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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE DESENHO INDUSTRIAL
DISCIPLINA: CRIATIVIDADE
CARGA-HORÁRIA: 60 HORAS – 04 CRÉDITOS
PRÉ-REQUISITO: NÃO REQUER
PROFESSOR: JOÃO ADEMAR DE ANDRADE LIMA

EMENTA → Habilidades Criativas; processo criativo; bloqueios


de criação; habilidades mentais; técnicas de criatividade;
criatividade nas organizações; pensamento lateral; desenvolvimento da criatividade; influências e
inspirações (bi-associação).

OBJETIVOS → Desenvolver a capacidade e as habilidades


criativas como modo de crescimento pessoal e profissional;
estimular o uso da criatividade na resolução de problemas; enfatizar
a importância da criatividade para o indivíduo em qualquer aspecto da
vida; utilizar a criatividade como caminho para inovação; incentivar o
aluno a desenvolver e expor suas idéias, defendendo seu ponto de vista
e desenvolvendo a auto-crítica.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO → Definições sobre


criatividade; habilidades mentais; o processo criativo;
características dos indivíduos criativos; re-descobrindo o potencial
criativo; princípios básicos da criatividade; relações entre o que se
conhece; técnicas de criatividade; como vencer os bloqueios
mentais; descobrindo as habilidades criativas; aspectos lúdicos
na atividade criativa; auto-estima; pensamento flexível; desafio
às regras; produto criativo.

METODOLOGIA DE ENSINO → Aulas expositivas teórico-práticas; leituras e discussão de


textos selecionados; seminários temáticos (em grupo); exposição e debates sobre temas
relacionados; (eventualmente) visitas a exposições externas ao campus universitário.

ATIVIDADES DISCENTES → A disciplina gira em torno da prática relacionada ao incremento


da criatividade individual do aluno e, diferentemente de disciplinas tradicionais, contará com um
direcionamento prático – através de exercícios variados – que ocupará a maior parte da carga ho-
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rária prevista. Todo o registro do semestre será condensando pelo aluno através de um Sketch
Book.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO → A avaliação será continua, como forma de verificar o


desenvolvimento individual de cada aluno com relação a descoberta de suas habilidades criativas
de modo a atuar mais como uma facilitadora do desenvolvimento intelectual e criativo de cada um
do que como um repressor de idéias.
As pontuações se darão através dos exercícios práticos e apresentações em grupo e do Sketch Bo-
ok.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA → Todas os livros abaixo constam do acervo e estão disponíveis na


Biblioteca Central da UFCG, com exceção de Gomes (2001):

BONO, Edward de. Criatividade levada a sério; como gerar idéias produtivas através do pen-
samento lateral – uma abordagem passo a passo à criatividade. São Paulo/SP: Pioneira, 1994.
GALVÃO, Marcelo. Criativa mente. Rio de Janeiro/RJ: Qualitymark, 1992.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional; a teoria revolucionária que redefine o que é ser in-
teligente. 68ed. Rio de Janeiro/RJ: Objetiva, 1995.
GOMES, Luiz Vidal Negreiros. Criatividade; projeto < desenho > produto. Santa Maria/RS: s-
CHDs, 2001.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. Lisboa/Portugal: Martins Fontes, 1981.
NACHMANOVITCH, Stephen. Ser criativo; o poder da improvisação na vida e na arte. São Pau-
lo/SP: Summus Editorial, 1993.
NOVAES, Maria Helena. Psicologia da criatividade. 4.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977.
OECH, Roger Von. Um “toc” na cuca; técnicas para quem quer ter mais criatividade na vida.
São Paulo/SP: Cultura, 1995.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 12.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 1997.
TAYLOR, Calvin W. Criatividade: progresso e potencial. 2.ed. São Paulo/SP: IBRASA, 1976.
THOMPSON, Charles. Grande idéia!; como desenvolver e aplicar sua criatividade. São Paulo/SP:
Saraiva, 1995.
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CR!AR… CR!AR… CR!AR…

Se a gente for vasculhar por definições do que venha a ser criatividade, facilmente encontraremos
citações que vão desde abordagens psicológicas até o pragmatismo dos dicionários. Entre tantas,
cada uma puxando pra sua área de atuação ou seu contexto específico, é bem complicado se che-
gar qual delas seria a mais correta ou a mais completa.

