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Aula 04
Olá, pessoal!
Sumário
3.1. REQUISIÇÃO..................................................................................................... 50
O autor traz uma classificação dos órgãos públicos, quanto à posição estatal:
XIX - somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, soci-
edade de economia mista, autarquia ou fundação pública;
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atu-
ação;
Este inciso foi alterado pela Emenda Constitucional 19 de 1998. Surgiu então
uma discussão em torno da criação das fundações públicas, que, segundo a
nova redação, não seriam criadas por lei, mas sim teriam sua criação autoriza-
da por lei. O STF analisou essa mudança e foi estabelecido que, atualmente, há
duas modalidades de fundação pública: as de direito público e as de direito
privado. Aquelas são criadas por lei específica; estas, pelo registro do ato
constitutivo, após autorização em lei específica.
Assim, autarquias e fundações públicas de direito público são criadas por lei.
Fundações públicas de direito privado, empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista têm sua criação autorizada por lei e são criadas pelo de seu ato
constitutivo. A lei específica autoriza a instituição da entidade; a partir desta
autorização, o chefe do Poder Executivo edita o ato constitutivo da entidade,
sob a forma de decreto; este decreto é levado a registro na Junta Comercial ou
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso; com a efetivação do
registro a entidade adquire personalidade jurídica.
serviço que lhes foi outorgado por lei, podendo opor esse direito até mesmo
à pessoa política que as instituiu. De outro lado, o dever de desempenhar
esse serviço, o que as coloca sob fiscalização do Poder Público; este precisa
assegurar-se de que aquela atividade que era sua e foi transferida a outra
pessoa política seja exercida adequadamente
a) Autarquias
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, instituídas diretamente
por lei específica, para o desempenho de atividades típicas de Estado, gozando
de todas as prerrogativas e sujeitando-se a todas as restrições estabelecidas
para a Administração Pública Direta. Para Di Pietro, a autarquia é:
A pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto-
administração, para o desempenho de serviço público descentralizado, me-
diante controle administrativo exercido nos limites da lei.
b) Fundações Públicas
As fundações são figuras jurídicas oriundas do direito privado, constituídas pela
atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio e pela sua destinação a
um fim específico, sempre de caráter social. Elas são constituídas por um pa-
trimônio particular com o objetivo de prestar, sem fins lucrativos, um serviço
de índole social, como saúde, educação e assistência.
No que se refere às fundações públicas de direito privado, são elas regidas por
um regime jurídico híbrido, em parte público e em parte privado. Segundo Di
Pietro, “quando a Administração Pública cria fundação de direito privado, ela se
submete ao direito comum em tudo aquilo que não for expressamente derro-
gado por normas de direito público”.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de servi-
ços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públi-
cos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as
condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
O objetivo da regra é claro: impedir uma concorrência desleal por parte das
empresas públicas e as sociedades de economia mista frente às empresas pri-
9.1. enquanto não for editado o estatuto a que se refere o art. 173, § 1°, da
Constituição Federal, as empresas públicas, as sociedades de economia mis-
ta e suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços devem observar os di-
tames da Lei n° 8.666/1993 e de seus regulamentos próprios, podendo
prescindir da licitação para a contratação de bens e serviços que constituam
sua atividade-fim, nas hipóteses em que o referido Diploma Legal constitua
óbice intransponível à sua atividade negocial, sem olvidarem, contudo, da
observância dos princípios aplicáveis à Administração Pública, bem como
daqueles insertos no referido Estatuto Licitatório;
a) Agências Reguladoras
As agências reguladoras foram incorporadas ao direito brasileiro em decorrên-
cia do processo de privatização de serviços públicos promovido no Brasil na
década passada. Vimos que o Plano Diretor dividiu as atividades estatais em
quatro setores, entre eles o de produção de bens e serviços para o mercado.
O Estado transferiu ao setor privado determinadas atividades até então por ele
diretamente exercidas, mas, apesar da sua retirada da prestação direta desses
serviços, ele não poderia abandoná-los completamente, deveria manter sua
regulação e fiscalização. Para tanto, instituiu as agências reguladoras.
