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LEI 12.318/2010
O QUE TRAZ ESTA LEI PARA PUNIR A ALIENAÇÃO
PARENTAL, QUAIS AS PENAS PREVISTAS.
Cuiabá
2022
ANGELICA PATRICIA FERNANDES DOS SANTOS
LEI 12.318/2010
O QUE TRAZ ESTA LEI PARA PUNIR A ALIENAÇÃO
PARENTAL, QUAIS AS PENAS PREVISTAS.
Cuiabá
2022
ANGELICA PATRICIA FERNANDES DOS SANTOS
LEI 12.318/2010
O QUE TRAZ ESTA LEI PARA PUNIR A ALIENAÇÃO PARENTAL,
QUAIS AS PENAS PREVISTAS.
BANCA EXAMINADORA
Agradeço a Deus sobre todas as coisas, por estar sempre presente em minha
vida, me protegendo e livrando-me do mal que vem de fora e do mal que há em mim
mesma, pois ele sabedor de todas as coisas deu a mim e a todos os seus filhos
amados conhecimento para evolução, pois é o conhecimento o que nos liberta das
amarras da ignorância, pois e conhecendo a verdade é que a verdade nos libertara.
Diante disso e que sou grata a cada pessoa que contribuiu para que eu
pudesse alcançar meus objetivos em minha jornada acadêmica. Minha sogra é a
quem serei grata primeiro, pois foi ela quem me deu a pedra preciosa que completa
a coroa de minha vida meu marido, não tenho palavras para expressar o quanto foi
importante a cada minuto da minha vida ao seu lado, o seu amor foi e é crucial na
minha vida, sempre me incentivando para que seu não desistisse, o grupo KROTON
em geral, desde as pessoas da limpeza aos professores, coordenadores,entre
outros, pois cada um tem sua parcela de contribuição para o sucesso de seus
acadêmicos , se esforçam todos os dias para levar luz do conhecimento aos olhos
dos que estão cegos, trazendo os acadêmicos para um mundo novo cheio de
esperança, pois como dito mais acima é o conhecimento que nos liberta da
escuridão e da ignorância.
Venho também a agradecer a minha família, mãe, avos, tios e irmãos, que
fazem parte do alicerce da minha vida, foi com eles que dei os primeiros passos para
uma vida cheia de amor , e foi através deles que conheci o valor de uma família. A
cada um deles dedico um percentual do que sou hoje, como filha, Irma neta, pois sei
que a cada passo que dou eles é a torcida fiel na jornada do sucesso da vida
Aos meus amigos que não preciso citar os nomes porque só quem é meu
amigo verdadeiro, lendo esta dedicatória saberá que é ele, pois qualquer sentimento
que seja, não precisa de palavras para definir, considerando que o sentimento é
energia e quando você o emana quem está perto sente, então meus amigos sabem
o quanto os amos e os quero presente em minha vida.
Por fim o meu muito obrigado aos que me ajudaram diretamente e
indiretamente em minha jornada, não foi fácil, porem gratificante, considerando que
nestas jornadas pessoas especiais, citadas acima, foram primordiais para que eu
chegasse ate aqui, que deus os abençoes hoje amanha e sempre.
SANTOS, Angélica Patrícia Fernandes dos. Lei 12.318/2010: o que traz esta lei para
punir a alienação parental, quais as penas previstas. 2022. Pag. 37. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Bacharel em Direito) – UNIC PANTANAL –
Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2022.
