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Delias Tupinambá
2. DO CONTRATO DE TRABALHO:
3.4. A Reclamada não deu atenção aos problemas do Reclamante desde o ano de 2008
quando foi diagnosticada com problemas de saúde nos ombros e coluna vertebral,
Laudo Médico, sendo que tais doenças são típicas de doença ocupacional. Aliás,
Excelência, o descaso foi total pela Reclamada que, apesar de ter sido protocolados
vários exames junto ao Setor Médico da empresa pelo Obreiro, e ter realizado
várias sessões de fisioterapia com consentimento do Empregador, ainda assim foi
demitida.
3.5. O Reclamante NÃO RECEBE QUALQUER BENEFÍCIO DO INSS após o
desemprego.
3.6. O Reclamante foi DEMITIDO DOENTE sem ter tido tratamento médico
adequado, NÃO PODENDO TRABALHAR, visto que até hoje sente fortes dores
em seu Ombro e Coluna, administrando constantemente analgésicos para controlar
essas dores, pois dói muito, e já foi mencionado isso pelos médicos que o
atenderam.
3.11. Tal demissão não poderia ser feita, pois a Reclamante, ainda estava doente e
objetivava se tratar no intuito de ver sua saúde restabelecida.
4.4. Muitas vezes as Empresas ignoram a relação existente entre as doenças a que estão
sujeitas e os esforços repetitivos que realizam reiteradamente os empregadores
durante o seu trabalho. No entanto, verifica-se uma clara relação entre
determinados problemas musculoesqueléticos e as atividades que obrigam a adaptar
posturas incorretas do corpo e membros superiores, realização de trabalho
repetitivo, ritmos de trabalho excessivos, manuseamento de cargas pesadas, uso de
ferramentas desadequadas, etc.
4.6. Depois de diversos estudos e análises efetuadas à população afetada por lesões
derivadas de esforços repetitivos, verificou-se que este tipo de lesões afeta
especialmente determinados ramos de atividade, observando-se também uma maior
incidência em determinados países do mundo cujas profissões despontam mais
facilmente este tipo de patologias, como é o caso do Reclamante na Reclamada ao
longo do pacto laboral.
4.7. Então Excelência, somados os movimentos repetitivos com peso extremo por
extenso período de tempo, desatenção e descaso pelas frequentes reclamações de
dores do Reclamante, pelas muitas faltas para tratamento de doença ocupacional, é
que deve ser condenada a Ré em todos os aspectos de uma vida social por ferir
intencionalmente a dignidade da vida humana do Obreiro.
4.8. Excelência, a Reclamada agiu de forma até insana quando não atendeu desde o
início das ocorrências de tais recomendações médicas de transferir o Reclamante
para um setor que não oferecesse risco de agravamento das doenças e fez com que
o Obreiro continuasse laborando mesmo sentindo muitas dores, o que prejudicou
também a sua recuperação haja vista estar fazendo muitas sessões de fisioterapia.
4.9. Informa o Autor Excelência, que após muitas idas e vindas, ora trabalhando, ora
afastado para fazer sessões fisioterápicas, ora afastado pelos médicos do plano
empresarial e com recomendações médicas da Ré e, como continuou a trabalhar
factualmente sem os supervisores não atenderem tais recomendações, sua doença
continuou agravando ao longo dos anos onde o INSS encaminhou o Obreiro para
curso de reabilitação profissional.
4.12. É importante ressaltar Excelência que o Obreiro depois que foi demitido teve que
arcar com o ônus da continuidade do tratamento mesmo que a maioria dos
especialistas médicos não acredita na reversão da doença, e sim, em tratamento
paliativo, por causa das fortes dores da doença já avançada.
4.13. A sistemática para doença do trabalho evoluiu, e diante dos documentos juntados
pelo Reclamante fica valendo para a Reclamada a INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA já que as doenças do Reclamante estão relacionadas no Decreto n.
3048/99 que só trata de doenças desencadeadas pelo trabalho, ou que o trabalho
funcionou como concausa, inclusive seja responsabilizada a Empresa em arcar
com o ônus da Perícia Judicial, por hipossuficiência do Reclamante, que está
desempregado e doente.
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto que demonstra a presença dos elementos da omissão, negligência,
imprudência, os quais definem a culpa do agente causador [Reclamada] daquele que, em
realidade é um ato ilícito, requer a Reclamante, por meio de seus Patronos signatários de
V. Ex.ª o que segue:
E. Esclarece o Reclamante, através de seus Patronos que firmou com seus patronos o
incluso contrato de honorários, pelo que requer desde já que em caso de qualquer
pagamento para crédito do Reclamante, que seja retido do montante o
correspondente aos honorários contratados, nos termos da clausula Segunda da suso
mencionada avenca, conforme determina a Lei n. 8.906 de 1994 em seu art. 22, §
4°.
Termos em que,
Pede deferimento.