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Anatomia do Aparelho Locomotor

Membro inferior

(versão 2011.2)

Alberto Alcântara da Silva Filho

FMB - UFBA 2009.1

Parte 01: Ossos,


Ossos, articulações e ligamentos

• Este resumo contém erros perturbadores de português.


• Não existem ossos ímpares no membro inferior.
• A patela é um osso sesamóide. Ossos sesamóides pequenos diversos, que, por não serem constantes, não recebem nomes
específicos, são relativamente comuns no tarso.
• Articulações do membro inferior:
o A sínfise púbica é a única sínfise do corpo humano que não pertence ao esqueleto axial.
o A articulação sacroilíaca tem uma parte sinovial plana e uma parte fibrosa (sindesmose sacroilíaca).
o A articulaçao do quadril eh sinovial esferoidea (triaxial) e composta pelos ossos do quadril e fêmur. Realiza todos
os movimentos.
o A articulação do joelho eh sinovial gínglimo (dobradiça), monoaxial e composta pelos ossos fêmur, patela e tíbia (a
fíbula NÃO entra!). Realiza flexão e extensão (e algumat rotação não considerável).
o A articulação sinovial talocrural (tornozelo) eh gínglimo (dobradiça), monoaxial e composta pelos ossos tíbia, fíbula
e tálus (não entra calcâneo ou qq outro osso do tarso que não o tálus). Realiza flexão e extensão. Nãaaao realiza
inversão e eversão (quem faz isso são umas articulações do tarso).
o A sindesmose tibiofibular é uma articulação fibrosa.
o A maioria das articulaçoes dos ossos do tarso entre si são planas.
• A abertura superior da pelve é formada pelas linhas terminais dos dois lados (antímeros) da pelve. Ela separa a pelve maior da
pelve menor.
• Pela milésima vez: a pelve maior é a pelve falsa, mais superior. A pelve menor é a pelve verdadeira, mais inferior. O períneo não
tem nada a ver com a pelve: é um espaço independente, localizado superficialmente (inferiormente) à pelve menor, e nele estão
abrigadas as genitálias externas e canal anal (= continuação do reto, só que no períneo [o reto é na pelve]).
• A linha terminal é formada por: promontório sacral, asa do sacro, linha arqueada do ílio, linha pectínea, eminência iliopúbica,
crista púbica e sínfise púbica.
• Os formatos da abertura da pelve são: ginecóide (relativa equivalência nos diâmetros ântero-posterior e látero-lateral), andróide
(diâmetro ântero-posterior ligeiramente maior que o látero-lateral), antropóide (diâmetro ântero-posterior consideravelmente
maior que o látero-lateral) e platipelóide (diâmetro látero-lateral maior que o ântero-posterior).
• Conjugados da pelve (ver página 332):
o O conjugado anatômico é obtido radiologicamente. Não pode ser obtido clinicamente;
o O conjugado verdadeiro (ou obstétrico) é a menor distância que deve percorrer a cabeça de um bebê durante um
parto (meio do promontório sacral até a margem póstero-superior da sínfise púbica) e, tbm, não pode ser medido
diretamente na clínica, pela presença da bexiga. Ao invés disso, usamos uma manobra alternativa, que consiste na
obtenção do chamado conjugado diagonal, com os dedos, para, a partir deste, estimar o conjugado verdadeiro;
o O diâmetro oblíquo é medido da eminência ilopúbica de um lado e a articulação sacroilíaca de outro;
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o O diâmetro transverso é calculado entre quaisquer dois pontos transversos da pelve, mas, mais comumente, através
da distância entre as espinhas isquiáticas.
• O colo do fêmur é a região mais fraturável do fêmur, em idosos. O trocanter maior e a diáfise são mais afetadas no jovem e no
adulto.
• Lesão do colo do fêmur costuma causar necrose avascular da cabeça do fêmur (pela lesão da chamada artéria circunflexa medial,
que nutre a cabeça do fêmur).
• Lesão em valgo (látero-medial) do joelho costuma causar lesão do lig. cruzado anterior, menisco medial e lig. colateral tibial
(medial). Isso é chamado de ‘tríade infeliz do joelho’.
• Coxa vara é quando o ângulo de inclinação dos eixos longitudinais do corpo e colo do fêmur é reduzido, causando encurtamento
leve do membro inferior e limita abdução passiva do quadril (a coxa entorta “para dentro”). Quando tal ângulo está aumentado,
temos a coxa valga (a coxa entorta “para fora”).
• O joelho valgo entorta “para dentro” (lembre da lesão da tríade infeliz!); no varo, ele entorta “para fora”. Diferenciar da coxa!
• Aliás: para não ter que decorar, entenda o significado dos termos varo e valgo: considere uma articulação e o membro (coxa,
perna, pé, falange, etc) imediatamente distal a ela.
o Pois então: diz-se que ela está “valga” quando o que está distal à articulação distancia-se do plano mediano
(consequentemente, a articulação aproxima-se do plano mediano [entorta para dentro]). É o que ocorre no joelho
valgo, não é? A perna (membro distal ao joelho) entorta “para fora” enquanto que ele, o joelho, “entorta” para
dentro.
o No varo ocorre o contrário: o que está distal à articulação se aproxima do plano mediano, enquanto que a articulação
se afasta do mesmo [entorta para fora]). É o que ocorre na coxa vara, não é? A coxa (o membro distal à articulação
do quadril) “entorta” para dentro, enquanto que ela, a articulação do quadril, “entorta” para fora.
• O lig. colateral medial (tbm chamado de deltóide) do tornozelo é o mais resistente e sua lesão, embora rara, está associada à
hipereversão do pé. Ele é formado pelos ligg. tibiotalar anterior, tibiotalar posterior, tibiocalcâneo e tibionavicular.
• O lig. colateral lateral do tornozelo é o mais frágil, e sua lesão está associada à hiperinversão do pé. É composto pelos ligg.
talofibular anterior, talofibular posterior e talocalcâneo.
• O lig. da cabeça do fêmur (redondo) (segundo Eliana) só serve para nada (hehe). Ou seja, ele é inútil (mentira: protege a artéria
nutícia da epífise do fêmur nos primeiros anos de vida). No adulto, contudo, ele não estabiliza o quadril, não limita movimentos,
etc.
• A cabeça do fêmur não se articula com a fossa do acetábulo, e sim com a face semilunar do mesmo.
• Os ligamentos capsulares do quadril (articulação coxofemoral) são os pubofemoral, iliofemoral e isquiofemoral;
• Os ligamentos capsulares da articulação sacroilíaca são os sacroilíacos antererior, interósseo e posterior; os extra-capsulare são
os sacroespinal e sacrotuberal.
• Os ligamentos sacrotuberal e sacroespinal dão origem aos forames isquiáticos maior e menor.
• Há um retináculo posterior; dois retináculos (superior e inferior) fibulares; e dois retináculos (superior e inferior) anteriores.