Galvão (1992) cita algumas delas:

“Criatividade é uma forma de loucura.” (Platão)

“A criatividade nasce de um impulso do Id visando a solucionar um conflito. O in-


divíduo criativo sabe afrouxar o ego, fazendo com que os impulsos cheguem aos
umbrais da consciência.” (Freud)

“Inspiração divina.” (Sócrates)

“É o processo de produção, pelo qual uma pessoa produz um maior número de i-


déias, pontos de vista, hipóteses, soluções, opiniões originais e eficazes do que as
demais pessoas, num espaço mais curto de tempo” (Osborn)

“Além da experiência, criatividade é auto-realização” (Rogers)

“Processo natural que abastece a leis imprevisíveis” (Kant)

“Atividade mental organizada, visando obter soluções originais para satisfação de


necessidades e desejos” (Maslow)

Se a gente for menos “viajado”, pode até se contentar com o dicionário:

Criatividade. s.f. 1. Qualidade de criativo. 2. Capacidade criadora; engenho, inventividade. Criar


(lat., creare) v.t.d.

Criar. v. 1. Tr. dir. Dar existência a, tirar do nada. 2. Tr. dir. Dar origem a; formar, gerar. 3. Tr.
dir. Imaginar, inventar, produzir, suscitar. 4. Tr. dir. Estabelecer, fundar, instituir. 5. Tr. dir. Come-
çar a ter; adquirir. 6. Tr. dir. Alimentar, sustentar (uma criança). 7. Tr. dir. Educar. 8. Pron. Cres-
cer, desenvolver-se. 9. Tr. dir. Exercer a pecuária, como atividade econômica.

Complicado não???

Será que é isso mesmo que a gente busca aqui??? Acho que não!!!

Ser criativo é uma qualidade essencial para qualquer profissional, em qualquer ramo de atividade,
porém, em algumas profissões essa característica parece ser mais evidente, assim com no Dese-
nho Industrial.
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Solucionar problemas projetuais é, sem a menor dúvida, um ofício eminentemente criativo. É uma
atitude humana e racional, que nem todos os avanços tecnológicos juntos podem substituir.

Mas, para atingir um bom “nível” de criatividade, devemos “treinar” nossa mente, exatamente pa-
ra evitar que ela literalmente “atrofie”.

Nosso objetivo aqui não é traçar toda uma teoria acerca desse assunto, até porque não adianta
“teorizar” criatividade se não a colocamos em prática. Dessa forma, essa apostila pode ser enten-
dida muito mais como uma base de consulta – até a título de curiosidade mesmo – do que como
um material de referência absoluta para a disciplina, que como será vista no dia-a-dia se mostra
bastante atípica, especialmente se a gente levar em conta os exercícios que a ela recaem.

Assim sendo, o conteúdo aqui será resumido em três itens principais: 1. O conceito de criatividade
– que já foi esboçado agora a pouco – e, principalmente, a sua ocorrência nas pessoas (em TO-
DAS elas!); 2. As etapas do processo criativo; e 3. Técnicas de criatividade.

A grande maioria das – se não todos as – idéias aqui contidos foram baseadas nos textos do pro-
fessor Glielson Nepomuceno Montenegro, precursor dessa disciplina em nosso curso, e a quem eu
dedico esse trabalho.
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QUE TREM É ESSE???!!!

Todos nós somos (MUITO!!!) mais criativos do que acreditamos ser; o fato é que grande parte das
pessoas não sabe ou não assume isso e, dessa forma, passa pela vida sem sequer ter ciência do
seu potencial e de, também, ser encorajado a despertar e desenvolve-lo.

