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Standard & Poor's

rebaixa Brasil para


três níveis abaixo do
grau de investimento
Publicado em 11/01/2018 - 20:20

Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil Brasília

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P)


rebaixou o Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento
com perspectiva estável. A redução da nota do país foi divulgada
hoje (11) à noite.

A perspectiva estável significa que a agência terá de esperar pelo


menos seis meses para alterar a nota do país. O grau de
investimento representa a garantia de que o país não corre risco de
dar calote na dívida pública.

Em comunicado, a S&P informou que o Brasil está demorando para


implementar as reformas que reduzam os riscos fiscais do país,
principalmente a da Previdência. “Apesar de vários avanços da
administração [Michel] Temer, o Brasil fez progresso mais lento que
o esperado em implementar uma legislação significativa para
corrigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de
endividamento”, justificou a agência.

Desde fevereiro de 2016, o Brasil estava enquadrado dois níveis


abaixo do grau de investimento. As outras duas principais agências
de classificação de risco, Fitch e Moody’s ainda não alteraram a
nota do país e continuam a manter o Brasil dois níveis abaixo do
grau de investimento.

No fim de dezembro, o ministro Henrique Meirelles fez


uma teleconferência com as três principais agências de
classificação de risco. Ele tinha pedido que a S&P, a Fitch e a
Moody’s aguardassem a votação da reforma da Previdência,
prevista para fevereiro, antes de tomarem qualquer decisão sobre a
nota do Brasil.
Em nota divulgada esta noite, o Ministério da Fazenda informou que
o governo continua comprometido com as medidas de ajuste fiscal
e com a reforma da Previdência. “O governo reforça seu
compromisso em aprovar medidas como a reforma da Previdência,
tributação de fundos exclusivos, reoneração da folha de
pagamentos, adiamento do reajuste dos servidores públicos, entre
outras iniciativas que concorrem para garantir o crescimento
sustentável da economia brasileira e o equilíbrio fiscal de longo
prazo”, destacou o texto.

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