A Lei n.º 9.986/2000, que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das
agências reguladoras, determina que:
Portanto, para conferir maior autonomia das agências reguladoras, seus direto-
res terão mandato fixo, fixado na lei de criação da agência, e só poderão per-
der o cargo em virtude de decisão judicial ou processo administrativo
disciplinar. Contudo, a lei de criação da agência pode estabelecer outras for-
mas de perda de mandato.
Isso significa que a lei, ao criar a agência reguladora, está tirando do Poder
Executivo todas essas atribuições para colocá-las nas mãos da agência. Isto é
um dos motivos pelos quais a criação de Agências Reguladoras é de competên-
cia do Presidente da República.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a ins-
tituição de empresa pública, sociedade de economia mista e de fundação, ca-
bendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
b) Contrato de Gestão
O contrato de gestão não é uma inovação da reforma de 1995. Já em 1991, o
governo Collor instituiu as duas modalidades de contrato de gestão,
praticamente as mesmas que temos hoje: um assinado com entidades públicas
concedendo maior autonomia e outro assinado com entidades particulares que
iriam prestar serviço público e administrar bens do Estado.
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se es-
tabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de
autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto
no inciso II do § 5º do art. 165 da Constituição.
De certa forma a autora está certa, já que as entidades sem fins lucrativos
poderiam prestar os serviços sem se restringir às regras do contrato de ges-
tão, por isso ele limita sua autonomia. Mas isso é algo pequeno, muito menor
perto do objetivo explícito do programa de publicização, que era tirar uma
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o ins-
trumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como orga-
nização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para
fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas no art. 1º.
c) Agências Executivas
O Plano Diretor não falava ainda em Agências Executivas, mas sim em
Agências Autônomas, que constituía um projeto básico voltado para a
dimensão da gestão. Segundo o Plano:
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autar-
quia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institu-
cional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
Orçamento e finanças;
Gestão de recursos humanos;
Serviços gerais e contratação de bens e serviços.
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações
públicas federais.
Pelo art. 1º, podemos ver que o regime jurídico instituído pela Lei 8.112 será o
dos servidores públicos – ou seja, aqueles que ocuparem cargos da Adminis-
tração Direta – e também o dos servidores das autarquias e das fundações
públicas, de direito público. A Fiocruz é uma fundação pública, por isso seus
servidores se encaixam aqui.
O art. 2º define o que é servidor público e o art. 3º define cargo público. Se-
gundo Bandeira de Mello, “os cargos públicos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressas por um agente, previstas em
número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de
Direito Público e criadas por lei”.
Quando o edital pede conteúdos de leis, a melhor coisa é ler as leis. Eles co-
bram muito o texto da norma, por isso vamos dar uma passada por alguns
pontos importantes.
2.1. Provimento
Provimento é o ato administrativo pelo qual se preenche o cargo vago, ou seja,
é a atribuição desse conjunto de competências a alguém. O art. 5º traz os
requisitos para que uma pessoa se torne servidora pública
O segundo requisito é o gozo dos direito políticos. Direitos Políticos são aqueles
direitos de se candidatar, de votar, etc. Por exemplo, uma pessoa que tenha se
recusado a prestar serviço militar e não opte pelo serviço alternativo não pode
tirar seu título de eleitor e não pode tomar posse em cargo público. Mas,
mesmo que ele tivesse tirado o título, ainda assim não poderia tomar posse,
pois não cumpre com o terceiro requisito.
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual de-
verão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente,
por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato
de provimento.
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no
prazo previsto no § 1º deste artigo.
