Você está na página 1de 28

Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  21 

Capítulo 3.& 
Introdução às  Demonstrações 
Financeiras Básicas 
3.3-DFC­ Demonstração dos Fluxos de Caixa [22] 
3.4-DVA­ Demonstração do valor Adicionado[22] 
3.5-Escrituração[22] 
3.6-Balanço patrimonial[23] 
3.7-Tipos societários [25] 
3.8-Aplicações por tipo societário[26] 
3.9-Exercícios propostos [26] 
¥ Exercício proposto 3.1 [26] 
¥ Exercício Exemplo 3.1 [32] 
¥ Exercício exemplo 3.2 (Carga de Arquivo) [35] 
¥ Exercício proposto 3.2 [41] 
¥ Exercício Modelo 3.3[43] 

3.1-Objetivos 

Neste  capítulo  é  feita  uma  introdução  às  Demonstrações  Financeiras  Básicas.  Tais 
demonstrações financeiras são compostas por:
· Balanço Patrimonial
· Demonstração do Resultado
· Demonstração do Fluxo De Caixa DFC
· Demonstração do Valor Adicionado – DVA
· Notas Explicativas
· Parecer dos Auditores Independentes 
Observar que tais demonstrações foram modificadas pela  “nova”  lei  das sociedades 
anônimas, lei ordinária  11.638/2007 
Após  7 anos de tramitação no congresso nacional foi aprovada em 28.12.2007 a lei 
11.638  que  introduziu  importantes  modificações  na  lei  6.404/76  (lei  das  sociedades 
anônimas). As repercussões contábeis e societárias ocorrem: 
Na escrituração contábil (lançamentos no livro Diário); 
Na elaboração das demonstrações financeiras; e 
Na publicação das demonstrações financeiras. 

3.2-I mpacto da Lei 11.638/ 2007 


Tânha Maria Lauermann Schneider, Conselheira CRC/RS, ao comentar a nova Lei das 
Sociedades  Anônimas,  aplicável  a  todas  as  empresas,  afirma  que  uma  nova  contabilidade 
emerge do novo contexto  de encontro às normas internacionais: 
ACABARAM AS REGRAS: APENAS OS PRINCÍPIOS IMPORTAM 
Na definição dos procedimentos e critérios de contabilização, somente os princípios, 
ajustados aos padrões (práticas), devem ser considerados. 
Princípio é causa da qual algo procede; é o Princípio é a ORÍGEM. 
Os Princípios estão na origem de Preceitos Básicos e Fundamentais de uma Doutrina, 
e SÃO IMUTÁVEIS. 

A nova Lei das SA (Lei 11.638/2007) trouxe grandes modificações: 
Na escrituração contábil (lançamentos no livro Diário); 
Na elaboração das demonstrações financeiras; e 
Na publicação das demonstrações financeiras.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  22 
O  Art.  176  (Demonstrações  Contábeis)  nos  incisos  IV  e  V  exige  que  as 
demonstrações financeiras apresentem: 
IV ­ demonstração dos fluxos de caixa; e 
V ­ se companhia aberta, demonstração do valor adicionado 
DFC­  Demonstrações  do  Fluxo  de  Caixa  e  DVA­  Demonstração  do  Valor  Adicionado 
são novas exigências 1 . 

3.3-DFC­ Demonstração dos Fluxos de Caixa 

O relatório DFC ­ indicará no mínimo: 
As  alterações  ocorridas,  durante  o  exercício,  no  saldo  de  caixa  e  equivalentes  de 
caixa, segregadas (separadas) no mínimo em três fluxos: 
­ das operações 
­ dos financiamentos 
­ dos investimentos. 
O Art.176 ­ dispensa de elaboração do Fluxo de Caixa: 
§  6º A  companhia  fechada  com  PL,  na  data  do  balanço,  inferior  a  R$  2  milhões  não  será 
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. 
Quer isto dizer que empresas com patrimônio líquido inferior a R$2 milhões não precisarão de 
elaborar o relatório DFC. 

3.4-DVA­ Demonstração do valor Adicionado 

O relatório DVA expõe a riqueza gerada pela empresa: 
Expõe sua distribuição para empregados, governo, acionistas, financiadores, etc; 
Expõe a parcela de riqueza não distribuída. 
É demonstração financeira recomendada pela Organização das Nações Unidas –ONU. 

3.5-Escrituração 

O Art. 177  que aborda a escrituração diz: 
§  2º As  disposições  da  lei  tributária  ou  de  legislação  especial  sobre  atividade  que 
constitui  o  objeto  da  companhia  que  conduzam  à  utilização  de  métodos  ou  critérios 
contábeis  diferentes  ou  à  elaboração  de  outras  demonstrações  não  elidem  a  obrigação  de 
elaborar,  para  todos  os  fins  desta  Lei,  demonstrações  financeiras  em  consonância  com  o 
disposto  no  caput  deste  artigo  e  deverão  ser  alternativamente  observadas  mediante 
registro: 

I ­ em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ou 

II  ­ no  caso  da  elaboração  das  demonstrações para fins tributários, na escrituração 


mercantil,  desde  que  sejam  efetuados  em  seguida  lançamentos  contábeis  adicionais  que 
assegurem  a preparação  e  a divulgação de demonstrações  financeiras  com  observância do 
disposto  no  caput  deste  artigo,  devendo  ser  essas  demonstrações  auditadas  por  auditor 
independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários. 
...
§  6º As  companhias  fechadas  poderão  optar  por  observar  as  normas  sobre 
demonstrações  financeiras  expedidas  pela  Comissão  de  Valores  Mobiliários  para  as 
companhias abertas. 


