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906 sic Font sean comportamento. na condlta real das pessoas. em sua maneiea de ‘Seren sua relagao consigo mesimasecom os outros foreonstantee ‘considerdve Bu diziaha pouco que a flosota era uma maneira de refer 0 bre nossa relagao com a verdad. preciso aerescentar: ea € ua ‘manera de nos perguntarmos: se esta € a rlacio que tems com a ‘ezdade, camo devemos nos consi? Aeredilo que se ere que 56 faz aluaente wan traballto couseraveleraiplo. que moica| maitateamente nossa relagao com a verdadee ssa maneira de hos condusirmos. E isso er uma conjuncao complexa entre toda ‘uma série de pesqlsnse todo in conjunto de movimentos soca, Ba propria vida da Mlosoa. ‘Chmpreende-se que aun se lamentem sobre o vari atual ede sejem, no mbito das das, um pouco demonaraula. Mas aqucles| ‘que ma ver en sts das, encomtraram sm fom ovo a nov ‘oneira de llr, ums tra mantra de fazer, estes, aed, fx tals experimentario a necessidade de se nmentarem de que 0 undo ¢erta, a Mistérta,saturada de nelatnctas, e& hora de 08 outros se ealarem para que, fnalmente se possa ouvir a sineta Ge sa reprovagio 1983, Estruturalismo ¢ Pés-estruturalismo, ~ Como comegar? Penset em dua perguntas: primeiramente. qual é @ origem dessa denominagdo mutto geral de pos-est furalismo? "Enfalizareliniclalmente que, no fundo, no que se relere a0 que ores desse movimento, mas também nena dayeles gue, por ‘vontade ou a Tora receberam a etiqueta de estruturalista satan Teatamentedo que se atara,Certamente aqueles que aplicavan ‘meted estrtural em dominios malt precisos, como linguistics, ‘ milologa comparada, sablam o que era o trualisi Alesde qe se ultrapascaam esses dominios ral pretsos, [pve sabia no certo o que iso era Nao leno cereza de que Sera fio interessante tentar reefint o qe se chamou, nesta epoca, ‘deestrturalismo,O que me parece, em contraparti, flere tee, see dispusesse de tempo, adorariafat-o seria estar 0 {que fale pensamento formal, 0 que foram os diferentes Upos de formalising que atavessaram a eultra oekental durante todo © séeulo 2 Quando se pensa no extraordinario destino do formals {no a pintarae das pesqlsas formats na misten, na importancia ‘lo formalistno na andise do folelore eda lends, na arte ‘em sua aplicagao, em algunas de sas forms no pensarento Leo Fico ea patente que o formalism em geral fol verdadtramente tna das correntes mats fortes e, ao mest tempo, mais varias ‘que a Buropa do seeulo XX conleceu,E. a propdsito do formal ti, erelo que € preciso também enfalzar que ele tem sido musto| freqientementeassocindo a stuagorse mesmo. movimentos pl {isos ao mestio tempo preciso es eada ver, interessates. AS re lads entreo formalism riseo ea Revoigao rusia deverian cer tamente ser reexaminadas mats atentamente.O papel que tera ‘opensamento carte ormais no inilo do século XX, se valor eo logic, sas igagdes com os diferentes movimentos politicos, ido {sso deveria ser analsado ‘© que me surpreende no que se chamoss de movimento esti ralista na Franga e na Europa Oridenial por volta dos sos 80 & ‘que ce eraefeuvamente wm eco do esforcoreallzado em ceos pa ‘ses do Leste. ecm particule na Tehecosloviqia. para se Hbertar {do doggnaisine marusta.. por volia dos anos 5S aa 60. enquaato em um pals como a Tehecostovaqla aves tradigto do formals tno europen do pré-querraestaya renascendo, vsese surgi quase ‘80 mesmo tempo na Europa Ocidentaloque se chamou deestruts Fallsmo ~ ou seja. do meu ponto de vst, uma nova forma, unna hhova modalidade desse pensamento, dessa pesqisa frmllts Eis como eu situaria © fendmeno estruturalista, relocalizan-o nesea grande enrrente do pensamento formal Na Europa Ocidentat a Alemarha dispunha, para pensar 0 ‘movimento estulantt que havia comegado mats precocemete ‘do que enire nds (desde 1964-1965 havia uma ceria aged tuninerstdra), da tort ete, sim < B caro que tampouco ha relagies necessdris