Você está na página 1de 2

Uma autarquia é entidade administrativa (pertence a adm.

indireta) personalizada (pode


ir a juízo) distinta do ente federado que a criou (relação de vinculação - princípio de
tutela) e se sujeita a regime jurídico de direito público (pode exercer poder de polícia
segundo o STF) no que diz respeito a sua criação e extinção (criada por lei
específica/ordinária) , bem como aos seus poderes, prerrogativas e restrições (exerce
atividade típica de Estado)

Contrato de Gestão: instrumento firmado entre a administração pública e autarquia ou


fundação qualificada como Agência Executiva, na forma do art. 51 da Lei 9,649, de 27 de
maio de 1988, por meio do qual se estabelecem objetivos, metas e respectivos indicadores
de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e
instrumentos para a avaliação de seu cumprimento.

Direito Administrativo descomplicado

Marcelo alexandrino / Vicente Paulo


art. 51 da Lei 9,649, de 27 de maio de 1988
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou
fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em
andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da
República.
§ 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas
para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a
disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos
e metas definidos nos Contratos de Gestão.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9649compilado.htm

CARACTERÍSTICAS DAS AUTARQUIAS


>>>> Personalidade jurídica de direito público;
>>>> Criação e extinção por lei específica; (simetria das formas)
>>>> Edição de atos administrativos e celebração de contratos administrativos;
>>>> Admissão de pessoal precedida de concurso público;
>>>> Pessoal a regime jurídico único (salvo admitidos em outro regime entre a
publicação da EC 19/1998 e a concessão pelo STF de medida cautelar na ADI 2135/DF)
>>>> Bens públicos (alienabilidade condicionada, impenhorabilidade e
imprescritibilidade);
>>>> Localização institucional no âmbito da administração indireta e vinculação ao
ente federativo instituidor;
>>>> Sujeição a controle finalístico (tutela administrativa) e submissão ao controle
externo do Poder Legislativo,
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas;
>>>> Foro competente:
a) Justiça Federal (autarquias federais), ressalvadas as causas relativas à
falência, acidentes de trabalho e às sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; ou
b) Justiça Estadual (autarquias estaduais, municipais ou distritais), com semelhantes
ressalvas;
>>>> Aplicação dos privilégios processuais que beneficiam a Fazenda Pública;
>>>> Sujeição às regras da responsabilidade civil objetiva;
>>>> Gozo da imunidade tributária recíproca.
Em relação ao campo de atuação ou ao objeto, as autarquias podem ser classificadas,
exemplificativamente, em:
a) Autarquias assistenciais ou previdenciárias (ex.: INSS – Instituto Nacional do Seguro
Social);
b) Autarquias de fomento (ex.: SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste);
c) Autarquias profissionais ou corporativas (ex.: CRM – Conselho Regional de Medicina);
d) Culturais ou de ensino (ex.: UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro); e
e) Autarquias de controle ou de regulação (ex.: ANP – Agência Nacional do Petróleo e
outras agências reguladoras).

Você também pode gostar