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TUPINAMBÁ & VIEIRALVES

Delias Tupinambá

Ana Cláudia Vieiralves

CNPJ/MF n. 08.884.185/0001-56 Advogados associados

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal Titular da


Vara do Trabalho de Manaus.

. SOLICITAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO POR PREFERÊNCIA DE JULGAMENTO - DOENÇA


OCUPACIONAL.

JAIRISON RODRIGUES INHUMA, brasileiro, convivente,


industriário, desempregado, RG n. 1.111.870-9 - SSP/AM, CPF/MF n.º 494.243.002-04,
DN: 18/12/1973, mãe: Maria Regina Rodrigues do Nascimento, residente nesta, sito na
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: DELIAS TUPINAMBA VIEIRALVES
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Rua Doutor Thaumaturgo Vaz, nº 69, Comunidade Mundo Novo, bairro de Flores, CEP:
69.028-117, por seus procuradores firmatários, vêm à presença de V. Ex.ª propor a

AÇÃO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - DOENÇA


OCUPACIONAL - REINTEGRAÇÃO AO TRABALHO -
DISPENSADO DOENTE, em face da Empresa, ora Reclamada

MASA DA AMAZÔNIA LTDA., empresa privada inscrita no CNPJ/MF n.º


04.454.120/0001-10, estabelecida nesta cidade, sito à Avenida Solimões, n.º 805, bairro
do Distrito Industrial, CEP: 69.075-020. Na CTPS do Reclamante às fls. 14 há o
registro da Empresa - MULTIBRÁS DA AMAZÔNIA S/A, ocorre que às fls. 45 da
CTPS, existe uma anotação da ANTIGA RAZÃO SOCIAL com a mudança para a
empresa MASA DA AMAZÔNIA LTDA - DO GRUPO ECONÔMICO
FLEXTRONICS, através das seguintes alegações:

DOS FATOS E DOS FUNDAMENTOS:

1. DA SOLICITAÇÃO DE DIREITO DE JULGAMENTO PREFERENCIAL


POR DOENÇA OCUPACIONAL:
1.1. O Reclamante, por meio de seus Patronos signatários requer a distribuição
PREFERENCIAL, haja vista da doença grave que se encontra a mesma, na forma
da lei.

2. DO CONTRATO DE TRABALHO:

2.1. O Reclamante fora admitido para trabalhar na Reclamada em 16 de Outubro de


2000, e ultimamente exercia a função de TROCADOR DE MOLDES, percebendo
ultimamente o Salário de R$ 2.596,60 (dois mil, quinhentos e noventa e seis reais
e sessenta centavos), por mês trabalhado.

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2.2. O Reclamante foi dispensada sem justa causa no dia 16 de março de 2015.

2.3. O Reclamante trabalhou em vários horários, trabalhou das 23h às 7h de Segunda a


Segunda, sem intervalo para as refeições e descanso. O Obreiro realizou
MUITAS HORAS EXTRAS no período trabalhado.

3. DA SINOPSE FÁTICA - DA DOENÇA OCUPACIONAL:

3.1. O Reclamante está com problemas médicos, advindos de DOENÇA


OCUPACIONAL, adquirido no local de trabalho, conforme laudos médicos
anexados nos autos, na região dos OMBRO DIREITO e ESQUERDO e COLUNA
VERTEBRAL, podendo ser facilmente observado pelos inchaços constantes nesta
região; favor verificar exames médicos, ora anexados nos autos.

3.2. O Reclamante trabalhava na Reclamada na função de Trocador de Moldes,


ultimamente, executando serviços concentrados em uma única atividade repetitiva
ao longo do período trabalhado para a empresa.

