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Para que serve o “rating”? Os investidores usam os “ratings” para tomarem decisões na
hora de aplicar seu dinheiro. Por exemplo, a nota ajuda a escolher onde investir ou
quanto cobrar de juros para compensar riscos maiores
Quem faz essa avaliação? Essa avaliação é feita por agências de classificação de risco.
As principais são Standard & Poor's, Moody's e Fitch Ratings, que controlam uma
parcela de mais de três quartos do mercado global de avaliações de risco
Cada uma tem seu sistema próprio de avaliação. No caso de um país, por exemplo, são
levados em conta fatores como o índice de reservas internacionais, solidez da economia
e estabilidade política, além de fatores sociais, como liberdade de imprensa e
distribuição de renda entre a população
Como são calculados os “ratings”? As escalas usadas pelas agências podem ser
representadas por letras, números e sinais matemáticos (+ ou -) e normalmente vão de
'D' (nota mais baixa) a 'AAA' (nota mais alta).
Para realizar uma classificação de risco de crédito, as agências recorrem tanto a técnicas
quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a
análises de elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e
percepções sobre o emissor da dívida e seus processos
Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos.
Nesse caso, o país ou empresa tem que pagar juros mais altos aos investidores para
compensar o risco maior.
Por outro lado, quando se tem uma avaliação positiva, fica mais fácil obter dinheiro para
se financiar.
No caso dos “ratings”, ter o grau de investimento seria o equivalente a ter nota azul.
Essa nota indica que um governo ou empresa tem boas condições de pagar suas dívidas
e pouco risco de dar calote. Portanto, é um lugar recomendável para os investidores
aplicarem seu dinheiro.
Por outros lado, ter o grau especulativo é como estar com a nota vermelha e indica mais
chances de calote.
O que países ganham com o grau de investimento?...
O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo
risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros
nesse país terão risco próximo a zero.
Com uma avaliação positiva, o governo e as empresas nacionais têm a possibilidade de
obter empréstimos no exterior com melhores condições de juros e pagamento. É como
um bom devedor que é compensado por pagar suas contas em dia.
Há, ainda, alguns fundos de investimento que só podem investir em países que tenham o
grau de investimento. Portanto, um país ou empresa sem esse “selo” de bom pagador
não poderá receber esses recursos.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que
afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira global.
A agência Standard & Poor’s concordou em pagar US$ 1,4 bilhão ao Tesouro dos
Estados Unidos para encerrar um processo no qual era acusada de ter propositalmente
ocultado dos investidores chances de prejuízos.
Agência que rebaixou Brasil levou multa bilionária em fevereiro Everett Kennedy
Brown/Efe Imagem: Everett Kennedy Brown/Efe 10/09/2015 17h13Atualizada em
11/09/2015 16h20 A decisão da agência Standard & Poor's de rebaixar ... - Veja mais
em https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2015/09/10/agencia-que-rebaixou-brasil-
levou-multa-bilionaria-em-fevereiro.htm?cmpid=copiaecola