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De acordo com Malu Ribeiro, da S.O.S Mata Atlântica, a maior parte da poluição
do rio é causada por esgoto doméstico (cerca de 60%). Os outros 40% estão divididos
entre a poluição industrial, lixo, agrotóxicos e carga difusa (aquela sujeira que é “varrida”
pela chuva em direção aos rios e córregos).
A saúde do rio está diretamente ligada ao processo de urbanização e
industrialização da metrópole. “A causa dessa grande poluição é um processo de
ausência de articulação entre as políticas urbanas e as políticas de habitação”, analisa
Angélica Alvim, urbanista e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que
pesquisa a gestão da bacia na região metropolitana de São Paulo. Durante a década de
1970, o processo de ocupação urbana começou a ser principalmente periférico, com
padrões precários de infraestrutura. As pessoas se instalaram nas periferias e em áreas
de mananciais, que ficam no entorno dos corpos de água que abastecem a cidade. Hoje,
665 mil pessoas vivem em favelas ou loteamentos irregulares na região de mananciais,
de acordo com a Secretaria Municipal de Habitação.