A antiga lei das SA  exigia a DOAR­demonstração das origens e aplicações de recursos
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  23 

3.6-Balanço patrimonial 
Balanço Patrimonial ­ (nova composição do ativo) LEI 11.638 /07 – ART.1º 
A TI VO 
CIRCULANTE 
DISPONIBILIDADES 
DIREITOS REALIZÁVEIS ATÉ OEXERCÍCIO SEGUINTE 
DESPESAS EXERCÍCIO SEGUINTE 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
DIREITOS REALIZÁVEIS APÓS O EXERCÍCIO SEGUINTE 
CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS 
PERMANENTE 
INVESTIMENTOS 
(­)PROVISÃO PARA PERDAS PROVÁVEIS DE REALIZAÇÃO 
IMOBILIZADO 
(­) DEPRECIAÇÃO,AMORTIZÁCÃO OU EXAUSTÃO ACUMULADA 
INTANGÍVEL 
(­) AMORTIZAÇÃO ACUMULADA 
DIFERIDO 
(­) AMORTIZAÇÃO ACUMULADA 

Balanço Patrimonial (nova composição do Passivo) LEI 11.638 /07 – ART.1º 
P ASSI VO 
CIRCULANTE 
EXIGIBILIDADES (OBRIGAÇÕES VENCÍVEIS NO EXERCÍCIO SEGUINTE) 
EXIGIVEL A LONGO PRAZO 
EXIGIBILIDADES (OBRIGAÇÕES VENCÍVEIS EM PRAZO MAIOR) 
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
(­) CUSTOS E DESPESAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
P ATRI M ONI O LÍ QUI DO 
CAPITAL SOCIAL 
RESERVAS DE CAPITAL 
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 
RESERVAS DE LUCROS 
AÇÕES/QUOTAS EM TESOURARIA 
PREJUIZOS ACUMULADOS 

No  ATIVO  o  ATIVO  PERMANENTE  deve  estar  representado  pelas  seguintes  grandes 
contas: 
investimentos, 
imobilizado, 
intangível e 
diferido. 

Há, portanto a separação dos Ativos Corpóreos dos Incorpóreos: 
IMOBILIZADO ­ Corpóreos = 
Máquinas, 
móveis e utensílios, 
veículos... 
INTANGÍVEL­Incorpóreos = 
Marcas, 
Patentes, 
Direitos Autorais, 
Fundo de Comércio...
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  24 

Art. 178 
... 
VI  ­  no  intangível:  os  direitos  que  tenham  por  objeto  bens  incorpóreos  destinados  à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 

Art. 179 
... 
IV  ­  no  ativo  imobilizado:  os  direitos  que  tenham  por  objeto  bens  corpóreos  destinados  à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive 
os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 

A  nova  Lei  exige que  as  empresas  registrem em  seu  balanço bens  de  terceiros  que  possam 
lhes trazer riscos ou benefícios (essência sobre a forma). 
Art.179 
... 
IV­  “devem  ser  contabilizados  na  conta  do  ativo  imobilizado  os  direitos  que  tenham  por 
objeto bens corpóreos destinados á manutenção das atividades da companhia ou exercidos com esta 
finalidade, inclusive os decorrentes de  operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e 
controle destes bens” 
BENS ADQUIRIDOS POR ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO 
Estarão na condição de bens de terceiros; 
Contabilizados  como operações de compra pela arrendatária, com registro, no ativo do valor 
original da transação, a ser depreciado pela vida útil econômica do bem; 
Provavelmente  a aplicação desta regra se dará retrospectivamente, independente o contrato 
haver sido efetuado antes da vigência da nova Lei. 

Leasing Operacional: 
­ Banco disponibiliza o bem e assume o custo de manutenção e os riscos sobre o bem locado 
­ Tratamento contábil = Despesa aluguel 
Leasing Financeiro: 
­ Benefícios e riscos são do adquirente 
­ Posse do cliente e propriedade do Banco 
­ Tratamento contábil = Ativo imobilizado financiado, depreciação a partir do uso. 

Art. 179 ­ ATIVO DIFERIDO 
V – no diferido: as despesas pré­operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, 
efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão­ 
somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional 

Art. 178­ PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
O patrimônio líquido é dividido em: 
capital social, 
reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, 
reservas de lucros, 
ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados 

Desaparecem (congelam)  as contas de : 
­  Reservas de Reavaliação 
­  Reservas de Prêmios por emissão de debêntures; 
­ Reservas de Doações e Subvenções 
­ Lucros Acumulados 

Criação de Novas Contas no Patrimônio Líquido 
­ Ajustes de Avaliação Patrimonial 
­ Reserva de Incentivos Fiscais 

Art. 182 (Patrimônio Líquido) 
Ajustes de avaliação patrimonial  x Reserva de Reavaliação 
§ 3º  Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no 
resultado  do exercício  em  obediência  ao  regime  de competência,  as contrapartidas de aumentos  ou 
diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a 
preço de mercado.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  25 

Art. 183­ (Critérios de avaliação do ativo) 
Aplicações em Instrumentos Financeiros, (Inclusive Derivativos – AC e ARLP) 
As  destinadas  à  negociação  ou  disponíveis  para  venda  pelo  valor  de  mercado  ou  valor 
equivalente; 
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito pelo valor de custo de aquisição ou valor de 
emissão,  atualizado  conforme  disposições  legais  ou  contratuais,  ajustado  ao  valor  provável  de 
realização, quando este for inferior. 
instrumentos financeiros, pelo valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de 
transação não compulsória realizada entre partes independentes; 
na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: 
1)  o  valor  que  se  pode  obter  em  um  mercado  ativo  com  a  negociação  de  outro 
instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; 
2)  valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de 
natureza, prazo e risco similares; ou 
3)  o  valor  obtido  por  meio  de  modelos  matemático­estatísticos  de  precificação  de 
instrumentos financeiros 
Ativos de longo prazo ajustados  a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante 
INTANGÍVEL­  pelo  custo  incorrido  na  aquisição  deduzido  do  saldo  da  respectiva  conta  de 
amortização 
§  3º A  companhia  deverá  efetuar,  periodicamente,  análise  sobre  a  recuperação  dos  valores 
registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: 
I ­ registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os 
empreendimentos  ou  atividades  a  que  se  destinavam  ou  quando  comprovado  que  não  poderão 
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou 
II  ­  revisados  e  ajustados  os  critérios  utilizados  para  determinação  da  vida  útil  econômica 
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 

Art. 184 ­ Critérios de avaliação do Passivo 
As  obrigações,  encargos  e  riscos  classificados  no  passivo  exigível  a  longo  prazo  serão 
ajustados  ao  seu  valor  presente,  sendo  os  demais  ajustados  quando  houver  efeito  relevante. 