3.3. O Reclamante como TROCADOR DE MOLDES realizava as seguintes tarefas,


como:
- tirava o molde da máquina, embalava e colocava na prateleira e pegava outro
moldes que já estava pronto e colocava na máquina de volta;
- o Reclamante realizava essa tarefa que variava de 30 minutos a 45 minutos, por
ordem de seu chefe;
- para exercer essa tarefa usava um carrinho de ferramentas;
- usava uma empilhadeira com plataforma onde rebocava os moldes de uma
manufatura para outra;
- ao colocara o molde na máquina e ao apertar a mesma utilizava FORÇA
BRUTA;
- preparava o molde tirando os parafusos quebrados das hastes extratoras,
mandava ajeitar as hastes extratoras, tirava os batoques da bucha do molde,
tirava os bicos quebrados de engate rápido que era responsável pela refrigeração
do molde, trocava os bicos dos engates rápidos, trocava as mangueiras
turbinadas do molde;

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- soltava as garras que prendem a aba dos moldes na máquina para retirada dos
moldes, por isso acredita que os problemas nos ombros e coluna foram
adquiridos por esse serviço de APERTO e DESAPERTO dos parafusos das
garras mecânicas das máquinas, que realizava várias vezes durante o dia de
trabalho na empresa;
- o mínimo de garras em cada máquina é 08 (oito), quatro de cada lado, 04
(quatro) da parte fixa e 04 (quatro) da parte móvel da máquina;
- a demanda de troca de molde na fábrica era em grande volume, e por muitas
vezes o Reclamante trabalhou sozinho realizando as tarefas mencionadas.

3.4. A Reclamada não deu atenção aos problemas do Reclamante desde o ano de 2008
quando foi diagnosticada com problemas de saúde nos ombros e coluna vertebral,
Laudo Médico, sendo que tais doenças são típicas de doença ocupacional. Aliás,
Excelência, o descaso foi total pela Reclamada que, apesar de ter sido protocolados
vários exames junto ao Setor Médico da empresa pelo Obreiro, e ter realizado
várias sessões de fisioterapia com consentimento do Empregador, ainda assim foi
demitida.
3.5. O Reclamante NÃO RECEBE QUALQUER BENEFÍCIO DO INSS após o
desemprego.

3.6. O Reclamante foi DEMITIDO DOENTE sem ter tido tratamento médico
adequado, NÃO PODENDO TRABALHAR, visto que até hoje sente fortes dores
em seu Ombro e Coluna, administrando constantemente analgésicos para controlar
essas dores, pois dói muito, e já foi mencionado isso pelos médicos que o
atenderam.

3.7. Assim sendo o Reclamante solicita de V. Ex.ª pela REINTEGRAÇÃO AO


TRABALHO, com os pagamentos dos SALÁRIOS VENCIDOS e VINCENDOS,
devidamente atualizados e seus Reflexos Legais, com o pedido de OBRIGAÇÃO
DE FAZER E ENTREGAR a CAT - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE
TRABALHO devidamente preenchida, inclusive pelo médico da Reclamada, com
a aplicação de Multa Pecuniária de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia, até o
limite legal de R$ 10.000,00 (dez mil reais), haja vista da demora da resolução
deste litígio, pois com a delonga poderá o Autor ser prejudicado com a resolução
deste processo, nos seguintes pleitos, como:
- Salários vencidos desde a data da demissão, calculando-se até agora
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[01/03/2016], mas será verificado até a efetiva reintegração = R$ 2.596,60 X 12
meses = R$ 31.159,20;
- REFLEXOS LEGAIS:
- 13º Salário Proporcional 13/12 avos, projeção AP = R$ 2.813,00;
- Férias proporcionais 13/12 avos + 1/3, projeção AP = R$ 3.750,70;
- FGTS [8%] período de afastamento - calculados até 01/03/2016, MAS SERÁ
ATÉ A DATA DA EFETIVA REINTEGRAÇÃO = a ser posteriormente
calculada, diante da douta Decisão Judicial = R$ 2.493,60;
- VALOR PROVISÓRIO de R$ 40.216,50.

3.8. Requer ainda o RESTABELECIMENTO DO PLANO DE SAÚDE DA


RECLAMADA no interesse de se tratar, pois não tem condições financeiras e nem
de saúde para tanto por OBRIGAÇÃO DE FAZER, com aplicação de Multa
Cominatória no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por dia até o limite de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais), na forma da lei.