Todas as pessoas são criativas em diferentes níveis; o que difere é


que algumas pessoas agem segundo suas idéias e outras,
simplesmente, as ignoram (até por medo de serem vistos como
loucos, inconseqüentes, “viajados”!!!). Esse é o principal
propósito de se treinar a criatividade: desenvolver a habilidade
de se gerar e implementar novas idéias!

A criatividade também é uma aptidão, contudo, qualquer


um pode ser criativo se assim o quiser. Como as
outras aptidões, a criatividade pode ser desenvolvida,
lapidada.

Muitas vezes as pessoas se intitulam “não


criativas” por se basearem em uma ou outra
aptidão (ou talento) que não possuem, por
exemplo, não “saber” desenhar; isso não significa
que não possa ser criativo, tão ou mais até, de
fosse um exímio desenhista.

A criatividade é uma habilidade humana básica e cada


um de nós pode ser criativo (ou mais criativo) se
reconhecermos nossos talentos únicos e os
desenvolvermos.

Mas aí vem a questão: como, então, reconhecer, desenvolver e


aumentar a minha criatividade?

O primeiro passo é entender e aceitar o fato de que você é, realmente, uma pessoa criativa e que
você é capaz de ser ainda mais criativo!

Segundo, para se tornar mais criativo, você deve alimentar e aprender a escutar sua “voz” interior,
sua intuição. Quando estiver, por exemplo, envolvido com uma atividade que requeira uma solu-
ção criativa, esteja aberto a uma grande variedade de soluções possíveis, sem limitações advindas
de sua própria personalidade, ou de suas crenças, ou de sua cultura social.

Outra coisa, não tenha medo de falhar! Mesmo um resultado ruim, à primeira vista, pode conduzir
a uma nova idéia ou nova possibilidade!
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Outra dica boa é sempre ter um papel ao alcance para registrar as idéias à medida em que elas
ocorram... é por isso que iremos usar, nessa disciplina, o Sketch Book!

Aprenda também a reconhecer, por si só, as suas habilidades... só assim você terá algum senso
daquelas áreas que – num dado problema – exigirão mais energia e dedicação na sua resolução.

Outra coisa: nem toda solução é possível de ser implementada! Esteja sempre ciente que, em vá-
rios momentos, será necessário “descartar” aquilo que parecia se uma boa idéia ou solução, espe-
cialmente devido às limitações do problema ou projeto; guarde-as para um outro projeto ou um
outro trabalho.

No mais, lembre-se: a criatividade é um estado interior, mas também é um aspecto social da vida;
nós não criamos apenas para nós mesmos (aliás, isso é raríssimo para o Desenhista Industrial, en-
quanto profissão), se assim fosse, guardaríamos nosso trabalho dentro de nossa cabeça!
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O PROCESSO CRIATIVO

Conhecer as etapas que compõem o processo criativo é bastante importante para qualquer traba-
lho que pressuponha criatividade – e aí se inclui o Desenho Industrial – de modo a nos permitir,
com mais propriedade, adquirir uma maior consciência e controle dos caminhos que a mente per-
corre quando “procura” soluções para um dado problema.

Assim, podemos elencar nove etapas do processo criativo: 1. Identificação; 2. Preparação; 3. In-
cubação; 4. Aquecimento; 5. Compreensão/Iluminação; 6. Delineação; 7. Elaboração; 8. Verifica-
ção; e 9. Aplicação.

Bem... vamos por partes... degrau por degrau!!!

IDENTIFICAÇÃO → Provavelmente seja essa a fase de maior “dificuldade”; é aqui que se dá


grande parte da solução do problema, desde que ele seja bem identificado, ou seja, a pergunta
“qual é o problema?” tem que ser absolutamente bem respondida. Nessa etapa, a participação de
outras pessoas é um item a favorecer a sua execução, influindo positivamente na resolução.
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PREPARAÇÃO → É a etapa em que a gente procura selecionar


todos os meios disponíveis e conhecidos para solução do problema
detectado. Essa preparação pode ser direta ou indireta: a primeira
ocorre quando buscamos somente informações que contribuam para
uma possível solução, enquanto a outra ocorre quando buscamos
informações sobre tudo o que possa colaborar para uma solução,
ainda que, à primeira vista, não tenha nenhuma relação óbvia
com o problema.