3.7-Tipos societários 

Para  correta  interpretação  e  aplicação  das  novas  disposições  é  fundamental 


identificar o tipo societário da empresa: 

1)S/ A s de capital aberto 
É    sociedade  anônima  de  capital  aberto  aquela  cujos  ações  são  negociadas  no 
mercado com registro prévio na CVM. Estas sociedades devem observar em pleno todas as 
novas  exigências  de  escrituração  contábil,  elaboração  de  demonstrações  financeiras  e  a 
correspondente publicação. 

2)S/ A s de capital fechado­Grande porte 
As sociedades estão sujeitas as atuais e futuras normatizações da CVM de natureza 
estritamente contábil  (e não fiscalizatória) e suas demonstrações financeiras se sujeitarão a 
auditoria independente. 
Estas  sociedades  devem  observar  em  pleno  todas  as  novas  exigências  de 
escrituração  contábil,  elaboração  de  demonstrações  financeiras  no  novo  perfil,  ficando 
dispensadas apenas da Demonstração do Valor Adicionado. Obrigadas à publicação DF. 

3) S/ A s de capital fechado – P L elevado 


A sociedade com PL superior a R$  2.000.000,00; 
As sociedades estão sujeitas as atuais e futuras normatizações do CFC, de natureza 
estritamente contábil, ficando dispensadas do DVA e da auditoria. 

4)S/ A s de capital fechado – P L reduzido 


PL inferior a R$  1.000.000,00­apresentando em seu quadro menos de 20 acionistas, 
dispensada  de  publicação  ,  de  auditoria,  do  DVA  e  do  DFC;PL  inferior  a  R$    2.000.000,00 
dispensada de auditoria e dispensada do DVA e do DFC.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  26 
5) Sociedades LTDA  – Grande porte 
Sociedade  cujas  quotas  não  são  negociadas  no  mercado  e  seus  sócios  respondem 
solidariamente pela integralização do valor total do capital social; 
Estas  sociedades  devem  observar  em  pleno  as  novas  exigências  de  escrituração 
contábil,elaborar  as  demonstrações  no  novo  perfil,  ficando  dispensadas    da  DVA; 
Sociedades  obrigadas  a  manter  auditoria;  Não  obrigadas  a  publicação  das  Demonstrações 
Financeiras. 
Sociedade  de  grande  porte  (inclui­se  aqui  as  companhias  fechadas  e  sociedades 
limitadas) para fins  estritamente societários, a sociedade ou  o  conjunto  de sociedades sob 
controle comum que tiver no exercício social anterior:­ 
ativo total superior R$  240.000.000,00 ou­ 
receita bruta superior  R$  300.000.000,00 

6) Sociedades LTDA  – P equeno e médio portes 


As  sociedades  limitadas  de  pequeno  e  médio  portes  recomenda­se  observar  em 
pleno todas as novas exigências da escrituração contábil. 
Ficam  dispensadas  de  elaborar  a  DFC  e  a  DVA;Não  necessitam  de  auditoria  e 
também não publicarão suas demonstrações financeiras. 

3.8-Aplicações por tipo societário 

O QUADRO SINÓTICO DE APLICAÇÕES POR TIPO SOCIETÁRIO 
A P LI CA ÇÕES  SA   ­  SA  ­CF  SA ­Cap.F  SA ­Cap.F  LTDA   LTDA  
C.A berto  (GP )  (P LR)  (P LE)  (GP )  (P M P ) 

Escrituração (11.638)  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim 

Balanço Patrim.  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim 

Dem.Resultados  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim 

Dem.Mutações do PL  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim 

Dem.Fluxo Caixa  Sim  Sim  Não  Sim  Sim  Não 

Dem.Vlr. Adicionado  Sim  Não  Não  Não  Não  Não 

Auditoria  Sim  Sim  Não  Não  Sim  Não 

Publicação  Sim  Sim  Não  Sim  Não  Não 

Sujeita normas CVM  Sim  Sim  Não  Não  Sim  Não 

Sujeita normas CFC  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim  Sim 

Sujeita fiscaliz.CVM  Sim  Não  Não  Não  Não  Não 

Legenda: SA=Sociedade Anônima; C=Capital ; CF=Capital fechado; GP=Grande Porte 
PMP­Pequeno  e  médio  Portes;  PL=Patrimônio  líquido;  PLR­Patrimônio  Líquido  reduzido; 
PLE=Patrimônio Líquido elevado 

3.9-Exercícios propostos 

O objetivo dos exercícios e fazer com que aprenda a obter balanços via Internet. 

¥ Exercício proposto 3.1 
A cesse  a  página  w w w .bovespa.com.br  e  instale  no  seu  computador  o 
DI VEXT  9.0.  Este  exercício  refere­se  à  implantação  do  sistema  usado  pela  Bovespa  para 
leitura  das  Demonstrações  Contábeis  das  empresas.  Crie  um  diretório  (por  exemplo, 
C:\ DI VEXT), para o qual será direcionado os  arquivos provenientes do download que fará 
a seguir e os arquivos provenientes da descompactação. Proceda assim: 
Acesse a página www.bovespa.com.br
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  27 

Abre­se  uma  página  como  mostrado  acima.  É  a  página  da  Bolsa  de  Mercadorias  e 
Futuro e da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). BM&FBOVESPA S.A. ­ Bolsa de 
Valores,  Mercadorias  e  Futuros  foi  criada  em  2008  com  a  integração  entre  Bolsa  de 
Mercadorias  &  Futuros  (BM&F)  e  Bolsa  de  Valores  de  São  Paulo  (BOVESPA).  Juntas,  as 
companhias formam a terceira maior bolsa. 