RESUMO
O intuito deste trabalho é obter uma análise sobre uma problematica que tem sido
recorrente no seio familiar referente a alienação parental, apresentando a grande
quantidade de relacionamentos mal resolvidos e traumaticos tanto para o casal
quanto para os filhos gerados a partir destes relacionamentos, levando em
consideraçãota que na grande maioria destes relacionamneto, tem sempre uma
criança envolvida, diante dessa problematica e mister buscar indentimento de quais
sao as penalidades previstas para inibir tais condutas e como as mesmas sao
aplicadas ao alienador. Os jornais e as redes sociais dia a dia, apresenta uma
quantidade crescenten de casais que se separam, e que, gerando consequencias
imensuraveis em toda a família, principalmente nas crianças (filhos) frutos dos
mesmos. Dinate disso se faz necessario entender o que de fato influencia esse
fenômeno nos ambientes familiares, considerando que é de muita importancia este
entendimento, haja vista a complexidade do tema. Cabe ressaltar que, diante da
ceriedade do assunto houve a necessidade de criação de uma lei especifica para
estes casos, e foi o aumento de casos de alienaçao parental nos ultimos tempos,
que foi fundamental para limitar o alienador, Lei 12.318/2010, a referida lei vem
estabelecer punições para esta espécie de agressores, e por fim inibir tal conduta,
deixando claro a intolerância não apenas por parte do legislador , mas sim de toda
sociedade brasileira, que repudia este tipo de ato covarde, que tem ocorrido em
maior volume nos ultimos tempos. É a partir desta temática, que será exposto neste
trabalho, de como a legislação aplica suas leis nestes casos, e qual a evolução
referente ao assunto abordado no decorrer dos anos, referente a prática da
alienação parental no seio familiar.
RESUME
The purpose of this work is to obtain an analysis of a problem that has been recurring
within the family regarding parental alienation, presenting the large amount of
unresolved and traumatic relationships for both the couple and the children
generated from these relationships, taking into account consideration that in the vast
majority of these relationships, there is always a child involved, in the face of this
problem it is necessary to seek indentation of what are the penalties provided to
inhibit such conduct and how they are applied to the alienating person. Daily
newspapers and social networks present an increasing number of couples who
separate, and that, generating immeasurable consequences for the whole family,
especially the children (children) resulting from them. Therefore, it is necessary to
understand what actually influences this phenomenon in family environments,
considering that this understanding is very important, given the complexity of the
topic. It should be noted that, given the seriousness of the matter, there was a need
to create a specific law for these cases, and it was the increase in cases of parental
alienation in recent times, which was fundamental to limit the alienator, Law
12.318/2010, the aforementioned The law establishes punishments for this kind of
aggressors, and finally inhibits such conduct, making clear the intolerance not only on
the part of the legislator, but on the whole Brazilian society, which repudiates this
type of cowardly act, which has occurred in greater volume in the Last times. It is
from this theme, which will be exposed in this work, how the legislation applies its
laws in these cases, and what the evolution regarding the subject addressed over the
years, referring to the practice of parental alienation within the family.
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7
2. ALIENAÇÃO PARENTAL.......................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Vale lembrar que ante a síndrome ser de difícil aferição, deve o magistrado
agir com cautela. A punição pode se iniciar com uma simples advertência e se acaso
não se resolver ele pode tomar as demais medidas cabíveis.
A partir desta problemática, que será exposto neste projeto, de como a
legislação aplicava suas leis nestes casos sobre à luz da Lei 12.318/2010, quais as
formas de punição à pessoa que praticava a alienação parental. Mais
especificamente, buscar-se-á verificar as principais penalidades aplicadas em
determinados casos para quem pratica a utilização da alienação parental,
abusivamente em desfavor de menores e adolescentes, e de como pode ser
realizada uma intervenção em que o conteúdo intercala sobre uma avaliação em
cenário institucional.
Este trabalho terá como objetivo buscar quais são as conseqüências e
punições ao alienador dentro das relações familiares de acordo com a lei
12.318/2010, buscando uma forma de como podemos identificar a alienação
parental, as conseqüências que decorre da referida prática, as punições cabíveis
para quem comete a alienação tal delito, e por fim, esclarecer e expor as
divergências doutrinárias acerca da lei vigente e as conseqüências que elas causam
no alienado.
Para tal estudo será utilizado métodos de pesquisa dedutiva, onde o mesmo
analisa e estuda achados gerais, trazendo problema para o que está sendo
estudado, ou seja, do todo para a parte. A bibliografia servirá como técnica de coleta
que é responsável por sustentar fatos, ou seja, fornecer veracidade e raciocínio para
a pesquisa, pois as mais diversas obras são destinadas a apelar, sejam livros,
artigos, monografias e a própria lei. Por fim, a análise dos dados será comparativa,
procurando evidenciar as formas e punições da alienação parental.
