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social.
Todo dia,
O sol da manhã vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo quem já não
queria.
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia.
(Alagados, Paralamas do sucesso)
E a cidade
Que tem braços abertos num cartão-
postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal. (Alagados,
Paralamas do sucesso)
A música “Alagados” também faz uma crítica a esse sistema, que só destrói e
menospreza os indivíduos menos favorecidos, atualmente, uma das ferramentas
ideológicas usada para demarcar um indivíduo de classe social baixa é
responsabilizar o mesmo pelo seu “fracasso”. Tendo em vista que o pobre seja
associado pela sociedade capitalista como uma pessoa perdedora,
incompetente ou incapaz de alcançar o mesmo patamar financeiro de pessoas
de classe alta, o torna assim um alvo de preconceito, que o mantém a margem
da sociedade devido a teoria do determinismo, utilizada pelos opressores para
justificar todo um passado de preconceito e disparidades.
Tomando como base o texto de Herbert de Souza, que como em Alagados, traz
uma crítica social, verifica-se uma problemática com embasamento na questão
Em seu texto, Herbert de Souza analisa a problemática com embasamento na
questão social da divergência entre os senhores (ricos) e os trabalhadores
(pobres), onde é colocado em pauta a questão do capitalismo inserido em uma
sociedade onde os ricos ficam cada dia mais ricos, e os pobres, cada vez mais
pobres. Embora seja considerado um país rico, o Brasil reproduz um grau
elevado de pobreza expressando uma situação de extrema desigualdade, país
que, apesar do desenvolvimento e da tecnologia, permanece em um paradigma
patriarcal. No tocante a isso, tem-se que as desigualdades, a pobreza e a miséria
são frutos de um passado colonial de exploração, mas, principalmente, de uma
abolição mal elaborada, em que a carta de alforria, foi o símbolo de uma falsa
liberdade, onde os escravos sem recompensas, posses, heranças do pesado
trabalho de décadas, não tinham para onde ir, tão pouco como se sustentar. Não
tiveram um leque de escolhas, as opções eram duas: ou continuavam
trabalhando com os seus antigos senhores por um valor irrisório ou procuravam
um lugar para morar. Ser este, o início da habitações deploráveis e indignas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOARES, Rafael. Favelas têm taxas de homicídio por tiros três vezes maior do
que as demais áreas do Rio. Disponivel em:
<https://www.google.com.br/amp/s/extra.globo.com/casos-de-policia/favelas-
tem-taxa-de-homicidios-por-tiros-tres-vezes-maior-do-que-as-demais-areas-do-
rio-21728048.html%3fversao=amp>. Acesso em: 27 ago. 2018.
UOL. Apenas 1,6 dos moradores de favelas chegam ao ensino superior. Disponível em
<https://www.google.com.br/amp/s/educacao.uol.com.br/noticias/2013/11/06/ap
enas-16-dos-moradores-de-favelas-chegam-ao-ensino-superior.amp.htm>.
Acesso em: 27 ago. 2018.