Você está na página 1de 1

ÉTICA A NICÔMACO

Livro I
1.
Toda ação e toda escolha tem em mira um bem qualquer.
O bem é aquilo a que todas as coisas tendem.
Observa-se entre os fins uma certa diferença: alguns são atividades, outros são produtos
distintos das atividades que os produzem.
Onde existem fins distintos das ações, são eles por natureza mais excelentes do que
estas.
2.
Para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é
desejado no interesse desse fim; e se é verdade que nem toda coisa desejamos com vista
em outra, evidentemente tal fim será o sumo bem.
Livro III
1.
São consideradas involuntárias aquelas coisas que ocorrem sob compulsão ou por
ignorância; e é compulsório ou forçado aquilo cujo princípio motor se encontra fora de
nós e para o qual em nada contribui a pessoa que age e que sente a paixão.
Mas, quanto às coisas que se praticam para evitar maiores males ou com algum nobre
propósito é discutível se tais atos são voluntários ou involuntários.
Tais atos, pois, são mistos, mas assemelham-se mais a atos voluntários pela razão de
serem escolhidos no momento em que se fazem e pelo fato de ser a finalidade de uma
ação relativa às circunstâncias.
Que ações se devem, pois, chamar forçadas? As ações são forçadas quando a causa se
encontra nas circunstâncias exteriores e o agente em nada contribui.

Você também pode gostar