Clique, ao fundo, em EMPRESAS/EMISSORES 

Selecione Empresas>Para investidores
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  28 

Selecione Downloads > Sistema ITR/DFP/IAN 

Para Investidores ­ Downloads ­ Sistema ITR/DFP/IAN
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  29 
PROGRAMA DE CONSULTA DOS RELATÓRIOS DAS CIAS. ABERTAS ­ VERSÃO 9.0 

O Sistema de Divulgação Externa (DIVEXT) 9.0 é um programa especialmente desenvolvido para 
permitir a consulta das informações que as Companhias Abertas enviam à BOVESPA e à CVM ­ 
Comissão de Valores Mobiliários. 

Por meio desse sistema é possível consultar os demonstrativos financeiros das companhias listadas, 
obtidos através de download neste site. Este programa somente poderá ser utilizado para os arquivos 
gerados no formato Windows (WIN). Para acessar arquivos no formato DOS é necessário obter o 
respectivo programa, que está disponível no site da CVM 

PRÉ­REQUISITOS 
Este programa somente poderá ser instalado em computadores que sigam o padrão IBM (PC) e contem 
com o sistema operacional Windows 95 ou superior e com o editor de texto Microsoft Word (versão 6.0 
ou superior). 
TRANSFERÊNCIA (Download) E DESCOMPACTAÇÃO DOS ARQUIVOS
· Você já criou o diretório (C:\DIVEXT), para o qual será direcionado o arquivo proveniente do 
download e os arquivos provenientes da descompactação.

· UTILIZE a opção de fazer o download do arquivo abaixo, em um único: DivExt.zip (17.528 kb) – 
clique aqui. 
DESCOMPACTAÇÃO DOS ARQUIVOS
· Utilize o Winzip, ou programa similar, para fazer a descompactação de cada um dos arquivos 
transferidos. Execute cada um deles e direcione os arquivos provenientes da descompactação 
para o diretório que foi criado (C:\DIVEXT, no caso do exemplo) e para as pastas "Disk1" a 
"Disk13" que correspondem, respectivamente, a cada um dos nove arquivos. 

OBS: Para os usuários que realizaram o download do arquivo único (DIVEXT.zip), basta 
executá­lo e direcionar os arquivos provenientes da descompactação para o diretório que foi 
criado (C:\DIVEXT, no caso do exemplo) e para a pasta "Disk1". 
INSTALAÇÃO
· Para instalar o programa, basta dar um clique duplo no arquivo SETUP.EXE localizado no 
diretório "Disk1" onde os arquivos foram descompactados (C:\DIVEXT, no caso do exemplo) ou 
usar o INICIAR, EXECUTAR e digitar: C:\DIVEXT90\DISK1\SETUP.EXE e OK (ou ENTER). 

OBS¹: A indicação do diretório C:\DIVEXT90 é uma sugestão visando uma padronização. Nada 
impede que os arquivos provenientes da descompactação sejam colocados dentro de um outro 
diretório qualquer. 
o  A instalação do programa será iniciada, sendo que na primeira tela serão apresentadas 
instruções gerais, incluindo recomendações para a instalação em rede. 
o  Durante o processo de instalação, será sugerido o diretório DIVEXT para armazenar o 
programa e os respectivos arquivos. Embora esse diretório possa ser alterado, 
recomendamos a sua manutenção, já que em todos os futuros upgrades desse 
programa será indicado este caminho. 
o  Para certificar­se de que a instalação teve êxito, basta entrar na aplicação (Iniciar, 
Programas, Divulgação Externa), acionar a opção Help, da barra de menu, e selecionar 
a opção About. Se nessa janela estiver indicando "Versão 9.0 ­ Dezembro / 2008", o 
processo foi bem sucedido. 

OBS: Terminado o processo de instalação, recomendamos que os arquivos obtidos por 
download, na sua forma compactada ou descompactada, sejam guardados em diretório 
específico ou em disquete, para facilitar a eventual reinstalação do programa.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  30 

Observe que foi criado dentro do diretório DIVEXT o sub­diretório DivExt 

Clique duas vezes sobre o aplicativo DIVEXT e siga as instruções da instalação do software.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  31
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  32 
Verifique  que  em  Iniciar>Programas  foi  adicionada  uma  linha  com  o  nome 
Divulgação. 

¥ Exercício Exemplo 3.1 
Este exercício não  é um  exercício proposto. É apenas  um  exemplo. É  recomendável 
que o faça com vistas a entender um pouco mais as características do DIVEXT 9.0. 
Abra o software DIVEXT e clique em Help>Conteúdo 

Surgem  informações  sobre  a  utilização  deste  software.  Destacamos  algumas 


informações relevantes: 

I ntrodução 
O  sistema  Divulgação  Externa  ­  ITR/DFP/IAN  foi  desenvolvido  pela  BM&F  BOVESPA  S.A.  ­ 
Bolsa  de  Valores,  Mercadorias    e  Futuros  (BM&F  BOVESPA),  em  apoio  à  Comissão  de  Valores 
Mobiliários  ­ CVM,  para permitir  a  consulta e  divulgação  das  informações  periódicas  prestadas  pelas 
empresas a diversos interessados, além da CVM e Bolsas de Valores. 

P rincipais Características do Sistema 
O  sistema  admite  a  carga  e  manutenção  de  vários  documentos,  inclusive  de  diferentes 
companhias, permitindo um adequado gerenciamento das informações; 
Interface com o Microsoft Word para viabilizar a consulta a quadros de texto livre. 

Esta  nova  versão  permite  que  sejam  gerados  arquivos  texto  ou  XM L  com  os  dados 
constantes  dos  quadros  referentes  às  demonstrações  financeiras  e  de  outros  quadros  estruturados, 
possibilitando  o  aproveitamento  desses  dados  para  outras  finalidades  (por  meio  da  função  "Gerar 
Arquivo" constante no menu do sistema). 