3.9. Em consonância com as pretensões da Autora, os TRT's e o TST vêm decidindo


magistralmente, considerando as doenças ocupacionais, como também, todas as
condições que corroboram para a produção do efeito danoso na saúde dos
trabalhadores, fatores ensejadores de estabilidade acidentária, vejamos infra:
- EMENTA - "Acidente e doença profissional. Configuração. A legislação
(6.367 e 8.213) considera causa de doenças, além das apontadas, a soma de
todas as condições que cooperam para a produção do efeito danoso".
(Oswaldo Optz e Irineu Pedrotti) (TRT/SP, RO 47.197/94.0, Valentin
Carrion, Ac. 9ª T.). (grifo nosso).
- EMENTA - "A Lei n. 8.213/91, ao estabelecer a estabilidade provisória do
acidentado, harmoniza-se com o disposto no art. 7º, I, da Constituição da
República, e tem eficácia imediata." (TST, RR 129.908/94.5, Armando de
Brito, Ac. 5ª T. 2.577/95). (grifo nosso).

3.10. Segundo, consta em orientação do Ministério do Trabalho, onde as empresas


deverão possuir em seus quadros funcionais o Programa de Controle Médico e
Saúde Ocupacional - PCMSO, juntamente com o PPRA - Programa de Proteção a
Riscos Ambientais. No PCMSO a empresa deveria realizar periodicamente o ASO -
Atestado de Saúde Ocupacional [admissional, periódica, demissional e de
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RETORNO AO TRABALHO], para detectar alguma patologia clínica por parte do
funcionário, para não ocorrer no que aconteceu com a Reclamante, devido ao longo
do tempo sem as devidas precauções legais (tratamento médico, EPI's, etc.).

3.11. Tal demissão não poderia ser feita, pois a Reclamante, ainda estava doente e
objetivava se tratar no intuito de ver sua saúde restabelecida.

4. DA DOENÇA OCUPACIONAL ADQUIRIDA PELO RECLAMANTE NO


AMBIENTE DE TRABALHO AO LONGO DO PERÍODO LABORADO:

4.1. No Contrato de Trabalho que manteve a Reclamante em 16 de outubro de 2000


com a Reclamada, foi dispensado sem justa causa em 16 de março de 2015,
DOENTE.

4.2. O Reclamante trabalhava na função de Trocador de Moldes. O período de trabalho


diário do Obreiro durava aproximadamente 08 (oito) horas, sendo que executava
esse serviço, sem qualquer pausa nos 02 (dois) períodos diários de trabalho que
dispunha, e não tinha qualquer intervalo entre uma jornada de 50' (cinquenta
minutos) para realizar um repouso de 10' (dez minutos), isso JAMAIS ocorreu
ao longo de seu período de trabalho, por se tratar de Trabalho Repetitivo.
4.3. Entende-se por "Esforços Repetitivos", o conjunto de movimentos contínuos
mantidos com uma determinada frequência durante um trabalho que implica a ação
conjunta dos músculos, ossos, articulações e ainda por parte dos nervos ligados a
uma parte específica do corpo. Este tipo de movimentos provocam fadiga muscular,
sobre-esforços, dores e, em casos extremos doenças.

4.4. Muitas vezes as Empresas ignoram a relação existente entre as doenças a que estão
sujeitas e os esforços repetitivos que realizam reiteradamente os empregadores
durante o seu trabalho. No entanto, verifica-se uma clara relação entre
determinados problemas musculoesqueléticos e as atividades que obrigam a adaptar
posturas incorretas do corpo e membros superiores, realização de trabalho
repetitivo, ritmos de trabalho excessivos, manuseamento de cargas pesadas, uso de
ferramentas desadequadas, etc.

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4.5. Regra geral, as LER (lesões derivadas de esforços repetitivos), DORT, atinge os
Trabalhadores no auge de sua produtividade e experiência profissional. Existe
maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos.

4.6. Depois de diversos estudos e análises efetuadas à população afetada por lesões
derivadas de esforços repetitivos, verificou-se que este tipo de lesões afeta
especialmente determinados ramos de atividade, observando-se também uma maior
incidência em determinados países do mundo cujas profissões despontam mais
facilmente este tipo de patologias, como é o caso do Reclamante na Reclamada ao
longo do pacto laboral.

