Você está na página 1de 3

FARMACOLOGIA GERAL – HISTÓRICO E EVOLUÇÃO

A origem das doenças, até os filósofos gregos, era quase sempre atribuída às causas
sobrena turais como c astigo dos deuses ou infringida por outrem sob a forma de inte
nções ruins como “mau-olhado” ou outros me ios semelhantes. A preocupação com a
explicação da saúde e da doença, sem ser em bases sobrenat urais, nasceu co m a filosofia
grega , e, sua busca de uma e xplicação da constituição da natureza. Teoria s foram
desenvolvidas em várias es colas médicas gregas com o Knidos, Crot ona e Kos. Na es cola
de Kos, onde Hipócrates seria aluno, de senvolveu-se, pela prime ira vez, a idéia de uma
pa tologia geral, oposta à idéia original, que prevalecia a nteriormente, de que as doença
s eram sempre li mitadas a um único órgão. Segundo esta escola, os processos mórbido s e
ram devidos a uma reação da na tureza a u ma dada situação, em que ha via um de
sequilíbrio humoral, sendo, então, a doença, const ituída de três fases : a apeps ia, c
aracterizada pel o apa recimento do de sequilíbrio; a pepsis, onde a febre, a i nflamação e
o pus eram devidos à reação do corpo, e a crisis ou l ysis, onde se dava a elim inação
respectivamente, brusca ou lenta, dos humores em excesso. A idéi a de que es píritos animais
pe rcorriam os nervos, originada també m por alguns pensa dores gregos, perman eceu
corrente a té o século XVII, quando ficou demonstrada a natureza e létrica na condução
nervosa. Desde seus primórdios, o ser humano percebeu os efe itos curat ivos das planta s
me dicinais, notando que de a lguma forma sob a qual o v egetal medic inal era ad ministrado
(pó, chá, banho e outros) proporcionava a recuperação da saúde do indivíduo. As plantas
medicinais, utilizadas há mi lhares de a nos, servem de base para estudos na produção de
novos medicame ntos. Estima-se que 80% da população no Terceiro M undo faz uso de
fitoterápicos, sendo que 85% destes pos suem extratos de plantas medicinais A cultura brasileira
sofreu sérias i nfluências desta mistura de etnias, tan to no a specto espiritual, c omo material,
fundindo-se a os conhecimentos existentes no país. A pala vra Farmacologi a é de rivada de
phar makon, de origem grega, com vários si gnificados desde uma substância de uso
terapêutico ou como vene no, de uso místico ou sobrenatural, sendo utilizados na A
ntigüidade c omo remédios (ou c om e stes objetivos) a té me smo insetos, vermes e húmus.
Provavelme nte, a s plantas tivera m i nfluência importante na alimentação, para a lívio, e,
também para casos de e nvenenamento do homem primitivo. Algumas pla ntas e animais
com ca racterísticas tóxicas, já era m utilizados pa ra a guerra, e xecuções de indivíduos, e, para
a caça. A História registra que Cleópatra t estou alguma s plantas em suas e scravas quando
deci diu suicidar. Cerca de 4.000 anos a.C., os sumerianos conheciam os efeitos psíquicos
provocados pelo ópio, inclusive também para a melhora da dia rréia.

A pala vra droga ori gina do hola ndês ant igo dr oog que significa folha seca, pois, antigam
ente quase todos os medicamentos e ram f eitos à base de vegetais. Embora em francês
drogue signifique erva, relacionada por alguns autores c omo a origem da palavra droga, a mai
oria dos

2autores, f undamentando-se em antigos di cionários, afirmam que se deve a palavra


droog a origem do nome. Embora a Farmacologia te nha sido reconhecida como ciência
no final d o sécul o XIX, na Alemanha, as e rvas já serviam para a manipulação de
remédios há bastante tempo, e, as drogas de origem vegetal predo minaram no trata mento
d as doenças até a década de 1920 quando a indústria f armacêutica m oderna iniciou o
desenvolvimento produzindo produtos químic os sintéticos. Como a Biomedicina é uma das
mais novas profissões da área de saúde, e, dedica-se ao conheci mento da estrutura e
função do organismo humano, aos mecanismos causais das doenças, aos método s de
investigaçã o científ ica e de análise com plementar de diagnóstic o, à análise química e
microbiológica do meio ambiente, visando à melhoria da qualidade de vida da população,
ou seja, a Bi omedicina investi ga a s do enças humanas, suas causas, e, a f ormas de c
ombatê-las. A disciplina Farmacologia neste Curso envolve os conhecimen tos necessários
para esse profissional de saúde, pois, consiste no estudo do me canismo pelo qual os
agente s químicos afetam a funções dos sistemas bi ológicos, portanto, de forma a mpla, pois,
envolve o estudo da interação dos co mpostos químicos (drogas) com os organismos vivos
atuando, em ma ioria, através da influê ncia das moléculas das d rogas em constituinte s das
células. A Farmacologia é utilizada co m os ob jetivos terapê uticos (seja para curar ou
controlar doenças ou aliviar s intomas), pr eventivos (por exe mplo, vacinas, e, fluoração da
água), e, diagnósticos (por exemplo, contras tes usados em exames). As e spécies principalmente
vegetais possuem u m rico arsenal de c ompostos q uímicos, sendo que muitos de sses podem
ser ativos como medicamentos, e , um dos fatore s que contribui para a la rga utilização
de plantas para fins me dicinais no B rasil é o grande número de espécies ve getais e
ncontradas no país. Nos últimos anos, tem aumentado a aceitação da Fitotera pia no Brasil,
resultando em c rescimento da produção indust rial dos laboratórios. Acredita-se que a flora
mundial contenha 250 mil a 500 mil e spécies, e, o Bras il c ontribui aproxima damente
com 120 m il dessas es pécies, e ntretanto, a penas cerca de 10% da flora do nosso País
tem sido e studada de modo cientifico, a ssim, a regulamentação da Biomedic ina constitui
um importante passo também para a pes quisa que pode levar às necessárias desc obertas,
e, produções de novos m edicamentos, além de o profissional Biomédico pode r atuar em
todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção,
pre venção, proteção, e, recu peração de saúde. Devido ao nú mero cres cente de novos fá
rmaco s, e, as ocor rências de desast res terapêuticos tornam-se impre scindíveis o est udo,
e, a at ualização co nstante dos profissionais de saúde q ue acompa nham o uso dos fármacos.
CONCEITO S DE DROGAS E MEDICAM ENTOS – ASPECTOS LEGAIS

Atualmente, a droga é definida como sendo qualquer substância que é capaz de modificar
a função dos organismos vivos, resultando em m udanças fisiológicas ou de comportame nto.
Assim, a dr oga consis te em qualquer s ubstancia química que pos sui a capacidade de
produzir efeit o farmacológico, ou seja, que provoque alterações funcionais ou somá ticas.
Se e stas alteraçõe s f orem benéficas, podem os de nominar de fármaco ou droga-medicame
nto ou apenas medicamento, e, se forem malé ficas denominamos de tóxico ou droga-tóxico. O
fá rmaco ou medicamento corresponde à droga-medicame nto de estrutura química bem
definida, e , també m tem sido conceituado c omo a sub stância quím ica que é o princípio
ativo do m edicamento, portanto, c onsistindo no produto farmacêutico, tecnicamente obtido
ou elaborado, com finalidades que podem ser profiláticas, curativas, paliativas, para evitar
a gravidez ou para fins de diagnóstic o. O princípio ativo c orresponde à substância (ou grupo
desta s), re sponsável pela ação terapêutica, com c omposição química e ação farmacológica
conhecidas.

Você também pode gostar