O art. 13 define como vai se dar a posse, que é com a assinatura de um termo
em que constam os deveres, obrigações, atribuições e direitos. Como vocês,
ao assinar o termo, estão se comprometendo com estas obrigações, a Admi-
nistração não pode alterar tais responsabilidades de forma unilateral. Isso não
Depois da nomeação, a pessoa tem 30 dias para tomar posse. Caso não o faça
no prazo, a nomeação será tornada sem efeito, ou seja, como vocês ainda não
se tornaram servidores públicos, não serão exonerados, demitidos, etc. O
mesmo não ocorre se tomar posse, mas não entrar em exercício dentro do
prazo, que é de 15 dias. Como vocês já seriam servidores, haveria a exonera-
ção. Isso está no art. 15:
O parágrafo quarto diz que só haverá posse nos casos de provimento por no-
meação. Assim, se houve promoção, disponibilidade, ou outra forma de provi-
mento, não haverá posse.
Se o servidor não for aprovado no estágio probatório, ele será exonerado ou,
se já for estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Neste caso, se
o cargo anterior estiver provido, o servidor reconduzido será aproveitado em
outro de atribuições e vencimentos compatíveis com o cargo de origem.
Supondo que depois de aposentado, tenha melhorado seu quadro clínico, tor-
nando-o capaz novamente. Nesse caso ele tem direito à reversão.
Por fim, vamos falar da ascensão e transferência, que foram retiradas da lei. O
acesso, ou ascensão, que seria provimento sem concurso público, represen-
tando a passagem de uma carreira para outra, foi julgado inconstitucional pelo
STF. Exemplo disso seria a ascensão de Analista da Receita Federal para o
cargo de Auditor Fiscal, pela simples passagem do tempo, sem concurso exter-
2.2. Vacância
A vacância é a situação do cargo público que está vago, ou seja, sem titular, e
pode decorrer dos seguintes casos:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em
lei complementar.
Esse parágrafo fala que cargos com atribuições iguais ou semelhantes deverão
ter vencimentos iguais. Contudo, são só os vencimentos que têm que ser
iguais. As vantagens não.
b) Vantagens
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes
vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou pro-
vento, nos casos e condições indicados em lei.
c) Indenizações
Muitas vezes, devido ao trabalho, o servidor tem que realizar gastos. A com-
pensação ou restituição desses gastos é chamada de indenização, ou seja,
nada mais é que a devolução dos valores gastos pelo funcionário para o exer-
cício de suas atribuições.
IV - auxílio-moradia.
d) Gratificações
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicio-
nais:
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
II - gratificação natalina;
III - adicional por tempo de serviço;
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
e) Férias
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumula-
das, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de cala-
midade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou
eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima
do órgão ou entidade
Acumular o máximo de dois períodos quer dizer que o servidor não pode ficar
mais de dois anos sem tirar férias. A lógica é mais ou menos a seguinte: co-
meça o ano de 2010 e o servidor não guardou nada das férias dos anos anteri-
ores. A partir de janeiro, ele já pode tirar as férias referentes a 2007. Contudo,
durante o ano tira apenas 10 dias, ficando 20 para 2011. Em 2011, tira só
mais 10 dias de férias. Ele estará entrando em 2012 com 10 dias de férias de
2010 mais 30 dias de 2011. Soma-se a isso os 30 dias referentes a 2012 a que
o servidor tem direito a partir de janeiro, ou seja, ele estaria acumulando três
períodos de férias. Isso não pode.
O servidor que esteja começando sua carreira no setor público tem que espe-
rar 12 meses para poder tirar as primeiras férias. Reparem que é só o primeiro
ano que deve ser completado, os demais não, a partir de janeiro o servidor já
tem direito. Se sair de férias, só com tragédia, para júri, serviço militar ou
eleitoral que podem chamar a gente de volta.
f) Licenças
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação;
VI - para tratar de interesses particulares;
Esta licença é por doença em pessoa da família, não é por doença do servidor.
Esta terá outro afastamento, visto mais adiante. Pessoa da família é somente
de primeiro grau: esposa e filho (enteado); pais (padrasto e madrasta). Caso
tenha outro dependente (neto, por exemplo) tem que estar no assentamento
do servidor.