P rocedimentos para a Utilização do Sistema 
Para  acessar  os  dados  dos  documentos  apresentados  pelas  empresas,  inicialmente  deve­se 
efetuar a carga do arquivo. 

A  seguir,  executar  a  função  A brir  Documento.  Para  consultar  os  quadros,  clicar  sobre  os 
ícones correspondentes ou selecioná­los pelo item da barra de menu do sistema que identifica o tipo 
do documento que está aberto (DFP, IAN ou ITR).
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  33 
O  sistema  possibilita  a  impressão  da  íntegra  do  documento  ou  de  quadros  específicos, 
isoladamente. 

Para  um  melhor  gerenciamento  do  banco  de  dados,  o  sistema  permite  a  exclusão  de 
documentos. 

M ódulos 
O sistema apresenta 3 módulos, sendo que nos interessa especialmente o módulo DFP. 

M ódulo I TR 
As  Informações  Trimestrais  ­  ITR  visam  a  apresentação  dos  dados  dos  trimestres 
compreendidos nos exercícios sociais da companhia. 

M ódulo DFP  
As Demonstrações Financeiras Padronizadas ­ DFP visam à apresentação dos dados referentes 
a um determinado exercício social, comparados aos dos dois exercícios anteriores. 
Nas Demonstrações Financeiras Padronizadas ­ DFP estão previstos os seguintes quadros,  que 
são  habilitados  segundo  as  características  da  empresa,  o  critério  de  elaboração  e  a  data  de 
encerramento do documento 
Para acessar os quadros, depois de executar Abrir Documento, selecionar o quadro desejado 
através do item DFP na barra de menu do sistema, ou clicar sobre o ícone correspondente na barra de 
quadros. 
Nota:  No  caso  de  reapresentação  de  documentos,  o  quadro  Descrição  das  Informações 
Alteradas  também  estará  preenchido.  O  acesso  a  esse  quadro  é  viabilizado  através  de  ícone 
correspondente localizado no quadro Dados de Controle. 
É de inteira responsabilidade da empresa a autenticidade dos dados apresentados. 
P rincipais caratcerísticas das telas 
Todas  as  telas  e  relatórios  do  sistema  identificam  a  companhia,  através  do  seu  código  de 
registro junto à CVM e de sua denominação social, e o documento, através de seu tipo (ITR, DFP ou 
IAN),  da data  de encerramento do período  informado  e, quando  aplicável,  do  critério  de  elaboração 
(LS  ­  Legislação  Societária,  MC  ­  Moeda  de  Capacidade  Aquisitiva  Constante  ou  IFRS  ­  Padrão 
Internacional IASB). 
Nota:  Para  visualizar  informações  não  comportadas  nas  telas,  utilizar  as  barras  de  rolagem 
horizontal e vertical. 

P lano e Detalhamento de Contas 
Os  planos  contêm  contas  "fixas"  e  contas  "não  fixas",  que  têm  o  objetivo  de  detalhar  a 
composição das contas "fixas" sob as quais estão previstas. 
Sinal dos Valores 
Os  valores  são  apresentados  sem  sinal  quando  forem  positivos  e  entre  parênteses  quando 
forem negativos, independentemente da natureza das contas. 

Escala de Valores 
A  moeda  e  a  escala  da  moeda  em  que  os  valores  estão  apresentados  constam  no  topo  de 
todos  os  quadros  de  demonstrações  financeiras,  ao  lado  do  nome  do  quadro.  A  escala  em  que  as 
quantidades de ações estão apresentadas está indicada nos quadros que contêm essas informações. 

Telas e Relatórios de Quadros de Texto Livre 
São apresentados através de interface com o Microsoft Word. 
Nota:  Não  alterar  as  configurações  de  página  do  MS­Word  utilizadas  pelo  sistema,  pois  elas 
sempre serão restabelecidas.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  34 

M ódulo I A N 
O  formulário  de  Informações  Anuais  ­  IAN  tem  como  objetivo  a  apresentação  sistemática 
sobre a evolução dos negócios da empresa e não estático, vinculado ao término de um determinado 
exercício social, em que pese  o fato de ser fixada uma data para sua apresentação ano a ano. 

Nesse sentido,  a Instrução CVM  n.º  351/2001  alterou  a  redação  do  artigo  16 da  Instrução CVM  n.º 
202/93,  que  dispõe  sobre  o  registro  de  companhia  para  negociação  de  seus  valores  mobiliários  em 
Bolsa de 

Valores,  no  mercado  de  balcão  organizado  ou  no  mercado  de  balcão,  e  sua  manutenção, 
enfatizando  a  necessidade  de  atualização  do  formulário  IAN  sempre  que  ocorrerem  quaisquer  fatos 
que modifiquem as informações já prestadas. 

O  formulário  IAN deve  ser  reapresentado,  no  prazo  máximo  de  dez  dias,  sempre  que  se  verificar  a 
superveniência  de  quaisquer  fatos  que  alterem  informações  prestadas  pela  companhia,  conforme 
preceitua a Instrução CVM n.º 351, de 24 de abril de 2001.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  35 

Caso a companhia tenha sido constituída no atual exercício social, consultar as  instruções do 
tópico de Help da função: 

¥ Exercício exemplo 3.2 (Carga de Arquivo) 
Vamos  efetuar  a  carga  de  um  arquivo  do  tipo  DPF  (referente  às  Demonstrações 
Financeiras  Padronizadas)  dos  dados  referentes  a  um  determinado  exercício  social,  comparados  aos 
dos dois exercícios anteriores. 
No site da Bovespa selecione Empresas>Para Investidores>Informações por Período. 

Selecione Demonstrativos Financeiros
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  36 
Marque Tipo do Documento como DPF, “Nos últimos 30 dias”. Clique em Buscar. 

Selecione a empresa. Neste exemplo, clique sobre BOMBRIL HOLDING S.A. 