Parte 02
02: Músculos e nervos

• Plexo lombar: L1-L4.


• Plexo sacral: L4/L5-S4.
• O reflexo patelar avalia L2-L4.
• O reflexo aquileu avalia S1-S2.
• Contrações concêntricas são aquelas em que ocorre aproximaçao da inserçao e da origem. Há, portanto, encurtamento das fibras.
Concentraçoes excentricas são aquelas em que ocorre afastamento da inserçao e da origem. Há, portanto, alongamento das
fibras. São usadas geralmente para desacelerar a gravidade ou ajudar na postura.
• Distensões musculares ocorrem quando há excesso de contração excêntrica dos músculos. Ou seja, quando eles alongam demais!
Exemplos possíveis seriam:
o Distensão do quadríceps: hiperflexão do joelho e hiperextensão da coxa.
o Distensão do jarrete: hiperextensão do joelho e hiperflexão da coxa.
o Distensão do tríceps sural: hiperdorsiflexão do pé e hiperextensão da coxa.
• Para não esquecer das funções dos músculos quadríceps e do jarrete: O jarrete prepara o chute (estende a coxa e flete a perna); O
quadríceps dá o chute (flexiona a coxa e estende a perna).
• Dois são os principais responsáveis pela extensão da coxa: o jarrete e o gluteo maximo. O jarrete é mais ativo durante a marcha
plana; o gluteo maximo, durante a marcha em aclive. Dá pra comprovar isso segurando a bunda (hehehe) com as mãos durante a
subida da escada (fica dificil, Jack) e segurando a parte de trás da coxa durante a caminhada (barril).
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• O principal flexor do quadril é o iliopsoas. Ele também flete o tronco. É o único músculo que se insere no trocanter menor. É por
isso que ele também roda a coxa lateralmente.
• Os mm. tibiais (anterior e posterior) são inversores. Os mm. fibulares (longo, curto e terceiro) são eversores. Este último tbm faz
dorsiflexão do pé (lembre que o fibular terceiro eh um musculo do compartimento anterior da perna).
• O principal flexor do joelho é o jarrete. O principal extensor do joelho é o quadríceps femoral.
• Principais nervos plexo lombar (L1-L4): nervo femoral, nervo obturatorio e nervo cutaneo lateral da coxa;
• Principais nervos plexo sacral (L4/L5-S4): nervo gluteo superior, nervo gluteo inferior e n. isquiático.
• O nervo obturatorio inerva os musculos do compartimento medial da coxa.
• O grácil é o único músculo do compartimento medial da coxa que chega ao joelho (é o de inserção mais distal).
• O adutor magno tem duas partes: uma aponeurotica, adutora (inervada pelo n. obturatorio), e uma tendinosa, do jarrete (que se
insere no tuberculo adutor e é inervado pela parte tibial do nervo isquiático).
• Os músculos adutores: de anterior para posterior: adutor longo, adutor curto e adutor magno. Medialmente a esse bolo, temos o
grácil.
• Posteriormente ao adutor magno, temos o semimembranáceo.
• O nervo femoral inerva os musculos anteriores da coxa (exceto o psoas maior).
• O nervo femoral tem um ramo terminal cutaneo (nervo safeno), que inerva a pele antero-medial da perna. É a única parte do n.
femoral que tem alguma coisa a ver com a perna.
• A pata de ganso é formada pelos tendoes dos mm sartorio, semitendineo e gracil.
• O trigono femoral eh limitado em cima pelo lig inguinal, medialmente pelo m. adutor longo e lateralmente pelo m. sartorio.
• O assoalho do trigono femoral eh formado pelos mm. pectineo, medialmente, e iliospsoas, lateralmente.
• O teto do trigono femoral eh formado pela fascia lata e pela fascia cribiforme. A fáscia cribiforme tem esse nome porque a veia
safena magna a perfura para se juntar à v. femoral.
• No trigono femoral, temos, de lateral para medial: nervo, arteria e veia femorais (NAVe).
• O melhor lugar para se aplicar uma injeção intra-glútea é o quadrante súpero-lateral da nádega, porque essa é a região menos
inervada da bunda (menino!).
• Os mm. da parte posterior da coxa são inervados pelo n. isquiático.
• Mas lembre-se que o n. isquiático é dividido em nervos fibular comum (cabeça curta do bíceps) e tibial (o resto [cabeça longa do
biceps, semitendineo e semimembranaceo]).
• Mas lembre-se, tambem, que a cabeça longa do biceps, o semitendineo e o semimembranaceo são chamados de musculos do
