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INSTRUÇÃO NORMATIVA SEMA/SACT/CPAR Nº 1, DE 16 DE JUNHO DE 1981

(D.O. de 12/06/81)

Orienta os órgãos estaduais de controle de poluição e as empresas de transporte de cargas e


passageiros, quanto ao atendimento da Portaria GM/100, de 14 de julho de 1980.

INTRODUÇÃO

1 - A presente Instrução Normativa visa a orientar os órgãos estaduais de controle de


poluição e as empresas de transporte de cargas e passageiros, quanto ao atendimento da
Portaria GM/100, de 14 de julho de 1980.

2 - Os testes de aferição do índice de fumaça serão realizados, preferencialmente, com a


presença do Departamento Estadual de Trânsito, ao qual caberá a penalização aos infratores,
conforme legislação em vigor.

3 - A posse do Certificado de aprovação não exime o portador, de atender à Resolução nº


510, de 15 de fevereiro de 1977, do Conselho Nacional de Trânsito.

CAPÍTULO I
DO MÉTODO DE TESTE

1 - A verificação da emissão de fumaça será realizada conforme a Norma Brasileira


Registrada NBR 6065, de julho de 1980, do Conselho Nacional de Metrologia e Qualidade
Industrial - CONMETRO, para veículos equipados com motores naturalmente aspirados, e teste
de velocidade constante (Anexo 4), para aqueles equipados com motores turbualimentados, até
que o Conselho Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial defina norma específica.

CAPÍTULO II
DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE

1 - A solicitação do teste da frota de veículos será feita, diretamente, ao órgão estadual de


controle de poluição, conforme formulários (Anexo 1, 2 e 3), em anexo.

2 - Para a realização dos testes, serão ajustados, com antecedência mínima de 30 (trinta)
dias, entre o órgão do meio ambiente e a empresa interessada, a data, o local e o número de
veículos, os quais deverão ser apresentados, no local e dia aprazados, com a observância das
seguintes condições:

a) O sistema de exaustão não deve apresentar vazamentos;

b) O diâmetro do tubo de escape deverá estar de acordo com as especificações do


fabricante;

c) A bomba injetora deverá estar lacrada pelo fabricante ou seu preposto, conforme o Decreto
nº 79.134, de 17 de janeiro de 1977;

d) O combustível deverá ser óleo diesel, conforme especificação em vigor, do CNP.

CAPÍTULO III
DO ÓRGÃO ESTADUAL DE CONTROLE DE POLUIÇÃO

1 - O órgão estadual de controle da poluição fornecerá o Certificado de aprovação, de acordo


com o modelo anexo, e encaminhará, mensalmente, à SEMA, relatório de atendimento das
solicitações recebidas e testes realizados.

2 - O órgão estadual de controle da poluição enviará, anualmente, até 31 de janeiro, relatório


de avaliação do programa e seus benefícios ambientais, relativo ao período anterior.

CAPÍTULO IV
DA SECRETARIA ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE

1 - A Secretaria Especial do Meio Ambiente prestará assessoramento técnico aos Estados


que não tenham órgãos específicos de controle de poluição atmosférica, para a realização dos
testes aludidos, podendo credenciar outras entidades para atenderem às solicitações que lhe
forem encaminhadas.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

1 - A área destinada aos testes dos veículos deverá corresponder ao da cidade do


emplacamento, admitindo-se exceções, desde que acompanhados de autorização expressa do
Órgão do Meio Ambiente local.

PAULO NOGUEIRA NETO


Secretário do Meio Ambiente

ANEXO 1

MODELO DE CARTA PARA O ENCAMINHAMENTO DO PEDIDO DE CERTIFICADO DO


ÍNDICE DE FUMAÇA EM VEÍCULOS DIESEL

......................................................... (nome da empresa) requer o certificado do índice de


fumaça dos ..................... (n. de veiculas diesel) veículos de sua propriedade relacionados no
memorial anexo .................... (fls. ____ a ____).

Declara expressamente estar ciente de que esta certificação não isenta de eventuais sanções
legais, por emissão de fumaça excessiva, decorrentes de fiscalização de veículos diesel em uso
no Território Nacional.