entre ateoria critea eo movimento estudantiL.Talber tena sido mais » mou Imento estudanti que utllzou a teorta crt como um instr ‘mento, que recorrev a ela, Da mesma manera, talveztampouco aja causalidae diveta entre o estruturalismo e 1968. correto, = Voce queria dizer que, de certa Jorma, 0 estruturalismo Jot um preaimbulo necessarte? “IN, nada ha de necessério nessa ordem dle as. Mas, par dizer as ‘cols muito, mallo grosseiramente, a cata. 0 pens ‘mento € a arte formalistas no primero tergo do séeslo XX foram ‘em geral assoeiados a movimentas politicos, digamos erieos, de ‘esajerda e mesmo em cerlos eas, evoluconarios, e 0 marks ‘mo oeultou tudo lass ee fez uma erica lent ao formalism a Aare ena teria, que aparece claramente a parts da dead de 30, ‘Trina anos depois, vores veem, em certos paises do Leste cm wim pais como a Franga, pessoas comecarem a abalar © dogmatism Imarsst partir de formas de andlie. de pos deanalie questo ‘bviamente inspirados pelo formalismio.O que se passou em 1968 ha Franca. ere também em outros paises, ¢ 20 mesmo tempo ex 198-tarwarstoneePivetevnbn 309 ‘wemamente interessante e mito ambiguo:eambiguo porque ite essa: talase, por ado, de movimentos que freqaenterse te estavam impregacios de wma fore relerenta a0 maresmo © ‘qu, simllaneamente, exerci uma erica lent a0 marx Alogmatieo dos partidos e das institugoes. Eo Jogo que pide exist ‘le to entre ma erta forma de pensamento nao marnlsa ¢ esas feferéncias marxistas foo espago no qual se desenvolveram os me ‘Vimentos estudants, que levaram o discurso revolucionario mat ‘isa ao etmulo do eagero e que eram. ao mesmo temp. frequen ‘ementeinspirades por uma Vokénla antidogmaticacontradize Alo esse ipa dediscurso. ““Mioténeta antidogmaitea que buscava referencias. iqe as bseava ae vezes em um dogmatisma exasperado, “Do tado de Freud ou do lado do estruturaltsmo, 'Bteso, Entio, uma vez mala, eu adorariarefazer de mancira di ferente essa histria do formalism erecoloear esse pequen ep odio do esteuturalismo na Franga ~ que fl realmente breve ont formas difusa no terior desse grande fendmeto do form lsmio do séeulo XX. amen ver Go importante em seu genero quan “Retornaremos talves un poueo mals tarde a este term, pos tusigmo, que voct acaba de introdusi. Primetramente, gostara de seguir a tha dessa espécte de panorama da evoligdo frat: tesa que voce acaba de retracar: 9 das referencias, ao mesino empo muti dogmatioas e inspiradas por uma vontade antidog ‘matica, a Mars. a Freud, aoestruturalism, coma esperanca. tezes, de encontrar em pessoas como Lacan aquele que porta fo sineretsmee conseguiria unflear essascorrentes que inet ‘ive valeu aos estudantes de Vincennes esea resposta magtsral deLacan. em esséncia:“Vocés querem combinar Freud e Mare O| ‘que-a pstcandlise pode thes ensinar & que vocés procuram ut ‘neste. E esse meste, voces terdo" um tipo de desengayamen ‘omuto violent em relagaoa essa tentatioa de combina. que Iino toro de Vineent Descombes. que voce sem dia conhece, Leméme tTautre. Tiere aeelemiy 1968, Reson Legace rte 1, rg Pat Ede Mae 99. 310 i Foto ain = Nio, Sei que esse thro existe. mas nao oI = quando no funda teria sido precso esperar 1972 para se str dessa va teniaitoa ce combinagan do marxismo e do real mo e para que essa salda t(vesse sido concluda por Deleuze © Guatart. que vinham da escola lacantana. Eu me permit escre- verem aigum lugar que certamente, se tnha saldo dessa va ten tata de eombinagdo, mas por um meto que Hegel tera repose tt, ou seja se tina ldo buscar tercetrohomem, Nletzsche, para folocélo no lugar dav sitese impossivel: Jasia-se referéncla Metesche no lugar dessa combinagéo impossivel do Jreuco ‘marsismo%. Ora. em todo enso poderia parecer. parti d loro de Descombes. que serta preciso datar de 1972. ou por volta “isso, essa corrente que recortia a Nietzsche. O que seee pense “to, nao creo que iss se totalmente