jarrete, e são os unicos da parte posterior da coxa que atuam no quadril E no joelho (a cabeça curta atua somente no joelho!).
• Lesao do nervo gluteo superior causa queda do quadril contra-lateral e marcha claudicante. O motivo é a descompensação da
alavanca interfixa formada entre o braço de resistência (peso do lado contra-lateral), o fulcro (a articulação do quadril) e o braço
de potência (inserção dos rotadores mediais), que fica fraco. O nome da marcha em questão é marcha de Trendelemburg.
• O hiato dos adutores eh formado pela area entre as inserçoes membranosa e tendinosa do adutor magno. Nele, a arteria femoral
vira arteria poplitea e a veia poplitea vira veia femoral.
• O limite supero-medial da fossa poplitea eh formada pelos mm. semitendineo e semimembranaceo; o super-lateral pelo m.
biceps femoral; o limite infero-medial eh a cabeça medial do gastrocnemio; o limite infero-lateral eh formado pela cabeça lateral
do m. gastrocnemio. O teto (parede posterior) da fossa poplítea é formado pela fáscia poplítea. Ela é rica em tecido adiposo.
• A fossa poplitea transmite o nervo tibial.
• A fossa poplitea comumente recebe infiltrado sinovial do joelho (dando origem aos chamados cistos de Baker).
• O nervo do compartimento lateral da perna é o fibular superficial; o do compartimento anterior é o fibular profundo; o do
posterior o tibial.
• O compartimento posterior da perna é divido em partes superficial (gastrocnemio, sóleo e plantar) e profunda (tibial posterior,
flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos).
• O compartimento lateral da perna é composto pelos mm. fibular longo (superficial) e curto (profundo). O fibular terceiro é do
compartimento anterior da perna (e é, inclusive, inervado pelo n. fibular profundo).
• “Você ganha os 100m rasos com o gastrocnêmio” mais fibras de contração rápida (brancas); “você ganha a maratona com o
sóleo” mais fibras de contração lenta (vermelhas). Tem essa frase no Moore, entao achei legal comentar, rerere.
• Posteriormente ao maléolo medial, temos, de anterior para posterior: tendão do tibial posterior; tendão do flexor longo dos
dedos; nervo e artéria tibiais posteriores; e tendão do flexor longo do hálux.
• Os músculos dorsais do pé (só dois: extensor curto dos dedos e extensor curto do hálux) são inervados pelo nervo fibular
profundo.
• Os músculos da planta do pé são inervados por ramos do nervo tibial, que se divide nos nervos plantares medial e lateral:
o O nervo plantar medial inerva abdutor do hálux, flexor curto dos dedos, flexur curto do hálux e primeiro lumbrical.
Tem ramos cutâneos tbm.
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o O nervo plantar lateral inerva abdutor do dedo mínimo, flexor do dedo mínimo, adutor do dedo mínimo, adutor do
hálux, 2º a 4º lumbricais, músculos interósseos. Tem ramos cutâneos tbm.
• O forame isquiático maior é coberto pelo ventre do m. piriforme. Os nervo e artéria glúteos superiores passam por cima dele. Os
nervo e artéria glúteos inferiores e o nervo isquiático passam por debaixo dele.O forame isquiático menor transmite o tendão do
m. obturador interno. O obturador interno é mais lateral que piriforme, coccígeo e levantador do ânus.
• O levantador do ânus é formado pelos mm. puborretal, pubococcígeo, iliococcígeo e coccígeo (tbm chamado de isquiococcígeo).
Ele forma o assoalho da pelve menor (e, portanto, o teto do períneo) divide a pelve menor do períneo.
o O períneo é preocupação do semestre que vem. Mas para os curiosos: ele é a região onde fica a nossa genitália
externa e o canal anal (canal anal = continuação do reto [são coisas diferentes, portanto] quando este cruza o
diafragma da pelve).
• Quando o levantador do anus contrai, o diâmetro longitudinal (e, consequentemente, o volume) da pelve diminui. Quando o
levantador do anus contrai, há aumento da continência fecal. Quando os musculos abdominais contraem, há diminuição da
continência fecal (mais fácil evacuar). O diafragma da pelve é mais superficial, centralmente: lembra um funil.