Para fazer a carga do arquivo clique sobre o ícone do artigo, como mostra a figura abaixo. 
Cuidado: se clicar no link 
30/01/2009 ­ BOMBRIL HOLDING S.A. – DFP 
não será feita a carga mas sim uma  operação de visualização direta que será vista abaixo.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  37 

Abre­se uma janela perguntando se quer salvar o arquivo. Clique em Salvar. 

Quando a operação tiver sido concluída surge a mensagem confirmando isso. 

Abra o arquivo DIVEXT, selecione Documento>Carga de Arquivo.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  38 

Selecione a empresa e clique em OK. 

Confirme a carga:
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  39 
O sistema informará o término da carga. 

Clique em DFP 

Abre­se uma janela com as informações contidas no documento. As partes destacadas são as 
exibidas pelo documento.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  40 
No exemplo abaixo vem o resultado da seleção do Grupo 03­Demonstração do Resultado. 

Se desejar imprimir, configure a impressora antes.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  41 

¥ Exercício proposto 3.2 
Selecione  uma  empresa  (diferente  das  empresas  dadas  nos  exemplos 
abaixo)  e  selecione    A tivo, P assivo  e  Demonstração  de  Resultado.  Proceda  como  é 
mostrado abaixo. 
Vamos efetuar a visualização de um arquivo, obtendo­o no site da Bovespa: 
Empresas > Para investidores>nformações por período 

Abre­se uma janela. Selecione Demonstrações financeiras. 

Aqui você encontra todas as informações entregues pelas companhias listadas. 

Informações referentes às 
Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP), 
Informações Trimestrais (ITR) e 
Informações Anuais (IAN).
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  42 

Marque DFP e Nos últimos 30 dias e clique em Buscar. 

Selecione uma Empresa. No exemplo abaixo a seleção foi de BOMBRIL HOLDING S.A. 
Abre­se uma janela pronta para o download em formato DFP.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  43 

Clique duas vezes sobre o link. Abre­se uma janela: 

Se  passar  o  mouse  sobre  os  ícones  verá  o  conteúdo  deles.  O  terceiro  ícone  é  Balanço 
Patrimonial. 
Usando  as  funções  Selecionar e Copy é  possível  copiar  o  Balanço  Parimonial  para o 
Word.
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  44 

Grupo 02 ­ Balanço Patrimonial ­ 01 ­ Ativo 

| 01 ­ Ativo | 02 ­ Passivo | 

(Reais Mil) 
Código da Conta  Descrição da Conta  31/12/2006  31/12/2005  31/12/2004 
1  Ativo Total  862  40.632  41.921 
1.01  Ativo Circulante  214  30  4 
1.01.01  Disponibilidades  214  30  3 
1.01.02  Créditos  0  0  0 
1.01.02.01  Clientes  0  0  0 
1.01.02.02  Créditos Diversos  0  0  0 
1.01.03  Estoques  0  0  0 
1.01.04  Outros  0  0  1 
1.02  Ativo Não Circulante  648  40.602  41.917 
1.02.01  Ativo Realizável a Longo Prazo  0  0  0 
1.02.01.01  Créditos Diversos  0  0  0 
1.02.01.02  Créditos com Pessoas Ligadas  0  0  0 
1.02.01.02.01  Com Coligadas e Equiparadas  0  0  0 
1.02.01.02.02  Com Controladas  0  0  0 
1.02.01.02.03  Com Outras Pessoas Ligadas  0  0  0 
1.02.01.03  Outros  0  0  0 
1.02.02  Ativo Permanente  648  40.602  41.917 
1.02.02.01  Investimentos  648  40.602  41.917 
1.02.02.01.01  Participações Coligadas/Equiparadas  0  0  0 
1.02.02.01.02  Participações Coligadas/Equiparadas­Ágio  0  0  0
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  45 
1.02.02.01.03  Participações em Controladas  0  0  0 
1.02.02.01.04  Participações em Controladas ­ Ágio  0  0  0 
1.02.02.01.05  Outros Investimentos  0  0  0 
1.02.02.02  Imobilizado  0  0  0 
1.02.02.03  Intangível  0  0  0 
1.02.02.04  Diferido  0  0  0 

Grupo 02 ­ Balanço Patrimonial ­ 02 ­ Passivo 

| 01 ­ Ativo | 02 ­ Passivo | 

(Reais Mil) 
Código da Conta  Descrição da Conta  31/12/2006  31/12/2005  31/12/2004 
2  Passivo Total  862  40.632  41.921 
2.01  Passivo Circulante  113  1.668  1.817 
2.01.01  Empréstimos e Financiamentos  0  16  0 
2.01.02  Debêntures  0  0  0 
2.01.03  Fornecedores  113  869  0 
2.01.04  Impostos, Taxas e Contribuições  0  443  0 
2.01.05  Dividendos a Pagar  0  0  0 
2.01.06  Provisões  0  0  0 
2.01.07  Dívidas com Pessoas Ligadas  0  0  0 
2.01.08  Outros  0  340  1.817 
2.02  Passivo Não Circulante  111.468  1.105.560  278.137 
2.02.01  Passivo Exigível a Longo Prazo  111.468  1.105.560  278.137 
2.02.01.01  Empréstimos e Financiamentos  5.540  250  0 
2.02.01.02  Debêntures  0  0  0 
2.02.01.03  Provisões  85.892  823.365  0 
2.02.01.04  Dívidas com Pessoas Ligadas  0  262.205  260.437 
2.02.01.05  Adiantamento para Futuro Aumento Capital  0  0  0 
2.02.01.06  Outros  20.036  19.740  17.700 
2.02.02  Resultados de Exercícios Futuros  0  0  0 
2.04  Patrimônio Líquido  (110.719)  (1.066.596)  (238.033) 
2.04.01  Capital Social Realizado  568.409  568.409  568.408 
2.04.02  Reservas de Capital  104.491  104.490  104.491 
2.04.03  Reservas de Reavaliação  0  0  0 
2.04.03.01  Ativos Próprios  0  0  0 
2.04.03.02  Controladas/Coligadas e Equiparadas  0  0  0 
2.04.04  Reservas de Lucro  0  0  0 
2.04.04.01  Legal  0  0  0 
2.04.04.02  Estatutária  0  0  0 
2.04.04.03  Para Contingências  0  0  0 
2.04.04.04  De Lucros a Realizar  0  0  0 
2.04.04.05  Retenção de Lucros  0  0  0 
2.04.04.06  Especial p/ Dividendos Não Distribuídos  0  0  0 
2.04.04.07  Outras Reservas de Lucro  0  0  0 
2.04.05  Lucros/Prejuízos Acumulados  (783.619)  (1.739.495)  (910.932) 
2.04.06  Adiantamento para Futuro Aumento Capital  0  0  0 