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2. ALIENAÇÃO PARENTAL
instituto da guarda como o poder familiar não foram definidos pela legislação em
vigor. Mas, no art. 33 do ECA dispõe que a guarda “obriga à prestação de
assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo
ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais” (BRASIL,
1990).
Ainda que o poder da família não se desfaça junto com a união conjugal,
“a espécie de guarda a ser implantada pode distanciar e/ou dificultar o convívio
dos menores com um dos pais, privando assim o direito de convivência com eles,
de forma proporcional e igualitária. (DIAS, 2015, p. 1125)
Diante disso é que a lei que introduziu a guarda compartilhada não
determina que as decisões sobre a vida do menor devem ser adotadas em
conjunto ou de forma consensual, ela “apenas disciplinou que o tempo de
convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada entre os pais,
quando a guarda compartilhada for adotada” (SIEGEL; NETO; SOARES, 2016,
p. 1360). É previsvel que, com a grande quantidade de relacionamentos mal
resolvidos e traumaticos, viesse ocasionar alienaçao parental, haja vista que na
grande maioria destes relacionamneto, tem sempre uma criança envolvida. Na
década de 1980, então, o psiquiatra Richard Gardner definiu pela primeira vez
nos Estados Unidos e depois se difundiu na Europa, o termo “Síndrome da
Alienação Parental”, um distúrbio no qual a criança despreza e insulta um de
seus genitores. (Calçada, 2015, p. 68). Um distúrbio da infância que aparece
quase exclusivamente no contexto de disputa de custódias de crianças. Sua
manifestação preliminar é a campanha denegatória contra um dos genitores,
uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação.
Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a lavagem
cerebral, programação, doutrinação) e contribuições da própria criança para
caluniar o genitor alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros
estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a
explicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não
é explicável”. (GARDNER, 2002)
Segundo Maria Berenice Dias (2010, p.22-23):
De acordo com Sandri (2013, p. 102), tal prática é mais comum diante das
relações de cônjuges e parentes próximos, ruptura da relação dos pais e na guarda
unilateral. “No que tange à conjugalidade, esta decorre do vínculo conjugal, ou seja,
do casamento entre duas pessoas, e é uma facilitadora da prática de alienação
parental”, pois com o rompimento do relacionamento conjugal e do vínculo, os filhos
gerados pelo casal, são disputados e todos os conflitos causados por esta disputa
geram grandes transtornos aos filhos.
A guarda unilateral pode fomentar os sentimentos possessivos do genitor
guardião em relação aos filhos, possibilitando a ocorrência da alienação parental.
Diante disto, a decisão judicial que atribui a guarda do filho a um ou a outro genitor,
deve estar calcada no princípio constitucional do melhor interesse da criança,
quando não for possível a guarda compartilhada. (SANDRI, 2013, p. 153)
Conforme a Lei 12.318/2010, alienação parental é
Art. 2º omissis
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além
dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados
diretamente ou com auxílio de terceiros:
- Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício
da paternidade ou maternidade;
- Dificultar o exercício da autoridade parental;
- Dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
- Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
- Omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a
criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de
endereço;
- Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra
avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou
adolescente;
- Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar
a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares
deste ou com avós. (BRASIL, 2010)
É notorio esse fenômeno nos ambientes familiares nos ultimos tempos, pois
e crescente o numero de casamentos e ao mesmo tempo tambem é crescente o
numero de separaçoes, onde muitas delas são traumaticas para todos os
envolvidos, principalmente para as crianças, é de muita importancia que tenhamos
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Isso e muito grave, pois o término de um relacionamento não pode ser e nem
deve causar conflitos onde a maior vitima é os filhos gerados deste relacionamento
mal resolvido por parte dos adultos, quem não tem maturidade para administrar e
aceitar o termino do mesmo, e é devido a estas situações mal resolvidas, que
obrigou o estado a tomar providencias com punições ao alienador para resguardar o
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direito dos adolescentes e crianças, e varia são as razoes que os mesmo usam para
justificar tais conflitos, ex: discussão de guarda, pensão, etc., onde um dos
genitores comete o grave erro de prejudicar o ex-parceiro colocando os filhos contra
o mesmo, onde cria uma do mesmo para criar um distanciamento dos mesmos,
como já fora dito anteriormente , desencadeando assim, o ato da Alienação
Parental, ou seja, o cônjuge que não aceita o fim do relacionamento usa a criança
ou o adolescente como armas para punição pelo ato de divorciar-se, conforme
exemplos descritos abaixo:
Fica claro que o menor não pode sofrer as conseqüências de atos causados
por seus genitores e seus familiares, haja vista que eles deveriam garantir a eles um
círculo familiar de valorização e cuidados para com seu desenvolvimento
psicossocial, muito menos as situações que impeçam seu integral acesso a vida
educacional e a integração social, o que lhes é por direito devidamente garantido.