Se o conjugue, que não é servidor, for deslocado para outro lugar, PODERÁ ser
concedida licença SEM remuneração por prazo INDETERMINADO. Veja bem:
PODERÁ. A Administração Pública não tem obrigação legal de conceder a licen-
ça, ficando a seu critério o momento e os termos do deferimento. O servidor
não recebe nada durante esta licença. Agora, se o conjugue também for servi-
dor, pode-se trabalhar em outro órgão, PROVISORIAMENTE, caso não tenha
repartição do próprio órgão.
Para Capacitação
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no
interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a
respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de ca-
pacitação profissional.
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acu-
muláveis
Esta licença substituiu a antiga licença prêmio. A licença prêmio era um afas-
tamento de três meses a que o servidor tinha direito a cada cinco anos de
exercício. Era uma licença remunerada. Assim, a cada cinco anos o servidor
poderia ficar três meses na folga. Ela acabou em 1997, quando foi substituída
pela Licença para Capacitação.
g) Afastamentos
A Lei 8.112 prevê três possibilidades de afastamento, a saber:
É óbvio que este artigo não se aplica aos diplomatas, uma vez que esta é a
profissão deles: deixar o país.
Concessões
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição,
sem prejuízo do exercício do cargo.
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de
horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração se-
manal do trabalho.
§ 2º Também será concedido horário especial ao servidor portador de defi-
ciência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, inde-
pendentemente de compensação de horário.
h) Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes fun-
cionais.
i) Advertência
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância
de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que
não justifique imposição de penalidade mais grave.
Estes incisos do art. 117 são os que tratam das seguintes proibições:
j) Suspensão
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas puni-
das com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injus-
tificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pe-
la autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez
cumprida a determinação.
Se o servidor for necessário para o bom andamento do serviço, se ele for fazer
falta, a suspensão poderá ser convertida em multa de 50% do salário por dia
de suspensão. Assim, se ele for suspenso por 30 dias e esta suspensão for
convertida em multa, na realidade ele irá receber no mês apenas metade do
salário.
Os incisos do art. 117 que não são nem de advertência e nem de demissão,
sendo, portanto de suspensão, são os seguintes:
k) Demissão
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
2.4. Aposentadoria
Segundo a Lei 8.112/1990:
O PSS visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua
família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às se-
guintes finalidades:
A Lei 10.887/2004 dispõe que a base de cálculo será definida pela média arit-
mética simples das maiores remunerações utilizadas como base para as contri-
buições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado,
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, desde julho de 1994
ou desde o início da contribuição, se posterior a esse mês.
Além disso, após aplicar a porcentagem sobre a base de cálculo definida con-
forme o parágrafo anterior, o resultado calculado como montante dos proven-
tos da aposentadoria (e da pensão), por ocasião de sua concessão, não poderá
exceder a remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu a aposen-
tadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
O art. 186, § 1.º, da Lei 8.112/1990 relaciona uma série de doenças conside-
radas graves, contagiosas ou incuráveis. A relação dessas doenças não costu-
ma ser cobrada em concursos públicos. Vale citar, todavia, que o servidor
aposentado com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, se acome-
tido de qualquer dessas moléstias e, por esse motivo, for considerado inválido
por junta médica oficial, passará a perceber proventos integrais, calculados
com base no fundamento legal de concessão da aposentadoria.
b) Aposentadoria Compulsória
A aposentadoria compulsória ocorrerá quando o servidor atinge os setenta
anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Essa
aposentadoria será automática e apenas declarada por ato administrativo, com
vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limi-
te de permanência no serviço ativo.
c) Aposentadoria Voluntária
O servidor poderá se aposentar voluntariamente, desde que tenha cumprido o
tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, atendidos, ainda, os requisi-
tos a seguir.
Não obstante, caso o servidor atinja as idades citadas e ainda não possua o
tempo de contribuição necessário, ele poderá se aposentar com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição: aos 65 anos de idade, se homem; e
60 anos de idade, se mulher.
Anos de
Idade
Contribuição
Homem 60 35
Integral
Mulher 55 30
Homem 65 -
Proporcional
Mulher 60 -
3. Atos Administrativos
Na atividade pública, podemos identificar três tipos de atos: os legislativos, os
judiciais e os administrativos. É importante lembrar que os órgãos judiciais e
legislativos também praticam atos administrativos, como os atos que dispõem
sobre sua organização interna e a administração de seu pessoal.
