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instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou at� 15 de mar�o de 1985, sob comando
de sucessivos governos militares. De car�ter autorit�rio e nacionalista, teve
in�cio com o golpe militar[2] que derrubou o governo de Jo�o Goulart, o ent�o
presidente democraticamente eleito.[3] O regime acabou quando Jos� Sarney assumiu a
presid�ncia, o que deu in�cio ao per�odo conhecido como Nova Rep�blica (ou Sexta
Rep�blica).[4] Apesar das promessas iniciais de uma interven��o breve, a ditadura
militar durou 21 anos. Al�m disso, o regime p�s em pr�tica v�rios Atos
Institucionais, culminando com o Ato Institucional N�mero Cinco (AI-5) de 1968, que
vigorou por dez anos. A Constitui��o de 1946 foi substitu�da pela Constitui��o de
1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades civis foram
suprimidas e foi criado um c�digo de processo penal militar que permitia que o
Ex�rcito brasileiro e a Pol�cia Militar pudessem prender e encarcerar pessoas
consideradas suspeitas, al�m de impossibilitar qualquer revis�o judicial.[5]
Apesar de o combate aos opositores do regime ter sido notoriamente marcado por
torturas e mortes, as For�as Armadas admitiram oficialmente que possa ter havido
tortura e assassinatos, pela primeira vez, em setembro de 2014,[9] em resposta �
Comiss�o Nacional da Verdade. O documento, assinado pelo Ministro da Defesa, Celso
Amorim, menciona que "o Estado brasileiro [...] j� reconheceu a ocorr�ncia das
lament�veis viola��es de direitos humanos ocorridas no passado".[10] No entanto,
apesar das v�rias provas, os of�cios internos da Marinha do Brasil, do Ex�rcito
Brasileiro e da For�a A�rea Brasileira, foram un�ssonos em afirmar que em suas
investiga��es n�o encontraram evid�ncias que corroborassem ou negassem a tese de
que houve "desvio formal de finalidade no uso de instala��es militares". Em maio de
2018, o Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou um memorando datado de
11 de abril de 1974, que havia sido enviado pelo diretor da CIA para Henry
Kissinger, o ent�o Secret�rio de Estado. O documento revelou que a c�pula da
ditadura n�o apenas sabia, como tamb�m autorizava as torturas e assassinatos que
foram cometidos contra os advers�rios do regime.[11] Estima-se que houve 434
pessoas entre mortos e desaparecidos durante o regime,[12][13] al�m de um genoc�dio
de cerca de 8,3 mil �ndios.[14][15][16]