Para Sérgio Cavalieri Filho:
Delben et al, s.d. citando Denise Maria Perissini da Silva, s.d. menciona:
Alguns cuidados devem ser tomados por parte do juiz para determinar o
afastamento de um dos genitores, pois as atitudes por parte do genitor
podem ser decorrentes de uma busca pelo afastamento do outro genitor do
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convívio do menor, sem motivo justificador, pode ser pela legítima proteção
com relação ao filho.
Todavia a forma da lei em sua suma clareza traz em seu bojo a aplicação de
medidas provisórias que possibilitam medidas de proteção que podem ser aplicadas
no em casos concretos e encontram respaldo em outros intuitos ou normas jurídicas.
Em remate a lei 12.318/10 em seu respectivo artigo 6°a lei declara que a
ocorrência da alienação parental deve ser advertida ante o alienador, em realidade
uma tentativa mais branda pode ser o suficiente para que haja o estabelecimento da
normalidade ou fazendo de modo que o alienador desista de praticar o ato de alienar
a vítima.
Em suma pode-se concluir que nessa fase o juiz conscientizará o alienador,
passará a demonstrar suas atividades e as conseqüências geradas para o
menor.Um rol exemplificativo as medidas de proteção direta a serem adotadas para
aplicação no caso concreto, senão vejamos:
Deve-se ressaltar que a aplicação das sanções não seguirá uma seqüência
determinável, diante das situações como já exposto o juiz sendo o responsável por
executar essas medidas a ele caberá uma imposição seja uma medida severa aos
extremos ou uma medida menos severa, é evidente que advertir, penalizar ou aplicar
medidas de contenção ao ato de alienar á certo modo tem a finalidade sim de punir,
porém seu foco é evitar que chegue a ocorrer. É preciso lembrar que essas medidas
dependeram da gravidade de cada situação da alienação exercida contra o menor.
Uma das seguintes medidas é ampliar o convívio da criança do adolescente
com os demais familiares e com o genitor/parente alienado, dessa forma
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restaurando o vínculo dos laços familiares, e excluindo uma possível brecha para a
alienação, assim diminuindo a possibilidade de futuras agressões psicológicas no
menor. (ROCHA,2012)
Art. 2º omissis
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além
dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados
diretamente ou com auxílio de terceiros:
- Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício
da paternidade ou maternidade;
- Dificultar o exercício da autoridade parental;
- Dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
- Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
- Omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a
criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de
endereço;
- Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra
avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou
adolescente;
- Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar
a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares
deste ou com avós. (BRASIL, 2010)
Ainda, de acordo com a Lei 12.318/2010,
Art. 3o A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da
criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a
realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar,
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É notorio esse fenômeno nos ambientes familiares nos ultimos tempos, pois
e crescente o numero de casamentos e ao mesmo tempo tambem é crescente o
numero de separaçoes, onde muitas delas são traumaticas para todos os
envolvidos, principalmente para as crianças, é de muita importancia que tenhamos
este entendimento, considerando a complexidade do tema. Cabe ressaltar que,
diante da seriedade do assunto houve a necessidade de criação de uma lei
especifica para estes casos, e foi o aumento de casos de alienaçao parental nos
ultimos tempos, que foi fundamental para limitar o alienador, Lei 12.318/2010, a
referida lei vem estabelecer punições para esta espécie de agressores, e por fim
inibir tal conduta, deixando claro a intolerância não apenas por parte do legislador ,
mas sim de toda sociedade brasileira, que repudia este tipo de ato covarde, que
tem ocorrido em maior volume nos ultimos tempos.
