Mas, para atingir um bom “nível” de criatividade, devemos “treinar” nossa mente, exatamente pa-
ra evitar que ela literalmente “atrofie”.
Nosso objetivo aqui não é traçar toda uma teoria acerca desse assunto, até porque não adianta
“teorizar” criatividade se não a colocamos em prática. Dessa forma, essa apostila pode ser enten-
dida muito mais como uma base de consulta – até a título de curiosidade mesmo – do que como
um material de referência absoluta para a disciplina, que como será vista no dia-a-dia se mostra
bastante atípica, especialmente se a gente levar em conta os exercícios que a ela recaem.
Assim sendo, o conteúdo aqui será resumido em três itens principais: 1. O conceito de criatividade
– que já foi esboçado agora a pouco – e, principalmente, a sua ocorrência nas pessoas (em TO-
DAS elas!); 2. As etapas do processo criativo; e 3. Técnicas de criatividade.
A grande maioria das – se não todos as – idéias aqui contidos foram baseadas nos textos do pro-
fessor Glielson Nepomuceno Montenegro, precursor dessa disciplina em nosso curso, e a quem eu
dedico esse trabalho.
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Todos nós somos (MUITO!!!) mais criativos do que acreditamos ser; o fato é que grande parte das
pessoas não sabe ou não assume isso e, dessa forma, passa pela vida sem sequer ter ciência do
seu potencial e de, também, ser encorajado a despertar e desenvolve-lo.
O primeiro passo é entender e aceitar o fato de que você é, realmente, uma pessoa criativa e que
você é capaz de ser ainda mais criativo!
Segundo, para se tornar mais criativo, você deve alimentar e aprender a escutar sua “voz” interior,
sua intuição. Quando estiver, por exemplo, envolvido com uma atividade que requeira uma solu-
ção criativa, esteja aberto a uma grande variedade de soluções possíveis, sem limitações advindas
de sua própria personalidade, ou de suas crenças, ou de sua cultura social.
Outra coisa, não tenha medo de falhar! Mesmo um resultado ruim, à primeira vista, pode conduzir
a uma nova idéia ou nova possibilidade!
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Outra dica boa é sempre ter um papel ao alcance para registrar as idéias à medida em que elas
ocorram... é por isso que iremos usar, nessa disciplina, o Sketch Book!
Aprenda também a reconhecer, por si só, as suas habilidades... só assim você terá algum senso
daquelas áreas que – num dado problema – exigirão mais energia e dedicação na sua resolução.
Outra coisa: nem toda solução é possível de ser implementada! Esteja sempre ciente que, em vá-
rios momentos, será necessário “descartar” aquilo que parecia se uma boa idéia ou solução, espe-
cialmente devido às limitações do problema ou projeto; guarde-as para um outro projeto ou um
outro trabalho.
No mais, lembre-se: a criatividade é um estado interior, mas também é um aspecto social da vida;
nós não criamos apenas para nós mesmos (aliás, isso é raríssimo para o Desenhista Industrial, en-
quanto profissão), se assim fosse, guardaríamos nosso trabalho dentro de nossa cabeça!
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O PROCESSO CRIATIVO
Conhecer as etapas que compõem o processo criativo é bastante importante para qualquer traba-
lho que pressuponha criatividade – e aí se inclui o Desenho Industrial – de modo a nos permitir,
com mais propriedade, adquirir uma maior consciência e controle dos caminhos que a mente per-
corre quando “procura” soluções para um dado problema.
Assim, podemos elencar nove etapas do processo criativo: 1. Identificação; 2. Preparação; 3. In-
cubação; 4. Aquecimento; 5. Compreensão/Iluminação; 6. Delineação; 7. Elaboração; 8. Verifica-
ção; e 9. Aplicação.
COMPREENSÃO/ILUMINAÇÃO → É a
chave do processo criativo! Se na incubação, a gente resgata a resposta no inconsciente, aqui
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Embora possa surgir repentinamente, aparentemente sem muito esforço físico ou mental, a com-
preensão/iluminação é o resultado de um bom período de preparação, por vezes laboriosa, e finda
a “angústia” que se sente antes de se achar, efetivamente, a solução desejada.
DELINEAÇÃO → É a etapa imediata à compreensão que a gente tem quando encontra o(s) ca-
minho(s) a seguir em busca do objetivo – é vital que se trabalhe a idéia! Aqui se utilizam planos
gerais, esboços, rascunhos, memoriais, descrições etc. de como o problema deve ser abordado e
elaborado.
ELABORAÇÃO → Aqui, põe-se em execução a idéia, como resultado de todo o processo anteri-
or; a corporificação (de qualquer que seja a maneira) da(s) solução(ões) escolhida(s) como a(s)
correta(s), colocando-se em prática o planejado.
VERIFICAÇÃO → É a fase em que se observa se o que foi elaborado como solução realmente
condiz com o esperado, como sendo uma comprovação (ou não) se valeu a pena todo o esforço e
tempo dedicado.
APLICAÇÃO → Nessa última fase do processo criativo, a gente coloca em prática, de forma efe-
tiva, a nossa “descoberta” ou “invenção”... ou seja, a nossa criação, não apenas individualmente,
mas sob o julgamento do coletivo!
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TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE
Abaixo, algumas técnicas de criatividade das mais difundidas e aplicadas – cada uma com sua re-
gra específica – consideradas de grande valia para nós, Desenhistas Industriais, e demais profis-
sionais.
BRAINSTORM → A “Tempestade Cerebral” é uma das técnicas mais usadas, talvez por ser bas-
tante simples, podendo ser feita em grupo e individualmente.
Da mesma forma que no método tradicional, temos um líder que anota as sugestões (nesse caso
as críticas). Também não pode haver qualquer censura prévia!
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MÉTODO 635 → O método 635 requer, obrigatoriamente, a participação de seis pessoas. Aqui é
feito um formulário, ou tabela, de 3 colunas por 6 linhas (preferencialmente em papel formato
A3), distribuído aos participantes.
Parâmetro 1
Parâmetro 2
Parâmetro 3
Parâmetro 4
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BUSCA DE ANALOGIAS → É uma técnica que busca aumentar as variedades de soluções para
um problema, utilizando casos similares em outras áreas ou submetendo os componentes a trans-
formações (manipulando-os).
Em outras palavras:
• Imagine modificar;
• Imagine aumentar;
• Imagine minimizar;
• Imagine reduzir;
• Imagine substituir;
• Imagine recompor;
• Imagine inverter;
• Imagine combinar;
• Imagine um rearranjo;
MORFOGRAMA → Nessa técnica, subdivide-se o objeto (ou o problema como um todo) em zo-
nas características em termos de estrutura formal, depois se apresenta, para cada zona, diferentes
soluções ou conceitos formais. É uma espécie de busca de soluções para cada sub-problema, in-
dependente dos outros.