Nessa fase se faz uso também, “ironizando” os meios


tradicionais, de fatores como o humor e a fantasia, que,
mesmo não ajudando a resolver “efetivamente” o problema,
aliviam o cérebro e evitam o chamado pré-condicionamento.

INCUBAÇÃO → Aqui se dá a preparação para “germinação”


das idéias, uma vez que os caminhos sugeridos para
solução do problema, feitos durante a preparação, serão
manipulados no inconsciente, numa busca de se alcançar
satisfatoriamente o desejado. Aqui o cérebro vai
trabalhar através da associação de idéias (tudo
inconscientemente!), portanto é importante a gente
sempre encontrar um tempo e um local para deixar
o cérebro trabalhar.

Uma atividade manual, um esporte, um passeio, um


hobby etc. ajudam muito nessa etapa, no “desliga-
mento” consciente do problema! A mente, no
plano do inconsciente, começa a trabalhar
praticamente sozinha!

AQUECIMENTO → É o que se pode chamar


de “warm-up”, numa fase claramente distinta
do processo criativo, com a sensação de uma
solução próxima. Aqui, as idéias atravessam
a barreira consciente/inconsciente de forma,
a princípio, desordenada, mas caminhando
para a solução do problema por meio de
aproximações sucessivas. Sabe-se aqui
que a resposta para a questão está ao
alcance da mão, mas ainda não se pode
ser inteiramente vista ou compreendida.

COMPREENSÃO/ILUMINAÇÃO → É a
chave do processo criativo! Se na incubação, a gente resgata a resposta no inconsciente, aqui
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trabalhamos basicamente com o consciente, onde ocorre a famosa “eureca”!

Embora possa surgir repentinamente, aparentemente sem muito esforço físico ou mental, a com-
preensão/iluminação é o resultado de um bom período de preparação, por vezes laboriosa, e finda
a “angústia” que se sente antes de se achar, efetivamente, a solução desejada.

DELINEAÇÃO → É a etapa imediata à compreensão que a gente tem quando encontra o(s) ca-
minho(s) a seguir em busca do objetivo – é vital que se trabalhe a idéia! Aqui se utilizam planos
gerais, esboços, rascunhos, memoriais, descrições etc. de como o problema deve ser abordado e
elaborado.

ELABORAÇÃO → Aqui, põe-se em execução a idéia, como resultado de todo o processo anteri-
or; a corporificação (de qualquer que seja a maneira) da(s) solução(ões) escolhida(s) como a(s)
correta(s), colocando-se em prática o planejado.

VERIFICAÇÃO → É a fase em que se observa se o que foi elaborado como solução realmente
condiz com o esperado, como sendo uma comprovação (ou não) se valeu a pena todo o esforço e
tempo dedicado.

APLICAÇÃO → Nessa última fase do processo criativo, a gente coloca em prática, de forma efe-
tiva, a nossa “descoberta” ou “invenção”... ou seja, a nossa criação, não apenas individualmente,
mas sob o julgamento do coletivo!
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TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE
Abaixo, algumas técnicas de criatividade das mais difundidas e aplicadas – cada uma com sua re-
gra específica – consideradas de grande valia para nós, Desenhistas Industriais, e demais profis-
sionais.

BRAINSTORM → A “Tempestade Cerebral” é uma das técnicas mais usadas, talvez por ser bas-
tante simples, podendo ser feita em grupo e individualmente.

Em grupo, o bainstorming se dá da seguinte forma:

• Reúne-se uma boa quantidade de pessoas,


escolhe-se um líder e lança-se um pro-
blema;

• O líder ficará responsável por coordenar o


debate e os participantes por “detonarem”
as soluções;

• Todas as idéias lançadas devem ser


anotadas pelo líder (de preferências num lo-
cal de fácil visibilidade, como um quadro ou
lousa);

• Não pode haver censura!!!