punir, pois pela possibilidade de gerar ainda mais conflito entre os genitores e
demais envolvido, é preciso destacar que onde já existe uma resistência por parte do
alienador em relação ao outro genitor será um campo ainda mais vasto de oportunos
conflitos entres os mesmo, pois já é dito que as crianças gostam de certo modo
expressar e demonstrar todo o meio de agrado que lhe é oferecido por ambos,
nesse meio se desencadeará assuntos que acabem a uma desenfreada disputa por
quem e para quem faz o melhor para o menor.
Essa forma de punir pode servir como uma arma, pois a criança ou
adolescente pode entender que o alienado quer realmente ocupar todo o espaço do
alienador. (ROCHA, 2012)
Dessa forma, é possível entender que é contrário à lei aqueles que têm em
mente que ela acaba beneficiando os abusadores, quando ele faz em sua defesa a
denúncia de alienação parental (NUZZO, 2018 apud LEMOS, 2019).
Desta feita, observa-se que existem pontos na legislação sobre o assunto que
é bem-intencionado, porém não tão eficaz quanto se objetivava e em razão disso,
nem sempre é a melhor para assegurar o interesse do menor
Existe um projeto de Lei (nº 1071/2018) tramitando na Câmara dos
Deputados, que prevê alterações na lei existente, como a realização de perícia para
apurar abuso sexual, bem como o acompanhamento psicológico envolvidos na
alienação. (LEMOS, 2019)
Em meio a tudo isso, ainda há a dificuldade em se verificar se os genitores
estão falando a verdade ou se de fato estão manipulando o Poder Judiciário com
ações ligadas à Lei. Porém, esse tipo de situação está fazendo com que, cada vez,
mais os agressores sejam favorecidos em disputas familiares que envolvem a
guarda do menor, visto que se acontece algum tipo de denúncia referente a esse
fato, a parte denunciada já é intitulada como alienante, quando muitas vezes não
acontece a devida averiguação do caso, e casos reais de abuso passam a ser
entendidos como falsas memórias criadas pelos genitores que detém a guarda da
criança. (LEMOS, 2019)
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Foi com base nesse conceito, e que se entende que os pais devem decidir
em comum acordo todas as questões que diz respeito ao desenvolvimento
psicossocial dos filhos e de seus bens garantindo a eles estabilidade emocional e
financeira, ate que ele alcance maioridade civil para decidir seu próprio destino, caso
isso não aconteça, qualquer um deles recorrer ao juiz para buscar uma solução que
atenda tais necessidades.
Diante disso de acordo com o Estatuto da Criança do Adolescente (1990,
p.31), em seu art.21/90:
Com a EC. N.66, de 2010, que deu nova redação ao § 6ª do art. 226 da Constituição,
a separação judicial desapareceu, inclusive na modalidade de requisito voluntário
para conversão ao divórcio; desapareceu igualmente o requisito temporal para o
divórcio, que passou a ser exclusivamente direto, tanto por mútuo consentimento dos
cônjuges (judicial ou extrajudicial) quanto litigioso. (Lôbo, 2017, p. 140).
Porem se isso não acontecer de forma legítima, por razões adversas, e seus
responsáveis não cumprir com suas obrigações para com o menos, o Estado devera
garantir que o mesmo, não sofra também abandono social, financeiros, educacionais
e até mesmo afetivos que possam vir a sofrer. Insta salientar que o Estado é quem
fiscaliza essa situação, onde tem o direito de suspender o poder familiar.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 5. ed. rev., atual. e ampl.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Direito de Família. Vol. 5.
22. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
LÔBO, Paulo. Direito Civil Família, vol. 5. São Paulo: Ed. Saraiva, 2018.pp 16, 18,
26.
RODRIGUES, Silvio. Direito civil família, São Paulo: Ed. Saraiva, 2004. p 365.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: direito de família. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2008.