~ Epílogo ~

Dermátomos do membro inferior:

Miótomos do membro inferior:


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Inervação individual dos músculos do membro inferior:

Nervos motores terminam numa placa retangular amarela. Quando o nervo motor terminar numa placa amarela e branca [meio a
meio], significa que o músculo em questão é inervado por este e por outro nervo. Quando o nervo termina numa extremidade afilada,
isso significa que ele é sensitivo.

• Sobre os principais nervos do membro inferior, lembre que:


o Nervos femoral e obturatório vêm do plexo lombar.
o Nervo glúteos (superior e inferior) e isquiático vêm do plexo sacral.
• Os mm. psoas maior e menor são inervados por nervos derivados diretamente do plexo lombar.
• Os músculos piriforme, obturadores (externo e interno), gêmeos (superior e inferior) e quadrado lombar são inervados por
nervos derivados diretamente do plexo sacral.
• Observe que o pectíneo é um músculo do compartimento medial da coxa, mas é inervado pelo nervo femoral. Ele pode receber
inervação do nervo obturatório (mas não é, classicamente, inervado por ele. Por isso que não há uma plaquinha branco-e-amarela
chegando nele).
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• O adutor magno recebe inervação dupla: sua metade “do jarrete” é inervada pela divisão tibial do nervo isquiático. A metade
“adutora” é inervada, como seus companheiros de compartimento medial da coxa, pelo nervo obturatório
• A cabeça curta do bíceps femoral é inervada pela divisão fibular comum do nervo isquiático. A cabeça longa é inervada, como
os demais músculos do jarrete (semitendíneo e semimembranáceo), pela divisão tibial deste mesmo nervo.
• O nervo isquiático se bifurca, mais comumente, no ápice da fossa poplítea. Dá origem aos nervos tibial e fibular comum.
o O nervo tibial irá inervar os músculos do compartimento posterior da perna. No seu fim-de-linha, ele dará origem a
dois ramos terminais, que irão inervar a planta do pé.
O nervo plantar medial inerva abdutor do hálux, flexor curto dos dedos, flexur curto do hálux e primeiro
lumbrical. Tem ramos cutâneos tbm.
O nervo plantar lateral inerva abdutor do dedo mínimo, flexor do dedo mínimo, adutor do dedo mínimo,
adutor do hálux, 2º a 4º lumbricais, músculos interósseos. Tem ramos cutâneos tbm.
o O nervo fibular comum se divide a nível da cabeça da fíbula em nervos fibulares superficial e profundo.
O nervo fibular profundo irá inervar o compartimento anterior da perna (mm. tibial anterior, extensor longo
do hálux, extensor longo dos dedos e fibular terceiro [pela milésima vez: o fibular terceiro é do
compartimento anterior!]). Irá, também, inervar os dois únicos músculos do dorso do pé (extensor curto
dos dedos e extensor curto do hálux [este último não representado na imagenzinha esquemática]).
O nervo fibular superficial irá inervar o compartimento lateral da perna (mm. fibulares longo e curto). Não
sei se eu chamei a atenção para isso antes (hehe), mas o fibular terceiro NÃO é do compartimento lateral, e
sim do anterior.

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