O mesmo pode ser feito com a Demonstração do resultado:
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  46 

Grupo 03 ­ Demonstração do Resultado ­ 01 ­ Demonstração do Resultado 

| 01 ­ Demonstração do Resultado | 02 ­ Lucro ou Prejuízo por Ação | 

(Reais Mil) 
Código da Conta  Descrição da Conta  01/01/2006 a  01/01/2005 a  01/01/2004 a 
31/12/2006  31/12/2005  31/12/2004 
3.01  Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços  0  0  0 
3.02  Deduções da Receita Bruta  0  0  0 
3.03  Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços  0  0  0 
3.04  Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos  0  0  0 
3.05  Resultado Bruto  0  0  0 
3.06  Despesas/Receitas Operacionais  (4.788)  (828.563)  (111.674) 
3.06.01  Com Vendas  0  0  0 
3.06.02  Gerais e Administrativas  (4.107)  (824.131)  (296) 
3.06.03  Financeiras  (20)  (3.116)  (4) 
3.06.03.01  Receitas Financeiras  0  (1.768)  0 
3.06.03.02  Despesas Financeiras  (20)  (1.348)  (4) 
3.06.04  Outras Receitas Operacionais  0  0  0 
3.06.05  Outras Despesas Operacionais  0  0  (10.699) 
3.06.06  Resultado da Equivalência Patrimonial  (661)  (1.316)  (100.675) 
3.07  Resultado Operacional  (4.788)  (828.563)  (111.674) 
3.08  Resultado Não Operacional  960.665  0  0 
3.08.01  Receitas  960.665  0  0 
3.08.02  Despesas  0  0  0 
3.09  Resultado Antes Tributação/Participações  955.877  (828.563)  (111.674) 
3.10  Provisão para IR e Contribuição Social  0  0  0 
3.11  IR Diferido  0  0  0 
3.12  Participações/Contribuições Estatutárias  0  0  0 
3.12.01  Participações  0  0  0 
3.12.02  Contribuições  0  0  0 
3.13  Reversão dos Juros sobre Capital Próprio  0  0  0 
3.15  Lucro/Prejuízo do Período  955.877  (828.563)  (111.674) 

Lucro ou prejuízo por ação. 
Grupo 03 ­ Demonstração do Resultado ­ 02 ­ Lucro ou Prejuízo por Ação 

| 01 ­ Demonstração do Resultado | 02 ­ Lucro ou Prejuízo por Ação | 

Último Exercício  Penúltimo Exercício  Antepenúltimo Exercício 


01/01/2006 a 31/12/2006  01/01/2005 a 31/12/2005  01/01/2004 a 01/01/2004 
Nº Ações, Ex­Tesouraria (Mil)  4.967.790  4.967.790  4.967.790 
Lucro por Ação (Reais)  0,19241 
Prejuízo por Ação (Reais)  (0,16679)  (0,02248) 

Neste caso, se tentar verificar a Demonstração do Fluxo de Caixa e a Demonstração 
do Valor Adicionado, verá que surge a mensagem:
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  47 
Significa  que  a empresa ainda  não  está produzindo  suas demonstrações  financeiras 
de acordo com a Lei 11.638/2007. 

¥ Exercício Modelo 3.3 
(N ão é um exercício proposto, mas é recomendável que faça) 
Procure  uma  empresa  que  possua  a  Demonstração  do  Fluxo  de  Caixa  e 
Demonstração do valor Adicionado. O exemplo abaixo é da empresa Souza Cruz S.A. 