4.7. Então Excelência, somados os movimentos repetitivos com peso extremo por
extenso período de tempo, desatenção e descaso pelas frequentes reclamações de
dores do Reclamante, pelas muitas faltas para tratamento de doença ocupacional, é
que deve ser condenada a Ré em todos os aspectos de uma vida social por ferir
intencionalmente a dignidade da vida humana do Obreiro.

4.8. Excelência, a Reclamada agiu de forma até insana quando não atendeu desde o
início das ocorrências de tais recomendações médicas de transferir o Reclamante
para um setor que não oferecesse risco de agravamento das doenças e fez com que
o Obreiro continuasse laborando mesmo sentindo muitas dores, o que prejudicou
também a sua recuperação haja vista estar fazendo muitas sessões de fisioterapia.

4.9. Informa o Autor Excelência, que após muitas idas e vindas, ora trabalhando, ora
afastado para fazer sessões fisioterápicas, ora afastado pelos médicos do plano
empresarial e com recomendações médicas da Ré e, como continuou a trabalhar
factualmente sem os supervisores não atenderem tais recomendações, sua doença
continuou agravando ao longo dos anos onde o INSS encaminhou o Obreiro para
curso de reabilitação profissional.

4.10. Ora Excelência, todos os envolvidos estiveram cientes e parcamente ladeados de


exames e laudos comprovatórios da existência das doenças ocupacionais, como
também acrescido de uma avalanche de comprovantes de diversas sessões de
fisioterapia.
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4.11. Informa o Reclamante que está com problemas sérios em seus membros superiores,
inclusive no ombro e punho direito e terá que continuar a realizar várias sessões de
fisioterapia, pois a doença está se agravando, ao ponto de não ter força em seus
braços, mãos e punhos ao ponto de não conseguir segurar uma mera vassoura para
varrer o chão, e nem tem condições financeiras de arcar com os exames, cirurgia,
medicação, etc., por estar desempregado.

4.12. É importante ressaltar Excelência que o Obreiro depois que foi demitido teve que
arcar com o ônus da continuidade do tratamento mesmo que a maioria dos
especialistas médicos não acredita na reversão da doença, e sim, em tratamento
paliativo, por causa das fortes dores da doença já avançada.

4.13. A sistemática para doença do trabalho evoluiu, e diante dos documentos juntados
pelo Reclamante fica valendo para a Reclamada a INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA já que as doenças do Reclamante estão relacionadas no Decreto n.
3048/99 que só trata de doenças desencadeadas pelo trabalho, ou que o trabalho
funcionou como concausa, inclusive seja responsabilizada a Empresa em arcar
com o ônus da Perícia Judicial, por hipossuficiência do Reclamante, que está
desempregado e doente.

4.14. O Reclamante desde já autoriza a entrega de seu prontuário médico, nos


termos do inciso III, alínea C, item 1.7 da NR-01 da Portaria n. 3214/78 c.c art. 9o
da Resolução n. 1488, de 11/02/98 do Conselho Federal de Medicina, bem como
autoriza a presença de seus patronos nos exames clínicos por ocasião da
Perícia Judicial.

DOS PEDIDOS:
Diante do exposto que demonstra a presença dos elementos da omissão, negligência,
imprudência, os quais definem a culpa do agente causador [Reclamada] daquele que, em
realidade é um ato ilícito, requer a Reclamante, por meio de seus Patronos signatários de
V. Ex.ª o que segue:

