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3.

Lógica: Significado e Definição

Para decidir se um argumento é correto, precisamos avaliar a veracidade das premissas; mas isso requer algum
entendimento do que as premissas significam. Exemplo:

Se existe força cósmica, então existe Deus.


Existe força cósmica.
⸫ Existe Deus.

Enquanto o argumento acima é dedutivamente válido, suas premissas são obscuras. O que é “força cósmica”? Ou
melhor, o que, com essa frase a pessoa que está propondo este argumento quer dizer? Não podemos inteligentemente
concordar ou discordar dessas premissas se não compreendemos seu significado. Precisamos compreender antes de
criticarmos.

3.1 Usos de linguagem

Os gramáticos distinguem quatro tipos de sentenças, que refletem quatro importantes usos da linguagem:

Declarativa: “São Paulo venceu o Corinthians” - faz asserções.


Integorrativa: “ São Paulo venceu?” - faz perguntas.
Imperativa: “ Vença Corinthians.” - diz o que fazer.
Exclamativa: “Hurra para São Paulo” - expressa sentimentos.

Sentenças podem ter diversas funções ao mesmo tempo. Enquanto fazemos asserções, podemos também fazer perguntas,
dizer o que fazer, expressar sentimentos:

- “Eu imagino se o Corinthians venceu.” (Isso pode ser uma pergunta).

Argumentos podem também exemplificar diferentes usos da linguagem

É importante evitarmos linguagens emotivas quando raciocinamos. Linguagem emotiva pode desencorajar o raciocínio
claro. Quando raciocinamos sobre o aborto, por exemplo, é inteligente evitar frases como “o crime atroz, homicida de
aborto” ou “Neandertais que se opõem ao direito da mulher”. Exemplos: Eu sou firme; você é obstinado; ele é cabeça
dura.

Frases tendenciosas podem erroneamente nos levar a acreditar que defendemos nossa visão com um argumento
(premissas e conclusão) quando de fato nós expressamos apenas nossos sentimentos. Pensadores cuidadosos tentam
evitar ao máximo termos emotivos quando constroem argumentos.

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