Grupo 04 ­ Demonstração do Fluxo de Caixa ­ Método Indireto 

(Reais Mil) 
Código da Conta  Descrição da Conta  01/12/2008 a  01/01/2007 a  01/01/2006 a 
31/12/2008  31/12/2007  31/12/2006 
4.01  Caixa Líquido Atividades Operacionais  1.475.527  884.722  1.013.116 
4.01.01  Caixa Gerado nas Operações  1.245.385  1.128.174  967.331 
4.01.01.01  Lucro líquido do exercício  1.212.117  907.765  822.880 
4.01.01.02  Depreciações e amortizações  125.791  115.758  124.453 
4.01.01.03  Resultado de equivalência patrimonial  (188.973)  38.432  (65.715) 
4.01.01.04  Provisão para riscos de crédito  (6.622)  (8.948)  35.898 
4.01.01.05  Prov.p/litígios fiscais e trabalhistas  23.820  6.957  18.822 
4.01.01.06  Provisão para impairment  (2.077)  9.317  0 
4.01.01.07  Demais provisões  (12.704)  8.334  15.283 
4.01.01.08  Baixa produtos avariados e obsoletos  13.523  19.206  16.764 
4.01.01.09  Valor residual ativo permanente baixado  (1.492)  (12.087)  (1.054) 
4.01.01.10  Despesas juros s/empréstimos e financ.  82.002  43.440  0 
4.01.02  Variações nos Ativos e Passivos  230.142  (243.452)  45.785 
4.01.02.01  Contas a receber  51.752  (146.877)  176.526 
4.01.02.02  Adiantamentos efetuados  (36.331)  1.942  542 
4.01.02.03  Estoques  43.336  (693)  (166.581) 
4.01.02.04  Tributos antecipados e a recuperar  (9.311)  49.963  (1.011) 
4.01.02.05  Despesas antecipadas  441  (6.126)  9.817 
4.01.02.06  Outros ativos  3.162  5.445  (28.541) 
4.01.02.07  Depósitos judiciais  (11.348)  (5.593)  (12.009) 
4.01.02.08  Fornecedores  (28.439)  2.144  6.853 
4.01.02.09  Adiantamento de clientes  30.903  (48.467)  (4.198) 
4.01.02.10  Imp./contrib.recolher, salários/outros  136.666  (38.358)  69.381 
4.01.02.11  Imposto de renda e contribuição social  106.811  (56.832)  (4.994) 
4.01.02.12  Juros pagos s/empréstimos e financiam.  (57.500)  0  0 
4.01.03  Outros  0  0  0 
4.02  Caixa Líquido Atividades de Investimento  (185.194)  (144.686)  (157.886) 
4.02.01  Recursos obtidos venda ativos permanente  1.670  23.649  1.994 
4.02.02  Divid.de control./aum.capital coligada  11.000  26.683  5.734 
4.02.03  Adições ao imobilizado e intangível  (197.864)  (195.018)  (165.614) 
4.03  Caixa Líquido Atividades Financiamento  (874.754)  (797.186)  (864.500) 
4.03.01  Empréstimos com sociedades ligadas  196.072  922.500  0 
4.03.02  Empréstimos e financiamentos  (149.907)  (563.539)  (186.622) 
4.03.03  Divid.e juros s/capital próprio distrib.  (920.919)  (1.156.147)  (677.878) 
4.04  Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes  32.627  0  0 
4.05  Aumento(Redução) de Caixa e Equivalentes  448.206  (57.150)  (9.270) 
4.05.01  Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes  441.089  498.239  507.509 
4.05.02  Saldo Final de Caixa e Equivalentes  889.295  441.089
Análise das Demonstrações Financeiras- Manuel Meireles  48 
Veja abaixo a Demonstração do Valor Adicionado da mesma empresa: 
Grupo 06 ­ Demonstração do Valor Adicionado ­ Método Indireto 

(Reais Mil) 
Código da Conta  Descrição da Conta  01/12/2008 a  01/01/2007 a  01/01/2006 a 
31/12/2008  31/12/2007  31/12/2006 
6.01  Receitas  10.964.610  9.892.148  8.553.027 
6.01.01  Vendas Mercadorias, Produtos e Serviços  10.964.610  9.892.148  8.553.027 
6.01.02  Outras Receitas  0  0  0 
6.01.03  Receitas refs. à Constr. Ativos Próprios  0  0  0 
6.01.04  Provisão/Rev. Créds. Liquidação Duvidosa  0  0  0 
6.02  Insumos Adquiridos de Terceiros  (3.121.992)  (3.003.869)  (2.596.070) 
6.02.01  Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos  (2.231.658)  (2.115.965)  (1.800.353) 
6.02.02  Materiais­Energia­Servs Terceiros­Outros  (935.801)  (882.389)  (755.312) 
6.02.03  Perda/Recuperação de Valores Ativos  45.467  (5.515)  (40.405) 
6.02.04  Outros  0  0  0 
6.03  Valor Adicionado Bruto  7.842.618  6.888.279  5.956.957 
6.04  Retenções  (125.791)  (115.758)  (124.453) 
6.04.01  Depreciação, Amortização e Exaustão  (125.791)  (115.758)  (124.453) 
6.04.02  Outras  0  0  0 
6.05  Valor Adicionado Líquido Produzido  7.716.827  6.772.521  5.832.504 
6.06  Vlr Adicionado Recebido em Transferência  318.480  250.626  217.140 
6.06.01  Resultado de Equivalência Patrimonial  188.973  (38.432)  65.715 
6.06.02  Receitas Financeiras  129.507  289.058  151.425 
6.06.03  Outros  0  0  0 
6.07  Valor Adicionado Total a Distribuir  8.035.307  7.023.147  6.049.644 
6.08  Distribuição do Valor Adicionado  8.035.307  7.023.147  6.049.644 
6.08.01  Pessoal  500.430  454.321  370.804 
6.08.01.01  Remuneração Direta  500.430  454.321  370.804 
6.08.01.02  Benefícios  0  0  0 
6.08.01.03  F.G.T.S.  0  0  0 
6.08.01.04  Outros  0  0  0 
6.08.02  Impostos, Taxas e Contribuições  6.165.958  5.529.661  4.742.226 
6.08.02.01  Federais  6.165.958  5.529.661  4.742.226 
6.08.02.02  Estaduais  0  0  0 
6.08.02.03  Municipais  0  0  0 
6.08.03  Remuneração de Capitais de Terceiros  156.803  131.401  113.733 
6.08.03.01  Juros  156.803  131.401  113.733 
6.08.03.02  Aluguéis  0  0  0 
6.08.03.03  Outras  0  0  0 
6.08.04  Remuneração de Capitais Próprios  1.212.116  907.764  822.881 
6.08.04.01  Juros sobre o Capital Próprio  109.692  119.312  139.902 
6.08.04.02  Dividendos  1.094.698  788.453  682.978 
6.08.04.03  Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício  7.726  (1)  1 
6.08.05  Outros  0  0  0 

Observe  que  o  Valor  Adicionado  constitui­se  unicamente  de  Salários  Impostos  e 


Lucros.  Pode­se  observar  que    para  Salários  (=Pessoal  6.08.01)  foram  distribuídos 
R$500.430.000,00; Para Impostos (Impostos, taxas e Contribuições) R$6.165.958.000,00 
Para Lucros (Juros, Remuneração de Capitais Próprios, Juros sobre o capital próprio e 
Dividendos, além de Lucros Retidos, o valor total corresponde a R$1.368.919.000,00 
Ou seja,  o valor adicionado pela empresa constitui­se de 
6.08.01  Pessoal  (Salários)  500.430  6,23% 
6.08.02  Impostos, Taxas e Contribuições  6.165.958  76,74% 
6.08.03  Lucros  1.368.919  17,04% 
Total do VA  8.035.307  100,00% 
&

Você também pode gostar