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1 – Quais são as razões apresentadas por Críton para que Sócrates fuja da prisão?
A reputação dele, pois os demais não acreditariam que Sócrates, ao ter a oportunidade de
fugir da prisão, preferiria ficar;
Para Críton, Sócrates cometeria uma injustiça se entregando, já que não era culpado e
podia se salvar fugindo;
Sócrates, ao se entregar, deixaria de criar e educar os seus filhos, deixando-os órfãos e
sem sorte;
Seria mais cômodo para Sócrates apenas se entregar, sem resistir a injustiça a qual foi
submetido;
Sócrates deveria escolher o que um homem “bom e de brio” escolheria, e não se
preocupar somente com a virtude. Em síntese, Críton faz um apelo aos cuidados dos
filhos, da honra e dos amigos, pois estava mais preocupado com o que a multidão
acharia.
Os fatos acima revelam que a cidade agradava a Sócrates e que ele honrava as convenções
e acordos dela, pois viveu a vida toda desfrutando da hospitalidade de Atenas, logo estaria
consentindo com o sistema legal dela, consequentemente, exercendo sua cidadania. Dessa
forma, quando cobrado o seu dever de agir conforme as leis, ele deveria cumprir. No
entanto, quando ele se nega ao exílio, significa que seguiu com o seu compromisso com
a verdade e sua percepção do que era justo, não mudando sua conduta.
5 – Quais seriam as eventuais vantagens pessoais da fuga de Sócrates e por que, de fato,
segundo as Leis, não haveria aí qualquer vantagem?
As vantagens pessoais seriam poder viver para desfrutar do amor dos filhos e por eles,
além de cria-los e educa-los.
Segundo as leis, não haveria vantagem, pois, qualquer cidade que Sócrates fosse, elas
honrariam as suas leis ele seria um violador delas, assim como também corromperia a
juventude. Dessa forma, os seus filhos viveriam longe, sendo educados pelos amigos ou
tratados como estrangeiros; caso fossem com Sócrates, seriam tratados com o mesmo
repúdio que ele receberia.
Para os gregos, ética e política eram indissociáveis, ou seja, era uma virtude ética ser
justo e vice-versa. Para Sócrates, a virtude da justiça só seria atingida com uma vida plena,
baseada no bem comum, a fim de alcançar a felicidade. A obediência às leis, portanto,
seria um dever dos cidadãos e um instrumento para o desenvolvimento das
potencialidades humanas, alcançadas por meio da virtude.