3.1. Requisição
Segundo a CF88:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade, nos termos seguintes:
A requisicão civil visa a evitar danos, à vida, à saúde e aos bens da coletivi-
dade; a requisição militar objetiva o resguardo da segurança interna e a ma-
nutenção da Soberania Nacional. Ambas são cabíveis em tempo de paz,
independentemente de qualquer regulamentação legal, desde que se apre-
sente uma real situação de perigo público iminente (inundação, incêndio, so-
negação de gêneros de primeira necessidade, conflito armado, comoção
intestina). Em tempo de guerra, as requisições tanto civis como militares,
devem atender aos preceitos da lei federal específica.
4. Questões Comentadas
(CESPE/TELEBRAS/2013) Julgue os próximos itens, relativos à legislação
administrativa.
1. Para a instituição de fundação pública, deve ser editada lei complemen-
tar que autorize o presidente da República a expedir decreto para a criação
da fundação.
2. Caso um ato administrativo seja expedido sem finalidade pública, ele
poderá ser convalidado posteriormente por autoridade superior que estabe-
leça os motivos determinantes.
3. Mediante requisição administrativa, o Estado pode dispor de bem de
particular para desenvolver atividade pública, sem a necessidade de paga-
mento prévio ou posterior de indenização, a despeito de desgaste ou dano
ao bem.
4. A demissão de servidor público ocorre unicamente mediante a solicita-
ção formal do servidor, enquanto a exoneração consiste em penalidade con-
tra o servidor.
5. Servidor em estágio probatório pode assumir cargo em comissão de
chefia ou função comissionada, sendo estável ou não no serviço público.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de funda-
ção, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação;
Gabarito: C, E, E, E, C.
a) Autarquias;
b) Emprêsas Públicas;
d) fundações públicas.
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.
Gabarito: C, E, C, E.
Gabarito: E, E, C, C.
Gabarito: E.
A questão é errada, as agências reguladoras são criadas por lei. Elas celebram
contrato de gestão, mas não é ele que confere a qualificação.
Gabarito: E.
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autar-
quia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
Gabarito: C.
Gabarito: C.
Gabarito: E, C, E.
Gabarito: C, E.
Gabarito: C.
Gabarito: C.
Gabarito: E.
Gabarito: E.
A Lei n.º 9.986/2000, que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das
agências reguladoras, determina que:
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a au-
tarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
Gabarito: E, C, E, C, E.
Gabarito: E, E.
As Organizações Sociais são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucra-
tivos, ou seja, criadas por particulares e não fazem parte da administração
indireta. A questão 35 é errada.
Gabarito: C, E, E.
Nem toda ação da Administração Pública é tida como ato administrativo. So-
mente pode ser considerado ato administrativo suas manifestações, unilate-
rais, quando ela (Administração) age como tal. Significa dizer que a
Administração atua com superioridade, com prerrogativa, com supremacia.
Assim, como regra, os atos praticados por estatais (empresas públicas e socie-
dades de economia mista) são submetidas ao mesmo regime jurídico das de-
mais empresas privadas (regime jurídico de direito privado), conforme
estabelece o art. 173, §3º, inc. II, CF/88, não sendo, pois, considerados atos
administrativos, mas atos privados da Administração.
Gabarito: E.
Segundo a CF88:
Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e auto-
rizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação;
A questão 40 é errada, estaria certa não fosse a falta de uma palavra: “espe-
cífica”. As autarquias são criadas por lei específica, e não apenas lei.
Gabarito: E, C, E, E, E.
Gabarito: E, C.
Gabarito: E.
Gabarito: E.
Devemos tomar cuidado para não restringir a Administração Pública aos limites
do Poder Executivo. É que a Administração Pública está inserida no âmbito dos
três poderes, conforme preceitua o próprio art. 37, caput, da CF/88.
Gabarito: E.
4.2. Gabarito
1. C 11. E 21. C 31. E 41. E