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A. Requer a PROCEDÊNCIA da AÇÃO DE RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA com pedido de OBRIGAÇÃO DE FAZER E
ENTREGAR com pedido de REINTEGRAÇÃO AO TRABALHO
CUMULADO COM TUTELA ANTECIPADA DA LIDE do
Reclamante, com os pagamentos dos SALÁRIOS VENCIDOS e VINCENDOS, até
a data da efetiva reintegração, devidamente atualizados e seus Reflexos Legais, com
a entrega da CAT - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
devidamente preenchida, inclusive pelo médico da Reclamada por Obrigação de
Fazer, com a aplicação de Multa Pecuniária de R$ 500,00 (quinhentos reais) por
dia, até o limite legal de R$ 10.000,00, haja vista da demora da resolução deste
litígio, pois com a delonga poderá o Autor ser mais prejudicado ainda com a
resolução deste processo. Valor estimado até a data de 01/03/2016, por enquanto,
dependerá da Efetiva Reintegração ao Trabalho:
- Salários vencidos desde a data da demissão, calculando-se até agora
[01/03/2016], mas será verificado até a efetiva reintegração = R$ 2.596,60 X 12
meses = R$ 31.159,20;
- REFLEXOS LEGAIS:
- 13º Salário Proporcional 13/12 avos, projeção AP = R$ 2.813,00;
- Férias proporcionais 13/12 avos + 1/3, projeção AP = R$ 3.750,70;
- FGTS [8%] período de afastamento - calculados até 01/03/2016, MAS SERÁ
ATÉ A DATA DA EFETIVA REINTEGRAÇÃO = a ser posteriormente
calculada, diante da douta Decisão Judicial = R$ 2.493,60;
- VALOR PROVISÓRIO de R$ 40.216,50.

B. Requer que seja a Reclamada instada a apresentar na 1ª audiência designada, com o


PRONTUÁRIO MÉDICO DO RECLAMANTE, onde fiquem claras as matérias
aqui afirmadas sob as penalidades legais dos arts. 355, 359, inciso I, do CPC.

C. Requer a apresentação pela Reclamada de todos os Exames do Reclamante, ou seja,


os exames ADMISSIONAIS, PERIÓDICOS e DEMISSIONAIS, e de RETORNO
AO TRABALHO, em conformidade com a NR - 07, art. 168 da CLT, sob as penas
dos arts. 355, 359, inciso I do CPC.

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D. Ressaltam os Patronos do Reclamante que por ser de cunho indenizatório o valor
pleiteado está isento de IRRF nos termos da Lei n. 7713/88 c.c art. 39 do Decreto n.
3000/2009 e contribuições previdenciárias nos termos do art. 276, § 3º do Decreto
n. 3048/1999 e demais dispositivos legais.

E. Esclarece o Reclamante, através de seus Patronos que firmou com seus patronos o
incluso contrato de honorários, pelo que requer desde já que em caso de qualquer
pagamento para crédito do Reclamante, que seja retido do montante o
correspondente aos honorários contratados, nos termos da clausula Segunda da suso
mencionada avenca, conforme determina a Lei n. 8.906 de 1994 em seu art. 22, §
4°.

F. Requer os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser HIPOSSUFICIENTE, nos


termos da Lei nº. 1.060/50, com nova redação dada pela Lei nº. 7.510/86 c.c o Art.
5º, inciso LXXIV da CF(1988), visto não poder demandar sem prejuízo do sustento
próprio, afirmação esta que faz sob as penas das Leis supramencionadas, e demais
cominações legais.

G. Requer a NOTIFICAÇÃO da Reclamada para comparecer em hora, dia e local


oportunamente designado para audiência, sob pena dos arts. 319, 333, II e 359 do
CPC c.c. o art. 844 da CLT e demais dispositivos legais.

H. A sistemática para doença do trabalho evoluiu, e diante dos documentos juntados


pelo Reclamante fica valendo para a Reclamada a INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA já que as doenças do Reclamante estão relacionadas no Decreto n.
3048/99 que só trata de doenças desencadeadas pelo trabalho, ou que o trabalho
funcionou como concausa, inclusive seja responsabilizada a Empresa em arcar com
o ônus da Perícia Judicial, por hipossuficiência da Reclamante, que está
desempregada e doente.

I. PROTESTA provar todo o alegado pelos meios em direito admitidos, notadamente


pelo depoimento pessoal do Representante da Reclamada, sob pena de
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CONFISSÃO, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, perícias, vistorias,
exames, etc.

J. Dá-se a presente causa para efeito de custas e alçada, o valor de R$ 40.216,50.

Termos em que,

Pede deferimento.

Manaus, 02 de março de 2016.

Pp. DELIAS TUPINAMBÁ VIEIRALVES

OAB/AM n.º 2268

Pp. ANA CLÁUDIA CONDE VIEIRALVES

OAB/AM n.º 6073

Documentação anexada conforme fundamentação supra.

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