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Entre as nações mais populosas do globo, podemos destacar: China, índia, Estados Unidos,
Indonésia e Brasil. Em um país como os Estados Unidos, já ocorreu o período de “transição
demográfica”, no qual o crescimento natural ou vegetativo da população se acentuou
enormemente, fruto do descompasso entre a queda da mortalidade, que era maior, e a queda
de natalidade, que era menor.
Essa “transição demográfica” já ocorreu em países desenvolvidos no século XIX, que hoje
possuem um crescimento vegetativo pequeno ou negativo.
E os países subdesenvolvidos? Os países subdesenvolvidos encontram-se em três fases: alguns
já estabilizaram seu crescimento demográfico com baixas taxas, por exemplo a Argentina. Outros
ainda possuem mortalidade declinante com altas taxas de natalidade, por exemplo países
africanos. E ainda temos os países em situação intermediária, ou seja, começam a superar a
“transição demográfica”, com crescimento demográfico baixo a caminho da estabilização, por
exemplo o Brasil.
Urbanização
Segundo estatísticas da ONU, a partir de 2001, o número de pessoas morando em cidades
ultrapassou a população residente no meio rural. Esse número de população urbana superior é
produto de uma crescente migração do campo para a cidade, pois as cidades são ainda o motor
do desenvolvimento econômico e científico. A estatística diz que, se o crescimento fosse
concentrado em um lugar só, a cada mês o mundo teria uma nova cidade do tamanho de Hong
Kong.
Diante disso, o número de habitantes urbanos vivendo em pobreza absoluta não deve parar de
crescer, especialmente na América Latina, na África e em alguns países asiáticos, ou seja, a
pobreza torna-se cada vez mais assunto do mundo todo. A urbanização acelerada e a
concentração de problemas nos países pobres tornam fundamental a melhoria da administração
local.
Formigueiros humanos
O continente asiático é o que apresenta a maior densidade demográfica por hectare de terra
arável (cerca de 7,2 habitantes por hectare). Esse crescimento deu-se principalmente após
a Segunda Guerra Mundial devido à redução das taxas de mortalidade, provocando
grande crescimento vegetativo.
As planícies dos rios Indo, Ganges e Bramaputra, Mekong, Sikiang, Yang-Tsé-Kiang e Hoang-
Ho, e ainda as ilhas de Java e de Luzon formam as áreas de densidades rurais mais elevadas
do Planeta e, por conseguinte, as principais concentrações de pobreza.
Setores de atividades
A população economicamente ativa pode estar vinculada a um dos setores de atividades que se
seguem.
• Setor terciário – ligado à prestação de serviços em comércio, bancos, serviço público, seguros,
serviço médico-hospitalar, educação, comunicações, etc.
Desses três setores, o setor secundário e o setor terciário são predominantemente urbanos,
enquanto o setor primário está basicamente ligado ao meio rural. O número de população
economicamente ativa ligado ao setor secundário e ao setor terciário podem revelar,
respectivamente, o peso da indústria e o peso do comércio, prestação de serviços, etc., na
economia de um país.
Em países desenvolvidos a população ligada ao setor terciário normalmente possui nível superior
e é muito especializada. Nos países subdesenvolvidos, há população economicamente ativa
ligada ao setor terciário com nível superior e especializada, mas também um grande número de
subempregados, por exemplo os vendedores de doces e(ou) bugigangas nos semáforos. Um
rápido crescimento urbano acompanhado da retração na oferta de novos empregos são as
“fórmulas” para o subemprego, ocasionando a hipertrofia do setor terciário.
Entende-se por transição demográfica a oscilação das taxas de crescimento e variações
populacionais. Esse conceito foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973)
para contestar matematicamente a Teoria Demográfica Malthusiana, por definir que não há um
crescimento acelerado da população, mas sim oscilações periódicas, que alternam crescimentos
e desacelerações demográficos, podendo envolver, inclusive, estágios de estabilidade.
Para melhor compreender o conceito de transição demográfica, é necessário ter noção de
alguns conceitos demográficos, tais como a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
A principal referência histórica para a elaboração dessa teoria foi a Revolução Industrial e a
consequente constituição da sociedade moderna de consumo. Em tempos anteriores a esse, as
taxas de natalidade e mortalidade eram continuamente elevadas, demarcando um período de
relativa estabilidade demográfica. Porém, com a modernização dos países hoje considerados
desenvolvidos, houve uma melhoria significativa nos padrões sociais de desenvolvimento,
elevando a expectativa de vida e, consequentemente, declinando as taxas de mortalidade, o que
foi responsável por um súbito aumento da população em um curto espaço de tempo.
Dividiu-se as oscilações entre mortalidade e natalidade, considerando o desenvolvimento das
sociedades industriais, em quatro estágios principais. Para melhor compreendê-los, observe o
gráfico abaixo:
É notória a disparidade social entre diferentes continentes, países, regiões, estados e, até
mesmo, cidades. Essa desigualdade é um dos maiores problemas da sociedade e é uma das
causas de boa parte dos conflitos entre povos. A intensificação desse processo tende a
agravar ainda mais os problemas socioeconômicos das pessoas menos favorecidas.
Segundo dados atribuídos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), os rendimentos de 1% das pessoas mais ricas do mundo são compatíveis àqueles de
57% da população mais pobre do planeta. Esses dados confirmam a diferença na
concentração de renda entre ricos e pobres, refletindo diretamente na alimentação, bens de
consumo e serviços elementares ao ser humano no que se refere às classes em questão.
Com o intuito de estabelecer um critério global para caracterizar a população pobre, o Banco
Mundial utilizou a seguinte metodologia: fez a média das dez piores linhas nacionais de
pobreza do planeta e estabeleceu o dólar PPC, baseado na paridade do poder de compra.
Com base nesse cálculo, estabeleceu dois patamares de renda para caracterizar a pobreza:
Conforme dados do Banco Mundial, aproximadamente 22% da população mundial vive com
menos de 1,25 dólar PPC por dia e 44% ganham menos de 2 dólares PPC por dia. Portanto,
de acordo com a metodologia utilizada pelo Banco Mundial, 66% da população global se inclui
na subdivisão anteriormente mencionada. Os países nos quais esses índices se apresentam
mais alarmantes são: os da América Latina, sul da Ásia e, principalmente, da África
Subsaariana.