................................., .......... de .................. de ................

Nome: ....................................................
Assinatura: .........................................................

ANEXO 2

FOLHA DE DADOS DA EMPRESA


ANEXO 3
ANEXO 4

DETERMINAÇÃO DO GRAU DE ENEGRECIMENTO DA FUMAÇA EMITIDA POR


MOTORES DIESEL VEICULARES

Método em Velocidade Constante

1 - OBJETIVO

Esta Norma prescreve o método de ensaio para a determinação do grau de enegrecimento


da fumaça emitida por motores Diesel veiculares turbo alimentados sob condições de velocidade
constante.

2 - DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as seguintes definições:


2.1 - Velocidade Constante

Regime de funcionamento a que um motor Diesel é submetido, definido pela carga a ele
aplicada, mantendo as seguintes condições:

a) Rotação constante dentro de uma tolerância de ± 150 RPM;

b) Situação de débito máximo de combustível no sistema injetor.

A carga aplicada, em referência, poderá ser o resultado da ação dos freios do veículo quando
este estiver em via rodoviária ou sobre cavaletes ou rolos livres. Nesse caso, o mesmo efeito
poderá ser obtido, também, em dinamômetro de chassis.

2.2 - Condições Estabilizadas e Normais de Operação

As temperaturas da água de refrigeração e do óleo de lubrificação devem estar conforme


especificação do fabricante para operação normal.

2.3 - Escala de Ringelmann Reduzida

É uma escala para a comparação colorimétrica de fumaça conforme definido no “MB-916” -


Determinação do Grau de Enegrecimento de Fumaça Emitida por Veículos Rodoviários
Automotores com Motor Diesel, utilizando-se a Escala de Ringelmann.

3 - APARELHAGEM

Escala de Ringelmann Reduzida

4 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

4.1 - Condições de Ensaio

4.1.1 - O motor deverá estar sob condições estabilizadas e normais de operação, com
suprimento de ar fresco adequado. Quando, por ocasião do início do ensaio, se verificar que o
motor não está nas condições previstas, dever-se-á trafegar com o veículo durante pelo menos
dez minutos.

4.1.2 - O sistema de exaustão deverá ser inspecionado quanto a ocorrência de vazamentos


de gases e/ou entradas de ar. Caso se constate tais eventos, dever-se-á providenciar os reparos
cabíveis antes da realização do ensaio.

4.2 - Descrição do Ensaio

4.2.1 - Determina-se uma marcha adequada que, quando engatada, permita ao veículo
trafegar numa situação tal que, com o pedal do acelerador totalmente pressionado e,
simultaneamente, com os freios acionados, se consiga estabilizar a rotação do motor num valor
constante, entre 50 e 60% da sua rotação máxima.

Sugere-se que a velocidade máxima atingível na marcha escolhida seja da ordem de 40


km/h.

4.2.2 - Caso não se disponha de um conta-giros, poder-se-á utilizar o velocímetro com o


mesmo fim para os veículos com transmissão mecânica.
4.2.3 - O veículo deverá ser mantido nas condições do item 4.2.1, por um período de 05 a 10
segundos, quando, então, deve-se registrar os valores observados através da Escala de
Ringelmann reduzida.

4.2.4 - Este ensaio deve ser realizado 03 (três) vezes para cada veículo a ser testado.

5.1 - O observador deve estar a uma distância de 30 a 150 m do veículo a ser avaliado e não
deve olhar em direção à luz do sol.

5.2 - O observador deve segurar a Escala de Ringelmann reduzida com o braço esticado e
avaliar a fumaça no ponto de medida através do orifício da escala, contra um fundo branco de 1
x 1 metro.

5.3 - O observador deve comparar a fumaça (vista pelo orifício) com os padrões de escala,
determinando qual das tonalidades mais se assemelhe à fumaça emitida.

6 - RESULTADOS

6.1 - O ciclo de testes será considerado válido quando a diferença entre a maior e a menor
leitura não for superior a 1 (uma) unidade da Escala de Ringelmann.

6.2 - O valor final considerado como sendo o grau de enegrecimento será a leitura mais
freqüente dentre as três observadas.

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