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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO

BRUNO DIEGO BARROS ARAÚJO EE1421002-21

MATHEUS SANTOS VIEIRA EE1211011-21

THALYTA LOPES SANTOS EE1421019-21

RELATÓRIO 1

O SCR EM CC

SÃO LUÍS – MA

10/2018
INTRODUÇÃO

Os tiristores são dispositivos semicondutores bastante utilizados como chaves em circuitos de


eletrônica de potência. É formado por quatro camadas e três terminais: anodo, catodo e gatilho.
A Figura 1 mostra um esquema deste dispositivo, apresentando a disposição das camadas e
junções que o compõem e sua representação.
Figura 1 Símbolo do tiristor e representação de suas junções

Fonte: Muhammad H. Rashid

Quando o anodo é polarizado positivamente em relação ao catodo, as junções J1 e J3 também o


são. Já a junção J2 está no sentido reverso e uma pequena corrente de fuga flui do catodo para
o anodo. Nestas condições, diz-se que o dispositivo está desligado e a corrente é chamada
corrente de estado desligado (ID). Quando a diferença de potencial entre o anodo e o catodo for
suficientemente grande, ocorre a ruptura da junção J2, ocasionando um fluxo de corrente do
anodo para o catodo. Neste momento, o dispositivo estará no estado de condução ou estado
ligado e a diferença de potencial necessária para alcançar tal estado é chamada tensão de
ruptura direta. Nesta situação, a queda de tensão no dispositivo é bem pequena e a corrente,
limitada por uma impedância em série RL, como mostra a Figura 2a.

Uma vez ligado, o dispositivo se comporta como um diodo em estado de condução e permanece
como tal, desde que a corrente direta de anodo esteja acima do ponto conhecido como corrente
de manutenção (IH). Caso contrário, o dispositivo retornará à condição de bloqueio, visto que a
camada de depleção se desenvolverá em torno da junção J2. Quando uma tensão positiva
aplicada entre os terminais de gatilho e catodo (sinal de gatilho) é aplicada, diz-se que o
dispositivo foi disparado (ligado) e este permanece como tal, mesmo que o sinal seja retirado,
desde que a corrente de anodo esteja acima do ponto conhecido como corrente de travamento
(IL), como mostra a Figura 2b.
Figura 2 Circuito representativo do tiristor e curva característica

Fonte: Muhammad H. Rashid

Quando o catodo é polarizado positivamente em relação ao anodo, a junção J2 é diretamente


polarizada, enquanto as junções J1 e J3 é inversamente polarizada. Neste momento, o dispositivo
está em seu estado de bloqueio e uma corrente reversa (IR) flui pelo tiristor.

OBJETIVOS

• Compreender o funcionamento dos circuitos baseados em SCR;


• Conhecer os circuitos e condições de disparo e corte;
• Verificar as propriedades elétricas do dispositivo.

MATERIAIS

• Kit Minipa SD-1202(Analog and Digital Laboratory Unit);


• Kit Minipa M-1109(Thyristors);
• Multímetro Digital;
• Jumpers.

EXPERIMENTOS

1. Montar o circuito elétrico abaixo e mensurar a corrente e tensão de carga, bem como
a tensão sobre o SCR quando o mesmo se encontra disparado.
X1

12V_10W
S1

Key = A

V1
12V R1 S2
1KΩ
D1 Key = Space
BT151_500R

R2
4K7Ω

2. Medir a corrente do SCR de acordo com o diagrama abaixo.


X1

12V_10W
S1

Key = A

V1
12V R1 S2
1KΩ
D1 Key = Space
BT151_500R

XMM1
R2
4K7Ω

3. Montar o circuito descrito, disparar o SCR e ajustar o potenciômetro até obter a


corrente de corte do dispositivo.
X1
R3

12V_10W
S1 10kΩ 50 %
Key=A

Key = A

V1
12V R1 S2
1KΩ
D1 Key = Space
BT151_500R

XMM1
R2
4K7Ω

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os valores obtidos se apresentam nas tabelas abaixo.


Tabela 1

Tensão sobre a carga(V) 11.625


Corrente da carga(mA) 106
Tensão sobre o SCR(V) 0.603

Tabela 2

Corrente no cátodo(mA) 106

Tabela 3

Corrente de corte(mA) 7.8

Com este experimento foi possível observar algumas características básicas do componente
SCR, em especifico o modelo BT151, quando operado em corrente continua.

O primeiro experimento evidencia as características únicas de disparo do dispositivo, ilustrando


a necessidade de uma corrente no gate para reduzir a corrente de latching necessária para a
ativação do dispositivo, e, após essa ativação ou disparo, a necessidade de uma corrente de
manutenção que garante que o dispositivo se manterá conduzindo, e, com uma corrente inferior
a essa ele volta ao estado de alta impedância que se encontrava antes do disparo.
Figura 3 Corrente de gate necessária para o disparo do dispositivo (Fonte: Datasheet BT151-500R SCR, 12 A, 15mA,
500 V, SOT78)
No segundo experimento é possível verificar que a corrente experienciada pela carga percorre
o caminho ânodo cátodo sem desvios pelo gate, isolando esta parte do circuito do ânodo, e
permitindo assim sua ativação por circuitos de baixa potência.

No terceiro experimento verificou-se a necessidade de manter a corrente que percorre o circuito


acima de um limiar, chamada de corrente de manutenção.
Figura 4 Corrente de latching necessária após disparo do gate e corrente de manutenção do dispositivo (Fonte:
Datasheet BT151-500R SCR, 12 A, 15mA, 500 V, SOT78)

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