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Resenha: A Mesoamérica antes de 1519

Thiago Luiz de Matos.

Graduando em História pela Universidade Federal de Ouro Preto.

Email: raizer50@gmail.com

A Mesoamérica antes de 1519 corresponde à história dos povos da América Latina


antes das invasões Europeias ao continente Americano. Se enquadra neste recorte as antigas
civilizações do México, Guatemala, El Salvador, Honduras; em menor grau: Nicarágua, Costa
Rica, Equador, Peru e Bolívia nos andes centrais.

Ao se tratar das Américas, a early histories remonta por volta de 3500 a.C., quando a
chegada do homem pelo estreito de Bering. Em 2000 a.C. se têm vestígios da presença
humana na região do atual México (embora há, também, vestígios humanos nos arredores da
Cidade do México que datam, no máximo, 9000 a.C.). Neste período antigo, somente havia
alguns bandos de caçadores e coletores de alimentos; somente após longos 4000 anos, por
volta de 5000 a.C., se têm o início do processo do que veria ser a agricultura na Mesoamérica:
pouco a pouco, esses viriam a cultivar abóbora, pimenta malagueta, feijão e milho. A respeito
da cerâmica, se data por volta de 2300 a.C. Aldeias de agricultores e artesões (essas que, se
diferenciavam étnica e linguisticamente) começavam a se proliferar; algumas, às margens de
um curso d`agua ou junto ao mar, testemunharam um crescimento populacional relativamente
rápido. Achados arqueológicos revelam que, a partir de 1300 a.C., mudanças extraordinárias,
com relação à cultura, começaram a surgir, com a civilização presente na “Terra da
Borracha”, Olman, os Olmecas. Em La Venta, o maior dos centros Olmecas, foi erguido uma
pequena ilha, apesar de as pedras disponíveis na região estarem disponíveis à 64km deste
local, foram desenterrados na região uma série de colossais estruturas de pedra (algumas com
três metros de comprimento), entre outros monumentos. Ainda ao se tratar de La Venta,
começa-se a desenvolver um proto-urbanismo:

“É provável que os povos agricultores que se fixaram nas proximidades de


La Venta tenham experimentado, junto com o crescimento populacional,
vários estímulos a abandonar seu antigo modo de subsistência. Suas
realizações pressupõem mudanças em sua organização religiosa, política e
socioeconômica” (PORTILLA, /, p.28).

Assim, com essas mudanças em sua estrutura social como catalisadores, se têm os
Olmecas como os primeiros na Mesoamérica a erigir grandes complexos de construção,
principalmente para fins religiosos: o centro de La Venta incluía pirâmides rebocadas de
barro, túmulos circulares e alongados, altares entalhados na pedra, grandes compartimentos de
pedra, fileiras de colunas de basalto, tumbas, sarcófagos, estelas, colossais cabeças de basalto,
entre outras esculturas menores. Evidencias de grandes praças públicas indicam que as
cerimonias religiosas eram realizadas ao ar livre. Foram encontrados, também, diversas peças
artísticas de diferentes materiais, com prováveis fins também religiosos. Pode-se supor,
também, uma divisão de trabalho:

“Enquanto muitos indivíduos continuaram a trabalhar na agricultura e em


outras atividades de subsistência, outros se especializaram em artes e ofícios
diferentes, em garantir a defesa do grupo, em empreendimentos comerciais,
no culto aos deuses e no governo, que estava provavelmente nas mãos dos
chefes religiosos. (PORTILLA, /, p.28).

Deve-se, provavelmente, aos Olmecas que viviam ao longo da Costa do Golfo o início
do calendário e da escrita na Mesoamérica. A difusão de vestígios providos da cultura Olmeca
pela Mesoamérica indicam a mesma como uma espécie de cultura-matriz. Tal fato se deu,
talvez, pelo comércio e por atos de cunho “missionários”. Assim se têm os antecedentes do
Período Clássico da Mesoamérica.

Teotihuacán, a “metrópole dos deuses”, constitui o melhor exemplo do apogeu da


civilização clássica no planalto central. No local, foram achados vestígios que indicam a
existência de um grande centro cerimonial, e todos os elementos que compõem a ideia de uma
“cidade”.

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