• Ao final, as propostas são avaliadas,


fazendo-se uma seleção das melhores;

• Feita a “classificação”, as idéias mais


interessantes devem ser revistas e detalha-
das;

Individualmente, o bainstorming obedece praticamente a mesma seqüência, só que aqui deve


sempre haver o cuidado para se evitar a “auto-censura”. Nada, nenhuma idéia, deve ser descarta-
da imediatamente.

REVERSE BRAINSTORM → É o bainstorming ao contrário! Por exemplo, uma sessão onde se


procuram os “defeitos” de um determinado produto, idéia ou serviço, de modo a, eventualmente,
criar ou descobrir novas utilidades ou aperfeiçoar aquilo que já julgávamos bom o suficiente.

Da mesma forma que no método tradicional, temos um líder que anota as sugestões (nesse caso
as críticas). Também não pode haver qualquer censura prévia!
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MÉTODO 635 → O método 635 requer, obrigatoriamente, a participação de seis pessoas. Aqui é
feito um formulário, ou tabela, de 3 colunas por 6 linhas (preferencialmente em papel formato
A3), distribuído aos participantes.

1.1 1.2 1.3 • Lança-se o problema;

• Cada um gera, através de croquis ou frases, três


2.1 2.2 2.3
soluções na primeira linha;

3.1 3.2 3.3 • Depois de um tempo, previamente determinado, o


formulário é passado ao próximo colega, que gera
mais três soluções (na próxima linha), e assim su-
4.1 4.2 4.3
cessivamente;

5.1 5.2 5.3 • A dinâmica termina quando o formulário retornar ao


participante original;

6.1 6.2 6.3 • Analisam-se, então, as propostas, escolhendo-se as


melhores, que serão detalhadas.

CAIXA MORFOLÓGICA → É um tipo de Frankenstein, servindo pa-


ra cobrir o universo de possíveis soluções através da combinação de
de componentes e sub-sistemas.

Constitui-se de uma matriz, colocando-se na vertical todos os parâme-


tros do problema e na horizontal as possíveis soluções, estas expostas
através de outros métodos, como o bainstorming e o 635.

Dada as “propostas” de soluções, é feita uma combinação vertical das


parciais (geralmente as mais apropriadas) e depois se discute, avalia e
otimiza os resultados obtidos, escolhendo-se uma solução final.

Solução 1 Solução 2 Solução 3 Solução 4 Solução 5

Parâmetro 1

Parâmetro 2

Parâmetro 3

Parâmetro 4
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BUSCA DE ANALOGIAS → É uma técnica que busca aumentar as variedades de soluções para
um problema, utilizando casos similares em outras áreas ou submetendo os componentes a trans-
formações (manipulando-os).

Em outras palavras:

• Imagine utilizar de diferentes maneiras;

• Imagine adaptar casos paralelos;

• Imagine modificar;

• Imagine aumentar;

• Imagine minimizar;

• Imagine reduzir;

• Imagine substituir;

• Imagine recompor;

• Imagine inverter;

• Imagine combinar;

• Imagine outros usos;

• Imagine outras aplicações;

• Imagine um rearranjo;

• Imagine deixar como está!!!

MORFOGRAMA → Nessa técnica, subdivide-se o objeto (ou o problema como um todo) em zo-
nas características em termos de estrutura formal, depois se apresenta, para cada zona, diferentes
soluções ou conceitos formais. É uma espécie de busca de soluções para cada sub-problema, in-
dependente dos outros.

BIÔNICA → O método da biônica é aquele que busca solucionar problemas


“artificiais” com inspiração em soluções “naturais”. Em outras palavras, é a
busca de soluções através da natureza. O helicóptero, por
exemplo, foi inspirado nos movimentos do beija-flor; o radar foi
concebido através do morcego; o zíper, da boca do gafanhoto; o
parafuso, do pernilongo; a asa-delta, da arraia... etc... etc... etc...

Além de inspiração “funcional”, a natureza pode ajudar numa


criação eminentemente estética, através de elementos
meramente formais, como nos exemplos de uma garrafa térmica em forma pingüim
ou de uma luminária “inspirada” com uma mão!!!

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