caret. Primeiramen {e.vocé se come sot eo sempre sm poco desconfado desss formas de sintese nas quals se apresenta umn pensamento traces ‘ave teri sido freudo-maraisa em um dado momenta, e que depois teria descoberto Nietzsche em un outro, De at, desde ques ob serve um pouce mais stentamente estamos em um mando pra ‘ho dual 0 fendmenos aparecem deslocados. produzindo encon {fos bastante impresios. Tomemos 0 feude marsismo. Desde 1043. ¢verdade que. por toda una série de razoespolieas ecult als, @ manasmo constitula na Franca una espéeie de horionte {que Sartre considerou em certa época como intanspontte: na poea era de fato ui horizonte mato feehado, em todo cas bas tante dominante. E preciso também nio esquecer que, na Franca durante 0 periodo de 1945 a 1965. a universidae francesa como Jum todo~eu nao dei a over universidae francesa para distin ula do que fot tradigao da universidade~esteve mut preoct Pada, bastante aeupada mesmo cm construtr lgimacolsa qe era fio Freud-Marx, mas HuseertMarx, a Telagto fenomenolg Tmarstsmo. Essa fla aposta da diseussio e dos esforgos de uma Série de pessoas: Merieau-Ponty. Sartre, indo da fenomenolog 0 ‘marslsmo, Unham essa perspectiva, Desai tamber ~ Dufresne, o proprio Lyotard, = Reet, que no era marssl, certamente, mas que era feno- menologsta eestava long de lgnorar omarxismo.Entao, tentou-se 2: Rae, Matron sur Kachin Tore, Fran. Saran Vb 13 Raauatann eRieemwcrtane 311 Inictalmentecasar o marsismo com a fenomenologia. © a seu Jstamente quando toda uma certs forma de pensamento est fal de metodo esiutural comegowa se desenvolver, vse esr {irallsmo substitu a fenomenotog tno A passagem se deu da fenomenologta para 0 est ‘Crenclalmente em torno do problema da hnggagens: houve al pPenso, un momento bastante portant, aqele em que Merlea Ponty deparou com o problema da linguagem. Voce sabe que os flo eslorgos de Merteur-Ponty foram nessa direga: lembeo- tne milo bem dos esos em que Meriea-Ponty comecou a falar Ge Saussure que, spesar de estar morto ha quase 50 anos, era de {aio deseonhecido, nao digo dos fglogos linguists frances, nas do pablico evudito. Ent, © problema da linguagem veio & ona, e parece que fenomenologia nao era capaz de dar conta, {do her quanto uma sndlise estratural, dos efeitos de sentido que poliam ser predeidos por uma esiralara de Lipo lingisicn. es {rata em que o sweto no sen da fenomenologa no inter tha omo aquele que confereo sent. , matt naturalmentese {and a esposa fenomenologiea desqualiieda por sua inapacida ‘ede falar da Hinguagem, o estruturlismo tornowse a nova nova Eis como eu contaria ss cofss, Assim send, a psicanlise. que es: tava em grande parte sob a inflaénea de Lacan. também fazia apa feeeruim problema que, spesar de ser mato diferente desse. ni ‘lena deter analogia com ele, O problema era pretsamente ot fnscient, © inconseiente que nao podia ser eneabado em uma “nalise de tipo fenomenologio. A melhor prova de que ele nao po fia se encaxar na fenomenologa, 0 menos como 0s franceses a ‘Coneebin,€ gue Sartre ou Metieay-Ponty~ nao me refiro a0 ox {ros mio pararam de tenlarreduai o que er, para ees 0 posit ‘amo, 0 mecanicisio ou ocossmo de Freud em ome da airma- {io de um seit constitute, Fot quando Lacan. sproximada {nente ao momento em que as quests da lnguagen comeraram a Str coloeadas, disse. “Por mais que voeds se esforcem, 0 incons ‘hente al eomo ele funciona no pode ser eeduzido aos efeitos de slribuighe de sentido dos quai o sj enomenoligico € capa.” {Tacan propuna um problema absolutamente simtrico a0 coloca do pelos linguists O sujet enomenclogio era, pela seunda vez, pela psteanalise, deaqualilad, tal como o fra pela teorta lings: Tea, B comprecndese bem por que Lacan pode dizer nesse mo- mento que o inconsciente era estraturado como wma ngage: tanto para uns conto para os outros, tatava-se do mesmo tipo de

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